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  • 2 de Setembro, 2013
  • Por Carlos Esperança
  • Vaticano

O papa, o jejum e a paz

O Papa Francisco determinou aos crentes do seu Deus que no próximo sábado, dia 7 de setembro, se unam a ele num “dia de jejum e oração” e, como determina o proselitismo, convidou pessoas de todas as religiões para, sábado à noite, rezarem pela paz na Síria.

Não duvido do desejo de paz do papa, desejo que partilho. Dando por adquiridas as boas intenções, duvido dos meios e do deus do Papa. Que a paz só se conquiste com pedidos, deixa mal visto um deus que, podendo preservá-la, apenas a concede através de orações e jejuns ou, não podendo, fica mal o papa a pedir sacrifícios de utilidade duvidosa.

Há um módico de racionalidade que devia impedir quem está investido de autoridade moral de a delapidar com apelos que dificilmente darão melhores resultados do que um placebo. A guerra depende mais da decisão do Congresso americano e da vontade de Obama do que das orações pias e jejuns encomendados.

Alguém percebe o humor de um deus assim?

 

1 thoughts on “O papa, o jejum e a paz”
  • Molochbaal

    Vocês são mesmo cínicos.
    Claro que o jejum resulta.
    Sabem porque não foram usadas mais armas químicas depois daquele ataque ?
    Porque entretanto eu deixei de morfar asas de frango panadas do KFC, em sacrifício a nosso senhor.
    Não me agradeçam, eu sou assim mesmo.
    Mas ainda morfo asas de frango do pizza hutt.
    Deve ser por isso que o conflito ainda prossegue.
    Mas também não me podem exigir mais, não é ?
    Tenho muito pena que o conflito tenha de continuar, mas não me podem pedir que deixe DE TODO de morfar asas de frango.
    Temos pena.

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