O objectivo é criticar a atitude negativa do cristianismo e do islamismo em relação à sexualidade e propor uma alternativa saudável à leitura religiosa.
É certo que a traição judaico-cristão sempre diabolizou a sexualidade. E a própria história mitológica do ” fruto proibido” de Adão e Eva, que literariamente remetia para o suposto ” Pecado do Conhecimento”, acabou por funcionar como elemento da concepção ficcionada do Pecado Original, curiosamente reforçada pela tese absurda de um ex- grande cultor de prazeres sensuais: Agostinho de Hipona. Agora, correlacionar a Bíblia e o Corão com a proposta de uma ” alternativa saudável à leitura religiosa”, na base da pornografia, é mais um tiro ao lado. O comércio da pornografia terá o lugar que tem num grande número de sociedades e a Internet é elemento universalista difusor desse comércio. Mas não haverá, para contrapor à leitura dos livros religiosos, áreas da Cultura e da Arte humanas que pudessem contribuir para a elevação ética do ser humano, bem mais gratificantes do que a pornografia? Cotejar o Evangelho de Cristo com a ” alternativa saudável” da pornografia, parece-me uma forma de o movimento novo ateísta se desacreditar aos olhos de todos aqueles que, crentes ou descrentes, não são tão lestos a ajavardar como esses pífios “livres pensadores” de meia tigela…
Isto prova a pouquíssima cultura e a falta de inteligência dos ateus nórdicos. No nosso país, se o alvo for a pequenada, pode até nem ser legal.
Antóniofernando, olhe que a sexualidade não foi assim tão diabolizada.
A promiscuidade sexual sem qualquer compromisso, sem regras nem recato é que foi sempre mal vista. Dentro do casamento, pelo contrário, sempre foi tida como desejável e bem vista pelas religiões.
Há culturas tradicionais onde a situação é bem pior, ainda hoje.
Em Portugal fazia todo o sentido trocar os calhamaços dos embustes pela Constituição da República Portuguesa. Era uma boa iniciativa das AAP e ARL. Depois chamar as TVs para assistir, e transmitir, a “Queima dos Calhamaços dos Embustes”.
Por acaso também sou a favor da ideia de reconhecer a sexualidade, incluindo as facetas da prostituição e da pornografia, como parte positiva da vida, sem vergonhas, pressões sociais, nem recriminações. Porém ao mesmo tempo acho extremamente redutor passar, por exagero contrário, a considerar como negativas as obras basilares das religiões. Essas obras são extremamente importantes do ponto de vista cultural, histórico e literário. São simplesmente aluns dos livros com maior importância na história da humanidade. Pretender substiui-los seja pelo que for é pura ignorância e estupidez. Eu sou agnóstico, mas entre os meus livros preferidos estão a Bíblia, a Ilíada e até o livro de Mórmon. Acho que o saber não ocupa lugar e a religião tem uma importância cultural inegável que não devemos desprezar.
O Diário de uns ateus é o blogue de uma comunidade de ateus e ateias portugueses fundadores da Associação Ateísta Portuguesa. O primeiro domínio foi o ateismo.net, que deu origem ao Diário Ateísta, um dos primeiros blogues portugueses. Hoje, este é um espaço de divulgação de opinião e comentário pessoal daqueles que aqui colaboram. Todos os textos publicados neste espaço são da exclusiva responsabilidade dos autores e não representam necessariamente as posições da Associação Ateísta Portuguesa.
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