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  • 13 de Abril, 2016
  • Por Carlos Esperança
  • Islamismo

Apóstatas

A decisão arriscada de abandonar o islamismo

A renúncia ao islamismo tem consequências graves e até mesmo fatais
A decisão arriscada de abandonar o islamismo
Em 19 países no mundo a apostasia é considerada um crime (Foto: Wikipedia)

Em 2014 a Arábia Saudita aprovou uma lei na qual igualava o ateísmo ao terrorismo. No ano passado, depois que um jovem postou um vídeo na internet em que aparecia rasgando um exemplar do Alcorão, os tribunais sauditas o condenaram à morte.

2 thoughts on “Apóstatas”
  • JoseMoreira

    É preciso ver que nos países islâmicos o Alcorão está para os cidadãos como a Constituição está para nós. O Alcorão é a Lei, e ela não pode ser infringida. Ora, a apostasia mais não é do que uma infracção à Lei e, por isso, passível de punição.
    Um dia, numa visita à Jordânia, perguntei ao guia – brasileiro convertido ao islão – como é que conviviam com o ateísmo. Não conviviam. Porque, disse ele, a lei tem de ser cumprida.
    Só mesmo a laicização será capaz de acabar com este estado de coisas; mas isso, de acordo com as leis da evolução, só deverá acontecer daqui a quinhentos ou seiscentos anos, numa altura em que, nos países mais evoluídos, talvez já não haja religiões.

  • carlos cardoso

    É isso mesmo José Moreira. Como aqui escrevi há dias, durou mais de duzentos anos para que na Europa fosse efectiva a separação entre igreja e estado.

    Um processo semelhante ainda não ocorreu em muitos países muçulmanos, onde o Islão é visto como uma religião pessoal e simultaneamente como uma forma de organizar a vida em sociedade ou, como você disse, a lei.

    É claro que algumas partes do que é considerado por muitos muçulmanos como uma component do Islão, incluindo a maior parte da lei da Sharia, estão em contradição com as liberdades fundamentais e não podem portanto ser aceites como direito civil em sociedades que se consideram democráticas. Seria errado, em nome do politicamente correto, fingir que isso não é assim.

    A Europa deve apoiar, em todos os sentidos, os líderes e intelectuais democráticos muçulmanos que, juntamente com representantes pertinentes da sociedade civil, pretendam embarcar neste longo, mas inevitável processo.

    Finalmente, acredito que, num mundo cada vez mais global, se consiga evoluir mais rapidamente que no passado e que os quinhentos ou seiscentos anos sejam muito pessimistas.

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