Bento 16 e o nazismo
Ninguém exigia a uma criança que resistisse ao nazismo. Nem a um adolescente.
Nem todos temos vocação de heróis e, muito menos, a coragem e o discernimento para tomar as opções certas, na altura própria, quando o medo e os constrangimentos sociais bloqueiam a decisão.
A situação era ainda mais difícil para quem acreditava numa religião onde a maioria dos bispos e o próprio Papa eram anti-semitas e simpatizantes ou cúmplices de Hitler.
Eis o azar de Ratzinger, a nódoa que cobriu com a sotaina, a cobardia que adorna com a tiara e disfarça com o camauro e os sapatinhos vermelhos.
É perturbador que, um dia, tenha afirmado que «era impossível ter resistido», quando Willy Brandt, por exemplo, resistiu. Mas, enquanto o futuro chanceler amava a liberdade e sonhava com a democracia, o jovem seminarista gostava de paramentos e ambicionava uma carreira eclesiástica.
O mais inquietante é que o Espírito Santo, um espécime zoológico que vive oculto entre conclaves, onde ilumina o bando de cardeais que designa o Papa, tenha decidido que o adolescente pusilânime era ideal para presidir ao Estado totalitário do Vaticano.
B16 é um digno sucessor de Pio 12 como já o demonstrou no fraterno acolhimento à Sociedade S. Pio X, no poder crescente que concedeu ao Opus Dei e na intromissão nos assuntos internos dos países democráticos.
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