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Categoria: Islamismo

8 de Junho, 2015 Carlos Esperança

Qual a origem do terrorismo?

Texto de Sam Harris retirado do livro “O fim da Fé”

No mundo árabe atual, a pobreza e a falta de instrução desempenham aqui um papel fundamental, o que não deixa antever soluções fáceis para os seus graves problemas. Esta região encontra-se hoje económica e intelectualmente estagnada a um ponto que teria sido impossível imaginar, tendo em conta o papel histórico que desempenhou no desenvolvimento e na preservação do conhecimento humano.

No ano de 2002, o PIB do conjunto dos países árabes era inferior ao da Espanha. Ainda mais preocupante, em Espanha são traduzidos mais livros que o mundo árabe traduziu para arábico desde o século IX.

Este grau de insularidade e retrocesso é chocante, mas não nos deve levar a acreditar que a pobreza e a falta de instrução estão na raiz do problema. O facto de uma geração de crianças pobres e iletradas estar a ser alimentada na maquinaria fundamentalista
das madraças (escolas religiosas financiadas pela Arábia Saudita) seria suficiente para nos deixar aterrorizados. Mas os terroristas islâmicos não provêm tendencionalmente dos pobres sem instrução; muitos são cidadãos da classe média, educados, e sem qualquer disfunção óbvia nas suas vidas pessoais.

John Walker Lindh, o jovem norte-americano que se juntou aos talibãs, distinguia-se por ser menos instruído.
Ahmed Omar Sheik, que organizou o rapto e assassínio do repórter do Wall Street Journal , Daniel Pearl, estudou na London School of Economics. Tendencialmente, os militantes do Hezbollah que morrem em operações violentas são menos pobres e mais instruídos (muitas vezes com um nível de ensino superior) do que os seus contemporâneos não militantes. Todos os líderes do Hamas têm formação superior, sendo alguns deles pós-graduados.

Estes dados sugerem que mesmo que todos os muçulmanos gozassem de um nível de vida comparável ao da generalidade dos americanos de classe média, o Ocidente poderia ainda assim continuar em perigo de colidir com o Islão.

Pessoalmente, desconfio de que a prosperidade islâmica poderia tornar as coisas ainda mais difíceis, porque a única coisa que parece suscetível de persuadir os muçulmanos de que a sua visão do mundo é problemática é o malogro evidente das suas sociedades. Se a ortodoxia islâmica fosse tão económica e tecnologicamente viável como o liberalismo ocidental, estaríamos provavelmente condenados a testemunhar a islamização do Planeta Terra.

Como vimos na pessoa de Ossama Bin Laden, o fervor religioso e assassino é compatível com a riqueza e a instrução. Mais, a eficiência técnica de muitos terroristas demonstra-nos que é compatível com uma instrução cientifica. É por isto que não há substituição cognitiva ou cultural possível para a dessacralização da própria fé.

Enquanto se aceitar que uma pessoa acredite saber como é que Deus pretende que toda a gente viva na Terra, continuaremos a assassinar-nos uns aos outros em nome dos nossos mitos.

Nas nossas relações com o Islão, temos de reconhecer que os muçulmanos não encontraram nada de substancial para dizer contra os atentados do 11 de Setembro, para além dos boatos muito difundidos de que os seus autores eram judeus. O discurso islâmico atual é um emaranhado de mitos, teorias da conspiração e exortações para recapturar as glórias do século XVII.

Não temos razão nenhuma para acreditar que os progressos económicos e políticos no mundo muçulmano servissem em si, e só por si, para remediar esta situação.

(Enviado por Paulo Franco)

7 de Junho, 2015 Carlos Esperança

Ocidente e Islão: um choque de civilizações

Texto de Sam Harris retirado do livro “O fim da Fé.”

Samuel Huntington descreveu o conflito entre o Islão e o Ocidente como «um choque de civilizações». Huntington observou que onde quer que muçulmanos e não muçulmanos tenham uma fronteira comum, o conflito armado é altamente provável. Utilizando uma frase feliz para uma realidade infeliz, declarou que «o Islão tem suas fronteiras ensanguentadas».

Ao contrário do que se pensa, Bin Laden não se «tornou num símbolo amplo e sobre-determinado de todos os ódios e medos da América». Basta ler o Alcorão para saber, com certeza quase matemática, que todos os muçulmanos verdadeiramente devotos estarão «convencidos da superioridade da sua cultura, e obstinados com a inferioridade do seu poder» tal como Huntington alega.

O mal que penetrou nas nossas fronteiras não é apenas o do terrorismo. É o mal da fé religiosa no momento da sua ascensão politica. Claro que o Islão não é a única religião susceptível de sofrer transformações tão terríveis, embora a sua ascensão, neste momento da história, seja única.

Os líderes ocidentais que insistem em afirmar que o nosso conflito não é com o Islão estão enganados.

Como sempre tenho tentado demonstrar, temos também um problema com o Cristianismo e o Judaísmo.Está na altura de reconhecermos que todos os homens e mulheres razoáveis têm um inimigo comum. É um inimigo tão próximo de nós, e tão enganador, que continuamos a seguir a sua orientação ao mesmo tempo que ameaça destruir a simples possibilidade da felicidade humana. O nosso inimigo não é mais do que a própria fé.

Embora seja reconfortante acreditar que o nosso diálogo com o mundo muçulmano tem, como um dos seus desfechos possíveis, um futuro de tolerância mútua, nada nos garante que isso aconteça, e muito menos os princípios do Islão. Dados os constrangimentos da ortodoxia muçulmana, dadas as penas existentes no Islão para punir a adaptação à modernidade, penso ser claro que o Islão deve encontrar uma maneira de se corrigir, pacificamente ou não.

O significado disto é tudo menos claro. O que parece óbvio, no entanto, é que o Ocidente deverá ganhar a discussão ou ganhar a guerra. Tudo o mais será escravidão.

(Enviado por Paulo Franco)

1 de Junho, 2015 Carlos Esperança

O Islão e a Ibéria

O islamismo radical e a Península Ibérica

O mito do Al-Andalus é ensinado em escolas e madraças do mundo islâmico, que sente com carinho e profunda nostalgia esse glorioso passado.

Sabe-se há muito que a Península Ibérica (ou Al-Andalus — designação dada pelos árabes ao Estado e Civilização nela criados) ocupa um lugar particular no imaginário árabe, no que se reporta aos territórios conquistados que formaram o império. Com os trabalhos sobre o islamismo radical, iniciados algumas décadas atrás, soube-se mais.

21 de Maio, 2015 Carlos Esperança

#Religião, não. Islão, nunca

A meio caminho entre o rio Eufrates e o Mar Mediterrâneo, a cerca de 200 quilómetros de Damasco, a cidade de Palmira recorda as lutas de velhos impérios e o testemunho das suas ruínas é (era?) Património da Humanidade.

A história é rica no oásis onde jazem relíquias de pedras que falam do Império Romano, monumentos que documentam civilizações que a barbárie pretende apagar. Quando, na juventude, li o romance “As Ruínas de Palmira”, seduziu-me a soberba descrição de um império perdido nas areias do deserto por um filósofo iluminista francês do séc. XVIII – o conde de Volnay –, autor do livro, também filósofo e político. Discípulo de Voltaire, o santo laico da cidade de Ferney, que em sua homenagem passou a chamar-se Ferney-Voltaire, tomou para pseudónimo os seus nomes [Voltaire e Ferney = Volnay].

Volnay foi o primeiro a falar-me das ruínas de Palmira num livro delicioso que a pide ainda não apreendera na biblioteca do Dr. Garcia, médico e democrata da cidade da Guarda, que via com simpatia o empréstimo que o meu colega António Júlio, seu filho, me fazia dos seus livros.

Já não me recordava que Palmira ficasse no deserto Sírio quando o Exército Islâmico (EI) começou a ser o cancro cujas metástases ameaçavam a cidade.

Hoje, após a notícia de que os facínoras de Alá, no auge do fascismo islâmico, tomaram a cidade, senti que, à semelhança das gigantescas estátuas dos Budas de Bamiyan ou da biblioteca de Mossul, a demência da fé vai reduzindo a pó a memória da civilização.

Na sementeira do ódio é também o iluminismo de Voltaire e do Conde de Volnay, cuja herança é património da civilização, que está refém da esquizofrenia mística herdada de um beduíno analfabeto e amoral, como Atatürk designou Maomé, pelo bando do EI.

17 de Maio, 2015 Carlos Esperança

A demência do Islão

Na Síria, as milícias da jihad assassinam dezenas de civis às portas da histórica cidade de Palmira e comprometem o futuro das suas ruínas, um património da Humanidade que a demência da fé ameaça.

O fascismo islâmico, misto de ignorância e sectarismo, é uma ameaça à paz e à civilização.

6 de Maio, 2015 Carlos Esperança

Parece gabarolice…

Estado Islâmico reivindica tiroteio no Texas

Grupo jihadista usou sua emissora de rádio para reivindicar atentado.
Dois homens atacaram prédio durante concurso de caricaturas sobre Maomé.

O grupo jihadista Estado Islámico (EI) reivindicou, nesta terça-feira (5), através de sua emissora de rádio, o ataque realizado domingo (3) contra um concurso de caricaturas sobre Maomé, organizada por centro cultural no Texas, sul dos Estados Unidos, informam a agência internacional de notícias France Presse (AFP) e a a BBC.