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  • 25 de Fevereiro, 2016
  • Por Carlos Esperança
  • Vaticano

O papa católico e a abolição da pena de morte

A pena de morte, execrável e irreversível crueldade, que subsiste, mesmo em países ditos civilizados, é uma ofensa à civilização e ao humanismo que é seu apanágio.

Parece que o número expressivo de inocentes, não faz tremer a mão de quem condena e de quem assina a autorização das execuções. Há tradições que se perdem no tempo e se conservam com sádica vigilância dos povos que não renunciam à violência.

A tradição permanece em vários países e a humanização das penas continua à espera de legisladores corajosos e da educação cívica para erradicar a crueldade.

A pulsão assassina está inscrita no código genético das populações tribais e no desejo de vingança que habita populações que não evoluem. As religiões são, aliás, um veículo da violência através do culto dos valores tribais em que nasceram.

É por isso que o pedido de abolição da pena de morte pelo Papa Francisco, ao arrepio da sua própria Igreja, assume particular relevância e deve ser saudada.

É um ato corajoso que rompe com a tradição e redime valores bárbaros que as religiões perpetuam. Sendo uma voz com influência nos crentes do seu Deus é de crer que países como o EUA possam romper com tão bárbara tradição de que raros dos seus Estados se emanciparam.

É pena que os dignitários islâmicos, os bispos do protestantismo evangélico e os rabinos dos judeus das trancinhas não sigam o exemplo do Papa católico, mas todas as grandes caminhadas começam com pequenos passos.

5 thoughts on “O papa católico e a abolição da pena de morte”
  • Oscar

    A pena de morte é de facto execrável

    Mas, para o sr. Carlos, parece que abortar seres inocentes já é apenas um acto higiénico de IVG.

    • Citadino

      Comparar células embrionárias com seres humanos é…notável!

      • Oscar

        Um feto de 10 semanas, que pode ser legalmente abortado, é de facto um conjunto já bem alargado de células, embora vá consecutivamente crescendo até aos 9 meses de gestação.

        Notável é achar-se que um feto de 10 semanas pode ser abortado, porque sim, porque a progenitora assim decide.

        Vossemecê também acha criticável que uma mãe afogue os seus filhos menores no mar de Caxias, ou nem por isso ?

  • Emanuel Lopes

    Aonde é que um papa apelar ao fim da pena de morte é contra a religião católica? quantos já o fizeram antes dele?

    http://www.agencia.ecclesia.pt/noticias/vaticano/papa-apela-ao-fim-da-pena-de-morte/

    o país que mais executa pessoas é um dos que mais reprime as religiões, a China precisamente.

    Se a estupidez pagasse imposto…

  • João Pedro Moura

    CARLOS ESPERANÇA disse:

    1- “A pena de morte, execrável e irreversível crueldade, que subsiste, mesmo em países ditos civilizados, é uma ofensa à civilização e ao humanismo que é seu apanágio.”

    A pena de morte nem é “execrável” nem é nenhuma “ofensa à civilização e ao humanismo”, como dizes…

    O que achas que merecem os crueis facínoras do Estado Islâmico mais os seus massacres hediondos???!!!

    Imagina a tua família, Carlos, a ser dizimada pelos nefandos islamitas num qualquer atentado?

    Ou alguém da tua família ser assassinado por um criminoso qualquer?…

    “Ofensas” e “execração” são as “penas de morte” infligidas por todo o tipo de assassinos, particularmente os mais cruéis.

    Ou será que ficarias compungido e comiserado pelo assassino que matasse a tua família… ou qualquer outra pessoa???!!!

    Nesse caso, será que irias manifestar-te à porta do matadouro de assassinos, contra a pena de morte???!!!

    2- “É por isso que o pedido de abolição da pena de morte pelo Papa Francisco, ao arrepio da sua própria Igreja, assume particular relevância e deve ser saudada.”

    Estás muito “franciscano”…

    E porque não chamas a atenção do § 2267, do catecismo da ICAR, que admite a pena de morte???!!!

    Não é hipócrita uma Igreja que clama contra a pena de morte, mas conserva tal pena no seu catecismo???!!!

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