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Categoria: Catolicismo

1 de Abril, 2008 Mariana de Oliveira

Intervenção a bem da nação

O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa exortou os católicos a intervirem mais na sociedade, perante um Estado que não deve ser «militantemente ateu».

Se a tolerância é cada vez mais a base da «sociedade pluralista» actual, regista-se hoje «uma incrível exclusão da presença católica dos ambientes públicos e políticos», afirmou D. Jorge Ortiga.

«Não podemos aceitar ser excluídos dum processo de humanização integral» e o «Estado democrático não pode ser militantemente ateu e deixar de reconhecer, respeitar e procurar satisfazer a opção dos cidadãos a quem proporciona as condições necessárias para viver a sua religião, respeitando as outras crenças», sustentou.

Para o arcebispo de Braga, «os cristãos portugueses devem manifestar que nunca abdicarão, em princípio e acções, dos seus direitos e das responsabilidades inerentes que derivam da simples cidadania».

Por isso, os cristãos «devem acordar para uma maior responsabilidade sócio-política» e «afirmar a sua capacidade de intervenção, não tendo medo de congregar ideias, suscitar iniciativas e delinear uma cultura», defendeu.

Na assembleia plenária desta semana serão eleitos novos órgãos directivos, mas o até agora presidente da CEP defende que o catolicismo «acredita num futuro marcado pelos valores que professa» e por isso «nunca poderá prescindir de dar o seu contributo à edificação dum país mais justo».

Na sua opinião, «a intervenção na vida social é estruturante do cristianismo», explicou o arcebispo de Braga que recusa fazer uma análise da actuação da Igreja baseada em «realidades estatísticas ou resultados de sondagens».

Fonte: Sol, 31 de Março de 2008.

1 de Abril, 2008 Mariana de Oliveira

Versão 2.0

Numa entrevista, a propósito da Semana Santa, monsenhor Marcony Vinícius Ferreira, braço direito do arcebispo de Brasília, João Braz de Avis, propôs métodos revolucionários para passar a palavra da fé entre uma juventude «cada vez mais apática».

«Jesus usaria a internet, assim como o Papa usa o telefone celular, todos os meios onde a sua palavra pudesse chegar», disse.

Há pouco mais de dois mil anos, Jesus «entrou em Jerusalém num Domingo de Ramos montado num burro, que era o ‘Omega 2.0’ de hoje», acrescentou Marcony, referindo-se a um modelo automóvel que a norte-americana General Motors deixou de fabricar no Brasil em 1998.

«Jesus foi à casa de homens ricos como Zaqueu, Mateus e Simão. Este ofereceu-lhe um jantar fabuloso. Foi à casa de pobretões como Marta, Pedro e outros. Jesus se aproveitaria dos espaços oferecidos para interagir. Iria ao Congresso Nacional, ao Maracanã. Onde Ele pudesse conversar com o povo, ser ouvido, Ele iria», assegurou o religioso, perguntado sobre se Cristo aceitaria um convite para um churrasco.

Fonte: Sol, 21 de Março de 2008.

31 de Março, 2008 Ricardo Alves

Lucidez

  • «(…) o sistema de valores que consideramos como o nosso corpo doutrinal não é aquele que a maioria da sociedade portuguesa assume» (Carlos Azevedo, bispo da ICAR)
30 de Março, 2008 Carlos Esperança

Escaramuças pias

Divórcio abre nova guerra entre maioria PS e Igreja

Bispo porta-voz da hierarquia fala em projectos “facilitistas”

Está à vista um novo conflito entre a Igreja Católica e a maioria socialista. Depois da despenalização do aborto, agora será a vez do divórcio.

É surpreendente que uma instituição que se opõe à interrupção voluntária do celibato dos seus membros se esforce por impedir a interrupção voluntária do matrimónio aos crentes, descrentes e crentes de outras religiões.

27 de Março, 2008 Carlos Esperança

Vaticano – Contributo de um leitor

O Vaticano é um estado curioso. Resultou dum acordo com (um tratado…) entre um ditador e um teocrata que governava um estado fictício. Tem uma população muito reduzida com predomínio, ao que julgo, de homens de idade provecta.

Caracteriza-se também por uma baixa natalidade (certamente a menor natalidade em todo o mundo!), não necessitando de maternidades nem creches e muito menos escolas preliminares. Assim a especialidade médica mais requisitada será a geriatria.

Apesar de tudo o seu território é um pequeno quarteirão tendo um exército muito peculiar à guisa de polícia decorativa.
É uma ditadura (teocracia) que representa o império ou reino divino meio temporal e algo, convencionalmente, espiritual.

A sua indústria é também peculiar no meio de todas estas subtilezas artificiais vendendo-se todo o tipo de amuletos, medalhas, medalhões, santas e santos, bulas e isenções, viáticos e “consolos” sabiamente abençoados.
A substituição do quadro directivo é igualmente inédito noutros paralelos com fumaças escuras ou brancas num código que só os índios americanos aperfeiçoaram com requintes… Também é dito, veladamente, que alguns venenos contribuem para encurtar o reinado se o chefe é incómodo.

Mais curioso ainda é que vende ou aufere prebendas de prelados e de outros numa autêntica cadeia de vassalagens nesse estado nobiliárquico cheio de requintes que se estende e imiscui por todos os cantos (no ocidente) constituindo-se, paralelamente, como o estado com um sistema de informações complexo e sendo um misto de estado policial e secreto.

Consegue superar as crises económicas possuindo, segundo alguns “experts”, uma vastíssima carteira de acções com muitos especialistas em especulação financeira e nalguns casos peritos também em falências fraudulentas.

Enfim, num resumo, não se podem fazer muitos mais elogios.
Se bem que muito rentável, explorando sobretudo outros estados empobrecidos ou de gente pobre, consta que os seus adeptos têm-se reduzido em número e fanatismo tendo-se erradicado algumas práticas que constituíam espectáculos gratuitos e muito pios como as execuções na fogueira (autos de fé!) e outras não menos repugnantes passadas nas masmorras execrandas. Referências a não esquecer.

a) Guilherme T.