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Origem dos fascismos (2)

Por

C S F

ALEMANHA NAZI HITLER 1933 1945

O caso da rendição da igreja ao nacional-socialismo alemão ainda é mais condenável.
Apesar de partilhar dois princípios importantes com o movimento e Hitler – do anti-semitismo e do anticomunismo – o Vaticano percebeu que o nazismo também representava um desafio por pretender substituir o cristianismo por rituais de sangue pseudonórdicos e por mitos raciais, baseados na fantasia da superioridade ariana. Defendia também uma atitude exterminadora perante os doentes, os inaptos e os loucos e começou bastante cedo a aplicar esta política não aos judeus mas aos alemães.

O papa Pio XI teve receio do nazismo. Durante a primeira visita de Hitler a Roma, por exemplo, o papa saiu da cidade e foi para o retiro papal em Castelgandolfo. Este papa doente foi neutralizado durante a década de 30 pelo seu secretário de Estado, Eugenio Pacelli.
Pelo menos uma encíclica papal, que expressava, pelo menos, um tom de preocupação relativamente aos maus-tratos infligidos aos judeus europeus, foi preparada pelo papa mas suprimida por Pacelli.

Pacelli passou a ser o papa Pio XII, que sucedeu no cargo após o falecimento do seu antigo superior em Fevereiro de 1939. Quatro dias após a sua eleição pelo Colégio dos Cardeais o papa compôs a seguinte carta para Berlim:
Ao Ilustre Herr Adolf Hitler Chanceler do Reich Alemão! No início do Nosso Pontificado queremos garantir-lhe que continuamos devotados ao bem-estar espiritual do povo alemão, que foi confiado à sua liderança.

Durante os muitos anos que Nós passámos na Alemanha, fizemos tudo o que estava ao Nosso alcance para estabelecer relações harmoniosas entre a Igreja e o Estado. Agora que as responsabilidades da Nossa função pastoral aumentaram as Nossas oportunidades, muito mais ardentemente queremos rezar para alcançar esse objectivo. Que a prosperidade do povo alemão e o seu progresso em todos os domínios possam, com a ajuda de Deus, tornar-se realidade!

O Vaticano passou os cinquenta anos seguintes à queda do nazismo a tentar em vão justificar a sua passividade e inacção ou a pedir desculpa pelas suas atitudes. Decidir não fazer nada é, em si, uma política e uma decisão, e foi claro o alinhamento da igreja com o nazismo seguindo uma realpolitik de acomodação a ele. O primeiro acordo diplomático efectuado pelo Governo de Hitler foi consumado no dia 8 de Julho de 1933, alguns meses após a tomada do poder, e assumiu a forma de um tratado com o Vaticano.

Em troca do controlo incontestado da educação de crianças católicas na Alemanha, do abandono da propaganda nazi contra os abusos infligidos em escolas e orfanatos católicos e da concessão de outros privilégios à igreja, a Santa Sé deu instruções ao Partido de Centro Católico para se dissolver e ordenou aos católicos para se absterem de qualquer actividade política em todos os assuntos que o regime decidisse definir como proibidos.
Na primeira reunião o seu governo após a assinatura desta capitulação, Hitler anunciou que estas novas circunstâncias seriam «especialmente importantes na luta contra o povo judeu a nível internacional».

Os vinte e três milhões de católicos que viviam no Terceiro Reich, muitos dos quais revelaram grande coragem individual ao resistir à ascensão do nazismo, tinham sido eliminados enquanto força política. Daí em diante, os registos paroquiais foram disponibilizados ao Estado nazi para que se estabelecesse quem era racialmente puro para sobreviver à perseguição, segundo as leis de Nuremberga.

Mas nenhuma das igrejas protestantes foi tão longe como a hierarquia católica que ordenou uma celebração anual em honra do aniversário de Hitler, com início a 20 de Abril de 1939, ano em que houve uma mudança de papa. De acordo com instruções papais, o cardeal de Berlim transmitia regularmente «as maiores felicitações ao Führer em nome dos bispos e dioceses da Alemanha», sendo esta aclamação acompanhada pelas «orações fervorosas que os católicos alemães enviam para o céu nos seus altares». A ordem foi acatada e cumprida fielmente. 25 por cento dos SS eram católicos praticantes e que nenhum católico foi ameaçado de excomunhão por participar em crimes de guerra. Joseph Goebbels foi excomungado, mas mais cedo, por ter cometido o crime de casar com uma protestante.

Os católicos devem reflectir se deus decidiu providencialmente a morte de um papa que afirmava a sua neutralidade para com o nazismo e a sua sucessão por um papa pró-nazi, alguns meses antes de Hitler invadir a Polónia e dar início à Segunda Guerra Mundial.
A consequência desta rendição política dos católicos foi a subordinação ao nazismo dos protestantes alemães, que procuraram impedir um estatuto especial para os católicos estabelecendo o seu próprio compromisso com Hitler.

A conivência do Vaticano com os nazistas o continuou mesmo depois da guerra, quando criminosos nazis procurados foram transferidos para a América do Sul pela «linha das ratazanas». Foi o próprio Vaticano, com a sua capacidade de conceder passaportes, documentos, dinheiro e contactos, que organizou a rede de fuga e também o necessário abrigo e auxilio no continente americano, utilizando as instalações religiosas e a disponibilidade dos governos de países como a Espanha e a Argentina.

Também envolveu a colaboração com ditaduras de extrema-direita no hemisfério sul, muitas das quais estavam organizadas segundo o modelo fascista (Peron, etc.). Torturadores e assassinos fugitivos como Klaus Barbie arranjaram muitas vezes carreiras seguras como servidores desses regimes, que, até começarem a ruir nas últimas décadas do século XX, também desfrutaram, por sua vez, de um relacionamento de apoio do clero católico local.
A ligação da igreja ao fascismo e ao nazismo prolonga-se muito para além do Terceiro Reich.

Muitos cristãos deram as suas vidas para proteger os seus semelhantes, mas é irrelevante as iniciativas das hierarquias nessa actividade.
É de homenagear a memória dos poucos crentes, como Dietrich Bonhoeffer e Martin Niemoller, que agiram de acordo apenas com a sua consciência.

O papado demorou até à década de 80 para encontrar um candidato à santidade no contexto da «solução final» e mesmo então só conseguiu identificar um padre bastante ambivalente que – após uma longa história de anti-semitismo político na Polónia – se tinha, aparentemente, comportado de uma forma nobre em Auschwitz.

Tinha nomeado anteriormente um austríaco chamado Franz Jagerstatter mas não preenchia as condições. Recusara-se a fazer parte do exército de Hitler com o fundamento de que estava obrigado a obedecer à ordem superior de amar o próximo, mas enquanto estava na prisão e poderia incorrer na pena de morte recebeu a visita dos seus confessores, que lhe disseram que deveria obedecer à lei.

Extraído (com alterações e acrescentamentos) de deus não é Grande de Christopher Hitchens 2007

9 thoughts on “Origem dos fascismos (2)”
  • Anónimo

    A Igreja Catolica é uma instituição como outra qualquer. Isto no que diz respeito à sua
    constituição. É constituída por homens, e como tal, susceptível do que há de melhor e pior
    na humanidade. Não há cá santidade nem divindade nenhuma. São apenas homens que interpretam um modo de vida, mas que infelizmente o gostam de o impor aos demais.
    Provavelmente a morte de um e ascensão de outro originaram a marca de colaboracionista com o regime nazi.
    Se assim não fosse a história podia ter sido diferente.
    E onde é que deus encaixa nesta cena? Em lado nenhum… ou talvez na imaginação dos homens.
    Mas nada mais que isso. Homens, ruins, mas apenas homens…

  • antoniofernando

    “Robert Kempner, referindo-se à sua própria experiência durante o processo de Nuremberg, afirmou em uma carta à redação, depois de o “Commentary” ter publicado um trecho do livro de Guenter Lewy em 1964: “Qualquer movimento de propaganda da Igreja Católica contra o Reich hitlerista não só teria sido um ‘suicídio voluntário’ (…) mas teria também acelerado a execução capital de um maior número de judeus e sacerdotes”.

    Segundo o diplomata e historiador judeu Pinchas Lapide, que foi cônsul em Milão, na sua obra “Three Popes and Jews” (Londres, 1967), “Pio XII, a Santa Sé, os núncios do Vaticano e toda a Igreja Católica teriam salvo de 700 000 a 850 000 hebreus da morte certa, no regime nazista.”

    Em 23 de dezembro de 1940 na revista “Time” Albert Einstein afirmava: “Somente a Igreja ousou opor-se à campanha de Hitler de suprimir a verdade. Nunca tive um interesse especial pela Igreja antes, mas agora sinto um grande afeto e admiração porque somente a Igreja teve a coragem e a força constante de estar da parte da verdade intelectual e da liberdade moral”.

    Por ocasião de sua morte o mundo prestou-lhe extraordinárias homenagens. Eisenhower, então presidente dos Estados Unidos declarou: “O mundo tornou-se mais pobre depois de sua morte”. De sua parte a então ministra do Exterior de Israel e mais tarde primeira-ministra Golda Meir afirmou: “Nós choramos um grande servidor da paz” e, ainda, que na ocasião do “terrível martírio que se abateu sobre nosso povo, a voz do Papa se elevou em favor de suas vítimas. Certo é que o Papa desenvolveu na sombra uma forte campanha de apoio aos judeus, e os seus críticos, todavia, não perdoam o fato de ter mantido silêncio, ao não falar publicamente contra o nazismo durante a guerra, por temer represálias nazistas contra os católicos e os judeus.

    Provas escritas de ordem direta de Pio XII para proteger os judeus foram encontradas no Memorial das Religiosas Agustinas do Monastério romano “Dei Santissimi Quattro Coronati” onde se lê: “O Santo Padre quer salvar a seus filhos, também aos Judeus, e ordena que em todos os Mosteiros se dê hospitalidade a estes perseguidos”. A anotação é de novembro de 1943 e inclui a lista de 24 pessoas acolhidas neste Mosteiro como adesão ao desejo do Sumo Pontífice”

    A Pave the Way Foundation, uma fundação que se dedica à promoção da paz no mundo por meio do diálogo interreligioso, liderada pelo judeu Gary Lewis Krupp comunicou, em setembro de 2009, ao Papa Bento XVI uma iniciativa que busca dar a Pio XII o título de “Justo entre as Nações” – o que seria equivalente ao reconhecimento que faz a Igreja Católica dos santos – e assim colocar o seu nome no elenco do conhecido jardim dos justos no Yad Vashem de Jerusalém”

    Fonte: Wikipédia.

  • antoniofernando

    “13 Declarações de líderes judeus em defesa do Papa Pio XII

    O site forumlibertas.com, publicou em 16 de abril de 2007, declarações 13 grandes líderes judeus em defesa do grande Papa Pio XII, acusado injustamente por muitos de ter sido omisso na defesa dos judeus diante de Hitler. Na verdade a Igreja, por orientação do Papa, agindo de maneira diplomática, conseguiu salvar cerca de 800 mil judeus de serem mortos pelos nazistas. Segundo o site citado, essas declarações desmentem esta calúnia que foi fortemente propagada pelos adversários da Igreja católica. Elas começaram com a propaganda comunista nos anos 60 e se transmitiram pela “nova esquerda” por toda a Europa , junto com a obra financiada pela União Soviética “O Vigário”, de Huchhoth. Nela se baseia o filme “Amém”, de Costa-Gavras.

    As declarações a seguir (tradução nossa para o português), são testemunhos desde 1940, desde Einstein até os grandes rabinos de Bucarest, Palestina e Roma. Os historiadores judeus afirmam que Pio XII salvou a vida de muitos judeus.

    As declarações dos líderes judeus:

    1 – Albert Einstein:

    “Quando aconteceu a revolução na Alemanha, olhei com confiança as universidades, pois sabia que sempre se orgulharam de sua devoção por causa da verdade. Mas as universidades foram amordaçadas. Então, confiei nos grandes editores dos diários que proclamavam seu amor pela liberdade. Mas, do mesmo modo que as universidades, também eles tiveram que se calar, sufocados em poucas semanas. Somente a Igreja permaneceu firme, em pé, para fechar o caminho às campanhas de Hitler que pretendiam suprimir a verdade. Antes eu nunca havia experimentado um interesse particular pela Igreja, mas agora sinto por ela um grande afeto e admiração, porque a Igreja foi a única que teve a valentia e a constância para defender a verdade intelectual e a liberdade moral.”

    [Albert Einstein, judeu alemão, Prêmio Nobel de Física, na Revista norte-americana TIME, em 23 de dezembro de 1940. Einstein teve que fugir da Alemanha nazista e foi acolhido nos EUA na universidade de Princeton]

    2 – Isaac Herzog “O povo de Israel nunca se esquecerá o que Sua Santidade [Pio XII] e seus ilustres delegados, inspirados pelos princípios eternos da religião que formam os fundamentos mesmos da civilização verdadeira, estão fazendo por nossos desafortunados irmãos e irmãs nesta hora , a mais trágica de nossa história, que é a prova viva da divina Providência neste mundo.” [Isaac Herzog, Gran Rabino da Palestina, em 28 de fevereiro de 1944; “Actes et documents du Saint Siege relatifs a
    la Seconde Guerre Mondiale”, X, p. 292.]

    3 – Alexander Shafran

    “Não é fácil para nós encontrar as palavras adequadas para expressar o calor e consolo que experimentamos pela preocupação do Sumo Pontífice [Pio XII], que ofereceu uma grande soma para aliviar os sofrimentos dos judeus deportados; os judeus da Romênia nunca esqueceremos estes fatos de importância histórica.”

    [Alexander Shafran, Gran Rabino de Bucarest, em 7 de abril de 1944; “Actes et documents du Saint Siege relatifs a
    la Seconde Guerre Mondiale”, X, p. 291-292]

    4 – Juez Joseph Proskauer

    “Temos ouvido em muitas partes que o Santo Padre [Pio XII] foi omisso na salvação dos refugiados na Itália, e sabemos de fontes que merecem confiança que este grande Papa estendeu suas mãos poderosas e acolhedoras para ajudar aos oprimidos na Hungria”.

    [Juez Joseph Proskauer, presidente do “American Jewish Committee”, na Marcha de Conscientização de 31 de julho de 1944
    em Nova York]

    5 – Giuseppe Nathan

    “Dirigimos uma reverente homenagem de reconhecimento ao Sumo Pontífice [Pio XII], aos religiosos e religiosas que puseram em prática as diretrizes do Santo Padre, somente viram nos perseguidos a irmãos, e com arrojo e abnegação atuaram de forma inteligente e eficaz para socorrer-nos, sem pensar nos gravíssimos perigos a que se expunham.”

    [Giuseppe Nathan, Comissário da União de Comunidades Israelitas Italianas, 07-09-1945]

    6. A. Leo Kubowitzki “Ao Santo Padre [Pio XII], em nome da União das Comunidades Israelitas, o mais sentido agradecimento pela obra levada a cabo pela Igreja Católica em favor do povo judeu em toda a Europa durante a Guerra”.

    [ A.Leo Kubowitzki, Secretario Geral do “World Jewish Congress” (Congresso Judeu Mundial ), ao ser recebido pelo Papa em 21-09-1945]

    7. William Rosenwald “Desejaria aproveitar esta oportunidade para render homenagem ao Papa Pio XII por seu esforço em favor das vítimas da Guerra e da opressão. Proveu ajuda aos judeus na Itália e interveio a favor dos refugiados para aliviar sua carga”.

    [William Rosenwald, presidente de “United Jewish Appeal for Refugees”, 17 de março de 1946, citado em 18 de março no “New York Times”.

    8 – Eugenio Zolli

    “Podem ser escritos volumes sobre as multiformes obras de socorro de Pio XII. As regras da severa clausura cairam, todas e cada uma das coisas estão a serviço da caridade. Escolas, oficinas administrativas, igrejas, conventos, todos têm seus hóspedes. Como uma sentinela diante da sagrada herança da dor humana, surge o Pastor Angélico, Pio XII. Ele viu o abismo de desgraça ao qual a humanidade se dirige. Ele mediu e prognosticou a imensidão da tragédia. Ele fez de si mesmo o arauto da voz da justiça e o defensor da verdadeira paz”.

    [Eugenio Zolli, em seu livro “Before the Dawn” (Antes da Aurora), 1954; seu nome original era Israel Zoller, Gran Rabino de Roma; durante a Segunda Guerra Mundial; convertido ao cristianismo em 1945, foi batizado como “Eugenio” em honra de Eugenio Pacelli, Pío XII]

    9 – Golda Meir “Choramos a um grande servidor da paz que levantou sua voz pelas vítimas quando o terrível martírio se abateu sobre nosso povo”.

    [Golda Meier, ministra do Exterior de Israel, outubro de 1958, ao morrer Pío XII]

    10 – Pinchas E. Lapide

    “Em um tempo em que a força armada dominava de forma indiscriminada e o sentido moral havia caído ao nível mais baixo, Pio XII não dispunha de força alguma semelhante e pôde apelar somente à moral; se viu obrigado a contrastar a violência do mal com as mãos desnudas. Poderia ter elevado vibrantes protestos, que pareceriam inclusive insensatos, ou melhor proceder passo a passo,
    em silêncio. Palavras gritadas ou atos silenciosos. Pio XII escolheu os atos silenciosos e tratou de salvar o que poderia ser salvo.”

    [Pinchas E. Lapide, historiador hebreu e consul de Israel em Milão, em sua obra “Three Popes and Jews” (Três Papas e os Judeus), Londres 1967; ele calcula que Pío XII e a Igreja salvaram com suas intervenções 850.000 vidas].

    11 – Sir Martin Gilbert

    “O mesmo Papa foi denunciado por Joseph Goebbels – ministro de Propagando do governo nazista – por haver tomado a defesa dos judeus na mensagem de Natal de 1942, onde criticou o racismo. Desempenhou também um papel, que descrevo com alguns detalhes, no resgate das três quartas partes dos judeus de Roma”.

    [Sir Martin Gilbert, historiador judeu inglês, especialista no Holocausto e a Segunda Guerra Mundial, em uma entrevista em 02-02-2003 no programa “In Depth”, do canal de televisão C-Span] 12 – Paolo Mieri

    “O linchamento contra Pio XII? Um absurdo. Venho de uma família de origem judia e tenho parentes que morreram nos campos de concentração durante a Segunda Guerra Mundial. Esse Papa [Pio XII] e a Igreja que tanto dependia dele, fizeram muitíssimo pelos judeus. Seis milhões de judeus assassinados pelos nazistas e quase um milhão de judeus salvos graças à estrutura da Igreja e deste Pontífice. Se recrimina a Pio XII por não ter dado um grito diante das deportações do gueto de Roma, mas outros historiadores têm observado que nunca viram os antifacistas correndo à estação para tratar de deter o trem dos deportados. Um dos motivos por que este importante Papa foi crucificado se deve ao fato de que tomou parte contra o universo comunista de maneira dura, forte e decidida.”

    [Paolo Mieri, periodista judeu italiano, ex-diretor do “Corriere della Será”, apresentando o livro “Pio XII; Il Papa degli ebrei” (Pio XII; O Papa dos hebreus), de Andrea Tornielli, a 6 de junho de 2001. ]

    13 – David G. Dalin

    “Pio XII não foi o Papa de Hitler, mas o defensor maior que já tiveram os judeus, e precisamente no momento em que o necessitávamos. O Papa Pacelli foi um justo entre as nações a quem há de reconhecer haver protegido e salvado a centenas de milhares de judeus. É difícil imaginar que tantos líderes mundiais do judaísmo, em continentes tão diferentes, tenham se equivocado ou confundido a hora de louvar a conduta do Papa durante a Guerra. Sua gratidão a Pio XII permaneceu durante muito tempo, e era genuína e profunda.

    [David G. Dalin, rabino de Nova York e historiador, 22 de agosto de 2004, entrevistado em Rímini, Itália]

    Contra essas declarações inequívocas de ilustres judeus, é impossível alguém mais sustentar as antigas calúnias contra o Papa Pio XII; se assim o fizer, será por ignorância histórica ou maldade consumada”

    Felipe Aquino – http://www.cleofas.com.br

    Comentários (4)
    13 Declarações de líderes judeus em defesa do Papa Pio XII
    Arquivado em: Pio XII — Prof. Felipe Aquino at 7:01 pm on segunda-feira, fevereiro 25, 2008
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    O site forumlibertas.com, publicou em 16 de abril de 2007, declarações 13 grandes líderes judeus em defesa do grande Papa Pio XII, acusado injustamente por muitos de ter sido omisso na defesa dos judeus diante de Hitler. Na verdade a Igreja, por orientação do Papa, agindo de maneira diplomática, conseguiu salvar cerca de 800 mil judeus de serem mortos pelos nazistas. Segundo o site citado, essas declarações desmentem esta calúnia que foi fortemente propagada pelos adversários da Igreja católica. Elas começaram com a propaganda comunista nos anos 60 e se transmitiram pela “nova esquerda” por toda a Europa , junto com a obra financiada pela União Soviética “O Vigário”, de Huchhoth. Nela se baseia o filme “Amém”, de Costa-Gavras.

    As declarações a seguir (tradução nossa para o português), são testemunhos desde 1940, desde Einstein até os grandes rabinos de Bucarest, Palestina e Roma. Os historiadores judeus afirmam que Pio XII salvou a vida de muitos judeus.

    As declarações dos líderes judeus: 1 – Albert Einstein:

    “Quando aconteceu a revolução na Alemanha, olhei com confiança as universidades, pois sabia que sempre se orgulharam de sua devoção por causa da verdade. Mas as universidades foram amordaçadas. Então, confiei nos grandes editores dos diários que proclamavam seu amor pela liberdade. Mas, do mesmo modo que as universidades, também eles tiveram que se calar, sufocados em poucas semanas. Somente a Igreja permaneceu firme, em pé, para fechar o caminho às campanhas de Hitler que pretendiam suprimir a verdade. Antes eu nunca havia experimentado um interesse particular pela Igreja, mas agora sinto por ela um grande afeto e admiração, porque a Igreja foi a única que teve a valentia e a constância para defender a verdade intelectual e a liberdade moral.”

    [Albert Einstein, judeu alemão, Prêmio Nobel de Física, na Revista norte-americana TIME, em 23 de dezembro de 1940. Einstein teve que fugir da Alemanha nazista e foi acolhido nos EUA na universidade de Princeton]

    2 – Isaac Herzog “O povo de Israel nunca se esquecerá o que Sua Santidade [Pio XII] e seus ilustres delegados, inspirados pelos princípios eternos da religião que formam os fundamentos mesmos da civilização verdadeira, estão fazendo por nossos desafortunados irmãos e irmãs nesta hora , a mais trágica de nossa história, que é a prova viva da divina Providência neste mundo.” [Isaac Herzog, Gran Rabino da Palestina, em 28 de fevereiro de 1944; “Actes et documents du Saint Siege relatifs a
    la Seconde Guerre Mondiale”, X, p. 292.]

    3 – Alexander Shafran

    “Não é fácil para nós encontrar as palavras adequadas para expressar o calor e consolo que experimentamos pela preocupação do Sumo Pontífice [Pio XII], que ofereceu uma grande soma para aliviar os sofrimentos dos judeus deportados; os judeus da Romênia nunca esqueceremos estes fatos de importância histórica.”

    [Alexander Shafran, Gran Rabino de Bucarest, em 7 de abril de 1944; “Actes et documents du Saint Siege relatifs a
    la Seconde Guerre Mondiale”, X, p. 291-292]

    4 – Juez Joseph Proskauer

    “Temos ouvido em muitas partes que o Santo Padre [Pio XII] foi omisso na salvação dos refugiados na Itália, e sabemos de fontes que merecem confiança que este grande Papa estendeu suas mãos poderosas e acolhedoras para ajudar aos oprimidos na Hungria”.

    [Juez Joseph Proskauer, presidente do “American Jewish Committee”, na Marcha de Conscientização de 31 de julho de 1944
    em Nova York]

    5 – Giuseppe Nathan

    “Dirigimos uma reverente homenagem de reconhecimento ao Sumo Pontífice [Pio XII], aos religiosos e religiosas que puseram em prática as diretrizes do Santo Padre, somente viram nos perseguidos a irmãos, e com arrojo e abnegação atuaram de forma inteligente e eficaz para socorrer-nos, sem pensar nos gravíssimos perigos a que se expunham.”

    [Giuseppe Nathan, Comissário da União de Comunidades Israelitas Italianas, 07-09-1945]

    6. A. Leo Kubowitzki “Ao Santo Padre [Pio XII], em nome da União das Comunidades Israelitas, o mais sentido agradecimento pela obra levada a cabo pela Igreja Católica em favor do povo judeu em toda a Europa durante a Guerra”.

    [ A.Leo Kubowitzki, Secretario Geral do “World Jewish Congress” (Congresso Judeu Mundial ), ao ser recebido pelo Papa em 21-09-1945]

    7. William Rosenwald “Desejaria aproveitar esta oportunidade para render homenagem ao Papa Pio XII por seu esforço em favor das vítimas da Guerra e da opressão. Proveu ajuda aos judeus na Itália e interveio a favor dos refugiados para aliviar sua carga”.

    [William Rosenwald, presidente de “United Jewish Appeal for Refugees”, 17 de março de 1946, citado em 18 de março no “New York Times”.

    8 – Eugenio Zolli

    “Podem ser escritos volumes sobre as multiformes obras de socorro de Pio XII. As regras da severa clausura cairam, todas e cada uma das coisas estão a serviço da caridade. Escolas, oficinas administrativas, igrejas, conventos, todos têm seus hóspedes. Como uma sentinela diante da sagrada herança da dor humana, surge o Pastor Angélico, Pio XII. Ele viu o abismo de desgraça ao qual a humanidade se dirige. Ele mediu e prognosticou a imensidão da tragédia. Ele fez de si mesmo o arauto da voz da justiça e o defensor da verdadeira paz”.

    [Eugenio Zolli, em seu livro “Before the Dawn” (Antes da Aurora), 1954; seu nome original era Israel Zoller, Gran Rabino de Roma; durante a Segunda Guerra Mundial; convertido ao cristianismo em 1945, foi batizado como “Eugenio” em honra de Eugenio Pacelli, Pío XII]

    9 – Golda Meir “Choramos a um grande servidor da paz que levantou sua voz pelas vítimas quando o terrível martírio se abateu sobre nosso povo”.

    [Golda Meier, ministra do Exterior de Israel, outubro de 1958, ao morrer Pío XII]

    10 – Pinchas E. Lapide

    “Em um tempo em que a força armada dominava de forma indiscriminada e o sentido moral havia caído ao nível mais baixo, Pio XII não dispunha de força alguma semelhante e pôde apelar somente à moral; se viu obrigado a contrastar a violência do mal com as mãos desnudas. Poderia ter elevado vibrantes protestos, que pareceriam inclusive insensatos, ou melhor proceder passo a passo,
    em silêncio. Palavras gritadas ou atos silenciosos. Pio XII escolheu os atos silenciosos e tratou de salvar o que poderia ser salvo.”

    [Pinchas E. Lapide, historiador hebreu e consul de Israel em Milão, em sua obra “Three Popes and Jews” (Três Papas e os Judeus), Londres 1967; ele calcula que Pío XII e a Igreja salvaram com suas intervenções 850.000 vidas].

    11 – Sir Martin Gilbert

    “O mesmo Papa foi denunciado por Joseph Goebbels – ministro de Propagando do governo nazista – por haver tomado a defesa dos judeus na mensagem de Natal de 1942, onde criticou o racismo. Desempenhou também um papel, que descrevo com alguns detalhes, no resgate das três quartas partes dos judeus de Roma”.

    [Sir Martin Gilbert, historiador judeu inglês, especialista no Holocausto e a Segunda Guerra Mundial, em uma entrevista em 02-02-2003 no programa “In Depth”, do canal de televisão C-Span] 12 – Paolo Mieri

    “O linchamento contra Pio XII? Um absurdo. Venho de uma família de origem judia e tenho parentes que morreram nos campos de concentração durante a Segunda Guerra Mundial. Esse Papa [Pio XII] e a Igreja que tanto dependia dele, fizeram muitíssimo pelos judeus. Seis milhões de judeus assassinados pelos nazistas e quase um milhão de judeus salvos graças à estrutura da Igreja e deste Pontífice. Se recrimina a Pio XII por não ter dado um grito diante das deportações do gueto de Roma, mas outros historiadores têm observado que nunca viram os antifacistas correndo à estação para tratar de deter o trem dos deportados. Um dos motivos por que este importante Papa foi crucificado se deve ao fato de que tomou parte contra o universo comunista de maneira dura, forte e decidida.”

    [Paolo Mieri, periodista judeu italiano, ex-diretor do “Corriere della Será”, apresentando o livro “Pio XII; Il Papa degli ebrei” (Pio XII; O Papa dos hebreus), de Andrea Tornielli, a 6 de junho de 2001. ]

    13 – David G. Dalin

    “Pio XII não foi o Papa de Hitler, mas o defensor maior que já tiveram os judeus, e precisamente no momento em que o necessitávamos. O Papa Pacelli foi um justo entre as nações a quem há de reconhecer haver protegido e salvado a centenas de milhares de judeus. É difícil imaginar que tantos líderes mundiais do judaísmo, em continentes tão diferentes, tenham se equivocado ou confundido a hora de louvar a conduta do Papa durante a Guerra. Sua gratidão a Pio XII permaneceu durante muito tempo, e era genuína e profunda.

    [David G. Dalin, rabino de Nova York e historiador, 22 de agosto de 2004, entrevistado em Rímini, Itália]

    Contra essas declarações inequívocas de ilustres judeus, é impossível alguém mais sustentar as antigas calúnias contra o Papa Pio XII; se assim o fizer, será por ignorância histórica ou maldade consumada.

  • Carlos Esperança

    António Fernando:

    Surpreende-me a alegada solidariedade da ICAR com os judeus dado o carácter anti-semita do N.T. e as perseguições habituais, Lembremos os Reis Católicos de Espanha que a ICAR recua sempre que pensa em canonizá-los.

    O que sucedeu aos cristão-novos? Por que motivo saíram de Portugal os judeus mais cultos que preferiram os países protestantes?

  • Euuuu

    e o que dizer dos judeus que cooperaram com o nazismo ??

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