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  • 13 de Outubro, 2015
  • Por Carlos Esperança
  • Política

A Bíblia e o sionismo

Reza a Bíblia que a Palestina foi dada por Deus ao povo escolhido – os judeus –, e estes aproveitam o livro que é fonte inesgotável de ódios e ressentimentos, tal como os protestantes evangélicos que se esforçam por impor a sua interpretação literal e a elevação à categoria de tratado científico.

Talvez por isso, a paz seja uma ambição de sectores laicos de Israel contra a demência sionista dos judeus ortodoxos e o fundamentalismo protestante que nos EUA apoiam as posições mais radicais do imperialismo sionista.

O maniqueísmo habitual não vê que há o mesmo desatino nos terroristas islâmicos e nos colonos hebreus que usam trancinhas à Dama das Camélias.

O imperialismo sionista é a outra face do antissemitismo que grassa nas mesquitas, na Igreja católica e em vários templos protestantes e ortodoxos.

Deus é um infortúnio que uma legião de assalariados do divino se esforça por conservar vivo ou que não deixar arrefecer o cadáver.

É preciso libertar a humanidade dos mitos que criou e dar uma oportunidade à paz.

4 thoughts on “A Bíblia e o sionismo”
  • Oscar

    Quando é que o sr. Carlos consegue abordar filosoficamente a ideia de Deus, sem ter que recorrer sistematicamente àquilo que a bíblia diz ?

  • João Pedro Moura

    E ficamos sem saber, mas também pouco interessa, de que lado estás, neste artigo…
    Se do lado da democracia israelita, mesmo com os teus “judeus de trancinhas”, de pouca ou nula influência política, ou do lado dos reacionários arabescos, totalitários e crueis, que atacam à facada, a tiro e à bomba os israelitas, pensando que será assim que os israelitas irão ceder… não se sabe bem o quê…

  • carlos cardoso

    Tanto o post como o comentário do JPM demonstram completo desconhecimento da realidade do conflito israelo-palestiniano.

    Alguns exemplos: os judeus mais ortodoxos (os das trancinhas) não são geralmente sionistas, há mesmo os que se pronunciam e manifestam contra a existência do estado de Israel; são os colonos, muitas vezes menos religiosos ou mesmo laicos, que são os piores sionistas; embora de pouca expressão parlamentar, os partidos religiosos têm bastante influência na política e têm participado em todos os governos dos últimos anos; a grande maioria dos palestinianos são pacíficos e só querem que os deixem em paz e, se alguns jovens desesperados atacam os israelitas, é porque não vêem quaisquer perspectivas de futuro e que estão fartos de ouvir os políticos pregar a paz; sabe-se muito bem o quê: o que ficou acordado em Oslo há mais de 20 anos e que os israelitas nunca respeitaram.

    E muito mais fica por dizer…

    • João Pedro Moura

      CARLOS CARDOSO disse:

      1- «Alguns exemplos: os judeus mais ortodoxos (os das trancinhas) não são geralmente sionistas, há mesmo os que se pronunciam e manifestam contra a existência do estado de Israel»

      Ignoro qual a percentagem dos “trancinhas” afeta ao sionismo, mas reitero a sua pequenez política e sua influência, porque são pouquinhos…
      …Portanto, está certo o que eu disse…

      Os “partidos religiosos” aparecem para fazer número político e maioria absoluta com os do Likud, mas realmente não têm grande influência política. São partidos, percentualmente, pouco expressivos.

      2- «a grande maioria dos palestinianos são pacíficos e só querem que os deixem em paz e, se alguns jovens desesperados atacam os israelitas, é porque não vêem quaisquer perspectivas de futuro e que estão fartos de ouvir os políticos pregar a paz»

      A grande maioria dos palestinianos são guerreiros, que votam em partidos guerreiros, como o Hamas, e só ainda não levaram este partido ao poder, na Cisjordânia, porque a Fatah… não deixa, manobrando cavilosamente para se perpetuar no poder…

      Esta hedionda escumalha islâmica está sempre a consumir os israelitas com tiros, bombas e agora esfaqueamentos.

      Eles não aceitam a existência de Israel. Querem destruí-los, como muito bem afirmou o primeiro-ministro Netanyahu.

      A Fatah, isto é, a Autoridade Palestiniana, vai bradando contra Israel, para não se afastar muito da massa abjeta e continuar a auferir as benesses de interlocutor internacional “respeitável”. Mais nada!

      Todavia, como já disse algumas vezes, não estou ciente da bondade israelita…
      …Mas mais ciente da maldade arabesca…

      Pelo que não sei onde está o “completo desconhecimento” desta realidade no meu comentário…

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