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  • 18 de Janeiro, 2008
  • Por Ricardo Silvestre
  • Mundo

rainman

Neste vídeo (cliquem na foto para ir para a página donde está o clip) podemos ver o quanto a irracionalidade de se ter crenças absurdas torna aqueles que já são meio parvos, em parvos completos.

  07311731.jpg

Cruise acredita que o culto dele é “o caminho para a felicidade, e a única solução para a promoção da paz e união de culturas entre povos”. Ou seja, mais um a querer evangelizar toda a gente. Como já não havia quem chegasse nesse aspecto.

O clip do Cruise estava no youtube, mas entretanto foi retirado devido a uma ameaça por parte da Igreja da Cientologia de processar a pessoa que o tinha publicado por “infracção dos direitos de autor”.

No entanto o sítio Gawker colocou uma cópia do vídeo, e não a vai retirar. E eu acho muito bem!

12 thoughts on “rainman”
  • libre

    Parabéns, acho o tema da Cientologia interessante, dado a ser uma religião nova, cerca de 50 anos. Acho que seria um objecto de estudo bastante bom para provar a tese que do nada pode surgir um culto religioso e este impor-se. O que ontem não existia hoje é a “verdade suprema”, e que sustenta bem a tese que todas as religiões possam ter surgido dessa forma, ou seja saídas da imaginação de um indivíduo. O que é preciso é um bom condutor para distribuir essas ideias, em quase todas as religiões é possível encontrar esses meios condutores:

    -Judaísmo: A cada dia que passa mais historiadores defendem que o monoteísmo ocidental nasceu no Egipto e não em Israel, culto seguido por um dos primeiros faraós. Esse culto foi banido após por acreditarem ser o responsável por anos sucessivos de más colheitas e tornou-se um culto obscuro típico em que se rebeliava contra o poder faraónico. Uma das personalidades que mais tarde aderiu ao culto, membro da família real, em revolta contra a sucessão ao trono, encontrou nos escravos o meio condutor para o seu culto e a mão de obra para a sua revolta. No final viram-se forçados a refugiar-se em Israel, sim refúgio e não terra prometida, em que o culto monoteísta se fundiu com lendas e cultos locais. Neste caso o meio condutor foi a gigantesca população de escravos no Egipto.

    -Cristianismo: Com origem judaica, esta religião é outro exemplo de rebelião contra o poder instalado. Israel encontrava-se sob domínio romano e a sua população estava dividida entre os opositores e aqueles que ofereciam obediência em troca da não interferência nos cultos locais. É óbvio que havia ali um bom meio condutor para um culto que se baseasse em condenar a ocupação romana e o seu estilo de vida, agora com o elemento martírio a juntar a emoção à revolta. Mas o principal meio condutor, à semelhança do monoteísmo no egipto, foi a enorme população de escravos, apenas com uma diferença, não incentivava à busca de um refúgio (terra prometida) mas sim a um mundo após a morte, não tendo levado a uma evasão e refúgio.

    -Islamismo: Este teve talvez o melhor meio condutor de todos: o das pessoas seguirem um culto com as mesmas características e origem, a vantagem foi os textos sagrados serem mais simples e compreensíveis enquanto que a base da crença se mantinha.

    -Protestantismo: Apesar de não ser um culto novo, trata-se de uma reforma religiosa que também benificiou com uma situação de revolta para se propagar.

    -Cientologia: Culto recente que tem como condutor elementos que pertencem à elite do culto de massas, sem Tom Cruise & C.ª este culto talvez não atingisse o mediatismo que tem hoje.

    Agora fica a questão, se um dia houver um mártir na cientologia, será que os seguidores vão fazer o “sinal da injecção letal” no inicio e fim das sessões de culto? Não seriam os primeiros a utilizar um utensílio de pena de morte como simbolo de culto.

  • libre

    Parabéns, acho o tema da Cientologia interessante, dado a ser uma religião nova, cerca de 50 anos. Acho que seria um objecto de estudo bastante bom para provar a tese que do nada pode surgir um culto religioso e este impor-se. O que ontem não existia hoje é a “verdade suprema”, e que sustenta bem a tese que todas as religiões possam ter surgido dessa forma, ou seja saídas da imaginação de um indivíduo. O que é preciso é um bom condutor para distribuir essas ideias, em quase todas as religiões é possível encontrar esses meios condutores:

    -Judaísmo: A cada dia que passa mais historiadores defendem que o monoteísmo ocidental nasceu no Egipto e não em Israel, culto seguido por um dos primeiros faraós. Esse culto foi banido após por acreditarem ser o responsável por anos sucessivos de más colheitas e tornou-se um culto obscuro típico em que se rebeliava contra o poder faraónico. Uma das personalidades que mais tarde aderiu ao culto, membro da família real, em revolta contra a sucessão ao trono, encontrou nos escravos o meio condutor para o seu culto e a mão de obra para a sua revolta. No final viram-se forçados a refugiar-se em Israel, sim refúgio e não terra prometida, em que o culto monoteísta se fundiu com lendas e cultos locais. Neste caso o meio condutor foi a gigantesca população de escravos no Egipto.

    -Cristianismo: Com origem judaica, esta religião é outro exemplo de rebelião contra o poder instalado. Israel encontrava-se sob domínio romano e a sua população estava dividida entre os opositores e aqueles que ofereciam obediência em troca da não interferência nos cultos locais. É óbvio que havia ali um bom meio condutor para um culto que se baseasse em condenar a ocupação romana e o seu estilo de vida, agora com o elemento martírio a juntar a emoção à revolta. Mas o principal meio condutor, à semelhança do monoteísmo no egipto, foi a enorme população de escravos, apenas com uma diferença, não incentivava à busca de um refúgio (terra prometida) mas sim a um mundo após a morte, não tendo levado a uma evasão e refúgio.

    -Islamismo: Este teve talvez o melhor meio condutor de todos: o das pessoas seguirem um culto com as mesmas características e origem, a vantagem foi os textos sagrados serem mais simples e compreensíveis enquanto que a base da crença se mantinha.

    -Protestantismo: Apesar de não ser um culto novo, trata-se de uma reforma religiosa que também benificiou com uma situação de revolta para se propagar.

    -Cientologia: Culto recente que tem como condutor elementos que pertencem à elite do culto de massas, sem Tom Cruise & C.ª este culto talvez não atingisse o mediatismo que tem hoje.

    Agora fica a questão, se um dia houver um mártir na cientologia, será que os seguidores vão fazer o “sinal da injecção letal” no inicio e fim das sessões de culto? Não seriam os primeiros a utilizar um utensílio de pena de morte como simbolo de culto.

  • Ricardo Silvestre

    Excelente comentário. Muito obrigado pela sua exposição, libre. Leia Sam Harris em recentes trabalhos sobre sistemas de crenças a nível cerebral

  • Ricardo Silvestre

    Excelente comentário. Muito obrigado pela sua exposição, libre. Leia Sam Harris em recentes trabalhos sobre sistemas de crenças a nível cerebral

  • Ateu comunista bolivariano

    Oh, Holly shit!!! q pena q o video saiu fora. Rainman retrata msm como religão só piora as pessoas.

  • Ateu comunista bolivariano

    Oh, Holly shit!!! q pena q o video saiu fora. Rainman retrata msm como religão só piora as pessoas.

  • Carlos

    O comentário do libre apenas peca por ser algo confuso (e historicamente errado) quando refere a civilização egípcia. Embora seja correcto afirmar-se que o monoteísmo possa ter surgido como culto imposto por um faraó, não se pode situar cronologicamente num dos primeiros. Efectivamente, quem proclamou o deus único (Aton) foi Neferkheperuré-Uaenré Amen-hotep (Amen-hotep IV), depois chamado Akhenaton, faraó da XVIII dinastia, que começou a reinar por volta de 1364 a.C.. Tendo em conta que aquele que é consensualmente reconhecido como 1º faraó do Egipto, Hórus Narmer (Menés), unificou os dois reinos no ano 3000 a.C., o comentário do libre, neste particular, é errado. Apenas neste particular!

  • Carlos

    O comentário do libre apenas peca por ser algo confuso (e historicamente errado) quando refere a civilização egípcia. Embora seja correcto afirmar-se que o monoteísmo possa ter surgido como culto imposto por um faraó, não se pode situar cronologicamente num dos primeiros. Efectivamente, quem proclamou o deus único (Aton) foi Neferkheperuré-Uaenré Amen-hotep (Amen-hotep IV), depois chamado Akhenaton, faraó da XVIII dinastia, que começou a reinar por volta de 1364 a.C.. Tendo em conta que aquele que é consensualmente reconhecido como 1º faraó do Egipto, Hórus Narmer (Menés), unificou os dois reinos no ano 3000 a.C., o comentário do libre, neste particular, é errado. Apenas neste particular!

  • libre

    Estive a pesquisar melhor o assunto, admito que o meu comentário foi baseado num documentário que já vi há bastante tempo, e agradeço a sua correcção.
    Quanto à confusão peço imensa desculpa. É algo que tenho que aperfeiçoar, pois caio muito no erro de “despejar” o que tenho na cabeça em vez de me preocupar em estruturar o texto.

  • libre

    Estive a pesquisar melhor o assunto, admito que o meu comentário foi baseado num documentário que já vi há bastante tempo, e agradeço a sua correcção.
    Quanto à confusão peço imensa desculpa. É algo que tenho que aperfeiçoar, pois caio muito no erro de “despejar” o que tenho na cabeça em vez de me preocupar em estruturar o texto.

  • Ateu comunista bolivariano

    Ricardo… deixa o “Lestat” c enganar com cientologia… qm sabe 1 dia ele c toca

  • Ateu comunista bolivariano

    Ricardo… deixa o “Lestat” c enganar com cientologia… qm sabe 1 dia ele c toca

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