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Categoria: Ateísmo

19 de Janeiro, 2016 Carlos Esperança

A morte – fonte de todas as ilusões

((Texto d’“O Fim da Fé”, de Sam Harris, enviado por Paulo Franco)

Vivemos num mundo em que todas as coisas, boas e más, acabam por ser destruídas pela mudança. O mundo só nos sustenta, dir-se-ia, para depois nos devorar a seu bel-prazer.

Pais que perdem os filhos, filhos que perdem os pais. Marido e mulher que se separam de repente, para nunca mais se voltarem a encontrar. Amigos que se despedem a correr, sem saberem que o fazem pela última vez.

Esta vida, quando considerada de um ponto de vista mais abrangente, parece não constituir mais do que um grande espetáculo de perda.

Mas a religião diz que existe um remédio para isto. Se vivermos de modo correto – não necessariamente ético, mas segundo uma estrutura de certas convicções antigas e comportamentos estereotipados – conseguiremos tudo o que queremos depois de morrermos. Quando os nossos corpos nos falharem, libertaremos apenas o lastro corpóreo e viajaremos para um reino onde reencontraremos todas as pessoas que amámos em vida.

Claro que as pessoas excessivamente racionais, bem como a restante ralé, serão mantidos longe deste lugar feliz, ao passo que aqueles que puserem fim à sua descrença ainda em vida divertir-se-ão para toda a eternidade.

Vivemos num mundo de surpresas inimagináveis – desde a energia de fusão que inflama o Sol às consequências genéticas e evolutivas da luz solar que à milhões de anos cintila sobre a Terra – e, no entanto, o Paraíso conforma-se às nossas preocupações mais superficiais com um rigor de um cruzeiro nas Caraíbas.

Isto é assombrosamente estranho.

Alguém desprevenido, seria levado a acreditar que o ser humano, no seu medo de perder tudo o que ama, criou o Céu, bem como Deus, seu guardião, à sua própria imagem.

10 de Janeiro, 2016 Carlos Esperança

A decadência, colapso e descrédito da adoração a Deus*

*Texto do livro de Christopher Hitchens “Deus não é grande”

(enviado por Paulo Franco)
A decadência, colapso e descrédito da adoração a Deus não começam num momento dramático, como o pronunciamento histriónico e contraditório de Nietzsche de que Deus estava morto. Era impossível Nietzsche saber isso, ou presumir que Deus alguma vez tinha estado vivo, da mesma forma que um padre ou um curandeiro não poderiam jamais saber qual era a vontade de Deus. Antes, o fim da adoração a Deus revela-se no momento, que é de certa forma mais gradualmente revelado, em que se torna opcional, ou apenas uma de muitas crenças possíveis.

Convém não deixar de realçar que, para a maior parte da existência humana, essa «opção» não existiu verdadeiramente.

Pelos muitos fragmentos de textos e confissões queimados e mutilados sabemos que houve sempre seres humanos que não se deixaram convencer. Mas desde a época de Sócrates, que foi condenado à morte por espalhar um ceticismo nocivo, tornou-se imprudente seguir o seu exemplo, e para milhares de milhões de pessoas ao longo dos tempos, a questão pura e simplesmente não se colocou.

Muitas religiões surgem agora diante de nós com um sorriso afetado e insinuante e mãos estendidas, como um comerciante adulador num bazar. Oferecem consolo, solidariedade e elevação, como se estivessem a competir num mercado. No entanto, temos o direito de recordar como se comportaram de forma bárbara quando eram fortes e faziam uma oferta que as pessoas não podiam recusar. E se por acaso nos esquecermos como deve ter sido, basta-nos olhar para os Estados e sociedades onde o clero ainda detém o poder de impor as suas regras.

Nas sociedades modernas, os vestígios patéticos desta atitude podem ser vistos nos esforços feitos pela religião para garantir o controlo da educação, para não pagar impostos, ou para aprovar leis que proíbem as pessoas de insultar a sua divindade omnipotente e omnisciente, ou mesmo o seu profeta.

Na nossa condição semilaica e medíocre, até os religiosos falarão com embaraço sobre o tempo em que os teólogos discutiam problemas fúteis com uma intensidade fanática: medir o comprimento das asas dos anjos, por exemplo, ou debater quantas criaturas míticas podiam dançar na
cabeça de um alfinete.

Para reforçar a repugnância de tudo isto, claro que é horrível recordar quantas pessoas foram torturadas e mortas e quantas fontes de conhecimento foram atiradas para as chamas, em falsas discussões sobre a Trindade, ou o hadith muçulmano, ou a chegada de um novo Messias.

7 de Janeiro, 2016 Carlos Esperança

Deus e a liberdade

O Vaticano considerou desonesta a caricatura de ‘deus assassino’ na última edição do Charlie Hebdo, quando assinalou um ano em que o sangue dos seus desenhadores foi derramado em nome da fé e do biltre que a fundou.

O diário da teocracia católica, «L’Osservatore Romano», tem o direito de condenar a linha editorial do Charlie Hebdo, mas não pode exigir-lhe, em nome da vontade do clero romano, que expresse a condenação da violência em nome da fé. Quem não é obrigado a ler o jornal de compra facultativa, não tem o direito de lhe exigir normas de conduta.

A linha editorial dos jornais, satíricos ou sisudos, não pode nascer nas sacristias ou nas madrassas. O que o Vaticano exige é a censura a quem descrê do Deus do papa, do dos celerados islâmicos ou de qualquer outro.

O que está em causa é a liberdade de expressão, o direito de criticar e ridicularizar todas as doutrinas e mitos, do ateísmo à bruxaria, de Jeová a Shiva, do Boi Ápis a Maomé, no país onde «A República [Francesa] assegura a liberdade de consciência » e «garante o livre exercício dos cultos» (Art.º 1) mas «não reconhece, não remunera nem subvenciona nenhum culto» (art.º 2 ) da lei de 11 de Dezembro de 1905, texto que Pio X condenou e que João Paulo 2 e Bento 16 se esforçaram por remover.

As religiões dão-se mal com a liberdade, mesmo as que a repressão política ao seu clero submeteu à democracia. A abolição da inquisição, censura e conversões forçadas custou demasiado sangue. A cura da demência fascista islâmica custará rios de sangue e não é o respeito a facínoras medievais que impõe a liberdade de expressão.

Seria estulto que o Charlie Hebdo desse indicações sobre a liturgia da missa, tal como é para o Vaticano perorar sobre a forma como o semanário satírico deve exercer o direito à sátira, ao sarcasmo e à blasfémia.

Os jornais satíricos devem abster-se de dilatar a fé e as religiões de limitar a liberdade.

3 de Janeiro, 2016 Carlos Esperança

A explicação que os crentes precisam conhecer

(Texto foi retirado do livro de Carl Sagan ” Um mundo infestado de demónios” e enviado por Paulo Franco).

Em 1894 foi publicado em Londres “The International census of Waking Hallucinations”. Desde essa época até à atualidade, inúmeras sondagens revelaram que 10 a 25 por cento das pessoas comuns, em pleno exercício das suas faculdades, tiveram a experiência, pelo menos uma vez na vida, de uma alucinação nítida – em geral, ouvir uma voz ou ver uma forma onde não há ninguém. Mais raramente, as pessoas sentem um cheiro penetrante, ouvem música ou recebem uma revelação que chega independentemente dos seus sentidos. Em alguns casos, isto transforma-se em acontecimentos pessoais marcantes ou em experiências religiosas profundas. As alucinações podem ser uma pequena porta, a que não se tem dado importância, para uma compreensão científica da religião.

Provavelmente uma dúzia de vezes depois da sua morte, ouvi a minha mãe ou o meu pai chamarem o meu nome. Claro que me chamaram muitas vezes enquanto vivi com eles. Ainda sinto tanto a falta de ambos que não me parece nada estranho que o meu cérebro de quando em quando capte uma reminiscência lúcida das suas vozes.

As alucinações deste tipo podem acontecer a pessoas perfeitamente normais, em circunstâncias perfeitamente comuns. As alucinações também podem ser provocadas por uma fogueira num acampamento à noite, pela tensão emocional, ou então durante ataques epitéticos, enxaquecas ou acessos de febre alta, ou ainda pelo jejum e pela falta de sono prolongados, ou pela privação sensorial (por exemplo, no isolamento), ou através de alucinogénios como o LSD, a psilocibina, a mescalina, ou o haxixe (o delirium tremens, o terrível estado induzido pelo álcool, é uma manifestação bem conhecida de uma síndrome de privação dos alcoólicos).

Existem também moléculas, como as fenotiazinas (a torazina, por exemplo), que fazem desaparecer as alucinações. É muito provável que o corpo humano gere substâncias – talvez incluindo as pequenas proteínas do cérebro semelhantes à morfina, chamadas endorfinas –, que provocam alucinações e outras que as suprimem.

Sejam quais forem os seus antecedentes neurológicos e moleculares, as alucinações parecem reais. São procuradas em muitas culturas e consideradas um sinal de elevação espiritual. Há inúmeros exemplos nas religiões mundiais em que patriarcas, profetas ou salvadores se dirigem para o deserto ou para as montanhas e, com a ajuda da fome e de privações sensoriais, têm encontros com deuses e demónios. As experiências religiosas induzidas por drogas psicadélicas foram uma característica da cultura dos jovens dos anos 60. A experiência, embora provocada, é descrita como «transcendente»,
«divina» e «sagrada».

As alucinações são vulgares. Se o leitor tiver alguma, isso não significa que está louco.

A literatura antropológica está repleta de etnopsiquiatria de alucinações, de sonhos REM e de estados de transe, que têm muitos elementos comuns em diferentes épocas e civilizações. As alucinações são em geral interpretadas como manifestações de bons ou maus espíritos que possuem o indivíduo.

Weston La Barre, um antropólogo de Yale, chega ao ponto de afirmar que «é defensável dizer que grande parte da cultura é alucinação» e que «toda a intenção e função do ritual parece ser um desejo de grupo de alucinar a realidade».

2 de Janeiro, 2016 Carlos Esperança

Sejam pacientes

Jose Alberto O meio de transporte escolhido não foi o mais rápido e demora o seu tempo. Sejamos pacientes.

29 de Dezembro, 2015 Carlos Esperança

Deus no Expresso Revista

Por
Dieter Dellinger

O Senhor José Tolentino de Mendonça escreve excelentes artigos que os leio sempre para pensar. A 19 de Dezembro o Expresso publicou um artigo em que Tolentino escreve sobre o teólogo alemão Dietrich Bohnhoffer. Faltou-lhe dar a conhecer ao público algo mais do pensamento do corajoso teólogo alemão, mas eu, na minha qualidade de ateu, não me atrevia a contestar um crente. Nós, os ateus, somos silenciosos e respeitadores com todos os crentes, pelo que não nos passaria pela cabeça discutir com um hindu o caráter sagrado da vaca ou com um muçulmano o significado da pedra negra de Meca e com um católico a aparição da Virgem em Fátima ou com um jihadistas a realidade das 300 virgens que o esperam no paraíso depois de se fazer explodir, assassinando um monte de gente desconhecida.

O senhor Tolentino escreveu no último número da revista do Expresso um artigo a pugnar pelo diálogo entre crentes e ateus e, por isso, aceitei o repto.

Muitos alemães estudam teologia não catequista nas universidades na esperança de encontrarem Deus como Max Plank descobriu a física quântica, Einstein a relatividade e Heisenberg o princípio da incerteza. Quase tudo elaborado na teoria e depois comprovado em complicadas experiências.

Dietrich Bohnhoffer fez uma interpretação não religiosa da Fé, coisa que eu não faço por não ter fé em nada ao escrever: “O Mundo tornou-se adulto e mostrou ser capaz de viver sem religião. A tentativa frequentemente empreendida pela apologética religiosa de o reconduzir à dependência de crenças das quais já se libertou, parece-se com a tentativa de reconduzir à puberdade um indivíduo que é já um homem”.

“Quer isto dizer – continua Bohnhoffer – que o espaço a atribuir a Deus não está nos confins do conhecimento ou da existência dos humanos, nem para além dos limites da fraqueza, da morte e da culpa do homem, mas sim no centro do homem e do seu mundo”, o que nos leva ao pensamento de Ratzinger que afirmava ser Deus identificado pela razão humana, o que muda radicalmente o problema da fé.

“Deus não pertence à esfera do transcendente ou do sobrenatural mas sim à esfera da natureza, entendida para além do vitalismo e do mecanicismo como uma forma de vida que Deus conservou no Mundo caído, dirigindo-a para a renovação por meio de Cristo”, o que mostra no pensador alemão um certo panteísmo como unidade de Deus e do Mundo, o qual será o quê? Obra do “big bang” ou do divino? Para Bohnhoffer como para Ratzinger a “razão é ela própria uma forma de vida querida e conservada por Deus”. A razão no pior e no melhor sentido, acrescento eu, razão do nazismo ou jihadismo ou da Madre Teresa, cujo milagre é a sua própria vida a favor dos mais pobres dos pobres.

Deus é pois produto da razão, uma invenção do espírito humano como também se deduz da “História Geral de Deus” de Gerald Messadié.

Diário de uns Ateus – As posições dos ateus não são dogmáticas. Cada ateu tem o seu ponto de vista.

28 de Dezembro, 2015 Carlos Esperança

O Planeta dos Idiotas

(Texto de Carl Sagan) – enviado por Paulo Franco

Considere de novo o ponto de luz azul pálido de que falamos: o planeta Terra visto de Saturno. Imagine que você está olhando fixamente para esse ponto de luz por um longo tempo. E então tente convencer-se de que um Deus criou todo o universo para apenas uma das aproximadamente10 milhões de espécies de vida que habitam este grão de poeira.

Agora deem um passo adiante: imaginem que tudo foi feito apenas para uma única nuance dessa espécie… ou género, ou subdivisão étnica ou religiosa.
Se isso não lhe parecer improvável… tomem outro dos pontos. Imaginem que ele é habitado por uma forma diferente de vida inteligente. Que também nutre a noção de um Deus que criou todas as coisas para o seu próprio bem. Até que ponto vocês levariam a sério essa pretensão?

E as luzes no céu levantam-se e põem-se ao nosso redor… Não é evidente que estamos no centro do universo?
Aristóteles, Platão, Santo Agostinho, são Tomás de Aquino… E quase todos os grandes filósofos e cientistas de todas as culturas… Durante 3 mil anos até ao século XVII… Acreditaram nessa ilusão.

As imensas distâncias até às Estrelas e às Galáxias… significam que todos os corpos que vemos no espaço estão no passado… Alguns deles, tal como eram antes que a Terra viesse a existir… Telescópios são máquinas do tempo.

Há muitas eras, quando uma galáxia primitiva começou a derramar luz na escuridão circundante, nenhuma testemunha poderia ter adivinhado que biliões de anos mais tarde, alguns blocos de rocha e metal, gelo e moléculas orgânicas se juntariam para formar um lugar chamado Terra; nem que surgiria a vida; nem que seres pensantes evoluiriam e um dia captariam um ponto dessa luz galáctica… Tentando decifrar o que a enviara em sua trajetória.

E depois que a Terra morrer, daqui a uns 5 biliões de anos… Depois de ser calcinada ou até tragada pelo Sol… surgirão outros mundos, Estrelas e Galáxias também. E eles nada saberão de um lugar outrora chamado Terra.

No entanto, não importa quantos Reis, Papas, filósofos, cientistas e poetas tenham insistido em afirmar o contrário… A Terra por todos esses milénios persistiu em girar em torno do Sol…

Pode-se imaginar um observador extraterrestre severo olhando a nossa espécie com desprezo durante todo esse tempo enquanto tagarelávamos animadamente: “O universo foi criado só para nós! Somos o Centro de tudo! Tudo nos rende homenagem!” E concluído que nossas pretensões são divertidas…
Nossas aspirações patéticas… E que este deve ser o Planeta dos Idiotas.

27 de Dezembro, 2015 Carlos Esperança

A Dádiva de Carl Sagan

A Dádiva de Carl Sagan

(Texto enviado por Paulo Franco)

A nave espacial Voyager estava bem longe de casa. Pensei que seria uma boa ideia, logo depois de Saturno dar uma última olhada na direcção de casa. De Saturno, a Terra apareceria muito pequena para a Voyager apanhar qualquer detalhe. Nosso planeta seria apenas um ponto de luz, um pixel solitário dificilmente distinguível de muitos outros pontos de luz que a Voyager avistaria.

Planetas vizinhos, sóis distantes. Mas justamente por causa dessa imprecisão do nosso mundo assim revelado valeria a pena ter tal fotografia. Já havia sido bem entendido por cientistas e filósofos da antiguidade clássica que a Terra era um mero ponto em um vasto cosmos circundante. Mas ninguém jamais a tinha visto assim. Aqui estava nossa primeira chance, e talvez a última em décadas. Um mosaico quadriculado estendido em cima dos planetas e um pontilhado de estrelas distantes.

Por causa do reflexo da luz do Sol na nave espacial – a Terra parece apoiada num raio de Sol – como se houvesse alguma importância especial para esse pequeno mundo, mas é apenas um acidente de geometria e óptica.

Não há nenhum sinal de humanos nessa foto; nem nossas modificações na superfície da Terra; nem nossas máquinas; nem nós mesmos. Desse ponto de vista, a nossa obsessão com nacionalismos não aparece em evidência. Nós somos muito pequenos na escala dos mundos – irrelevantes – uma fina película de vida num obscuro e solitário torrão de rocha e metal.

Imagine a totalidade de todas as pessoas, de todas as felicidades e sofrimentos, milhares de religiões, ideologias e doutrinas económicas.
Cada caçador e saqueador, cada herói e covarde, cada criador e destruidor da civilização, cada rei e plebeu, cada casal apaixonado, cada pai e mãe, cada criança esperançosa, inventor e explorador, cada educador e político corrupto, cada “líder supremo”, cada superstar, cada santo e pecador da história da nossa espécie, viveu ali:
numa partícula de poeira suspenso em um raio de Sol.

A Terra é um palco muito pequeno numa imensa arena cósmica.

Pense nas infinitas crueldades infligidas pelos habitantes de um ponto desse pixel nos quase imperceptíveis habitantes de um outro canto. Como são frequentes os seus desentendimentos, como eles estão sedentos de se matar uns aos outros; como fervilham seus ódios. Pense nos rios de sangue derramados por todos esses generais e imperadores para que, em glória e triunfo, eles pudessem ser os chefes momentâneos de uma fracção desse ponto.

Nossas atitudes, nossa imaginária auto-importância, a ilusão de que nós temos alguma posição privilegiada no universo são desafiadas por esse ponto de luz pálido. O nosso planeta é um pontinho solitário na grande e envolvente escuridão cósmica. Em nossa obscuridade em toda essa imensidão não há indício de que a ajuda virá de algum outro lugar para nos salvar de nós mesmos.

Tem sido dito que a Astronomia é uma experiência de humildade e formação de carácter. Talvez não haja melhor demonstração da tolice das vaidades humanas do que
essa imagem distante do nosso pequeno mundo. Essa imagem enfatiza a nossa responsabilidade de tratarmos melhor uns dos outros e de preservar e estimar o único lar que nós conhecemos: O Planeta Terra, um ponto de luz azul pálido… entre muitos milhares de milhões de outros pontos de luz.