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A CUMPLICIDADE DA IGREJA COM O NAZI-FASCISMO

Por

João Pedro Moura

Vejamos as acções bélicas imperialistas, cometidas pelos fascistas italianos e nazis alemães e as respectivas “respostas” do Vaticano:

1- 3/10/1935: invasão da Etiópia pelas tropas italianas. Um dos actos mais imperialistas e belicistas do séc. XX. Esta invasão foi pura conquista à moda antiga, a fim de que a Itália também pudesse ter um “império” e colónias, como a França e Inglaterra, suas inimigas. Nos dias seguintes a essa invasão, a imprensa italiana rejubilava com o facto e dizia que “Já temos um império!”…

O Vaticano manifestou o seu apoio, desde a mobilização, logo no dia 2, através do toque de “todos os sinos das igrejas de Roma, incluindo os de S. Pedro” (sede do Vaticano e maior igreja do mundo).

Em 12/5/1936, uma semana após a tomada de Adis-Abeba, capital etíope, Pio XI discursou nestes termos, à abertura duma exposição de imprensa católica:

“A coincidência da data entre [este dia] e [aquele] da alegria triunfal de todo um grande e bom povo para uma paz que quer ser, que pensa ser o coeficiente válido desta verdadeira paz europeia e mundial de que a própria Exposição é o claro símbolo.”

Portanto, um palavreado bacoco, que nada objecta à invasão imperialista em curso.

A cúria romana deu cerca de 500 milhões de liras para a campanha italiana na Etiópia, de Agosto de 1935 a Junho de 1936.

2- 9/4/1939: Pio XII faz uma homilia de Páscoa, 2 dias depois da invasão da Albânia pelo banditismo militarista e imperialista italiano, omitindo este nefando acto.

3- 20/4/1939: Pio XII enviou, com transmissão pessoal do núncio apostólico, Cesare Orsenigo, em Berlim, um telegrama de felicitações pelo 50º aniversário de Hitler (que desfaçatez!). Isto após a invasão da Checoslováquia e seu despedaçamento, em Março de 1939, pelas tropas nazis, que levantou um grande clamor entre os democratas europeus e provocou um toque a rebate de preparação para a guerra, por parte do Reino Unido e França.

4- Em 1/9/1939, começou oficialmente a 2ª Guerra Mundial com o ataque alemão à Polónia. Pio XII começou a receber, pouco depois, informações da própria igreja polaca, como foi o caso das religiosas do comité de socorros de Nazaré, contando-lhe as atrocidades que os nazis faziam à população civil, mas, tal pio papa nada fez para denunciar tais crueldades, oficialmente…

…Antes procurou justificar e compreender o ataque alemão dizendo que “A Polónia infelizmente tinha atraído contra ela o ataque alemão devido a certos excessos cometidos contra as populações germânicas”…

…Mas o cardeal Montini (futuro papa Paulo VI), admitiu, no início de Dezembro, que o papa Pio XII estava “plenamente instruído sobre as atrocidades que os alemães cometiam na parte da Polónia ocupada por eles”…

Em 30 de Setembro, tendo que dizer qualquer coisa, Pio XII discursou na presença do embaixador polaco no Vaticano, cardeal-patriarca e padres polacos, “exortando os polacos à aceitação cristã do sacrifício” e ao perdão das ofensas, rematando: “vós viestes, não para formular reivindicações, nem para exalar lamentações barulhentas, mas para Nos pedir (…) uma palavra de consolação e de reconforto no sofrimento.”

Pio XII nem disse nada sobre a invasão soviética do lado oriental da Polónia, desencadeada em 17 de Setembro, pois que esta dupla invasão, alemã e soviética, havia sido acordada no Pacto Germano-Soviético de 23 de Agosto de 1939, 9 dias antes da invasão alemã…

5- Acrescente-se a cumplicidade activa do Vaticano, através de associações católicas como o Instituto de S. Jerónimo e de organizações afectas à ICAR, como o Comité Internacional da Cruz Vermelha, na organização da fuga para a América do Sul por parte de criminosos nazis croatas e alemães, sobretudo, com passaportes da Cruz Vermelha…

Não foi por acaso que o nazi “monsenhor” Alois Hudal, adjunto de Pio XII, e em cooperação com o cardeal Montini (futuro papa Paulo VI), que dirigiu a operação de reciclagem e fuga de carrascos nazis, revelou no seu livro, “Römische Tagebücher. Lebensbeichte eines alten Bischofs”, (“Diário Romano. Confissões de Vida dum Velho Bispo”), de 1976:

“Agradeço ao céu por me ter aberto os olhos e dado a graça de ter podido visitar nos seus cárceres e campos tantas vítimas do pós-guerra, para os consolar, os ajudar e provê-los de falsos papéis, permitindo-lhes fugir para um país mais feliz.”

E foi assim que este facínora do Hudal safou Franz Stangl, antigo comandante dos campos de concentração de Sobibor e Treblinka, entregando-lhe um passaporte da Cruz Vermelha, sob beneplácito americano…

E mais haveria para dizer, mas chega…

… Mas a ICAR sempre colaborou com todos os Estados e poderes monárquicos, absolutistas, totalitários e repressivos com que se mancomunou, ao longo da sua história, sobretudo desde o Édito de Salónica, no ano de 380…

Já são 16 séculos de torpezas, de opressão antidemocrática, antiliberal e anticientífica.

As citações que referi neste artigo foram retiradas do melhor livro de referência, em matéria de relações entre a ICAR e Estados europeus no séc. XX:

“LE VATICAN, L`EUROPE ET LE REICH – DE LA PREMIÈRE GUERRE MONDIALE À LA GUERRE FROIDE, Annie Lacroix-Riz, Ed. Armand Colin, Paris, 1996

(http://www.amazon.fr/exec/obidos/ASIN/2200216416/qid=1107294697/ref=sr_8_xs_ap_i1_xgl/171-8994719-2751445)

ADENDA

E mesmo agora, em pleno liberalismo político e social em que vivemos, mais ou menos, a ICAR continua com as suas manias conservadoras, disparatadas e opressivas:

A Igreja é contra o divórcio, contra a união de facto, contra os contraceptivos, contra o coito sem casamento (como se uma pessoa precisasse de se casar para poder fornicar…), contra a masturbação, contra o aborto (mesmo que a grávida corra risco de vida, tivesse sido violada, fosse vítima de incesto ou o feto estivesse gravemente malformado), contra a eutanásia, contra o nudismo, contra os homossexuais, contra o casamento de homossexuais, contra a investigação em células estaminais, contra o sacerdócio feminino, contra o casamento dos padres (a única Igreja do mundo que proíbe o casamento dos seus padres…) …

São também a favor da discriminação entre rapazes e raparigas nos colégios católicos, sobretudo os da Opus Dei e Companhia de Jesus, pois que, não só, não admitem turmas mistas, como também não admitem sequer turmas de sexos diferentes na mesma escola, contrariando a livre convivência entre pessoas, mais do que entre sexos.

Acrescente-se a mania obsessiva da obrigação de usar fardeta, por parte dos alunos desses colégios, uniformizando-os, em atitude própria de maníacos da unicidade e do dogma, violando, opressivamente, a individualidade de cada aluno e o seu livre uso de roupas.

E fazem isto tudo, não porque se queiram aureolar de impolutos, sexualmente falando, mas sim porque têm uma mente e uma doutrina obcecadas com sexo, doentiamente obcecadas, por mais contrários ao mesmo que se aparentem mostrar.

São tarados sexuais.

Só assim é que se compreende a tamanha quantidade de padres que, apesar do voto tresloucado, estúpido e antinatural da castidade, que tiveram que fazer, aparecem em inúmeros casos de fornicação, homossexualidade e pedofilia. Não é um, mas sim 3 “pecados”!

Apelo aos católicos, que lêem este Diário de Uns Ateus, para que reflictam seriamente sobre a doutrina e história da Igreja Católica e que deixem o… catolicismo…

Com a ajuda deste Diário, o resto virá depois.

podres-nazistas-catolicos

68 thoughts on “A CUMPLICIDADE DA IGREJA COM O NAZI-FASCISMO”
  • Moloch Baal

    Concordo com tudo isso exceto no facto de o autor omitir que existem milhões de católicos que lutam contra todas essas taras dos conservadores.
    Sem terem de deixar de ser católicos por causa disso.
    Se esses indivíduos conseguirem ganhar ascendente na igreja, esta poderá ser uma força extraordinariamente eficaz na construção de um mundo melhor.

    • Moloch Baal

      Por exemplo, o padre Kolbe não precisou de deixar de ser católico para combater o nazismo.

      http://pt.wikipedia.org/wiki/Maximiliano_Maria_Kolbe

    • Milba

      São pessoas que querem um mundo melhor, ESSA É A FÉ, mais poderosa do que qualquer “fé” religiosa.Mas essa “FÉ” é desvirtuada, aviltada pelas crenças, por seus feitores, que usam e abusam da FÉ humana em queremos melhorar.

      Para essas pessoas ascenderem dentro da instituição católica, essa teria de se modificar, desde lá de sua fonte (e talvez isso já seja o exigível; pois não há virtude alguma em um entronizamento de “deuses” que dependem de parasitismo, miséria, bajulação, e DESONESTIDADE.

  • Milba

    O mais interessante de tudo, pensem bem: Os rebeldes franceses se escondiam e faziam o que podiam para não se curvarem ao Nazismo; e, imaginamos que “graças” tinham, e que quantas “graças” tiveram depois que a Guerra acabou, com a derrota dos facínoras esganados por poder (algo como ocorre hoje no Brasil).

    Como é que uma coisa se dá bem jogando o tempo todo com a vida das pessoas e as mesmas não atinam nem por momento que isso não tem NADA “santo”.

    Por quê? Porque crenças são arapucas que pegam interesseiros e covardes, e usa-os contra si próprios e contra os outros. Assim, os olhos cegam pra tudo, e arregalam-se por qualquer ‘vantagem’, qualquer “favor”. É a lei do vagabundo comendo o olho de vagabundo. Esperto comendo o osso do vigarista.

    Quando vemos toda a fanfarra da 2a. Guerra, o esnobismo-pária dos alemães-protestantes com seus cachorrinhos vendo e discriminando e perseguindo os que eram arrastados aos Campos de Concentração, vemos o pedantismo do evangélico-petista no Brasil hoje.
    E a farsa ainda é uma: Não foram tantos judeus quanto foram tantos outros de outros povos (inclusive os próprios alemães descontentes) que mais sofreram com a Guerra. Essa fachada de anti-semitismo é uma balela; um modo de os povos ainda pagarem aos judeus pelo prejuízo que os de trancinhas lá deles tramaram; assim como o 11/09 nos EUA; que serviu bem para espalhar ditadores “abençoados” pelo mundo; solapando e aviltando e maquiando a Democracia.

    • Helder

      E o tratamento que os vencedores Aliados, por exemplo os franceses, deram aos prisioneiros, após ao fim da II Guerra, não fica nada a dever ao que Hitler fez durante a Guerra.

      Há sempre os dois lados.

      • Carlos Esperança

        Há sempre quem esteja do outro lado. Errado.

      • stefano666

        e o tratamento que os padres pró-nazis deram aos seus prisioneiros não fica nada a dever ao que Hitler e Torquemada fizeram

        • Luísa G

          O mesmo que os padres sofreram nos campos de reeducação comunas.

          Foram muitos os padres que foram alvo dos nazis, apenas por serem padres. Foram muito poucos os ateus que foram alvo dos nazis, apenas por serem ateus…

          • stefano666

            verdade ???

          • stefano666

            se fosse verdade…. nao veria igrejas no leste europeu

          • Luísa G

            As católicas foram praticamente todas, as ortodoxas ficaram para propaganda de “ocidental ver”.

          • Moloch Baal

            Luisaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!

            http://www.youtube.com/watch?v=crLTRg2bEZM

            Finalmente imagens ao vivo do antolisa.
            Novo método de proselitismo drag-católico.
            A igreja não cessa de evoluir nos caminhos do senhor/a.

          • stefano666
          • Moloch Baal

            Não gozes.

            É um sacrificio que faz pela sua fé.

            Mas o antolisa não recua perante nada para converter os hereges.

            Por mais dores que isso lhe provoque, antolisa está sempre aberto a novas experiências místicas.

            Sim, sofre.

            Sim, por vezes fica com um andar novo.

            Mas no fim espera-o o paraiso celestial, ou o sétimo céu, ou uma coisa dessas.

          • stefano666

            gogo boys sao presentes de Deus.,..segundo o papa

          • Moloch Baal

            Quem ? O papa-chicos ?

          • stefano666

            bento

          • Luísa G

            Isso é álcool, droga ou uma interrupção de medicação.

            Faz parte da tua cultura insultares as pessoas?

            Já percebi que devia usar um nick name como tu. Isso, porém, não desculpa o facto de me insultar cchmando-me antolisa, coisa que nem sei o que seja.

          • Moloch Baal

            Com certeza.

            Cumprimentos à tua mulher ateia.

          • stefano666

            tipo… o campo de Jasenovac ?

      • Milba

        Se um estuprador currasse a sua mãe, por certo você o beijaria como recompensa. Um povo destruído, aos escombros, tinha de fazer uma festa para os algozes (que fariam muito pior se a tivessem ganhado)? É .. podemos afirmar: Crença é o esconderijo do intento de pilantras.

        • stefano666

          que tal se a turma inquisidora …tivesse que curtir férias na Sibéria…. Helder ia achar o maximo

  • Helder

    Começando pela autora e pela “obra” citada.

    Toda a gente sabe que se trata do estilo de uma perfilada militante do anticlericalismo e defensora acérrima da inocência dos comunistas soviéticos, por ela transformados em inocentes vítimas, mesmo ante os volumosos documentos, testemunhos reais e factos incontornáveis que atestam o contrário.

    Para mim perdeu todo o crédito quando tentou culpar os ocidentais (Estados Unidos, Reino Unido, Vaticano, etc.) pelo Holodomor.

    Este post é mais um exemplo do limite a que pode chegar o espírito de membro Hezbolah, que junta os católicos anti-cristãos, membros de uma seita anárquic-fundamentalista e anti-social – autodenominados ateus.

    Apesar de todas as criticas feitas à autora citada, incluindo o facto de não atender a fontes documentais que negam o que ela afirma, eu não a critico publicação deste livro. Tem toda a liberdade de escrever o que pensa, a sua interpretação minoritária dos factos, tal como todos têm o direito de publicar factos que contradizem, completamente, o ela que diz. Mesmo que não se lhe dê crédito, fica-se a saber que o que ela escreve não é digo de mérito cientifico, o que ajuda a perceber o verdadeiro intuito de algumas das suas obras. Além disso, não encontro, nos excertos citados, nada que mereça excepcional censura ou condenação, no que respeita à conduta do Vaticano.

    Tomemos este exemplo:

    “ 1 – 3/10/1935: invasão da Etiópia pelas tropas italianas…”

    Sob Benito Mossulini… que era ateu – nunca foi, sequer, baptizado.

    Porém, os actos de conquista de um império são considerados actos a bem da nação e motivo de regozijo para o seu povo. Não há nada de condenável nisso. Não obsta que o Vaticano não seja Itália, pois à época a questão era muito diferente e entendo o regozijo da Igreja com a tal facto, vendo o que se seguiu à independência (em 1944), com o energúmeno Enver Hoxha. Por outro lado, em 1939 já a Itália suportava, havia muito, a Albânia.

    Enfim… sobre as afirmações do papa, direi que qualquer líder politico de um país laico, incluído todos os lideres dos países da OTAN, faria hoje o mesmo discurso e caracterizaria com “um acto triunfal e digno do maior apreço”

    “… Mas a ICAR sempre colaborou com todos os Estados e poderes monárquicos, absolutistas, totalitários e repressivos com que se mancomunou…”

    Aí está a primeira desonesta falsidade. da autoria do JPM, claro.

    Os mais repressivos e totalitários regimes antidemocráticos foram as “quintas” do ateísmo, deste a URSS até à actual Coreia do Norte. Ai sim, são muitos milhões de vítimas “de opressão antidemocrática, antiliberal e anticientífica”. Só o energúmeno Mao Tse-tung, em pouco mais de vinte anos, matou mais do que vinte e um séculos de todas as lutas que envolveram católicos, cristãos e judeus.

    “A Igreja é contra o divórcio, contra a união de facto…”

    Exactamente por isso, por tem mantido a coerência de velar pela cultura e pela civilização, por ter sido fiel a valores que os degenerados retardados intelectuais tentam destruir para destruir a civilização humana e criar a simples comunidade de hominídeos, por isso mesmo eu aderi aos princípios da Igreja, mesmo não sendo baptizado, quando sempre foi “indiferente as ideologias religiosas ou à falta delas”.

    Tens razão quando dizes que alguns padres são tarados. São tarados porque são homossexuais, como sabes e afirmas. Aí tens razão. Mas são alguns, não são todos.

    Termino com o teu apelo:

    “Apelo aos católicos [também todos os indiferentes, agnósticos e ateus], que lêem este Diário de Uns Ateus, para que reflictam seriamente sobre a doutrina e história da Igreja Católica e, SE USAREM A RAZÃO, CONCLUIRÃO QUE SÓ PODEM CONDENAR O ATEÍSMO E ADERIR AO CATOLICISMO. “

    Nota:

    Annie Lacroix-Riz não é uma autora conceituada sobre assuntos relacionadas com o Vaticano. A maior autoridade do assunto, um verdadeiro “rato de biblioteca” que conhece a fundo os arquivos do Vaticano e tem feito luz sobre muitos factos da Igreja, UMA VERDADEIRA REFERÊNCIA séria, é o Italiano AndreaRiccardi

    • Carlos Esperança

      Mussolini obrigou ao ensino da religião católica nas escolas oficiais. Assinou os acordos de Latrão e o Papa de turno disse que era o «enviado da Providência». Ainda vão dizer que o pulha era ateu :((

    • David Ferreira

      Ao ateísmo não se adere. O ateísmo não tem doutrina. É algo natural, uma simples e racional interpretação da vida e da realidade; uma tomada de consciência de que toda a doutrina que as religiões pregam não faz sentido absolutamente nenhum nos dias que correm, não explica nada sobre a vida, não acrescenta nada ao desenvolvimento civilizacional e que a moral publicitada não é mais que a moral secular que existiria com ou sem elas, não sendo mais que características sociais que herdamos dos símios que nos precederam.

      E porque não aderir ao Budismo? Ao Confucionismo? Confúcio já pregava o bom senso muito antes de o Jesus católico pregar a moral que deu origem ao cristianismo…apenas para quem reconhecer o Deus cristão.

      Ser ateu é um ato natural. Como nascer. Como morrer. Ser religioso, crente, por muito que não gostem de o ouvir, é apenas fruto da doutrinação forçada, do proselitismo militante, da tradição imposta pelo sistema sociocultural próprio de cada povo.
      Felizes os povos que se viram privados da dura e obscura realidade do Deus monoteísta, um pai ausente que se deleita com os resultados miseráveis e descontrolados que essa mesma ausência provoca.

      • Luísa G

        Se…. Ser ateu é um ato natural, como se explica que não exista nenhuma civilização humana que seja ateia integral, nem nunca se encontrou vestígios de nenhuma?

        • David Ferreira

          Acho que anda a ler os livros errados de Antropologia e História.

        • David Ferreira

          https://www.youtube.com/watch?v=otSkpOeBqhQ
          Aprenda qualquer coisa. Se quiser.

        • David Ferreira
        • David Ferreira

          https://pt.wikipedia.org/wiki/Daniel_Everett
          Mais uma só para finalizar. E isto é apenas sobre uma tribo encontrada recentemente.
          Doutrinação, tradição, cultura…

          • Luísa G

            ahhhh!
            Evidente que ninguém acredita numa história hilariante, que chega ao ponto de afirmar que um homem civilizado é absorvida por uma cultura não civilizada, a ponto de se tornar ateu.
            Do filme (é mais um filme do que um documentário) que sobre a tribo se fez, afirmo::

            1 – Eu já tinha visto o filme sobre o assunto, mas não é exacta esta informação.
            A tribo em causa tem feiticeiro, a noção de mal e forma de o afugentar sugerem a existência de espíritos maus.

            2 – O estado tribal não é uma civilização.

            3 – A tribo em causa não nega a existência daquilo que não vê. Nega-se a aceitar ordens, ou princípios de obediência ou respeito ao que desconhece. Não reconhece a autoridade ou a gestão de outrem.

            Não são ateus nem crentes.

          • David Ferreira

            “Uma característica curiosa dessa tribo é o fato de seus membros não acreditarem em nada que eles não possam ver, sentir ou que não possa ser provado ou presenciado. Por esse motivo a tribo não acredita em espírito supremo ou divindade criadora, apenas em espíritos menores que às vezes tomam a forma de coisas no ambiente (devido a experiência pessoal de cada indivíduo), e que a terra e o céu sempre existiram, ninguém os criou. Esforços já foram feitos para convertê-los ao cristianismo, talvez o mais relevante seja o do missionário Daniel Everett que nos anos 70 tentou evangelizar a tribo. Sem sucesso, escreveu um livro em que descreve sua cultura. Segundo ele, os indígenas perderam o interesse em Jesus quando descobriram que Everett nunca o viu de fato. Seu constante contacto com este tipo de pensamento acabou transformando Everett em ateu.”
            O homem escreveu um livro a contar a sua experiência e você tem o descaramento de dizer que é uma história hilariante?
            O estado tribal não é uma forma de civilização? De onde pensa que veio? Das perfeitas rodas dentadas de um relógio que alguém se lembrou de inventar apenas porque lhe apeteceu? A não ser que acredite que possamos ter sido criados por civilizações de outros mundos mais desenvolvidas que nós…
            A sua argumentação parcial é risível.

          • 123

            Tu sabes que a Luisa G tem razão. Tanto mais que Daniel Everett é um pseudo-missionário, ateu convertido em adulto e “desconvertido”, poucos anos depois, pelos indígenas.

            Ninguém lhe lhe dá muita atenção.

            Eu também vi o documentário e é nítido que não se trata de uma tribo ateia. Ficam entre o animismo e panteísmo.
            Como têm uma língua difícil, a tradução daquilo que exprimem por palavras, é difícil de converter em ideias comuns.

          • David Ferreira

            Não. Você é que quer que ela tenha razão. Ambos o um.

          • Luísa G

            Aliás, este artigo da Wikipédia, embora mal fundamentado, garante que:

            “(…( a tribo não acredita em espírito supremo ou divindade criadora, apenas em espíritos menores que às vezes tomam a forma de coisas no ambiente…”

            Típico e lógico. Muitas civilizações tomaram o sol por deus, mas não lhe atribuíram a capacidade de gerar toda a vida.

            Esta tribo não era desconhecida. Já se conhece há mais de um século.

          • David Ferreira

            Um século é um segundo na história da humanidade. E a noção de espíritos não é bem a mesma coisa que a crença num Deus criador. Aliás, estudando estas tribos mais primitivas se pode perfeitamente antever o surgimento dos deuses que as civilizações mais avançadas criaram.
            Você é perito em fazer o Copy Paste só do que lhe interessa…

          • Luísa G

            Sim, mas uma citação faz-se por “copy and paste”, ou não?

            O teu argumento resulta ao contrário.

            Estudando as tribos primitivas, como esta, vemos nos “espíritos menores” a mitologia a funcionar. A incapacidade de um povo questionar o que o rodeia, leva-o a uma atitude simplória e primitiva de religiosidade. Não ter formação suficiente para ajuizar e analisar racionalmente, interrogar-se sobre o real e sistematizar a resposta de forma inteligível, demonstra irracionalidade e não ateísmo. Salvo se o ateísmo for tido por irracional.

            Atenção que as explicações Daniel Everett carecem de reconhecimento cientifico.

    • stefano666

      Helder.. voce tem razao!! todos os padres e pastores colaboracionistas eram agentes da KGB disfarçados. Eles queriam difamar a $anta igr€ja!
      por exemplo… o padre-führer eslovaco… jozef tiso

      • Luísa G

        A quem é que tu chamas colaboracionista? Tizo, enquanto politico, não estava a agir como padre. Começa por separar as águas.

        Se o teu argumento é: “Tizo era cristão católico”, recordo-te que nessa data, para aquém da esfera soviética, mais de 90% eram cristãos, e os cristãos fizeram quase tudo. Tudo o que é bom, tudo o que é mau, tudo o que tu tens.

        O numero de ateus era irrisório, as outras religiões representavam uma baixíssima percentagem do povo ocidental.

        Embora hoje seja comum ver ateus a baptizar algumas figuras conhecidas como sendo “ateias”, a verdade é elas nunca se disseram ateias.

        • Moloch Baal

          Ah.

          Então estaline, como perseguidor da religião também não estava a agir como ateu.

          Estava a agir como ex-seminarista.

          Começa por separar as águas.

    • Luísa G

      Eu também não sabia que o Duce era ateu.

      Afinal, acabo de confirmar, que ele era mesmo ateu e nunca aceitou ser tratado como crente, apesar dos “negócios politicos com a Igreja.

    • João Pedro Moura

      1- «Tomemos este exemplo:
      “ 1 – 3/10/1935: invasão da Etiópia pelas tropas italianas…”
      (…) Porém, os actos de conquista de um império são considerados actos a bem da nação e motivo de regozijo para o seu povo. Não há nada de condenável nisso.»

      Não há nada de condenável num ato de puro banditismo
      imperialista, como foi a invasão dum país independente, como a Etiópia, pelos italianos, com a complacência da Igreja???!!!
      Então, diga-me quais são os princípios da sua Igreja que se coadunam com essa invasão e ocupação dum país independente…

      2- «Enfim… sobre as afirmações do papa, direi que qualquer líder
      politico de um país laico, incluído todos os lideres dos países da OTAN, faria hoje o mesmo discurso e caracterizaria com “um acto triunfal e digno do maior apreço”»

      Enfim, é duma pessoa ficar pasmada, ao ler o desconcerto
      banditesco e colaboracionista do Hélder, que, provavelmente, não deve ter a noção da gravidade do que afirma…

      3- Hélder citou-me: “… Mas a ICAR sempre colaborou com todos os Estados e poderes monárquicos, absolutistas, totalitários e repressivos com que se mancomunou…”

      «Aí está a primeira desonesta falsidade. da autoria do JPM, claro.»

      O quê???!!! O Hélder chama “desonesta falsidade” àquela minha observação???!!!
      Então, não é do conhecimento histórico que a Igreja se mancomunou com todos os poderes monárquicos, na sua área de domínio, ao longo da História, até ser corrida dalguns lados, e se bandeou com todas as ditaduras centro e sul-americanas, que foram dezenas e
      dezenas, nos séculos XIX e XX, mais inúmeras ditaduras europeias “católicas”???!!!
      Se não foi assim, conte-nos, então, a sua “honesta veracidade” sobre a matéria…

      4- «Os mais repressivos e totalitários regimes antidemocráticos
      foram as “quintas” do ateísmo, deste a URSS até à actual Coreia do Norte. Ai sim, são muitos milhões de vítimas “de opressão antidemocrática, antiliberal e anticientífica”. Só o energúmeno Mao Tse-tung, em pouco mais de vinte anos, matou mais do que vinte e um séculos de todas as lutas que envolveram católicos, cristãos e judeus.»

      a) Hélder, o ateísmo não é uma doutrina política. Por isso, desde nazis a anarquistas cabem lá todos. O ateísmo não prega, nem, intrinsecamente, teria que pregar, o “amor” aos amigos e aos inimigos; a misericórdia; o capitalismo ou o socialismo; o esclavagismo ou os costumes modernos…
      Os regimes que citou não são ramos do ateísmo, ideário este que nada tem a dizer sobre tais regimes ou quaisquer outros do foro estritamente político. Os regimes comunistas, à moda estalinista, é que tinham um ramo ateísta, pois que não só assentavam no
      marxismo-leninismo ateísta, como também consideraram as igrejas e as religiões dos seus Estados, inimigos integrando a classe dominante a abater, coisa, portanto, coerente com os princípios doutrinários marxistas-leninistas…

      Mas, por falar em ateísmo, é nos países onde há mais ateus que se vive melhor: Europa, sobretudo a do norte e a mais desenvolvida, e América do Norte, mais o Japão, Coreia do Sul, Austrália. Simetricamente, é nos países mais fanatizados pela religião (exceto
      os países petrolíferos muçulmanos, obviamente)… que se vive pior…

      Mais desenvolvimento corresponde, normalmente, a menos religiosidade…
      Agora, o Hélder tire as suas ilações…

      b) Comparar eventuais mortandades, sem explicar o motivo, causadas, direta ou indiretamente, pelo “energúmeno” Mao Tse-Tung, com as mortandades causadas, adrede, pelos católicos, ao longo da História, é não ter a mínima noção do que está a dizer, e enveredar, agora sim, por desonesta falsidade:

      – As mortes causadas pelos comunistas referidos não foram em nome do ateísmo, ao contrário das mortes causadas pelos católicos, que foram em nome do seu deus e doutrina religiosa.
      A maior parte das mortes ocorridas em países comunistas decorreram das suas revoluções políticas, nomeadamente as
      transformações económicas, e não de transformações religiosas ou combates religiosos…

      – Não queira comparar a eficácia dos meios bélicos do séc. XX, e a própria quantidade de pessoas existentes, com os dos séculos anteriores. Pelo que, apurar quem “matou” mais e concluir que foram
      os comunistas, é desonesto, falso e incongruente…

      A melhor maneira de comparar sistemas ideológicos e seu grau de letalidade, ou ameaça de letalidade, sem cair em anacronismos, é verificar o grau de intolerância relativamente ao outro, ao diferente, dentro desses sistemas…
      … E então temos que, nos sistemas comunistas, que você citou, ninguém seria condenado à morte por não ser comunista nem declarar não sê-lo, até porque só uma minoria é que era membro do
      partido, enquanto nos países que foram dominados pela sua igreja, da “paz e amor”, era-se condenado à morte por declarações ou práticas contrárias ao catolicismo…
      … O que, de resto, está em conformidade, como sabe, com a Bíblia, que defende a pena infernal, no dia do “Juízo Final”, para todos aqueles que não acreditaram no deus bíblico e seu ectoplasma
      Jesus, a saber: para ateus, religionários de religião errada, cristãos de igreja errada (qual a certa, entre dezenas e dezenas?!…), indiferentes e demais desviados dos retos caminhos do Senhor… que nem sequer terão a oportunidade de viverem pacificamente na Terra, pois que, ou se seguirá para o jardim da celeste corte (vulgo “paraíso”), os “salvos”, ou para o inferno, os “condenados”,
      não havendo terceira via…

      4- «Exactamente por isso, por tem mantido a coerência de velar pela cultura e pela civilização, por ter sido fiel a valores que os degenerados retardados intelectuais tentam destruir para destruir a civilização humana e criar a simples comunidade de hominídeos, por isso mesmo eu aderi aos princípios da Igreja,»

      Eu, simples “degenerado retardado intelectual que tento destruir
      a civilização humana e criar a simples comunidade de hominídeos”, pergunto-lhe, sr. Hélder, em que estádio civilizacional estaríamos se a sua Igreja continuasse a mandar como “in illo tempore”?!

      E como é que o sr. Hélder, um “regenerado adiantado intelectual
      que tenta (re)construir a civilização humana e criar a complexa comunidade de Homo Sapiens”, em versão religiofaunística, está agora nesta “civilização humana” (quiçá, para se distinguir das “desumanas”…)?!

      5- «Annie Lacroix-Riz não é uma autora conceituada sobre assuntos relacionadas com o Vaticano. A maior autoridade do assunto, um verdadeiro “rato de biblioteca” que conhece a fundo os arquivos do Vaticano e tem feito luz sobre muitos factos da Igreja,
      UMA VERDADEIRA REFERÊNCIA séria, é o Italiano AndreaRiccardi»

      Então, cite um livro do Andrea Riccardi que seja superior ou, sequer, comparável ao da Annie..

      P.S. – Ou me engano muito, ou este espécime em vias de aparição aqui no blogue, “Helder”, de seu nome, ainda nos vai provocar farto gáudio, à laia do abominável César das Neves, e suas coleções de inépcias sofísticas… ou pouco sofisticadas…

      • Luísa G

        Espero que o Helder responda a este conjunto de asneiras,

        Eu fico indignado com a tua falta de visão.

        “Não há nada de condenável num ato de puro banditismo imperialista, como foi a invasão dum país independente, como a Etiópia, pelos italianos, com a complacência da Igreja???!!!”

        Aconselho-te a escutar as declarações de comandantes da forças da Nato, ou o porta-voz do pentágono, ou os presidente norte americano, a propósito do Afeganistão, do Iraque, etc.

        O que é a “complacência da Igreja”? A Etiópia era um país católico para a Igreja se opor?

        A Igreja tinha (ou tem) qualquer obrigação de contestar ou validar as acções bélicas de um país?

        Quanto é que a Igreja ganhou com a questão da Etiópia?

        Quem, de entre os ateus, se opôs?

        • Moloch Baal

          “Quem, de entre os ateus, se opôs?”

          Para além de algumas centenas de milhões de ateus comunistas ?

          Que imbecil.

          • Helder

            Folgo em saber que os comunistas, agora e para efeitos da tua resposta, já são ateus.

            Pena que esteja errada a resposta. Entre nazis e comunistas não existia oposição, havia era uma disputa territorial e pela supremacia.

          • moloch Baal

            ??

            Estou banzado!!

            Desde quando os comunistas marxistas não são ateus ?

            Tirando uma minoria que tenta conciliar as duas coisas, o marxismo puro é bem explícito no seu ateísmo.

            Quanto a ti, se não és capaz de ver a diferença entre a ideologia comunista e a fascista, entre internacionalismo e nacionalismo, entre anti-racismo e racismo, entre anti-tradicionalismo e tradicionalismo, entre proclamar a absoluta igualdade entre os homens e proclamar a absoluta desigualdade etc.

            Se além disso não sabes que a oposição entre as duas ideologias é parte integrante da ideologia e história de ambas.

            Se não sabes isso tudo, então és tão ignorante que não adianta ter grandes conversas contigo.

        • João Pedro Moura

          LUÍSA G disse:

          1- “Eu fico indignado com a tua falta de visão.”

          Já é, pelo menos, a segunda vez que tu escreves com sufixo masculino (“indignado”), mas assinas como mulher…
          És homem ou mulher???!!! Que raio de criatura és tu???!!!

          2- Provavelmente, não leste o meu primeiro ponto do artigo e não reparaste na cumplicidade da tua Igreja…
          …E, assim, também eu não estou para te aturar…

          • Moloch Baal

            “Que raio de criatura és tu???!!!”

            Isso andamos nós a perguntar à anos neste blog.

            O antolo é assim como uma quimera – um bicho esquisito.

      • Helder

        1 – “a invasão dum país independente (…) com a complacência da Igreja”

        A que propósito a Igreja seria ouvida ou consultada para os actos bélicos da Itália?

        Que eu saiba, a igreja não tem uma política belicista e não
        invadiu nenhum país, durante o seculo XX. Foi o contrário.

        2- Acabo de assistir na CNN a uma declaração de grande gáudio de um porta-voz da defesa americana sobre a morte de um chefe talibã, num país ocupado pelos EUA.

        Acho que devias mandar calar esse fulano.

        3- “Então, não é do conhecimento histórico que a Igreja se mancomunou com todos os poderes monárquicos …”

        Não é do conhecimento histórico, porque a realidade histórica é diferente.
        Essa afirmação é absurda. A conjuntura da época e localização geográfica determina factores culturais muito diferentes.

        Nos países católicos, mesmos nos estados republicanos laicos, existia (e existiu e Portugal até muito recentemente), um estrita ligação entre os lideres políticos e os lideres religiosos, não em termos de poderes, influências e competências, mas no respeitante ao respeito ao àquilo que suporte a democracia – a vontade da maioria. A pragmática imponha a participação protocolar obrigatória da Igreja nos actos públicos da política, e vice versa. E dessa imagens que o “stefano” faz a sua banda desenhada, interpretando-a desonesta ou ignorantemente. Não há aliados, mas sim uma “coo-proximidade de liderança”, sob a certeza de que o pais é maioritariamente católico, e o poder politico não pode ser tão antidemocrático, ao ponto de se seguir uma linha oposto ao povo, e assaz ofensiva da sua cultura e dos seus interesses.

        Isso só mudou quando os Estados penduram a democracia num cabide e passaram a seguir as pulhices e patifarias das imposições de minorais. O que actualmente se tornou um absurdo, e deu a facada final, desacreditando completamente a democracia Ocidental.

        Convém lembrar que os regimes totalitários europeus do séc. XX, eram repúblicas de origem laica e, na sua maioria, democráticas na sua instauração.

        4- Nem o ateísmo nem as religiões são doutrinas políticas. A realidade é inversa: existem doutrinas políticas que seguem o ateísmo ou aproximam-se dos sistemas de valores organizados – das religiões. E, no século XX, o ateísmo, substrato ideológico indispensável ao comunismo – marxismo, devorou (e desgraçou) uma grande parte da Europa. Marx (e depois repetido por Lenine) dizia que “não existe comunismo sem ateísmo”.

        Uma falsidade incomensurável: “é nos países onde há mais ateus que se vive melhor”.

        Nas regiões tribais, mais próximas do ateísmo, o desenvolvimento é muito elevado?

        O desenvolvimento é geográfico e civilizacional. Já Josué de Castro, no seu livro “Geopolítica da fome” afirmava que estava academicamente comprovado que “o desenvolvimento é civilizacional e suporta-se nos sistemas de valores cimentados ao longo de muitas gerações, na sua melhor linha emanado da base judaico-cristã”.

        Os países desenvolvidos devem essa posição à cultura religiosa, e a sua degradação devem-na ao ateísmo. Estou a ver Berlim, em 1989 depois a queda do “muro”. Procura uma imagem e compara o desenvolvimento do lado com o lado mais católico.

        O “velho mundo” e quem lhe seguiu as pegadas, é desenvolvido, os que tomara as opções erradas…

        O comunismo matava em nome dos seus princípios. Eliminar a religião, era uma da principais prioridades (o mesmo fez a nossa primeira república, de facção ateia, onde eliminar a religião era a primeira prioridade).

        Maior parte das vezes, aquilo que entendes ser uma guerra religiosa não passa, na verdade, de uma guerra étnica-cultural. As cruzadas tinham, na sua real essência, muito pouco de religioso, a Inquisição de religioso tinha, apenas,
        a fama, etc. etc.

        Quanto eficácia dos meios bélicos, imagino que deves desconhecer que os maiores estrategas de todos os tempos não foram os do seculo XX. Também não sabes que a morte comunista não usou armas avançadas, e que a China de Mao estava num estado Feudal, tal como uma grande parte da Rússia.

        A Rússia e China (a China era extremista) eram intolerantes com a religião. E muitas foram a vítimas que pereceram por serem crentes. Os russos, quando perceberam que a religião poderia reverter a seu favor, mudaram de táctica. Praticamente todas as Igreja foram saqueadas e destruídas, o clero enxovalhado, e a maioria sentenciado.

        Em termos de intolerância, o ateísmo é uma ideologia extremista.
        Ainda hoje. Veja-se a necessidade que os ateus têm de combater a religião, aqui, na Internet. Fazendo-o de forma incivilizada e deseducada, com intenções e atitudes de terrorismo. Há extremistas que não saem deste blogue, passam is dias a pesquisar e a escrever contra as religiões, com uma dedicação e um espírito muito superior ao das cruzadas.

        Do que eu sei do assunto, a Bíblia e a doutrina católica não condenam ninguém impunemente. A condenação eterna está reservada para quem, consciente e deliberadamente (com dolo) se opõe aos princípios da religião. Ainda estes
        dias escutei uma palestra interessante sobre esse assunto, onde um ateu meteu o rabito entre as pernas, quando lhe foi dito que, numa perspectiva cristã, o arrependimento salva. Jesus disse ao bomladrão “hoje mesmo estarás comigo no paraíso”.

        4- Sem os princípios e valores da Igreja estaríamos algures no tempo do início do Império Romano.

        Não sou eu que defendo a redução da Humanidade à fauna de hominídeos evoluídos. Sãos os ateus.

        5- Sobre o assunto, Andrea Ricarddi investigou de forma séria, como se pode ver em “a polícia da Igreja”. Há um excelente estudo em press universitária
        “O Vaticano na II Guerra: influente, difuso
        ou decadente?”.

        • stefano666

          “Que eu saiba, a igreja não tem uma política belicista e não
          invadiu nenhum país, durante o seculo XX.”

          a igreja compactuou (clientelismo e tráfico de influencia) com os líderes nazis e fascistas…. e curiosamente 1 padre se tornou “Fuhrer” na Slovakia.

          A Slovakia era um regime nazi-clerical com a conivencia do papado.;;; a Slovakia ajudou Hitler e invadir Polônia e URSS. bom;…. em parte;;; a igreja invadiu 2 paises.

          eliminar a religiao… isso a igreja entende bem… em todo canto que a igreja foi suprema;…. ela caçou as religioes rivais…. basta se lembrar das cruzadas … de Ante Pavelic ou de Ngo Dinh Diem….
          a igreja chegou a cooperar com politica de odio etnico e racial;…. a exemplo de Ruanda… Croacia (Pavelic) ou Slovakia (Tiso).
          a igreja promoveu o massacre de S.Bartolomeu…

          voce ataca Mao Tse Tung.;;;; como se a igreja fosse uma santa… hahahahaha

          • Helder

            Fartas-te de falar do “compactuou”, mas nunca apresentaste um documento que sustente as tuas afirmações gratuitas, falsas, doidivanas e absurdas.

        • Moloch Baal

          “A condenação eterna está reservada para quem, consciente e deliberadamente (com dolo) se opõe aos princípios da religião.”

          Ah.

          “SÓ” condenam à tortura para toda a eternidade a todos que se oponham conscientemente aos vossos princípios.

          Que porreiraços que vocês são.

          Mesmo bacanos e compreensivos.

          Entretanto, qual é a diferença ética entre vocês e o nazismo ou o estalinismo?

          Não estou a ver nenhuma.

          Estás para aí a choramingar pelos crimes dos comunistas, por eles reprimirem quem se lhes opusesse e depois gabas-te de, por príncipio a tua religião fazer o mesmo.

          Estaline não foi diferente de cristo, excepto de que teve poder para criar um inferno na Terra.

          Cristo não teve, ficou-se pelas ameaças para depois da morte.

          Foi preciso esperar por Constantino para vocês criarem o vosso inferno terrestre, que durou mil anos.

          Mas entre as fogueiras da tua inquisição e o gulag ou o holocausto, venha o diabo e escolha.

  • Luísa G

    Eis uma citação fundamentada que a Sr. Lacroix-Riz ignorou (ou desconheceu):

    Quevedo afirmou, em 1937, numa diligência junto do cardeal Pacelli, então secretário de Estado da Santa Sé, a respeito da condenação do rexismo — corrente política belga de extrema-direita católica próxima do nazismo — pelo cardeal de Malines:

    «É um facto que Degrelle, chefe do partido rexista, consubstancia uma política nacional de emancipação anticomunista e Van Zeeland, do partido democrata-cristão belga, é orientado pela política de transigência que levou o mundo à beira da catástrofe!»

    Ao que Pacelli reagiu de forma muito clara, afirmando, «num tom, embora afectuoso, vivo e… apaixonado»:

    «Sim, mas a Igreja não pode aplaudir qualquer orientação política que se pareça com o nazismo!
    Veja, Excelência, o que se passa na Alemanha: além de serem negadas aos católicos as liberdades mais elementares […] a imprensa alemã faz uma campanha […] ignóbil contra a Igreja, campanha inqualificável, odiosa e selvagem! Não pode calcular […] até que ponto vai a perseguição que se faz, neste momento, aos católicos e à Igreja […] E, a propósito, dir-lhe-ei que, se nós sabemos que entre os nacionalistas espanhóis há gente de primeira ordem, também não ignoramos que entre os legionários há muitos de tendências nazis, gente inconveniente e perturbadora […]»

    E, perante a objecção de Quevedo de que na Alemanha as igrejas permaneciam abertas e de que o clero não era morto e torturado, como na Rússia, respondeu Pacelli: «Sim», diz o cardeal, interrompendo-me, «mas o nazismo, não matando, nem incendiando, consegue o mesmo resultado […] acabar com a Igreja e com a religião.»

    • Moloch Baal

      Querida antolisa.

      Eu não estou a perceber.
      O Rexismo era um movimento católico-nazi mas o nazismo perseguia o catolicismo?
      Os católico-nazis perseguiam-se a si mesmos ou pagavam a terceiros para que os perseguissem?

      • stefano666

        perseguia sim…. basta se lembrar do pobre bispo Hudal…

        • Moloch Baal

          Sim.

          Hudal sofreu muito.

          Como o santo bispo passava o dia a fazer a saudação nazi, consta que deu um mau jeito no braço.

          E os católicos rexistas foram tão perseguidos que até formaram uma das divisões mais famosas das SS.

          Coitados.

          • stefano666

            e o pobre padre Tiso…?? sofreu na mão de Hitler;;;; coitado!!!

          • Moloch Baal

            Sim.
            Teve de comer chucrute e beber cerveja bávara imensas vezes com o Fuhrer, quando aquilo lhe fazia imensa azia.
            Um verdadeiro mártir.

    • João Pedro Moura

      Luísa G

      E isso, que referiste, está escrito onde?!

  • Luísa G

    Sugestão para o próximo tema:

    “A CUMPLICIDADE DO ATEÍSMO OCIDENTAL COM O NAZI-FASCISMO”

    Onde estão os actos dos ateus que demonstrem que não foram tolerantes ou colaboracionistas com os nazis.

    Já nem falo do Duce ser ateu, Um ateu fascista de peso.

  • Ana

    Tenho pena sinceramente de gente que pensa como esta pessoa que escreveu o texto… o pior é ainda afirmar o que lhe apetece sem pensar e sem qualquer respeito pela opinião dos outros… se eu viesse dizer para aqui que ser ateu é ser “estúpido”, “tresloucado” ou “antinatural”, de certeza que não a minha opinião já não valia… mas isso é porque já não convém…
    sinceramente lamento a falta de carácter de certas pessoas… se não acreditam em nada do catolicismo e dizem respeitar os outros, porque se dão tanto ao trabalho de os atacar? que eu saiba a maioria da população mundial ainda tem livre vontade e possibilidade de escolha… eu posso expressar a minha opinião sem insultar ninguém… o que me parece é que por mais evidencias e opiniões que possam ter, não conseguem encontrar NADA que deite por terra as convicções e fé dos católicos, e é isso que vos alimenta a raiva e os insultos…
    Um conselho… respeitem antes de se quererem dar ao respeito!

  • RB

    Tenho pena sinceramente de gente que pensa como esta pessoa que escreveu o texto… o pior é ainda afirmar o que lhe apetece sem pensar e sem qualquer respeito pela opinião dos outros… se eu viesse dizer para aqui que ser ateu é ser “estúpido”, “tresloucado” ou “antinatural”, de certeza que não a minha opinião já não valia… mas isso é porque já não convém…

    sinceramente lamento a falta de caracter de certas pessoas… se não acreditam em nada do catolicismo e dizem respeitar os outros, porque se dão tanto ao trabalho de os atacar? que eu saiba a maioria da populaçao mundial ainda tem livre vontade e possibilidade de escolha… eu posso expressar a minha opinião sem insultar ninguém… o que me parece é que por mais evidencias e opiniões que possam ter, não conseguem encontrar NADA que deite por terra as convicções e fé dos católicos, e é isso que vos alimenta a raiva e os insultos…

    Um conselho… respeitem antes de se quererem dar ao respeito!

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