A baixeza moral e cultural de um católico anónimo

Por

O Vital (de quem sou amigo) está completamente enganado.
Saramago era um débil e medíocre escritor. Os prémios atribuídos são mais menções politicas do que por mérito.
A cereja em cima do bolo foi o Nobel. Este prémio está demasiado politizado e chega até a ser obsceno. O exemplo de Obama para a Paz é um exemplo de cabo de esquadra. Saramago foi outro exemplo. Temos na CPLP gente com muito mais mérito e com muito mais valor.A politização destes prémios é absurda e acaba por confundir ruído com harmonia.

A morte de Saramago é o fim do veneno e o principio do fim da sua produção. Se não fosse a forma estúpida como lançou as suas imbecilidades para manter a polémica que lhe servia de publicidade aos livros, ele nunca passaria de um escritor completamente esquecido.

Mas, ele sabia há duas formas de se dar mas vistas. Uma, a dos bons, dos melhores. A dos grandes Homens que se fazem notar pelas suas capacidades excepcionais, e que, pela genialidade todos conhecem sem ter que se esforçar. Outra, a dos maus, dos piores, dos mais imbecis. Esses ganham o estrelato pelas piores razões, mas são igualmente conhecidos. Apesar dos piores motivos e dos piores exemplos, encontram seguidores em todos os tempos. è o caso de Hitler, de Stalin e de outros imbecis.

O Vaticano, até hoje, foi demasiado educado com Saramago. No dia do seu deveria ter despejado sobre ele e a sua família os mesmos mimos que em vida esse crápula despejou sobre o Vaticano e toda a a família católica. Aliás, o Vaticano procedeu muito mal por não ter reproduzido as afirmações desse crápula havia feito no dia da morte de João Paulo II.

A meu ver o Vaticano foi demasiado educado. Mas, por outro lado, percebo que dar algum crédito a uma crápula sem grande aceitação (nem sequer no seu país, como se viu no dia em que o assaram), seria dar importância a quem a não tem.

Pingback: Tweets that mention A baixeza moral e cultural de um católico anónimo :: Diário Ateísta -- Topsy.com

Nuno Leal

21 de Junho, 2010 at 23:15

Fogueiras!!! Isso é mesmo convicção ou só fetish? Estes cristãos estão sempre a falar em fogueiras…

Nogod

21 de Junho, 2010 at 23:33

hh = heil, hitler ??

Carlos Esperança

22 de Junho, 2010 at 0:41

Caro José Moreira:

Era Saramago quem dizia que a leitura era um acto penoso. Mas há quem prefira esfolar os joelhos e intoxicar-se com missas.

antoniofernando

22 de Junho, 2010 at 4:03

O Vital tem direito à opinião dele. E cada um de nós à sua. Vital Moreira ? Onde estava ele quando José Saramago, enquanto director do ” D.N” saneou colegas de profissão que não eram da sua cor política ? Por onde andava nessa altura Vital ? e a Zita Seabra ? e outros que tais ? Em nome de que Humanismo militaram nessa altura, quando em Cuba se fuzilava por dá cá aquela palha ? José Saramago denunciou e bem a concepção tirânica do demiurgo do AT. Mas nunca lhe reconheci coerência ética total para falar em nome dos princípios humanistas globais. As tiranias existiam também nos países de leste que Saramago não denunciou. Os atentados aos direitos humanos também. Contra a liberdade de expressão de pensamento igualmente. Quanto à vertente literária, apesar de me ser personalidade antipática, reconheço génio de escrita a Lobo Antunes. A Saramago não. Mas é só a minha opinião, tão respeitável como as demais que da minha divergem. Discursos laudatórios na hora da morte ? Sim, mas a muito poucos. Mandela ainda por cá anda e esse é um Homem verdadeiramente íntegro e impoluto…

Manuel Arruda

22 de Junho, 2010 at 8:27

Muita coisa pode ser dita sobre Saramago, mas dizer que “era um débil e medíocre escritor” é ser cego ou não apreciador de boas leituras. Pela parte que me toca, ler Saramago é um prazer e um estímulo para o intelecto. Recomendo “as intermitências da Morte”, para quem acha que não é assim.

22 de Junho, 2010 at 20:21

Se a ideia fazer com que eu ficasse ressentido por esta atitude insultuosa dos ateus, desiludam-se.
A única coisa que pode saír dos ateus e que me ofende são os elogios. Ser elogiado pelos ateus é o maior insulto que uma pessoa de bem e decente pode receber.
Tal como me sentiria insultado pelos elogios de um ladrão, de um delinquente, de um criminoso, de um politico vergonhoso, de um fundamentalista, etc.

Se um indecente “rabulista/fabulista” como o Saramago me elogiasse, seria para mim o pior e o mais vil insulto que poderia receber. Não apenas por se tratar de um ignorante, ridículo e muito medíocre escrevinhador, por se tratar de uma das pessoas mais perfidas e vis que conheci.

Era um produtor de historietas que representavam a única coisa que era capaz de fazer e da qual vivia. Não é pelo facto de vender o seu produto (muito à custa da sua nitida falta de educação que usava como publicidade), que tem mais valor que um trolha ou que um jarrdineiro.
Aliás, os crápulas vendem bem. Imagine-se que alguém descobria hoje um livro escrito por Hitler. Se o publicassem seria um dos maiores sucessos de todos os tempos. E não era pelas qualidades do autor, cuja ideologia não estava longe da de Saramago.

jovem1983

22 de Junho, 2010 at 23:10

Caríssimo hh:

Vamos ser racionais e pensarmos na realidade, provavelmente até ao final da semana pode receber pelo menos um elogio de um ateu, isto se fizer algo que seja reconhecido e com grandes probabilidades que seja elogiado por terceiros, e muito possivelmente uma dessas pessoas que o elogiará será descrente onde você acredita, mas você não sabe.

Certamente reconhece a conclusão onde quero chegar, mais depressa se elogiam as pessoas pelas suas atitudes.

Isto é, o problema de elogiar ou ofender as pessoas por ideais de conduta é não sabermos se os actos defendidos têm outro valor para além da expressão por palavras, e os preconceitos atribuímos indiscriminadamente aos indivíduos só se esbatem com os actos de cada um.

Generalizar tendencialmente é fácil, provar essa generalidade cabalmente é impossível, pessoalmente creio que se deve evitar esse caminho sem saída que já bem se conhece.

jovem1983

22 de Junho, 2010 at 23:25

Caríssimo hh:

Só um aspecto que esqueci de mencionar. Quando procurou relacionar a ideologia de Hitler e a de Saramago, tenha em atenção quais os símbolos que estavam nos chapéus dos nazis. Outro aspecto, em termos políticos, atendendo à tradicional divisão entre Direita e Esquerda, qual o quadrante do Partido Comunista e qual era o do Partido Nacional Socialista.

Se pretende expor uma opinião crítica contrária, pelo menos seja capaz de o fazer recorrendo à verdade, pois só enaltece o seu discurso e confere-lhe credibilidade.

pedro

23 de Junho, 2010 at 8:16

-|- -|-
M MA

#
Dizem que Saramago era um bom escritor e que até ganhou um prémio nobel mas boa escrita não significa boa leitura, digam-no os Católicos com as suas polémicas para com a Santa Igreja Católica e seus crentes.
#
Sobre o Osservatore Romano acho que a unica polémica que me parece existir é a propria comunicação social e os não crentes que a estão a fazer, porque como todos sabem ele não era propriamente religioso e dizer o oposto talvez seja negar a existencialidade.
Uma coisa é ser ateu outra é ser anti-religioso e querer até vender livros sobre esse assunto em vez de respeitar o direito a crença, quem sabe senão estava a tentar fazer concorrencia a biblia.
#
Mas a realidade é que quem é ateu duvida e que provavelmente esta onda de apostasia não vem por acaso relembro especialmente aos crentes que aqui vieram e postaram a oração do Anjo em Fátima.
#

A baixeza moral e cultural de um católico anónimo

12 thoughts on “A baixeza moral e cultural de um católico anónimo”

Arquivo AAP

Etiquetas