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22 de Março, 2004 André Esteves

Parabéns, menina Lúcia!!!


(C) José Vilhena – da Gaiola Aberta 1975 1ªsérie Versão Online
Parabéns, menina Lúcia!!!
A menina chegou aos maravilhosos 97 anos!

Com essa magnífica idade é um exemplo de como uma excelente alimentação na infância dá anos de vida a uma pessoa…
É tão triste lembrarmo-nos de quantos da sua geração que morreram de fome, de poliemelite, tuberculose, ou de uma simples constipação e pneumonia porque viviam debilitados.

E não.. Não acredito no que dizem «outras freiras e conhecidos»…

A menina Lúcia não é uma tipa preguiçosa, egoísta com manias de grandeza e que está sempre a mandar que façam as coisas por si. Afinal não se chega à sua idade, se não se trabalhar duramente!

Aprecie o seu aniversário !!! Ainda vai ter muitos!!!

22 de Março, 2004 Carlos Esperança

O assassinato do xeque Yassin põe a paz em xeque.



O assassinato do xeque Yassin hoje perpetrado é mais um passo na abominável escalada do terrorismo religioso. Além de crime abjecto é um erro clamoroso que confere o estatuto de mártir a um troglodita que o ambicionava. Atingiu-se um novo patamar na escalada do terrorismo de Estado.

Ao terrorismo não se responde com terrorismo. O acto revela a natureza de Ariel Sharon, idêntica ao do facínora assassinado. Um tetraplégico pouco recomendável, é certo, não pode ser responsabilizado pelas vítimas israelitas que o terrorismo islâmico tem sacrificado. E o Estado não pode comportar-se como o bando de fanáticos que o querem destruir.

É precisa demasiada fé para tamanha crueldade.

22 de Março, 2004 Carlos Esperança

Saudações ateias à aniversariante Lúcia



Irmã Maria Lúcia de Jesus e do Imaculado Coração de Maria, ou Lúcia, simplesmente, faz hoje 97 anos.

Manifestou muito cedo queda para visões. Depois disso a oração e a penitência foram a sua principal ocupação. 6 entrevistas da Senhora de Fátima, em exclusivo, granjearam-lhe imenso prestígio em Portugal e no estrangeiro. Foi invocada pelo cardeal Cerejeira como fonte de prova para dizer a Salazar que tinha sido enviado pela providência divina e JP2 mandou consultá-la sobre a autenticidade da batina com que foi baleado, batina que ela conhecia das visões, antes de a indústria têxtil ter fabricado o pano.

A longevidade atrasou-lhe a carreira de santidade deixando-se ultrapassar pelo Francisco e Jacinta que se anteciparam a fazer 1 milagre, na área da locomoção, na pessoa da D. Emília que morreu completamente curada por intercessão destes dois que preferiram a oração à escola.

Lúcia vive nas Carmelitas donde obteve saídas precárias para votar e ver o papa. Foi a única pessoa a quem a senhora de Fátima preveniu dos malefícios do comunismo e ensinou o truque para o combater – rezar o terço.

Adversária do divórcio e de mini-saias, a cuja moda nunca aderiu, escreveu a Marcelo Caetano a pedir a sua proibição. Continua solteira e virgem, características que, no futuro, lhe auguram uma fulgurante carreira de santidade.

Foi também a Irmã Lúcia que confirmou ao cardeal Cerejeira a missão divina de Salazar, prontamente transmitida ao enviado de Deus, em 13 de Novembro de 1945. Foi assim que os portugueses souberam que foi Deus, e não o diabo, o autor do castigo.

21 de Março, 2004 Mariana de Oliveira

Propaganda Copista

Amanhã, segunda-feira, começará o projecto Bíblia Manuscrita Jovem, que porá 50 000 jovens estudantes, professores e funcionários de 233 escolas de todo o país a copiar a bíblia. Ao lado de tal actividade lúdica e deveras educativa, estão previstas exposições sobre monges copistas, edições de bíblias em diversas línguas, viagens gastronómicas pelos doces conventuais e um scriptorium contemporâneo, que permite a pesquisa interactiva da Bíblia em CR-Rom.

Esta iniciativa é organizada com parcerias católicas e protestantes e com o alto patrocínio da Secretaria de Estado da Educação. Sim, porque a senhora dona Mariana Cascais, esse poço de virtudes, inaugurará simbolicamente o inicio desta actividade.

Há que recordar ao Ministério da Educação e às organizações religiosas, uma vez mais, que a escola pública não deve ser palco de campanhas publicitárias a determinada religião. A nossa Constituição consagra expressamente o princípio da neutralidade do Estado face a qualquer confissão religiosa e, portanto, os estabelecimentos educativos não serão usados para tentativas de conversão. Muitas vezes interrogamos acerca do destino dos nossos impostos… Bem, este é um deles. O comunicado de imprensa da Associação República e Laicidade, Não ao proselitismo na escola pública, sim à escola laica, reflecte eloquentemente o que está em causa com este projecto proselitista.

Em nome da pluralidade democrática, do respeito pelos ideais do próximo não podemos tolerar tal intromissão do religioso no domínio público.

21 de Março, 2004 Carlos Esperança

A fé é uma doença contagiosa e altamente letal



Há um ano, George W. Bush ao pedir a Deus que abençoasse a América e os seus exércitos, limitou-se a imitar Ussama Ben Laden que, muito mais beato, se antecipara com um pedido semelhante acrescido do desejo suplementar de morte a todos os infiéis.

Na luta contra o terrorismo, cuja urgência e necessidade são óbvias, convém dispensar Deus do trágico jogo das paixões humanas.

A Declaração Universal dos Direitos do Homem, promulgada pela Organização das Nações Unidas, é o código de conduta onde o mundo civilizado se revê, independentemente da religião ou da sua ausência.

Ninguém duvida que Ben Laden usa a religião como instrumento do seu próprio poder, razão acrescida para Bush evitar o uso do poder como instrumento da religião que professa, o que é injusto e perigoso.

Em todo o Médio Oriente perpetuam-se, sob pretexto religioso, ditaduras obscuras e cruéis, formas de opressão violentas e retrógradas, teocracias sinistras e tenebrosas. Não pode, pois, aceitar-se que o Presidente de um país livre misture a justiça com a oração, confunda a liberdade com a religião, ou faça depender da fé a democracia..

Para não comprometer Deus basta a Bush defender os valores humanistas da Liberdade, Igualdade e Fraternidade, legado da Revolução Francesa que a Constituição Americana honradamente acolhe. E que, relativamente a estes princípios, se torne praticante.

É preciso que haja cada vez menos gente a morrer em nome de Deus e cada vez mais a viver ao serviço do homem. Para que a religião deixe de ser vista como ópio do povo e, sobretudo, evite transformar-se em anfetamina do terrorismo.

21 de Março, 2004 Carlos Esperança

O Iraque foi invadido há um ano

Pior desgraça do que a vitória de Bush só a improvável vitória de Saddam. Construir a Europa sobre os escombros de uma guerra que não levou apenas a morte e o ressentimento ao médio oriente, mas feriu gravemente a unidade europeia, é a tarefa que nos cabe com outro governo americano e novas lideranças ibéricas.

É possível que cem Ben Ladens surjam ainda e é urgente que se alterem as condições onde medram os facínoras de Deus. Pior seria que mil Bushes florescessem no pântano do fundamentalismo cristão. Esperar-nos-iam amanhãs que disparam, num mundo de joelhos. É execrável o estilo e obscena a substância desta administração americana, numa postura simétrica com o fundamentalismo islâmico.

Quem espezinhou o direito internacional para o fazer cumprir, quem assassinou um povo para libertar um país, quem desafiou a ONU para fazê-la respeitar, levou demasiado longe a hipocrisia e não está em condições de promover a paz.

Quando se paga com notas verdes, onde se lê “In God we trust”, a traição e o suborno, quando se pede a um país civilizado que faça jejum e oração pelos soldados que invadem outro que é obrigado a fazê-lo, quando um presidente se comporta como pastor evangélico antes de agredir um ditador que escraviza o povo em nome de Alá, quando se exibe a Bíblia para afrontar o Corão, quando se faz do poder uma tribuna religiosa, não existe um presidente, há um beato empenhado numa cruzada.

Foi longa e trágica a quaresma do Ano da Graça de 2003. Continuamos à espera da redenção de uma liturgia laica. E a ressurreição dos ideais da revolução francesa: liberdade, igualdade e fraternidade. E sepultemos de vez esta letal confusão entre poder e religião.

Para partirmos para a construção democrática de uma Europa alargada e solidária, no interesse de europeus e americanos, parceiros iguais e não vassalos.

Não é de uma guerra entre o Eixo do Bem e o do Mal que precisamos. É da vitória do Eixo da Vida sobre o da Morte, da paz sobre a guerra, da tolerância sobre o fanatismo.

A derrota de Aznar, há uma semana, foi a primeira boa notícia. E, contrariamente ao que pretendia fazer crer o apaniguado do Opus Dei, não faltará aos que se opuseram à guerra determinação para combaterem o terrorismo. Com a vantagem de não terem apoiado uma invasão injusta e criminosa.

20 de Março, 2004 André Esteves

Mortalidade…

«Uns vêem ataques terroristas na televisão e sentem a sua mortalidade. Outros sobrevivem a desastres terríveis. E para mim? Bahh!! Bastou ir a um banco pedir um empréstimo para uma casa…»


André Esteves dixit…


20 de Março, 2004 Mariana de Oliveira

O que há na rede

O e-mail como novo veículo de evangelização.

19 de Março, 2004 Carlos Esperança

Comunicado da Associação República e Laicidade – (18-03-2004)

NA TOMADA DE POSSE DA COMISSÃO DE EXCLUSÃO RELIGIOSA

1. Reagindo à posse −dada pela Ministra da Justiça no dia 17 de março− da Comissão de Liberdade Religiosa, a Associação República e Laicidade reafirma que um Estado laico não deve reconhecer ou discriminar igreja ou comunidade religiosa alguma, devendo limitar-se a garantir a liberdade de consciência individual −que inclui a liberdade de ter e de não ter religião−, a igualdade de todos os cidadãos perante o Estado −independentemente das suas convicções religiosas ou filosóficas− e a liberdade de associação dentro dos limites legais, conforme aliás é garantido pela Constituição da República Portuguesa.

2. Nesse sentido, consideramos que o Estado deve assumir a sua absoluta incompetência em questões de religião, sendo por conseguinte inadmissível que se institua uma Comissão estatal com as funções de emitir pareceres sobre o reconhecimento pelo Estado do carácter religioso de uma associação, sobre os acordos a celebrar entre estas associações e o Estado e com atribuições quase policiais de investigar os “novos movimentos religiosos”!

3. As funções e a composição da Comissão de Liberdade Religiosa −que inclui dois representantes designados directamente pela Igreja Católica e três nomeados ministerialmente por indicação de outras confissões religiosas, e cinco outros escolhidos quer pela sua alegada “competência científica” quer pela sua participação no “diálogo ecuménico” promovido pela Igreja Católica− objectivamente coloca as confissões religiosas minoritárias sob a tutela da Igreja Católica e das confissões que esta decidir reconhecer. Institui-se, desta forma, uma Comissão de Exclusão Religiosa comandada pela Igreja Católica Apostólica Romana (a única Igreja a que a Lei nº16/2001 não se aplica!), que presumivelmente tratará como “seitas” as confissões protestantes pentecostais e outras, algumas das quais estão mais expressivamente implantadas no nosso país do que algumas confissões religiosas representadas na Comissão.

4. A Associação República e Laicidade recomenda que a Lei da Liberdade Religiosa seja revogada, repondo assim a igualdade constitucional entre os cidadãos, entre as suas associações (religiosas ou não) e assegurando a neutralidade do Estado em matéria religiosa.

Luis Manuel Mateus

(Presidente da Direcção)

Ricardo Gaio Alves

(Secretário da Direcção)

19 de Março, 2004 jvasco

2000 visitantes

Como de costume, cá vai uma citação para comemorar mais um valor histórico de visitantes:

“To surrender to ignorance and call it God has always been premature, and it remains premature today.”

— Isaac Asimov