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A Igreja e os feriados

Leio, na comunicação social, que a Igreja está “disponível para conversar” sobre os feriados – isto a propósito da prevista alteração, de que já se falou anteriormente. Confesso que a minha primeira reacção foi deixar cair o queixo. A despropósito, convenhamos, porque da ICAR  tudo é expectável. No pior sentido, naturalmente. Alguém lhes perguntou alguma coisa? A ICAR é, agora, proprietária dos feriados?

Desde logo, a alteração ou eliminação dos feriados vem na sequência de medidas económicas. Ou seja, é uma medida meramente política, que nada tem a ver com a religiosidade. Pelo que, e nesse sentido, quem deveria mostrar-se disposto para conversar, seriam os chamados parceiros sociais, esses sim, representantes de quem, de uma forma ou de outra, contribui para a economia do país.  Não me recordo de a ICAR ter contribuído, no sentido útil, para essa mesma economia. Pelo contrário, encontra-se isenta de impostos que fazem doer a carteira de quem, realmente, trabalha, e farta-se de receber subsídios. Bem, farta-se é uma figura de estilo. Nunca se farta.

Mas também é sabido que os feriados religiosos acabam por ser, no fim de contas, uma forma de a ICAR arredondar as contas. Feriado religioso é dinheiro em caixa, para a ICAR.  Daí o meu desqueixelamento ter sido despropositado: o Governo está a “mexer nos bolsos” da ICAR, e esta põe-se em bicos de pés. Rabeia, como diria a minha avó.

Curiosamente, ainda não notei que algum dos ditos parceiros sociais se tenha pronunciado – mesmo aqueles que defendem “menos trabalho e mais dinheiro”. Andarei distraído?

27 thoughts on “A Igreja e os feriados”
  • José Maria

    “Não me recordo de a ICAR ter contribuído, no sentido útil, para essa
    mesma economia. Pelo contrário, encontra-se isenta de impostos que fazem
    doer a carteira de quem, realmente, trabalha, e farta-se de receber
    subsídios. Bem, farta-se é uma figura de estilo. Nunca se farta.”

    José Moreira

    Antes de dizeres disparates, lê também o Estatuto dos Benefícios Fiscais e escreve ao primeiro-ministro para ele cortar todos sem excepção, e não apenas os da Icar.

    Demagogia tem perna curta e já enoja:

    http://info.portaldasfinancas.gov.pt/pt/informacao_fiscal/codigos_tributarios/bf_rep/

    • Anónimo

      Não me lembro de ter falado em cortar nos benefícios seja de quem for. Mas tu tens que dizer alguma coisa, não é verdade?

      • José Maria

        Tenho,não é só o kavkaz que tem direito de intervir quantas vezes lhe apetece. Vivemos num país livre e ,para disparates, já chega o estado a que o país chegou. Não é preciso acrescentares mais. Lê o estudo sociológico cujo link citei que talvez consigas apreender algo de intelectualmente consistente sobre a extensa acção social da Igreja Católica em Portugal.

      • Kavkaz

        O José Maria não veio substituir o imbecil e descreditado asno electrónico que utilizava múltiplos nicks (antoniofernando2 / Xpto / Pssst….. / e outros) ?

        • Anónimo

          O rapaz esqueceu-se de apontar os “likes”. Anda distraído.

        • Xpto

          És mesmo tonto do pior. É cada nó cego que tu e os da tua igualha levam. Não tens pena de seres tão burro ? Burro e bobo, reunidos numa só personagem kavkiana. Ou será em duas ? Uma delas, o teu ” maninho siamês” com o seu estilo mais grave mas nem por isso menos chinela no pé ?

    • Anónimo

      Ó Toninho: afinal, quantos “nicks” tens? Ou já lhes perdeste a conta?

      • José Maria

        Ó Tontinho, começa por contar os teus nos intervalos em que mastigas as tuas folhinhas e fazes gri-gri.

  • José Maria

    Para quem se quiser informar antes de se pôr a deitar,demagogicamente, tontices pela boca fora:

    “Um outro meio através do qual a Igreja,
    tradicionalmente, actua na vida social é o que se poderá chamar a acção
    sociocaritativa, para usar a expressão consagrada nos próprios meios da Igreja. Cobre um
    extenso leque de actividades e empenha um grande número de associações, serviços e grupos mais ou menos organizados” :

    http://analisesocial.ics.ul.pt/documentos/1223460826J2jHY9lo6Tm72IK0.pdf

    “As instituições sociais da Igreja Católica dão resposta a mais de meio
    milhão de situações de carência e empregam mais de 23 mil pessoas” :

    http://www.agencia.ecclesia.pt/cgi-bin/noticia.pl?id=73672

  • Kavkaz

    José Maria, creio que a si ainda não tinha perguntado para responder ao meu inquérito aos crentes. Agradeço a sua resposta, antecipadamente.

    Hoje é dia 14 de Outubro de 2011 da Era Comum. 
    Gostaria de perguntar se os crentes achariam bem que “Deus” engravidasse a mulher mais próxima de vós. Como reagiriam?
    A) Agradecia a atenção de “Deus” ao engravidar a mulher mais próxima e assim poderia ter um novo membro divinal na família. Até comparticipava nas despesas de crescimento, formação e educação do novo Jesus lá em casa.B) Ficava incrédulo por “Deus” não me ter avisado antecipadamente das intenções “Dele” e me ter colocado perante um facto consumado com que não contava, mas aceitaria tudo desde que fosse para o “Céu” quando morresse.C) Ficava muito zangado por “Deus” se intrometer na minha família sem autorização prévia e cortava relações com “Ele” por abuso de confiança à mulher que me é mais próxima.D) Outra hipótese. Qual…?

    • Jano laertes

      os argumentos ateistas saõ aqui apresentados de forma tão racional que acho que seria impossivel encontrar alguem com um intelecto á altura para poder ripostar com o mesmo nivel de aridez de cultura humanista e inteligencia…
      parabens! por conseguirem colocar o ateismo  na sua essência… no seu devido lugar…como arautos dessa opção  o vosso discurso é de uma riqueza literaria e filosofica que cativa qualquer cidadão com léxico paupérrimo.

  • José Maria

    Aprendam o que é verdadeiramente grandeza humana:

    “L’athée que je suis reste sans voix et ému devant tant de bon sens et
    de générosité. Immense
    respect pour cet Homme hors du commun… Un clip
    que je passerai certainement à mes élèves de 3ème…”, pronunciando-se sobre o católico e franciscano AbéPierre, fundador da Comunidade de Emaús:

    http://www.youtube.com/watch?v=RdSbV8oEgBk&feature=grec_index

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Abb%C3%A9_Pierre

    • Kavkaz

      José Maria, o teu video não nos mostra que exista “Deus”! nem pouco mais ou menos.Envia os teus videos ao Vaticano para eles verem como vivem no luxo! 

    • jmc

      e mais recentemente Bill e Melinda Gates preveniram a expansão do vírus da SIDA em cerca de 100’000 pessoas na Índia: http://www.bbc.co.uk/news/world-south-asia-15254805

      e são ateus

      por isso qual é o objectivo de referir Abé Pierre como a verdadeira “grandeza humana”?

      bondade pode haver em todas as crenças, e descrenças também

  • Pssssst…

    A melhor forma de se tirar o tapete a certa gentalha ateísta é deixá-los a falarem sozinhos.

    • Kavkaz

      A “gentalha” são os que não conseguem responder às perguntas básicas que lhes colocamos!

      IMPOTENTES!

  • Kavkaz

    Resposta ao Joaquim Siva sobre “milagres” na caixa de comentários do post “Os milagres crescem como cogumelos”. Aguardo a resposta. Espero que ainda consiga prosseguir depois do que lhe escrevo:

    Joaquim Silva, o termo “milagre” pressupõe a realização de um acto a que não encontramos encontraram explicação científica para ele. 
     
    Ora se não encontraram explicação pode ser porque, simplesmente, ainda não haverá sabedoria suficiente para poder explicar esse “milagre”. E não se consegue explicar. Ponto final.
     
    Agora, vejamos como reage o Vaticano… Como NINGUÉM consegue explicar o que se passou o Vaticano inventa uma explicação. Diz-nos que foi “Deus” ou o Papa que o fez. Mas terá mesmo sido assim? Você, os crentes, o Vaticano dizem logo que sim, sem comprovar NADA da acção directa de “Deus” ou do Papa morto.
     
    Uma coisa é a pessoa ficar curada de uma doença e que não vou por em causa porque os médicos também o confirmam. Outra coisa é afirmar-se com uma certeza absoluta que foi o fulano X que curou a senhora. Estão a imaginar e a criar a resposta que não tinham nem conseguem comprovar essa intervenção do fulano X. Inventam a razão da cura da senhora.
     
    Porque não pensam na hipótese de sobre grande tensão emocional da senhora se possam ter realizado alterações internas do corpo que levaram à cura da senhora? Não será uma hipótese válida que o Vaticano não estudou? Não interessa nada estudar esta hipótese?
     
    Outro exemplo, em Roma, durante a cerimónia de beatificação do Papa Paulo II morreu, de repente, um bispo espanhol. Porque não afirmam e publicitam à grande que se trata de um milagre de João Paulo II. A relação deste acontecimento com o ex-Papa é a mesma que o do “milagre” da freira curada! Não interessa nada divulgar este “milagre” de João Paulo II?

    • Joaquim Silva

      Respondo à sua interpelação:

      1- A recuperação maravilhosa de Marie – Simon Pierre pode ser, sim, mero resultado de um processo de forte auto- sugestão, baseado na crença àcerca da possibilidade de intervenção extra-terrena de João Paulo II;

      2- Se assim fosse, isso viria, no mínimo, demonstrar a forte plausibilidade da fé como elemento recuperador de doenças tida por incuráveis. O que só vem reforçar a importância da fé e da oração;

      3- Marie- Simon Pierre afirmou ter uma forte relação espiritual com João Paulo II e está intimamente convicta que foi ele quem interveio na sua súbita e radical recuperação.

      4- Para aqueles que acreditam na vida para além da morte, ou seja, que não são materialistas,por múltiplas razões, que só a cada pessoa dizem respeito,não é absurdo admitir que alguém muito próximo de nós possa intervir, ainda que entretanto falecido.

      5- Pode-se retorquir, e essa é uma refutação pertinente, que os supostos milagres não acontecem a todos. Mas será que cada um de nós não tem um projecto autónomo de vida para prosseguir ? Confesso que não tenho certezas sobre esta matéria.

      6- A ciência médica afirma que a doença de Parkinson é incurável. Logo, ou essa proposição é válida ou não é. Pelo menos, ela não é válida no caso de Marie- Simon Pierre.

      7- Você diz que , no futuro, a Ciência pode vir explicar como é que certas doenças, tidas por incuráveis, podem afinal não o serem. Mas aí estamos no mero campo das hipóteses. Tanto pode vir a explicar como não.

      8- Você parece descrer que a vida seja mais do que matéria e que exista uma temporalidade espiritual para além do estritamente material. É uma posição inteiramente respeitável. Você tem direito à sua singularidade, respeite então a dos outros, que divergem da sua posição, sem os estar constantemente a insultar.

      9- A razão não é o único ” instrumento” da conduta humana. O ser humano também se move por intuiçoes e convicções íntimas. Há os que acreditam num domínio transcendental, misterioso à dimensão estritamente material. Outros que não. Qual o problema ?

      10- Equaciono como possível que Marie- Simon Pierre se tenha auto-curado por via da sua forte auto-sugestão. Mas como quer que isso tenha acontecido, sem intervenção médica e contra o parecer da ciência, só temos todos motivos que nos regozijar com a sua recuperação.
      O bem dos outros não nos afecta, não lhe parece ? Se formos infelizes, o facto de haver pessoas felizes, não deve ser motivo para querermos que os outros se juntem às nossas vidas pardacentas, não lhe parece ?

  • Kavkaz

    Joaquim Silva, obrigado pela resposta. Percebo que temos mais pontos de vista comuns que desacordos.

    1. Você confirmou aceitar a ideia que partilho duma forte auto-sugestão poder provocar variações na saúde das pessoas. No caso da freira doente parece-me ser a razão mais evidente. Aceite como verdade que eu me congratulo bastante com a recuperação da saúde da freira. Isso não é para discutir. Conheço da vida real pessoas que se automotivam e conseguem resultados e transformações extraordinárias. Não é preciso estar doente para se observarem “milagres”. Muitos querem e realizam-nos. Vem de repente à memória, como exempllo, o nome de Steve Jobs que produziu uma nova tecnologia e alterou a forma de comunicarmos até aqui impensável. Ultrapassam as suas próprias fronteiras humanas e realizam o que parecia ser impossível.

    2. Compreendo que nos queira valorizar o aspecto da fé. Eu sei que a fé (como outras formas de motivação) pode ser uma componente que leva a transformações que podem ser muito boas. Mas também é possível utilizar a fé para acções muito más. Depende como a usarmos. É preciso exemplificar consequências más da fé? A Hitória tem muitos exemplos. Claro que a fé é acreditar no que não sabemos. Eu escolhi acreditar no que sei. É a diferença entre crentes e ateus. E os ateus também se sabem motivar e até conseguir os seus “milagres”, mesmo não tendo fé.

    3. Os ateus que aqui escrevem aceitam que os crentes não sejam obrigados a pensar e a saber o que nós sabemos e pensamos. Daí defendermos a Liberdade Religiosa. Esta serve para escrever e dizer o que se pensa. Os ateus fazem o mesmo. Emitem as suas opiniões mesmo que os outros não gostem e não concordem. Mas nós somos assim e expressamo-nos assim. É a vida em Democracia. Não gostamos de todos, não nos entendemos todos, mas toleramos a opinião de todos dentro dos limites correctos e criticamo-nos mutuamente para nos aperfeiçoar. Para vivermos sem guerras! A Paz é melhor para todos no seu conjunto!

    4. Voltando ao “milagre” com a freira quero sublinhar que ele não confirma a existência de “deuses”! Ele confirma apenas a boa saúde da freira. O restante será especulação do Vaticano, pois não conseguirá provar qualquer acção do Papa João Paulo II ou de outrém. O Vaticano imagina que… Afirma que… Mas não tem nada para “agarrar” e mostrar que nos leve a concluir que foi, sem qualquer dúvida, João Paulo II. Apenas suposições. E isso não é válido para os ateus. É apenas propaganda que convence que tem fé (acredita sem saber). Mas quem quiser ter garantias de Verdade da intervenção de João Paulo II fica sem qualquer prova de tal! E os ateus não aceitam a conclusão do Vaticano!

    5. A Ciência é capaz de coisas fantásticas. E penso que atingirá patamares cada vez mais altos. Tem sido assim ao longo da História e deverá continuar nessa linha de desenvolvimento do Conhecimento. Muitas coisa que pareciam impossíveis de saber são hoje conhecidas. Até como se formou o Mundo e que destrona o conhecimento religioso transmitido pelo “Génesis” durante séculos e que se considerava como Verdade Absoluta. O “Génesis” é hoje apenas ficção e até o Vaticano já o reconhece. Mudam-se os tempos, muda a Religião. Se não mudar morrerá. Evolue com a Ciência porque não tem nenhum “Ser” sobrenatural que a instrua e lhe indique a Verdade.

     6. Não possuo mais tempo para esta conversa agradável. Dava “pano para mangas”. Obrigado pela oportunidade e bom fim de semana!

  • Caiorossatodecarvalho

    Jose Moreira, sou ex-ateu, de fato nao sei se esta palavra existe, e portanto, convertido ao catolicismo. Em primero lugar, apoio seu site, ‘e necessario exercer democracia em uma sociedade preconceituosa, ja estive de seu lado. Mas tambem quero apontar que seus textos sao um tanto grosseiros e se nao queres pior o preconceito comesse por melhorar isto. Quanto a ICAR e os feriados, concordo que nao sao justos, sendo que estamos em um pais laico, porem ‘e natural que uma alteracao na ordem comum de uma instituicao permita que esta aponte suas opnioes. Nao que ela va causar alguma alteracao nos resultados do que os nossos deputados ou senadores decidirem, mas como toda sociedade democratica, ela tem o direito de apontar seus argumentos e contradicoes como faco eu agora. Espero que leia este comentario com sensatez e tambem criticidade, estarei acompanhando seu blog apartir de agora, espero que, invez de atacar a igreja, voce se concentre mais em discussoes filosoficas em busca da verdade para ambos os lados.
    respeitosamente,
    Caio Carvalho

    • Anónimo

      Caro Caio:
      Não é meu costume comentar os meus “posts”, ou responder a comentários. Dada, porém, a sua simpatia, deixe-me esclarecê-lo – excepcionalmente, para que conste:
      1 – O blogue não é meu.
      2 – “ex-ateu” existe; mas não existe “comesse” e “presidenta”. A não ser que “comesse” se refira ao verbo comer, claro. Aí é diferente.
      3 – Como deve calcular, tenho o meu estilo de escrever. Se você acha que é grosseiro (sem explicar em que consiste a “grosseria”), o problema é seu. No entanto, aconselho-o a ler António Boto.
      4- Como compreenderá, não tenho a sua capacidade intelectual. Não me passaria pela cabeça  manter uma discussão filosófica consigo. Eu ficaria, definitivamente, a perder – e não me apetece. Ou será que é apetesse?

      Respeitosamente
      José Moreira

      • Jano laertes

        lol António Botto está na sua poética acima de si! a grosseria dele é mel! porque é poesia e fino pensamento! mesmo todo o erótico! a sua linguagem é árida,fútil, mesquinha e cruel , e não leva a conversação frutífera filosófica! criticar alguém porque se engana a escrever na presa de uma resposta de net!  um ateu deve se querer culto, combativo e humilde! essa arrogância dispensa-se nestes tempos!

  • João Pedro Moura

    O Estado não tem nada que reconhecer feriados religiosos nacionais.
    O Estado laico deverá ser neutro em matéria religiosa. O Estado não é expressão política duma comunidade religiosa, mas sim duma comunidade cívica, em vivência plural de filosofias de vida e de religião.

    Para que servem todos esses feriados religiosos? Que se passa de especialmente religioso nesses dias, a ponto de não se trabalhar???!!!Alguém sabe para que serve o feriado do “Corpo de Deus”?! Então “deus” tem corpo?!

    A justificar-se a existência de feriados, que se celebrem apenas os feriados civis, isto é, dias comemorativos de acontecimentos históricos que marcaram e vincularam a comunidade portuguesa e abriram caminhos importantes e progressistas…
    E então deveríamos ter apenas 4 feriados políticos: 1 de Dezembro, 24 de Agosto, 5 de Outubro e 25 de Abril…
    … Mais o aceitável suplemento do 1 de Janeiro e do Carnaval…

    Reitero que o Estado, que deverá ser laico, não tem que negociar nada com as religiões nem que reconhecer “festividades dessas religiões”.
    A religião é um assunto totalmente privado e não público, logo deverá ser impassível de regulações públicas, excepto as que decorrem da regulação de associações e respectiva liberdade de expressão.

    Como os feriados são uma importante benesse, que permite, por vezes, umas saudáveis e oportunas miniférias, distribuídas pelo ano, sugiro a conversão desses feriados religiosos em uma semana de férias.
    De resto, há países com 5 semanas de férias…

    • Jano laertes

      Deus tem corpo! mas para isso há que possuir cultura ocidental para ter esse conhecimento humanístico
      Já ouvir falar em concordata?!! mesmo que não concorde com ela , ele existe! é um tratado entre estados.
      Não reconhecer que há portugueses que são crentes e que tem direito a celebrar esses feriados religiosos..tem nome: proibição de liberdade religiosa e sobretudo falta de respeito pela herança cristã que é importante para muitos!
      a religão tem uma dimensão pública e comunitária muitas vezes mesmo a nivel nacional, se deseja um estado ateísta reza a Estaline que ele concede-lhe o seu desejo!Um estado laico respeita a opção das várias comunidades e confissões religiosas  e  a sua vivência celebrativa de datas especiais. por mim tb poderia existir um dia para o ateismo! quando isso for algo significante na sociedade portuguesa…

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