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O nacional-catolicismo salazarista (2)

9 thoughts on “O nacional-catolicismo salazarista (2)”
  • antoniofernando

    Bons textos estes. Valeria a pena editar mais do mesmo estilo. O humor é um arma terrível…

  • Carlos Esperança

    Mesmo que um homem consiga divertir-se com a sua noiva, na verdade ele não irá gostar de ver que ela cedeu. (Revista Querida, 1954).

    Abraço.

  • Zeca-Portuga

    Sempre eram melhores conselhos do que os valores ateístas de hoje:

    – Quando o marido regressar a casa recebe-o caída de bêbada e com um ar rançoso de tabaco esturro.

    – Ao lado do marido serás notada pelos vasto conjunto de clientes que contigo fornicam no dia-a-dia, quer em casa, no teu emprego ou em sessões ao domicílio, enquanto o teu marido trabalha.

    – Não te preocupes em saber, sequer, fazer um café ou limpar a casa. Preocupa-te em cultivar uma boa imagem, de preferência semi-despida, pois subirás no emprego. Com o que ganhas poderás pagar a quem limpe a casa e cozinhe. Em caso de emergência há a telepiza e a “ 4 salti”

    – Não tenhas o mínimo de respeito pelos filhos. São um estorvo para tua carreira. Se engravidares, pra não comprometeres o tua carreira ou as tuas noites de folguedo e bebedeira, abortas – livras-te deles, que não passam de simples fetos esquartejados e jogados no caixote do lixo.

    – Se já tens filhos, não percas tempo com eles. Depois de os parir coloca-os num berçário, depois num infantário, depois num jardim de infância e depois da escola. Há hora que ao tua carreira profissional te libertar vai buscá-los como se faz com ao animais de estimação.

    – A família é uma estupidez. Em vez de uma família que a tradição judaico cristã te impinge, podes sempre formar família com um cão de estimação. Esse é acompanha-te em tudo: da cama ao passeio no campo.

    Nota-se que, afinal, neste te ano do Centenário, o Sr. Esperança sempre resolveu homenagear uma figura de peso da Republica. Uma figura central do regime que o Sr. Esperança tanto exalta, e que foi Presidente do Conselho, Ministro de varias pastas… até presidente da República – António de Oliveira Salazar.
    Parabéns sr. Esperança. Estava a esquecer-se deste ilustre republicano.

  • Eduardo Costa Dias

    Mesmo tendo vivido este tempo – o tempo, como o Carlos muito bem diz, do nacional-catolicismo salazarista, a primeira sensação que tive ao ler os 2 posts foi “esta coisa foi noutro mundo”. Infelizmente não foi: foi neste país à beira mar plantado e… foi um tempo que durou, neste invólucro beato-machista-salazarista e com este voyeurisme de vão de escada, quase 50 anos. Nem que fosse só por ter acabado de vez com este tipo de paleio e com esta servidão o 25 de Abril valeu a pena. Viva o 25 de Abril.

  • Camaraodacosta

    Cretino!

  • jovem1983

    Caríssimo Zeca-Portuga:

    Os meus valores enquanto ateu são os seguintes (e certamente são partilhados por tantos outros ateus no mundo):

    – Educação;
    – Liberdade de expressão;
    – Igualdade;
    – Democracia;
    – Liberdade;
    – Responsabilidade;
    – Justiça;
    – Busca pela felicidade;
    – Unidade na diferença.

    Portanto se quiser inventar motes similares aos exemplificados nestes posts, terá certamente de ter a capacidade de analisar correctamente as ideias que propõe, o que exige esforço e juízo crítico, bem como manter uma honestidade exemplar no reconhecimento que não é preciso ser ateu para desejar os mesmos valores, bem como não é preciso uma religião para ambicionar esses mesmos valores.

  • Zeca portuga

    Meu caro Jovem:

    Os valores que enumera não podem ser partilhados por mim e pelos ateístas, porque a visão ateísta é muito diferente da minha.
    Vejamos o que os ateístas entende por cada uma destas palavras:

    – Educação – nos ateus não começo nenhuma. Veja a polidez com que aqui se expressam, como mentem, como maltratam os crentes, como acusam de forma caluniosa as pessoas, com provocam, com (apenas e exclusivamente) escrevem algo se for para insultar os crentes, as crenças ou elementos de culto … se isso é educação!… A educação, para mim, pressupõe e respeito pelos demais e pela sua foram de ser, sentir e agir – coisa que ao ateístas nem de longe sabem o que seja.

    – Liberdade de expressão – Os ateístas confundem liberdade de expressão com “libertinagem de expressão”, achando, inclusive, que têm o direito de ofender seja quem for com as suas “formas de expressão”

    – Igualdade – é palavra que os ateístas não conhecem. A igualdade pressupões que o que é igual seja tratado de forma igual e o que é diferente é tratado de forma diferente (prática que os ateístas abominam).

    – Democracia – em democracia quem manda é a maioria. Os ateístas defendem a ditaduras das minorais insignificantes (defendendo que as maioria se adapte às taras das minorias), alegando pra tal uma chiclete chamada “discriminação”. A própria noção de “individualismo” e “actuação personalizada” é contrária à democracia, que assenta numa visão colectiva e abstracta.

    – Liberdade – os ateístas confundem-na com libertinagem. A liberdade exige que os comportamentos seja balizados dentro da cultura em que ocorrem. Os ateístas são contracultura. O seu egocentrismo individualista impede a fruição da liberdade, já que não aceita a “censura” dos valores padrão.

    – Responsabilidade; – zero para os ateístas. Defender que uma mulher possa matar o seu filho porque foi irresponsável nos seus comportamentos, levando alguém a pagar com a vida a irresponsabilidade de alguém é uma bandeira dos ateus.

    – Justiça – a justiça e a legalidade são coisas muito diferente, por vezes antagónicas. Os ateístas refugiam-se na interpretação (quase sempre abusivamente extremista) da lei para invocar a sua justiça. Tal comportamento torna-os cruelmente iníquos e injustos.

    – Busca pela felicidade – ninguém busca mais a felicidade do que um crente. Os crentes de verdade estão muito mais perto da felicidade do que os ateístas. Porem, os crentes sabem que a felicidade é inatingível, mas vêem-na como um ideal. Os ateistas estabelecem (formalmente) o que é a felicidade e querem-na plasmada na lei. Os crentes não só buscam a felicidade, como tudo fazem pra partilhar e “doar” experiências de felicidade. Os ateístas não podem porque são individualistas e egocentristas.

    – Unidade na diferença – Não há duas pessoas iguais, duas culturas iguais… nada é igual. Os ateístas impõem pela lei que as coisas diferentes passem ser iguais (ou finja-se que são e sejam tratadas como iguais). A tolerância é a forma dos crentes resolver o esse assunto.

    Diz você que “que não é preciso ser ateu para desejar os mesmos valores”. Concordo. Na verdade até podem ”desejar” tais valores. Mas, com o comportamento que os ateus têm, estão a anos-luz de o conseguir ou de o cultivar os seus actos.

    Se o seu comentarios era relativo a valores da república segundo Salazar… também está enganado, ou está a deixar-se levar pelos aldrabões do costume.

  • jovem1983

    Caríssimo Zeca-Portuga:

    O que distingui foram precisamente os valores com os quais me identifico e norteio a minha vida, e sei que são partilhados por diversos ateus meus conhecidos como também por pessoas com crenças, daí a interpretação que antecedeu e procedeu a listagem dos mesmos no comentário anterior.

    O que apresentou no seu comentário, que agora comento, é a sua interpretação dos valores que apresentei, associados aos descrentes de forma generalizada e indiscriminada. Distancio-me totalmente dessa interpretação, e substituo a ideia de desejo pela ideia de conduta, finalizando este comentário com essa correcção:

    – Educação;
    – Liberdade de expressão;
    – Igualdade;
    – Democracia;
    – Liberdade;
    – Responsabilidade;
    – Justiça;
    – Busca pela felicidade;
    – Unidade na diferença.

    Não é preciso ser ateu para seguir os mesmos valores, bem como não é preciso uma religião para orientar esses mesmos valores.

  • Jairoentrecosto

    Carlos Esperança, o senhor é um espanto. Quer dizer que Salazar e o Catolicismo também mandavam nas revistas “maria” brasileiras dessa época?

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