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Categoria: Ateísmo

7 de Novembro, 2012 Carlos Esperança

Um Papa sem fé – Comentário de um ateu

O papa assume que não vai à Síria por falta de segurança!!!! Tendo em conta que as coisas só acontecem quando deus quer, então, o papa, “representante “de deus na Terra, é o primeiro a não acreditar na entidade que representa.

7 de Novembro, 2012 Carlos Esperança

As condolências de um hipócrita na morte de outro

Bento XVI lamentou hoje o falecimento do patriarca da Igreja Ortodoxa no país, Máximo, que morreu esta madrugada aos 98 anos, num hospital de Sófia.

O Papa enviou um telegrama de condolências no qual evoca o responsável como alguém que “durante muitos anos serviu com devoção o Senhor e o seu povo”.

Diário de uns Ateus – O defunto colaborou com o regime comunista que o Vaticano, ao contrário do nazismo, excomungou.

7 de Novembro, 2012 Carlos Esperança

Os desejos públicos de um hipócrita

Bento XVI alertou hoje para os “paraísos artificiais” que, na sua perspetiva, estão a sufocar na humanidade o “misterioso desejo” de Deus e apelou ao diálogo entre católicos e os que não têm fé.

Diário de uns ateus – É preciso não esquecer que os ateus estão excomungados por esse antro de maus costumes chamado Vaticano. A hipocrisia de propor diálogo aos que já não consegue queimar é um número de circo.

3 de Novembro, 2012 Carlos Esperança

Religião pode desaparecer em 9 países

A pesquisa seguiu um modelo de dinâmica não-linear que tenta levar em conta fatores sociais que influenciam uma pessoa a fazer parte de um grupo não-religioso.

Cientistas analisaram dados colhidos desde o século 19

Uma pesquisa baseada em dados do censo e projeções de nove países ricos constatou que a religião poderá ser extinta nessas nações.

Analisando censos colhidos desde o século 19, o estudo identificou uma tendência de aumento no número de pessoas que afirma não ter religião na Austrália, Áustria, Canadá, República Checa, Finlândia, Irlanda, Holanda, Nova Zelândia e Suíça.

2 de Novembro, 2012 Carlos Esperança

Citação

João Pedro Moura comentou o post de Kavkaz:

Epicuro (341-270 a.c.), o grande filósofo grego, compreendeu perfeitamente, há mais de 2 000 anos, a inanidade da ideia de deus, ao comentar com uma demolidora e lógica argumentação, um incêndio que queimou um templo, no seu tempo:

“O fogo chegou à casa do vosso deus e consumiu-a:
Pergunto-vos: por que razão não evitou esta calamidade, se realmente é justo e bom?

Ou ele a quis evitar, mas não pôde; ou pôde e não quis; ou nem quis nem pôde, ou, enfim, quis e pôde.

Se quis e não pôde, é impotente; se pôde e não quis, é perverso; se não pôde nem quis, é perverso e impotente; se pôde e quis, é monstruoso.

Assim, para que prestais culto a semelhante divindade?”

3- A persistência da ideia de deus, no seio da humanidade,contra a evidência e, portanto, sem qualquer prova da sua existência,desafiando as mais simples regras da lógica e do bom senso, demonstra, por outro lado, que tal ideia maluca, a suposta existência de deus, é coisa bem entranhada, no imaginário humano, que não cai à primeira investida lógico-científica, mas sim com o desgaste do tempo e da educação e com um ambiente sócio-económico e intelectual favorável ao livre discurso e livre exame dos assuntos religiosos…

… E, mesmo assim, dura… dura…

11 de Outubro, 2012 Carlos Esperança

SOBRE JESUS CRISTO

Por

ONOFRE VARELA

Muito provavelmente o Jesus Cristo (JC) pintado pelo Cristianismo, não existiu, realmente, como pessoa.
O que sobra dele é a dimensão humana para a História (ínfima, com pouquíssimas referências credíveis), e a dimensão divina para a crença (bibliotecas imensas, cheias de registos essencialmente mitológicos e do âmbito da fé).

É esta bidimensionalidade que constrói a imagem universalmente aceite de Jesus Cristo.
Quanto à dimensão religiosa, exclusivamente radicada no campo da fé, é algo perfeitamente dispensável na minha vontade de saber, porque em fé não se sabe; aceita-se o que for, mesmo que não seja, e principalmente não sendo!

A desconfiança da existência real de JC começa no seu próprio nome de JESUS CRISTO. Vejamos:

JESUS – significa salvador.

CRISTO – significa ungido.

UNGIR – é friccionar com unguento, aplicar óleos chamados “santos”, a uma pessoa, para a consagrar a Deus. É um rito primitivo que hoje pode ser observado no baptismo católico, de um modo mais comedido. Não se besunta o corpo todo do candidato à consagração, mas apenas meio centímetro de pele, na testa e no peito. O ungido reveste-se de autoridade, presumindo-se que está automaticamente seleccionado por Deus para… não sei bem para quê!…

SALVADOR – é uma palavra que hoje pode ser aplicada ao bombeiro que acorre a tempo a um acidente ou a um incêndio, e ao nadador que na praia, ou na piscina, tem a missão de nos safar de morte certa. Mas, quando o termo se reveste de religiosidade deífica, significa a salvação da alma (daquela tal parte inexistente de nós) depois do
indivíduo se finar.

Por aqui se comprova a mística do nome, o que conta como primeira desconfiança para não se levar a sério a existência real e concreta da pessoa que se baptiza assim.

Mas o nome Jesus Cristo também pode funcionar mais como cognome, à semelhança dos reis, que seria atribuído não no momento do nascimento do pré-destinado a monarca, mas só depois da sua coroação ou, ainda, após o reinado, colhendo o cognome na prática e no modo como reinou.

Também se pode considerar que o nome Jesus Cristo só foi colado ao personagem já em adulto — e com provas dadas de que era realmente um ungido e um salvador — no acto do baptismo, pelo João Exactamente Baptista, nas águas do rio Jordão.

Mas aqui sobra um enigma: Se só a partir daí, JC se chamou Jesus Cristo, que outro nome teria antes? Seria assim a modos como um frade que tem registado na cédula pessoal o nome de José António da Silva, mas depois do curso no mosteiro passa a ser chamado de Frei Santa Marta de Negrelos?

E depois, se Jesus só se chamou assim quando já era crescido e barbado… como é que era tratado pelos pais em catraio, e pelos amigos e amigas, antes de se ter metido na actividade política com militância na extrema-esquerda?

Para além do enigmático nome de Jesus, há os feitos que lhe são atribuidos. E aí estamos como com Moisés. A História é muda e cega relativamente a eles. E isso pode sublinhar o mito e destruir o facto.

Por muito deus que se afirme Cristo, se não existiu o homem… é mito. Tal como o próprio Deus, afinal!…

É preciso acrescentar aqui esta breve, mas importantíssima, consideração: o entendimento de “Cristianismo”, relativamente aos seus conceitos, já existia antes de Jesus Cristo existir!

A igualdade entre os homens, o equivalente estatuto das mulheres, o sentido de Justiça, a sã convivência e a entre-ajuda, por tão naturais, não precisam de propagandistas. Todos nós, independentemente da cultura em que vivamos e da latitude em que nos encontremos, sentimos a veracidade desses conceitos como características humanas.

O sentido de Justiça e o direito à igualdade de tratamento é uma convicção (e aspiração) natural de todos nós, independentemente de sermos do norte ou do sul, do leste ou de oeste, negros, amarelos ou brancos. Só é necessário fixar esses conceitos na mente de cada um de nós, através de um saudável ensino laico e humanista.

Talvez possamos afirmar que Jesus Cristo não é pessoa nem deus. É um ideal. Além do mais, os conceitos humanistas sublinhados pelo Cristianismo, estão todos registados no livro da Tora (Pentateuco), denominado Levítico (Vayikrá para os judeus), que Cristo tão bem conhecia, tal como todos os seus concidadãos judeus, e que os cristãos acabaram por realçar.
Inclusivamente, aquela frase apregoada como sendo tão cristã: “ama o próximo como a ti mesmo”, não pertence aos evangelhos ditos cristãos.

Está no Velho Testamento (Levítico, 19:18).

8 de Outubro, 2012 Miguel Duarte

Passagem do filme “In defense of secularism”, seguida de debate

No próximo dia 17 de Outubro, nos encontros Ateístas e Humanistas de Lisboa, irá ser passado o documentário “In Defense of Secularism”, seguida de debate. Convidamos todos os interessados a participar e a vir conhecer o grupo (temos reuniões mensais).

Apresentação:

É a separação entre a Igreja e o Estado efetiva em todos os países europeus? É a laicidade um valor fundador da União Europeia?

Através deste documentário vamos discutir estes temas e o papel da Igreja em três países da União Europeia: Roménia, Irlanda e Itália.

Refeição (a participação no evento custa 7 Euro e inclui a refeição):

  • Pão e azeitonas
  • Folhado de atum e muffins de cenoura e frutos secos (opção vegetariana)
  • Salada
  • 1 Bebida (sumo ou cerveja mini)

Confirmações
Por forma a que se possa garantir um número de jantares adequado e uma disposição correta da sala, solicitamos que pff confirme a sua presença até dia 16, através do nosso grupo no meetup:

http://encontros.humanismosecular.org/events/71911062/

5 de Outubro, 2012 Carlos Esperança

Os sacrifícios nas religiões

Por

Leopoldo Pereira

Seria fastidioso enumerar todas as seitas religiosas que, desde tempos remotos, enveredaram por práticas absurdas, como a “necessidade” de ofertar bens materiais, sacrifícios estúpidos, edificação de altares, templos, etc., às divindades que iam inventando.
Diz o dicionário: ALTAR é uma espécie de mesa ou lugar alto onde se oferecem sacrifícios aos deuses ou se fazem imolações. IMOLAÇÃO é um sacrifício com derramamento de sangue, oferecido à divindade.

Foram várias as civilizações antigas (consta existirem nos nossos dias seitas religiosas que ainda sacrificam animais), que nos altares assassinaram pessoas, por exemplo aos deuses Moloc, Baal, Zeus, aos dos Celtas, Germanos (deus Odin), Eslavos (deus Perun, a quem imolavam rapazes e raparigas) e aos deuses das civilizações Maias, Incas, Astecas (estes mataram milhares), etc. Também o Xintoísmo sacrificava homens. Quase todos os citados incluíam nas oferendas aos seus deuses outros animais. As raízes das três religiões monoteístas são de idêntico teor, não devendo os aficionados esquecer tais barbaridades. Havia templos (os mais importantes) que mantinham a fogueira acesa as 24 horas do dia e adiante verão para quê! Mais, o gosto pelas fogueiras foi reeditado pela ICAR na Idade Média, tendo terminado há pouco, no Séc. XIX. Livres-pensadores, hereges, bruxos, indesejáveis, foram torturados e arderam (ainda com vida) em grande número, para gáudio da assistência que, à semelhança das touradas e da matança do porco, faziam e fazem dos sacrificados uma festa! Consta que o número de mortos devido à atuação da Inquisição ronda os 9 milhões.

Na Bíblia podem ler vários textos sobre o assunto, tão eloquentes e elucidativos como estes:
“Se for holocausto de aves, a oferta será de uma rola ou de um pombinho. O sacerdote levá-la-á até ao altar e, destroncando-lhe o pescoço, queimá-la-á sobre o altar, depois de deixar escorrer o sangue sobre a parede do altar. Tirará o papo e as penas, atirando-os para o leste do altar, para cima das cinzas. Dividirá a ave ao meio, uma asa de cada lado, mas sem separar as partes. Então o sacerdote queimará a ave no altar, em cima da lenha que está sobre o fogo. É um holocausto: oferta queimada, de suave odor para o Senhor.”

“Se ofereceres ao senhor um animal grande, macho ou fêmea, deverá ser sem defeito. (…) Oferece ao Senhor a gordura. Os filhos de Aarão queimarão essa parte no altar, por cima do holocausto, em cima da lenha colocada sobre o fogo. É uma oferta queimada, de suave odor para o Senhor.”

Como disse, os textos que recomendam a imolação de animais são vários e alguns bem mais aterradores do que estes. A ementa incluía vacas, bois, cabras, ovelhas, cordeiros, cabritos e até aves. Os templos eram autênticos matadouros e as fogueiras não tinham mãos a medir. Segundo o Livro Sagrado, Deus curtia a cena, concretamente pelo cheirinho agradável…
Por estas e outras do género, que tenho vindo a abordar, é que a leitura da Bíblia estava interdita aos profanos. Martinho Lutero (Papa de Saxe), no Séc. XVI traduziu-a e, a partir daí, pessoas como eu podem e devem deliciar-se com as “larachas” nela inclusas.

Uma vez que veio à baila Lutero, convém acrescentar que este monge agostinho (professor universitário alemão), foi contra as indulgências decretadas pelo Papa Leão X (enviei-as aos amigos, não há muito tempo), achava que o Vaticano devia renunciar aos bens temporais (pois sim), era a favor do casamento dos padres, amaldiçoava os mosteiros, as imagens nos templos e o sacrifício da missa. Proclamou a liberdade de pensamento e de consciência. Claro que foi excomungado (só podia).
Seguramente eu seria um dos archotes vivos, se Inquisição ainda houvesse e isso não posso perdoar, como não perdoam os que “aplacaram” a ira de deuses cretinos, cobardemente assassinados pelos seus sacerdotes (“iluminados” convencidos de representarem a divindade).

Detesto altares e templos… só podem cativar-me arquitetonicamente. Sacerdotes também não aprecio, ainda que deva reconhecer existirem nessa área pessoas excecionais (como pessoas). Gosto de animais e sinto pelo que as religiões lhes fizeram ou fazem. Sou por eles.

4 de Outubro, 2012 Carlos Esperança

Associação Ateísta Portuguesa (AAP) – Fundações

COMUNICADO

A Associação Ateísta Portuguesa (AAP) não se manifesta sobre decisões políticas que ultrapassem o âmbito dos seus objetivos, sendo as opções estritamente políticas alheias aos fins que prossegue.

A extinção e restrições ao apoio de diversas Fundações, decididas pelo Governo, com origem nas dificuldades orçamentais e em critérios que não merecem à AAP qualquer comentário, contrariam, contudo, o princípio da equidade e ferem de forma grosseira a laicidade e os interesses do Estado.

Assim, urge denunciar a exclusão da avaliação, pelo Grupo de Trabalho nomeado pelo Governo, de «Fundações de origem canónica ou de outras confissões religiosas», reguladas pela Lei da Liberdade Religiosa, aprovada pela Lei n.º 16/2001, de 22 de Junho, e pela Concordata entre a República Portuguesa e a Santa Sé, ratificada pelo Decreto do Presidente da República n.º 80/2004, de 16 de Novembro.

Na prática, são as Fundações católicas que o Comunicado do Conselho de Ministros de 13 de setembro de 2012 declara isentas dos «procedimentos e diligências necessários à concretização das respetivas decisões de extinção, de redução ou cessação de apoios financeiros públicos e de cancelamento do estatuto de utilidade pública».

Os contribuintes, independentemente das convicções religiosas ou da sua ausência, são obrigados a pagar as subvenções que as Fundações católicas recebem e os impostos que não pagam sem que os seus fins e interesse público sejam avaliados pelos mesmos critérios que se aplicam às restantes Fundações.

A Associação Ateísta Portuguesa apela à Comunicação Social para divulgar o presente Comunicado bem como à solidariedade dos jornalistas para denunciarem uma situação imoral e os privilégios injustificáveis de que continua a beneficiar a Igreja católica em Portugal, como se o país fosse um protetorado do Vaticano.

Direcção da Associação Ateísta Portuguesa – Odivelas, 04 de outubro de 2012