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Categoria: Islamismo

27 de Outubro, 2008 Carlos Esperança

Quem nos acode?

Civilização e censura são incompatíveis.

Tenho dificuldade em acreditar que a censura e o medo já atingiram o país da Magna Carta, berço da democracia, com provas dadas na defesa da liberdade.

Quando o Director da BBC proíbe qualquer conteúdo irónico sobre muçulmanos não é apenas um acto intolerável de censura que se exerce, é um indício de cobardia que avilta quem decide e envergonha quem se submete.

As susceptibilidades dos crentes, descrentes ou anti-crentes não se podem sobrepor ao direito de expressão, crítica e sátira. Os prosélitos de qualquer credo não desistem de intimidar os que se lhe opõem, recorrendo ao terrorismo, se puderem. E há quem veja na capitulação perante a demência fanática o caminho da paz.

A Europa é hoje um espaço urbano graças à luta contra o pensamento único, o carácter divino do poder e o clericalismo. A cobardia de uns e a cumplicidade de muitos levam-nos para um caminho de difícil retorno.

A BBC foi um santuário da liberdade. A imagem de confiança e rigor jornalísticos fica seriamente afectada. Não se admite que capitule perante o medo do fascismo islâmico. É a civilização que está em causa. É a Europa que exige coragem.
19 de Outubro, 2008 Carlos Esperança

Fim das tréguas entre o Vaticano e Meca

«Preparando o confronto final entre o Mundo Cristão e o Radicalismo Islâmico» *

A comunicação social tem ignorado as recentes mudanças ocorridas na Igreja católica, relativas ao Islão. Deu mais atenção ao alarido da rua islâmica relativo ao discurso do Papa Bento XVI na Universidade de Ratisbona do que ao ódio surdo que cresce nas sacristias e extravasa nos paços episcopais, ódio que é retribuído de forma mais ruidosa e primária pelos islamitas.

O ecumenismo é o ardil que as religiões utilizam para camuflar o proselitismo. Convém lembrar o ataque do cardeal Ratzinger contra o diálogo religioso através da «Declaração da Congregação para a Doutrina da Fé Dominus Iesus», do ano 2000. Nesse documento, Ratzinger diz que a Igreja católica é “a Igreja verdadeira” e que as “Igrejas particulares” (ortodoxas) e as comunidades eclesiais (protestantes e anglicanas) “não são Igrejas no sentido próprio”, num tom que igualmente exclui as religiões não cristãs. A reiterada denúncia da «ditadura do relativismo» é redundante.

É neste contexto que um grupo de bispos participantes no Sínodo sobre a Palavra de Deus, no Vaticano, acusaram o Islão de não considerar os direitos da mulher, no casamento e na família, de acordo com a Declaração Universal dos Direitos Humanos.

O catolicismo é particularmente misógino, quer nos textos bíblicos, quer na doutrina, considera a mulher portadora de pecado original e não ratificou a Declaração Universal dos Direitos do Homem. Espanta, pois, uma acusação tão desabrida feita por quem não tem particulares pergaminhos na defesa dos direitos da mulher e da igualdade de género.

Mas a verdade é que os bispos têm a razão que pode faltar à sua Igreja mas sobra na impiedade da fracassada civilização árabe e nas atitudes tribais da religião islâmica.

Não tenhamos ilusões a respeito do confronto religioso que se desenha no seio da Igreja católica, no plano intelectual, e que aguarda a oportunidade de arrastar Estados.

A gradual secularização das sociedades democráticas e consequente perda de influência religiosa substituirá a propalada guerra de civilizações, eufemismo com que se mascara o desejo hegemónico das religiões, pela luta entre a civilização e a barbárie, o laicismo e as teocracias, o Estado de direito e o direito canónico.

O pior que pode acontecer à civilização e aos Estados democráticos é deixarem associar a defesa das liberdades a uma qualquer religião e permitirem que os direitos individuais e a modernidade fiquem reféns de um credo.

* Subtítulo de «O Mundo Secreto do Opus Dei» de Robert Hutchison, 1997

16 de Outubro, 2008 Carlos Esperança

Deus é bom se a polícia estiver atenta

MADRID (AFP) — Oito pessoas foram detidas nesta quinta-feira durante uma operação que desarticulou “uma célula vinculada ao terrorismo islâmico que prestava apoio” a membros da Al-Qaeda, informou o ministério do Interior.

25 de Setembro, 2008 Carlos Esperança

Aulas de religião em escolas públicas

Quem defende o ensino laico não pode deixar de se surpreender com a capitulação dos Estados europeus perante o proselitismo religioso. Defender o direito à prática religiosa é um dever irrenunciável das democracias, obrigar-se a catequizar os jovens é um abuso que compromete a neutralidade a que o Estado laico está obrigado.
Como já referiu o Kavkaz, três escolas primárias bascas vão catequizar 50 crianças cujos pais são islamitas e quem designará os professores é o Executivo Central das Comunidades Islâmicas de Espanha. É uma situação em tudo semelhante ao que se passa com o catolicismo, em Espanha e Portugal. O Estado paga e o bispo, com poder discricionário, nomeia o professor.
É evidente que uma democracia, em nome da igualdade dos cidadãos, não pode negar a uma religião o que concede a outra. Não deve, todavia, promover a fé religiosa porque a escola educa para a cidadania e não para a salvação da alma.
Há uma discussão urgente a travar na Europa antes de se agravarem as tensões racistas e xenófobas – saber até onde se deve consentir no espaço público o proselitismo agressivo das religiões. Permitir a construção de uma mesquita é um dever democrático, exigir à Arábia Saudita e ao Irão, por exemplo, a autorização de construção de mesquitas, igrejas cristãs e espaços ateus é um dever da comunidade internacional.
O pluralismo é uma conquista civilizacional e a reciprocidade uma regra do direito internacional. Depois disto, fica ainda a proibição de divulgar ideias racistas, xenófobas, misóginas e a promoção do ódio pio, da tortura e da pena de morte.
Um Estado democrático não pode tratar uma confissão religiosa de forma diferente da que usa para associações políticas, cívicas ou desportivas, sejam elas beneméritas ou de malfeitores.

24 de Setembro, 2008 Carlos Esperança

Deixem as crianças brincar

Por

Kavkaz

Na vizinha Espanha, no País Basco, três colégios PÚBLICOS vão ter, pela primeira vez, aulas de religião muçulmana em horário escolar. Os textos do “Alcorão” serão dados no primeiro ciclo do ensino. Há cerca de 50 crianças matriculadas, filhos de imigrantes muçulmanos. Os professores serão designados pela União de Comunidades Islâmicas e pagos pelo Governo espanhol, segundo o projecto.

Na escola as crianças serão DIVIDIDAS pelas religiões: uns vão às aulas de religião católica, outros às de religião muçulmana e há os alunos que frequentarão as aulas de ética.

Os pais tentam deixar a marca religiosa que ostentam aos seus filhos. Estes, sem possibilidade de análise crítica e com falta de visão da vida vão assimilar teses e regras que os afastarão do convívio com as outras crianças das outras religiões.

Os pais caem no erro de desejarem que os filhos sejam iguais a eles e raciocinem como eles. Não deixam as crianças crescerem felizes sem estarem divididas entre si, obrigam-nas a ostentar o “ferrete” religioso que os pais desejam que elas carreguem a vida toda.

Os pais deveriam dar paz à cabeça das crianças e deixá-las brincar! Ainda tão pequenas e já as querem aterrorizar com um “Gigante” que vê tudo, sabe tudo, as persegue a todo o lado e mal se descuidem, façam um erro, serão condenadas e maltratadas. O “Papão” pode tirar-lhes o sono e não é caso para menos. As crianças amigas, com quem costumavam brincar, passarão a ser diferentes, deixarão de poder ser bem entendidas e compreendidas por elas. São duma religião falsa, o mal do Mundo em que vivem.

Os pais destas crianças têm culpa. Eles preparam as guerras de amanhã. Os filhos deles, aquelas crianças inocentes, afinal prefeririam que as deixassem juntas para brincarem!

12 de Setembro, 2008 Carlos Esperança

O religioso desrespeito pelas crianças

A religião muçulmana pode afirmar e ensinar as maiores barbaridades. Um teólogo marroquino, Mohamed Ben Abderrahman Al Maghraoui, teve o desplante de dizer que “uma menina de nove anos dá com frequência um resultado melhor na cama do que uma jovem com 20“. Isto para “legalizar” a união entre um homem adulto e uma menina.
 
É bem conhecido o facto da religião muçulmana não respeitar frequentemente os “Direitos  da Criança“. Neste caso, o tal teólogo deveria estudar o artigo 34º da “Convenção dos Direitos da Criança” que diz assim:

“Tens o direito a ser protegido contra abusos sexuais. Quer dizer que ninguém pode fazer nada contra o teu corpo como, por exemplo, tocar em ti, fotografar-te contra a tua vontade ou obrigar-te a dizer ou a fazer coisas que não queres”.
 
É mais um caso arrepiante de abuso sexual infantil que tem de ser denunciado!

a) kavkaz (Colaborador eventual do DA)

9 de Setembro, 2008 Carlos Esperança

O profeta Maomé e a sua noiva Aisha

Por

Alexandre de Castro

Ceder até à cedência total

A editora americana Random House, ao acobardar-se, prestou um péssimo serviço ao direito da livre opinião. Por sua vez, os muçulmanos, ao recorrerem à manobra chantagista de reduzirem tudo aquilo que ponha em causa a intocabilidade do Profeta a manifestações intencionais de “ofensas” ao Islão, revelam o seu espírito tacanho, mesquinho e retrógrado, não conseguindo esconder, também, a sua arreigada intenção de pretenderem impôr às sociedades onde se encontram em minoria a sua sectária e irredutível visão religiosa e os seus dogmas absurdos.

A decisão da Random House, ao desistir de publicar o livro “The Jewel of Medina”, da jornalista Sherry Jones, com medo das represálias dos muçulmanos, assim como a recente determinação do governo do Reino Unido,  numa manifesta mistificação da História, mandar retirar dos programas escolares  todas as referências ao Holocausto, que os muçulmanos não aceitam, sinalizam um vergonhoso recuo em relação à defesa das liberdades democráticas. Não será certamente com este tipo de cedências que o terrorismo islâmico desistirá das suas intenções assassinas.

O medo e pusilanimidade são os melhores ingredientes para alimentar o ódio dos fundamentalistas islâmicos e acicatar a sua motivação terrorista. 

5 de Setembro, 2008 Carlos Esperança

Há sempre alguém que resiste

Um livro sobre o profeta Maomé e a sua noiva Aisha, que gerou controvérsia por ter sido recusado pela editora americana Random House, vai agora ser publicado por uma editora britânica independente, a Gibson Square.
(…)
O livro conta a história de Aisha, desde o seu casamento com Maomé – quando tinha apenas seis anos – até à morte do profeta.

(V/ Público)