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Categoria: Ateísmo

1 de Fevereiro, 2013 David Ferreira

A LUZ DOS ESPELHOS QUE SOMOS

Somos apenas um fiapo da sombra que se reflete e repete no espelho imaterial em que nos observamos, um espectro difuso que nos observa com o nosso olhar à espera das respostas que não conseguimos dar.

É nesse painel inconsistente que nos reproduzimos e projetamos, com receio de anoitecer. Tecemos do ventre do medo o desejo de sermos um eco do Eu a regressar-nos sempre igual, a garantir-nos plausibilidade e certificação.

Fomos gerados na noite dos tempos imemoriais e inventámo-nos os espelhos necessários e possíveis, que alumiámos para nos podermos contemplar, não apenas para sermos, mas para sermos mais do que nós. É dessa irracionalidade intangível em constantes espasmos evolutivos, que nos recriámos em deuses, sem saber que nos mentíamos ao adornarmo-nos da certeza de sermos mais e maiores do que a nossa essência primordial.

É essa embotada réstia de Sol que sonhámos que continua a alimentar os espelhos, agora desnudos, dos que necessitam de crer para ver, assim reciclando e perpetuando a ilusão da luminosidade refletida pela ilusão de si mesmos.

28 de Janeiro, 2013 David Ferreira

A fé é a única convicção que confere credibilidade à alucinação e razoabilidade à loucura. Aos loucos com fé se anunciam as bem-aventuranças, aos outros se reservam os hospícios.

 

24 de Janeiro, 2013 Carlos Esperança

O DEUS INVISÍVEL

Por

David Ferreira

    A existência e a necessidade de implementação de religiões organizadas, constitui-se, porventura, como a maior prova da não existência dos deuses que as civilizações mais primitivas conjeturaram, antropomorfizaram ou idealizaram, partindo, então, de pressupostos compreensivelmente necessários para saciar a curiosidade gerada por um cérebro a fervilhar de potencial evolutivo, mas ainda na sua infância.

   Os deuses cruéis ou piedosos que se exibem nas galerias de arte sacra ou nos grandiosos quadros filosóficos de expressionismo abstrato que cromatizam as galerias unicolores das mentes dos teólogos, possuem todos uma caraterística que se assume como naturalmente intrínseca: a invisibilidade.

   Um Deus invisível é um Deus que se anula a si próprio conscientemente. Um Deus que se anula a si próprio conscientemente, carece de suprema consciência. Um Deus que carece de suprema consciência, não é Deus, é um eco da nossa inconsistência arremessado e repelido com a mesma exatidão.

A existência de Deus torna-se assim apenas possível por intermédio da necessidade de uma consciência coletiva e consistente que preceda a materialização do culto organizado e cujo único móbil é a volubilidade da consciência individual. Só um Deus invisível justifica a necessidade de proselitismo.

21 de Janeiro, 2013 Carlos Esperança

Breves considerações sobre o ateísmo

O ateísmo é uma opção filosófica assumida por quem se sente responsável pelos seus atos e forma de viver, de quem preza a vida – a sua e a dos outros –, cultiva a razão e confia no método científico para construir modelos da realidade, e de quem não remete as questões do bem e do mal para seres incertos nem para a esperança de uma existência após a morte.

O ateísmo é frequentemente apresentado como uma filosofia nascida no século XIX mas já no século IV antes da era vulgar Teodoro, o Ateu, proclamava que Deus não existia. Aliás, o ateísmo segue a par e passo as religiões; quando nos faltam elementos sobre a sua evolução, é através da animosidade da fé, para ser suave, que conhecemos os afloramentos ateístas das diversas épocas.

Parafraseando Rousseau direi que «O homem é ateu por natureza e é a sociedade que o corrompe», especialmente o clero que, desde tenra idade, toma conta dele e o catequiza.

O crepúsculo da fé acentua-se com as descobertas científicas, o aprofundamento das liberdades individuais e a progressiva secularização das sociedades democráticas. Ela mantém-se e exacerba-se em redutos com grandes constrangimentos sociais, fortemente dependentes do poder clerical, das hierarquias tribais e de regimes totalitários.

Carl Sagan, no seu livro «Um mundo infestado de demónios», lembra-nos que o abade Richalmus escreveu um tratado sobre os demónios, por volta de 1270. Os sedutores demoníacos de mulheres chamavam-se íncubos e os de homens, súcubos. Santo Agostinho acreditava que as bruxas eram o produto dessas uniões proibidas tal como a maioria das pessoas da antiguidade clássica ou da Idade Média.

Compreendem-se hoje as freiras que, num estado de confusão, viam semelhanças entre o íncubo e o padre confessor ou o bispo e que ao acordarem se sentissem conspurcadas como se se tivessem misturado com um homem, como escreveu um cronista do século XV (pág.126, ob. Citada no § anterior).

A fé a superstição confundem-se. Ainda hoje vemos crentes que rumam a Fátima e à Santa da Ladeira, deixando o óbolo em ambos os locais, sem dispensarem as rezas e a liturgia da bruxa perante a adversidade.

15 de Janeiro, 2013 Carlos Esperança

Associação Ateísta Portuguesa (AAP) – Convite da RTP – 1

Para conhecimento dos sócios da AAP, em particular, e dos leitores do Diário de uns Ateus, informo que fui convidado para participar no próximo programa «Portugal no Coração» da próxima 5.ª feira, dia 17.

 

Eis o teor do convite:

Conforme conversa telefónica aqui vai o meu pedido para estar no programa “Portugal no Coração” no dia 17 de Janeiro, quinta-feira, para nos falar sobre o Ateísmo. O tema do programa do “Portugal no Coração” será Portugal: Profano ou Sagrado?

Pedia-lhe que me enviasse uma pequena biografia sua assim como alguns tópicos a abordar no programa, tópicos que considere importantes e relevantes nós destacarmos.

Será contactado amanhã pela produção com o horário da sua participação para quinta- feira sabendo que o programa começa ás 15h ás 18h.

Qualquer dúvida que tenha não hesite em contactar-me.

Melhores Cumprimentos,

Andreia Castro Guimarães

12 de Janeiro, 2013 Carlos Esperança

DE NATURA DEORUM (3 de 3)

Por

João Pedro Moura

O TOTALITARISMO

As religiões monoteístas são altamente totalitárias.

Remontam a uma época em que a unidade do género humano, para tais religionários, estava dividida em duas espécies de gente: os que estão do nosso lado e os que não estão; os que seguem a doutrina oficial e os outros…

Vejamos 3 conceções paradigmáticas, no Novo Testamento, acerca do destino reservado aos outros… 

1- Marcos 16:16:

“Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.“

São as palavras finais do Cristo “ressurreto”, aos seus apóstolos. A mensagem definitiva e escatológica.

Será condenado porquê???!!! Alguém fez um mal, ao não crer na doutrina oficial???!!!

Objetivamente, não há mal nenhum, em não crer, mas, para deus e seu ectoplasma filial, Jesus Cristo, pejado de misericórdia e amor infinitos à humanidade, haverá condenação infernal aos que, simplesmente, não creram na treta divina, porque deus não os predispôs para tal…

2- João 15:5, 6:

“Eu sou a videira e vós os ramos; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque, sem mim, nada podeis fazer.

Se alguém não estiver em mim, será lançado fora, como o ramo, e secará; tais ramos são recolhidos, lançados ao fogo, e ardem.”

Ora aqui estão, também, as razões do aparecimento da Inquisição e da sua pena suprema – o braseiro purificador dos malditos…

Novamente, o Cristo, esse paradigma do “amor”, da “bondade” e da “misericórdia”, a afirmar o que acontecerá a quem não estiver “nele”…

… A morte na brasa

3- Mateus 25:31-46

“31- E quando o Filho do homem vier em sua glória, e todos os santos anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória;
32- E todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas;
33- E porá as ovelhas à sua direita, mas os bodes à esquerda.
34- Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo;
(…)

41- “Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos;
42- Porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber;
43- Sendo estrangeiro, não me recolhestes; estando nu, não me vestistes; e enfermo, e na prisão, não me visitastes.
(…)

46- E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna.”

E, para terminar o desiderato escatológico do amor pela humanidade, temos o “Dia do Juízo Final”, a “Dies Irae”: os “maus”, quero dizer, todos aqueles que não seguiram o Cristo, tais como ateus, indiferentes, religionários de religião errada, etc. seguirão para o “fogo eterno”; os virtuosos da adoração divina seguirão para o jardim da celeste corte…

4- É preciso um alto grau de totalitarismo, um inimaginável ódio pela humanidade, um maníaco pendor discriminatório, para não só não aceitar todos aqueles que não seguiram “o guia”, como também ordenar a sua condenação ao “fogo eterno”!

5- As religiões monoteístas, a judio-cristã e a islâmica, constituem o maior totalitarismo da História!!!

Patenteiam uma tamanha conceção de unicidade individual e social, que as leva a reprimir, brutalmente, qualquer dito ou feito, considerado dissonante com a doutrina.

Não há paralelo, na História da Humanidade, de semelhante totalitarismo!

Uma atrocidade! Uma crueldade! Um enorme ódio pelo outro e pelo diferente!

6- O que vale é que a “Dies Irae” já passou, com toda a sua infalibilidade:

a) Mateus 24:34:

“Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que todas estas coisas aconteçam. “

b) Lucas 21:32

“Em verdade vos digo que não passará esta geração até que tudo aconteça.“

CONCLUSÃO

            Deus é uma projeção mental dos explorados, oprimidos, ignorantes, os desejosos de saber depressa a causa das coisas, os medrosos, os inquietos…

            Seria difícil, nos tempos primitivos, ver-se o faiscar dos relâmpagos, o trovão ribombante, as tempestades, os sismos e demais manifestações naturais, sem ficar apreensivo com a causa e sem idealizar uma entidade medonha, que estaria a supervisar a vida…

Depois, veio o clero, erigido em autoridade suprema e indistinguível do poder político, a debitar o preceituário doutrinário da redenção salvífica e a preconizar a mansuetude ovelhum, para manter a paz dos poderosos e o pasto fácil dos mesmos…

Depois, edificou-se a aliança entre o trono e o altar, para melhor garantir as tutelas dum e doutro e continuar a preservar a pacatez asinina do rebanho, em ordem para a melhor condução ao aprisco divino…

… Até um dia…

8 de Janeiro, 2013 Carlos Esperança

DE NATURA DEORUM (2 de 3)

Por

JOÃO PEDRO MOURA

BÍBLIA

            A Bíblia é o livro do cristianismo. Parcialmente, também é o livro do judaísmo. Mas aqui interessa, fundamentalmente, o cristianismo que é o que nos “afeta” a todos, em termos de civilização e matriz cultural…

Continuando com a “Natureza de Deus”, vou, seguidamente, explanar sobre “a criação do mundo”, em 6 dias, na versão bíblica, a origem da humanidade e a genealogia do profeta-mor do reino, Jesus…

… Nada como começar com a origem das coisas…

 

OS 6 DIAS DA CRIAÇÃO

1- Génesis 1:1-19:

“1- No princípio criou Deus os céus e a terra.
2- E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas.
3- E disse Deus: Haja luz; e houve luz.
4- E viu Deus que era boa a luz; e fez Deus separação entre a luz e as trevas.
5- E Deus chamou à luz Dia; e às trevas chamou Noite. E foi a tarde e a manhã, o dia primeiro.
6- E disse Deus: Haja uma expansão no meio das águas, e haja separação entre águas e águas.
7- E fez Deus a expansão, e fez separação entre as águas que estavam debaixo da expansão e as águas que estavam sobre a expansão; e assim foi.
8- E chamou Deus à expansão Céus, e foi a tarde e a manhã, o dia segundo.
9- E disse Deus: Ajuntem-se as águas debaixo dos céus num lugar; e apareça a porção seca; e assim foi.
10- E chamou Deus à porção seca Terra; e ao ajuntamento das águas chamou Mares; e viu Deus que era bom.
11- E disse Deus: Produza a terra erva verde, erva que dê semente, árvore frutífera que dê fruto segundo a sua espécie, cuja semente está nela sobre a terra; e assim foi.
12- E a terra produziu erva, erva dando semente conforme a sua espécie, e a árvore frutífera, cuja semente está nela conforme a sua espécie; e viu Deus que era bom.
13- E foi a tarde e a manhã, o dia terceiro.
14- E disse Deus: Haja luminares na expansão dos céus, para haver separação entre o dia e a noite; e sejam eles para sinais e para tempos determinados e para dias e anos.
15- E sejam para luminares na expansão dos céus, para iluminar a terra; e assim foi.
16- E fez Deus os dois grandes luminares: o luminar maior para governar o dia, e o luminar menor para governar a noite; e fez as estrelas.
17- E Deus os pôs na expansão dos céus para iluminar a terra,
18- E para governar o dia e a noite, e para fazer separação entre a luz e as trevas; e viu Deus que era bom.
19- E foi a tarde e a manhã, o dia quarto.”

Como se pode ler, deus criou a “luz”… no primeiro dia, mas só criou o sol, a lua e as estrelas, no quarto…

Ainda gostava de saber qual foi a extraordinária fonte de luz, que deus criou no primeiro dia, distinguindo o “dia” da “noite”, sem ser o sol, nem a lua nem as estrelas…

… Mas acho que nunca o saberei…

Mais: como é que deus, no seu infinito poder, consegue estabelecer o primeiro dia, um período de 24 horas, em que o sol alterna entre o acima e abaixo da linha do horizonte, sem ter criado o… sol???!!!…

O próprio deus a desafiar as leis da Física, contraditando-as, mas estabelecendo-as, 3 dias depois…

Os poderes de deus, em todo o seu esplendor, “chumbados” logo no primeiro exame sobre astronomia elementar…

Eu explico: é que os néscios que fizeram o Génesis, não sabiam que a luz da aurora era a primeira radiação visível do sol emergente. Pensavam que era uma luz abstrata, independente do sol. Por isso, é que tais néscios puseram o seu deus de fancaria a brincar às luzes…

Das duas, uma: ou deus inspirou os néscios, imperfeitamente, ou foram estes que fizeram a “luz” do Génesis, desinspiradamente…

 

ADÃO, EVA, CAIM, ABEL E…

2- Nos capítulos 2 e 4 do Génesis, o “nosso Senhor” põe-se a criar mais coisas estranhas, tais como o primeiro homem e a primeira mulher, mais 2 filhos de ambos, Caim e Abel, tendo aquele matado este, posteriormente.

Todavia, no versículo 17, do cap. 4, lê-se esta enormidade:

“E conheceu Caim a sua mulher, e ela concebeu, e deu à luz a Enoque; e ele edificou uma cidade, e chamou o nome da cidade conforme o nome de seu filho Enoque;”

Pelo que, o quesito emerge com uma potência esmagadora:

– Donde é que raio surgiu a mulher de Caim???!!!

Tínhamos o casal primevo, os seus filhos, Caim e Abel, e… mais nada!

Agora, aparece uma mulher obscura vinda de nenhuma parte…

Como é que a partir de 2 homens, Caim e Abel, este, entretanto defunto, se poderia originar a humanidade???!!! Pelos vistos, inventou-se uma mulher para dar seguimento…

Só que, como é que a partir dum casal se poderá originar uma humanidade???!!! A partir de relações incestuosas???!!!…

Os mistérios de deus são insondáveis! Tão insondáveis que nem se consegue vislumbrar nem a lógica nem os factos nem o que quer que seja do desatino divino…

3- Mais e pior: a partir do capítulo 5, do Génesis, a descendência de Adão é totalmente diferente do cap. 2 e 4:

Génesis 5:1-5

“Este é o livro das gerações de Adão. No dia em que Deus criou o homem, à semelhança de Deus o fez.
Homem e mulher os criou; e os abençoou e chamou o seu nome Adão, no dia em que foram criados.
E Adão viveu cento e trinta anos, e gerou um filho à sua semelhança, conforme a sua imagem, e pôs-lhe o nome de Sete.
E foram os dias de Adão, depois que gerou a Sete, oitocentos anos, e gerou filhos e filhas.
E foram todos os dias que Adão viveu, novecentos e trinta anos, e morreu.”

Já nem se fala de Eva, mas duma vaga mulher…

Temos, então, um Adão a gerar um filho aos 130 anos (!!!) e a morrer aos 930 anos (!!!)….

Naquele tempo é que as pessoas viviam rijamente!…

 

GENEALOGIA  DE  JESUS

4- Mateus 1:1-16:

“1- Livro da geração de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão.
2- Abraão gerou a Isaque; e Isaque gerou a Jacó; e Jacó gerou a Judá e a seus irmãos;
(…)
15- E Eliúde gerou a Eleázar; e Eleázar gerou a Matã; e Matã gerou a Jacó;
16- E Jacó gerou a José, marido de Maria, da qual nasceu JESUS, que se chama o Cristo.

17- De sorte que todas as gerações, desde Abraão até Davi, são catorze gerações; e desde Davi até a deportação para a babilônia, catorze gerações; e desde a deportação para a babilônia até Cristo, catorze gerações.”

5- Lucas 3:23-38:

“23- E o mesmo Jesus começava a ser de quase trinta anos, sendo (como se cuidava) filho de José, e José de Heli,
24- E Heli de Matã, e Matã de Levi, e Levi de Melqui, e Melqui de Janai, e Janai de José,
(…)
34- E Judá de Jacó, e Jacó de Isaque, e Isaque de Abraão, e Abraão de Terá, e Terá de Nacor,
35- E Nacor de Seruque, e Seruque de Ragaú, e Ragaú de Fáleque, e Fáleque de Éber, e Éber de Salá,
36- E Salá de Cainã, e Cainã de Arfaxade, e Arfaxade de Sem, e Sem de Noé, e Noé de Lameque,
37- E Lameque de Metusalém, e Metusalém de Enoque, e Enoque de Jarete, e Jarete de Maleleel, e Maleleel de Cainã,
38- E Cainã de Enos, e Enos de Sete, e Sete de Adão, e Adão de Deus.”

6- Matã e Heli eis os nomes dos avós paternos de Jesus, segundo os evangelistas, Mateus e Lucas…

… E o resto dos antepassados raramente coincide na genealogia dos 2 evangelistas…

Como é que 2 evangelistas, que, supostamente, inspirados pelo deus infalível, deveriam apresentar a genealogia infalível do profeta/deus, contradizem-se???!!!

Começa logo no avô!

Como sabem, da lógica, duas proposições contraditórias anulam-se mutuamente…

Jesus, essa espécie de ectoplasma filial de deus, “chumba” logo no exame inicial da sua presumida existência…

7- Temos, então, a Bíblia a falhar logo na origem do mundo, da humanidade e do profeta-mor do cristianismo, o fantasmagórico Jesus…

7 de Janeiro, 2013 Carlos Esperança

Citação de José Saramago

«Já não adianta nada dizer que matar em nome de Deus é fazer de Deus um assassino. Para os que matam em nome de Deus, Deus é o Pai poderoso que juntou antes a lenha para o auto de fé e agora prepara e coloca a bomba.»

José Saramago, Visão, 18-08-2005