A mim palpita-me que também ” abriu a caça aos padres”, mas só aos católicos…
“Há razões para escândalo internacional com a pedofilia na Igreja Católica. Há casos que foram provados e a sua hierarquia, para evitar a vergonha, não denunciou padres culpados, mesmo pondo em perigo outras crianças com essa omissão. Tudo isso é verdade, mas só é verdade inteira se acrescentarmos: houve casos em que assim foi. Casos. Dir-me-ão: mas não é claro que ninguém generaliza à Igreja Católica os abusos sexuais a menores? Não, não é claro. Jeff Anderson, o advogado americano especializado em processos à Igreja Católica por abusos de menores, considera que esse problema, a pedofilia, é “verdadeiramente endémico na cultura clerical [católica]” (Le Monde, ontem). Endemia: doença que grassa num povo ou numa região, e que depende de causas meramente locais. Na minha vida, dei com alguns padres repugnantes (e jornalistas também, mas estes não vêm ao caso). Ora, essa tal doença endémica nos padres, escapou-me, a mim, ateu desde sempre. Mas o que não me escapa agora é a caça ao padre. Já começou, e vai continuar. Vai, vai. É uma fé que tenho: acredito na má-fé dos imbecis. Imbecis, porquê? Quem em nome de uma causa (combater a pedofilia) atira a torto e a direito, serve aqueles que combate porque banaliza os pulhas e até acaba por os ocultar. Imbecis, portanto. ”
A mim palpita-me que também ” abriu a caça aos padres”, mas só aos católicos…
“Há razões para escândalo internacional com a pedofilia na Igreja Católica. Há casos que foram provados e a sua hierarquia, para evitar a vergonha, não denunciou padres culpados, mesmo pondo em perigo outras crianças com essa omissão. Tudo isso é verdade, mas só é verdade inteira se acrescentarmos: houve casos em que assim foi. Casos. Dir-me-ão: mas não é claro que ninguém generaliza à Igreja Católica os abusos sexuais a menores? Não, não é claro. Jeff Anderson, o advogado americano especializado em processos à Igreja Católica por abusos de menores, considera que esse problema, a pedofilia, é “verdadeiramente endémico na cultura clerical [católica]” (Le Monde, ontem). Endemia: doença que grassa num povo ou numa região, e que depende de causas meramente locais. Na minha vida, dei com alguns padres repugnantes (e jornalistas também, mas estes não vêm ao caso). Ora, essa tal doença endémica nos padres, escapou-me, a mim, ateu desde sempre. Mas o que não me escapa agora é a caça ao padre. Já começou, e vai continuar. Vai, vai. É uma fé que tenho: acredito na má-fé dos imbecis. Imbecis, porquê? Quem em nome de uma causa (combater a pedofilia) atira a torto e a direito, serve aqueles que combate porque banaliza os pulhas e até acaba por os ocultar. Imbecis, portanto. ”
Será preciso apanhar pastores protestantes pedófilos para o Sr.António deixar de pensar que se anda a focar somente padres católicos?
Para nós é tudo farinha do mesmo saco, com certeza que quando aparecer noticias de pastores pedófilos elas irão ser capa no diário ateísta pois há que discutir a santidade dos que representam o criador do Universo.
E quantos não padres?
E quantos ateus?
E quantos crentes de outras religiões?
Olha estes e nem um era padre (cura):
«Los implicados distribuían pornografía infantil a través de un chat público de habla hispana. En España, la operación se ha llevado a cabo en Madrid, Alicante, Valencia, Salamanca, Zamora, Burgos, Vizcaya, Lérida, Barcelona, Asturias, Tenerife, Mallorca y Pontevedra, en donde han sido detenidas hasta el momento un total de diecinueve personas»
Fumo tão negro por um só padre!
E pelos muitos que não têm religião?
poismas repito:”Dizer que pedofilia há em todos os meios é uma falsa questão. Na verdade, existir num meio “santificado” explica que o meio nada tem de santificado ou mesmo responsável. E o resto é conversa.”
mais…
sobre o mesmo e para quem procura justificar o injustificável:
“…. As denúncias crescem em progressão geométrica desde que foi aberta uma linha telefônica, em março, na Alemanha, terra natal do Papa, para receber denúncias anônimas por vítimas de pedofilia. Quase 15 mil denúncias foram feitas em apenas uma semana, o mesmo número de um relatório da Igreja Católica na Irlanda, publicado no ano passado, segundo informa a repórter Luciana Coelho, da Folha, em Genebra.
Sem saber o que fazer diante do tsunami de denúncias de abusos contra padres e religiosos, e como não é mais possível esconder os malfeitos, a Igreja já atirou para todos os lados, pediu desculpas, anunciou que fará rigorosas investigações e que as vitimas devem ser indenizadas, mas a cada dia que passa a situação fica pior, como nesta manifestação do cardeal Bertone.
Em Santiago ainda, sem citar as fontes de onde tirou suas conclusões, o vice do Papa foi mais longe e afirmou que a pedofilia é “uma patologia que aparece em todos os tipos de pessoas e, nos padres, em um grau menor em termos percentuais”. ….
E não será desonesto acreditar em tudo o que são denúncias que ninguém pode provar?
Quantos dos que aqui comentam, se tivessem uma linha anónima em Portugal para denunciar abusos de padres, o não fariam mesmo sendo mentira?
Tenho a certeza absoluta que quase todos os ateus o fariam.
Tenho a certeza absoluta que os ateus na Alemanha estão a fazer o mesmo.
Evidentemente que já ninguém liga a essas denúncias.
Eu fiz uma pequena pesquisa sobre a Espanha, e as denúncias de abusos sexuais vêm sempre ligadas a outros abusos. Alguém que levou uns bons açoites, porque merecia, e agora arranjou maneira de se vingar.
Por isso não ou nenhuma importância a isso.
Além disso, a noção de “abuso sexual de menores” é fluída. Carrega no “maior” toda a responsabilidade, e dá a falsa ideia de “coação”.
Muitíssimo poucas vezes estamos a falar de coação e violência.
O que hoje é crime, não o era à altura dos factos. Também por isso é uma simples cortina de fumo.
Por este andar ainda vamos ver todos os nobres que casaram com menores a serem julgados a título póstumo.
“Tenho a certeza absoluta que quase todos os ateus o fariam.”
Não deve ser este o mesmo anónimo que se farta de falar de respeito e decência, pois não?
Deve com certeza ser outro, já que tenho visto que por essa blogosfera fora, anónimos é coisa que não falta.
Deve ser o anónimo que anda a tramar o anónimo para que ele fique mal visto com afirmações como a que está acima.
Cuidado anónimo respeitador e decente, não se deixa levar pelo anónimo execrável e maldoso que anda por aí a chamar criminosos a “quase todos os ateus”. E tem a certeza “absoluta”.
Ando a ler o livro “Os Papas e o Sexo”. E, pelo que leio, chego à conclusão de que esta coisa de pedofilia é capaz de ser “icarmente” genética (passe o neologismo). Aquilo tem sido um forrobodó, pelo menos até à página que acabo de ler…
há um livro do “divino marquês” “dissertação do papa sobre o crime seguido de orgia” que é, simplesmente, de “bradar aos céus” – para mais é baseado em factos reais… um papa joão… (qualquer coisa em números romanos – não me lembro agora).a edição portuguesa é da “& etc” mas lamentavelmente está esgotada – consegue-se, ainda, a espanhola e francesa.nesta obra de sade, a chacina e a orgia ocupam todo o espaço do livro (da 1ª à última página)… um vómito clerical no palácio do papa em pleno século XVIII
Houve vários Papas “Joões” extremamente “virtuosos”: João VIII, homossexual;João XI, João XII, João XIII, incestuosos (o primeiro, com a mãe); João XI, João XII, sado-masoquistas e violadores.Só para referir os Joões, claro. Porque houve muitos mais…Quanto ao João Paulo II, foi casado.
Um tipo inteligente a acreditar tudo o que está nesses livros, deixa-me perplexo.
E tudo o que é narrado as histórias do Indiana Jones, ou Zé Rodrigues dos Santos, ou do Dan Brown.
Uma coisa é a História e outra são as histórias.
Eu também gosto de ler contos desses. Num os citei como verdadeiros, mas sim como obras de ficção que, pese o pouco valor, demonstram o magistral esforço do autor para vender, sendo polémico, por vezes absurdo.
Há cerca de um ano aproveitei estar num dado país para ver com os meus olhos um certo assunto que se tratava num desses livros. Fui alvo da maior chacota, de gente bem instruída, num dado arquivo. Nunca mais o farei.
A afirmação sobre João Paulo II é um bom exemplo disso.
Um tipo inteligente a acreditar tudo o que está nesses livros, deixa-me perplexo.
E tudo o que é narrado as histórias do Indiana Jones, ou Zé Rodrigues dos Santos, ou do Dan Brown.
Uma coisa é a História e outra são as histórias.
Eu também gosto de ler contos desses. Num os citei como verdadeiros, mas sim como obras de ficção que, pese o pouco valor, demonstram o magistral esforço do autor para vender, sendo polémico, por vezes absurdo.
Há cerca de um ano aproveitei estar num dado país para ver com os meus olhos um certo assunto que se tratava num desses livros. Fui alvo da maior chacota, de gente bem instruída, num dado arquivo. Nunca mais o farei.
A afirmação sobre João Paulo II é um bom exemplo disso.
É capaz de ter razão… Só que eu, no lugar da ICAR, punha um processo de todo o tamanho ao autor do livro. Dizer tão mal dos bons papas, é crime!
“Um tipo inteligente a acreditar tudo o que está nesses livros, deixa-me perplexo”.
Acontece, e obrigado pelo elogio. Mas olhe que até há quem acredite na Bíblia, veja lá…
Há de tudo, neste mundo.
na edição portuguesa do marquês (& etc) o tradutor faz uma nota sobre o papa referenciado por sade.
diz sade ser joão XX – e o tradutor considera ser pouco provável (pelo facto desse papa não ter existido… e a existir teria desempenhado essas funções entre os sec. X e XIII). aponta para papas da época…
que o autor não menciona no livro, talvez por recear represálias.
E depois de mais uma das infindáveis denúncias, lá voltamos à teoria da perseguição.
Parece que aos poderes tudo é permitido e eles não hesitam nos seus actos pois bem sabem que serão sempre protegidos , desculpados e certamente jamais acusados.
Mas, estamos a falar de padres, ou não? Aqueles que têm os pequenos poderes em relação ao comportamento, ou não? São eles os donos da verdade eterna, ou não? Não são os padres os mais próximos do pai, da mãe, do filho, do espirito e de sei lá mais o quê? São eles que da sua divina sabedoria dizem o que é pecado, ou não?
Vergonha.
Vão ser castigados lá no céu, dizem eles, mas o nojo fizeram-no na terra. Crianças? Porcos.
Sou neto, filho, pai e quase avô, jamais lhes perdoarei.
O Diário de uns ateus é o blogue de uma comunidade de ateus e ateias portugueses fundadores da Associação Ateísta Portuguesa. O primeiro domínio foi o ateismo.net, que deu origem ao Diário Ateísta, um dos primeiros blogues portugueses. Hoje, este é um espaço de divulgação de opinião e comentário pessoal daqueles que aqui colaboram. Todos os textos publicados neste espaço são da exclusiva responsabilidade dos autores e não representam necessariamente as posições da Associação Ateísta Portuguesa.
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