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Devia haver discriminação

Não existe qualquer ilegalidade ou tratamento discriminatório“, sustenta o Ministério da Educação a propósito do novo estatuto dos docentes de Educação Moral e Religião Católica.

Nota: Os professores de Educação Moral (?) não estão sujeitos a concursos públicos. E o tempo de serviço serve para ultrapassarem colegas mais classificados que não conseguem colocação.

5 thoughts on “Devia haver discriminação”
  • Carpinteiro

    Na realidade este é um truque usado desde há muito, por professores em inicio de carreira. Para o clero é óptimo pois mostra aos neófilos as vantagens em defender os interesses da Igreja, e “estar do lado certo”, como eles tanto gostam de afirmar. Os professores beneficiários da falcatrua, agradecem.
    Há muitos professores que não conseguindo arranjar colocação no grupo a que pertencem, dão aulas de Religião e Moral para arranjarem tempo de serviço e ultrapassarem assim colegas do mesmo grupo e curso. Isto é sobejamente conhecido. Quem está disposto a servir os interesses do clero safa-se quem não tem ligações ao poder religioso vê os amigos do clero tirar-lhe o lugar e passar-lhe à frente. E nós é que pagamos esta pouca vergonha. Se o clero quer dar aulas de Religião, deverá custear as despesas e não sobrecarregar o estado e por conseguinte todos os contribuintes, sejam eles crentes ou ateus. É assim a “Democracia Católica”. Dir-me-ão que está na concordata, – mas eu não votei nenhuma concordata para que os meus impostos fossem custear propagada do poder religioso dominante. É precisamente por estas e muitas outras vergonhas que eu concordo com o Carlos quando escreve que é preciso travar de algum modo a exuberância da Igreja Católica, que em vez de se preocupar com as almas passa o tempo a condicionar as consciências dos cidadão e da sociedade e a pressionar de forma abusiva o poder politico, ao ponto de este se tornar refém do poder religioso.

    Nunca a Igreja Católica teve a coragem de dizer aos portugueses, em quanto ficam aos cofres do estado os professores que administram aulas de Religião, colocados sem concurso algum, pela Igreja, no ensino oficial, . Desde vencimentos a reformas os números são enormes. Estas “aulas” deveriam ser dadas nos templos como sucede com as restantes confissões religiosas. É portanto um abuso a que os cidadãos deveriam por cobro já que o poder político não tem coragem para o fazer. Há directores de turma que são” amavelmente pressionados” para no acto das matrículas, influenciarem os pais a inscreverem os filhos na disciplina de Religião e Moral.
    Que o clero queira ensinar como verdadeiras, fábulas de serpentes e mulas que falam, pombas inseminadoras e outras extravagâncias, está no seu direito; que nos façam pagar essas anedotices é que já é o cúmulo e um abuso. Segundo o livro «Em nome de deus», em 1970 o império económico do Vaticano rondava os, “13 biliões de dólares” – como têm coragem para fazer pagar a um povo que está na miséria, as aulas de religião?
    Mais grave ainda é que a nota de Religião e Moral, não é qualitativa (bom, satisfaz etc.) mas quantitativa (1,2,3,4,5) contando para a aprovação ou retenção do aluno, o que prejudica de forma desonesta e injusta os alunos que não frequentam a disciplina.

  • Maria

    Quando não conhecemos um tema a fundo, devemos ter cuidado em nos pronunciarmos a seu respeito, pois podemos correr o risco de relatarmos factos incorrectos. Limito-me a corrigir dois factos do comentário do sr “carpinteiro”; os professores de EMRC estão sujeitos a concurso público, as avaliações da disciplina de EMRC não contam para efeitos de retenção dos alunos, exactamente para não penalizar os alunos que optaram por esta disciplina.

  • miguel

    uma vez que lhes retiram os mesmos direitos que os outros usufruem… sim há discriminação! Para dar Religião e moral necessitam de ter habilitações para isso e estudaram para isso. Não é qualquer um que a pode leccionar. Sou colega de alguns e constato isso.

    Segundo entendo a catequese é no templo… mas emrc não é catequese: é uma aproximação cultural ao fenómeno religioso. A minha preocupação é que em vários casos, dependendo do docente, as duas coisas misturam-se na sala de aula.

  • Rosa

    Os profs de EMRC têm de ser licenciados e profissionalizados na sua área de ensino tal como os outros. Não sabia ou já se esqueceu? Quais são os colegas mais classificados?
    Licenciatura: Teologia ou Ciências Religiosas + Estágio Pedagógico = 5 anos de estudo universitário… tal como todos os outros… igualmente qualificados.

    Nós pagamos antes impostos, não para pagar aos professores que trabalham, mas para pagar aos senhores donos de bancos que ficam com o dinheiro dos clientes e depois dizem que não sabem onde está e o Estado nada pode fazer ou para pagar aos economistas do Banco de Portugal que não sabem supervisionar as instituições a seu cargo ou para pagar a reforma aos senhores que já ganharam tanto e ainda exercem cargos públicos. Sem dúvida muito melhor empregue!

    Se as aulas de EMRC só devem ser leccionadas em templos, porque é que os filhos dos grandes governantes laicos, estudam nos colégios católicos?

    Já passou pela cabeça de alguém que o ensino é um processo integral, logo, deve abranger a totalidade da pessoa e, por muito que não se queira ver, a dimensão religiosa, é uma das dimensões que constituem a PESSOA…

    Um ateu nunca deve colocar de parte esta dimensão. Ao ser ateu está a reconhecer, de alguma forma, uma dimensão para a qual não encontra uma resposta. Nem que Deus seja uma mera palavra, É. Conhecem alguma palavra que não exista e faça parte do nosso vocabulário?

    Obrigada, é bom partilhar ideias com quem não partilha do mesmo ideário que eu. Caso contrário é um pouco aborrecido.

    Prof de EMRC

  • Rosa

    Os profs de EMRC têm de ser licenciados e profissionalizados na sua área de ensino tal como os outros. Não sabia ou já se esqueceu? Quais são os colegas mais classificados?
    Licenciatura: Teologia ou Ciências Religiosas + Estágio Pedagógico = 5 anos de estudo universitário… tal como todos os outros… igualmente qualificados.

    Nós pagamos antes impostos, não para pagar aos professores que trabalham, mas para pagar aos senhores donos de bancos que ficam com o dinheiro dos clientes e depois dizem que não sabem onde está e o Estado nada pode fazer ou para pagar aos economistas do Banco de Portugal que não sabem supervisionar as instituições a seu cargo ou para pagar a reforma aos senhores que já ganharam tanto e ainda exercem cargos públicos. Sem dúvida muito melhor empregue!

    Se as aulas de EMRC só devem ser leccionadas em templos, porque é que os filhos dos grandes governantes laicos, estudam nos colégios católicos?

    Já passou pela cabeça de alguém que o ensino é um processo integral, logo, deve abranger a totalidade da pessoa e, por muito que não se queira ver, a dimensão religiosa, é uma das dimensões que constituem a PESSOA…

    Um ateu nunca deve colocar de parte esta dimensão. Ao ser ateu está a reconhecer, de alguma forma, uma dimensão para a qual não encontra uma resposta. Nem que Deus seja uma mera palavra, É. Conhecem alguma palavra que não exista e faça parte do nosso vocabulário?

    Obrigada, é bom partilhar ideias com quem não partilha do mesmo ideário que eu. Caso contrário é um pouco aborrecido.

    Prof de EMRC

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