Quando um ministro lambe a mão de um clérigo não é apenas o homem que dobra a coluna, é o réptil que insulta a laicidade, humilha a República e trai o País.
13 thoughts on “Indignidade cívica”
Oscar
Em que data e em que circunstâncias foi obtida essa foto, sr. Carlos, consegue esclarecer ? Se foi em funções oficiais, acompanho-o na censura, mas não na linguagem ofensiva. Se foi enquanto cidadão, o ministro é livre de lamber o clérigo onde muito bem lhe apetecer e vossemecê não tem nada a ver com a parte do corpo do clérigo que o ministro deseje lamber.
Os valores declarados (e neste caso consagrados na constituição) são adversos às realidades funcionais do pais. E, aiaiai, não vá alguém lembre-se de dizer que o Carlos está a pisar os calos à liberdade religiosa do dito Sr. Ministro.
Na foto não se vê a mesma coisa, que no beija-mão episcopal do ministro Pedro Soares, o ministro da mota…
Na foto acima, vê-se o David Cameron, primeiro-ministro inglês, a baixar-se para facilitar a colocação do colar de agraciamento.
Note-se que o rei saudita Abdullah já estava algo corcovado, por isso é que o Cameron se baixou mais…
Com uma população católica tão expressiva como tem Portugal, que se revê nos membros do clero, não achas que estás a desrespeitar esses cidadãos? E que que brilhante conclusão é essa de que o homem lá por ser beato não tem respeito pelas pessoas? Esse N é de quê? Nada na cabeça?
Se Pedro Mota Soares, ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, estivesse ali como mero cidadão, podia saudar o arcebispo de Braga, Jorge Ortiga, como entendesse; se estivesse ali como ministro, é indigno cumprimentar o bispo daquela maneira, porque é um rebaixamento cumprimentar alguém, beijando-lhe a mão, dado que o beijado nunca faria a mesma coisa…
Um cumprimento entre cidadãos deve implicar igualdade no tratamento mútuo, isto é, na respeitabilidade cívica, e nunca estabelecer ou insinuar relação entre o “superior” e o “inferior”.
Mas é expectável este tratamento reverencial, provindo dum ministro do CDS-PP, partido infestado de católicos e “personalismo cristão” e “democracia cristã”, matriciais, mas cada vez menos praticado pelos seus militantes…
…Até porque já nem falam dessa matriz “cristã”, que constava nos seus programas, “in illo tempore”…
O Pedro Mota não mereceu o meu voto quando foi candidato à presidencia da AE pela lista A (A em azul para representar a lista dos betos) contra a lista E (E de esquerda suponho eu agora em retrospetiva) composta por vanguadistas e rockabillies, assim como não o iria mercer agora na minha idade adulta.
Estes senhores do clero é que haviam de beijar os submissos politicos que temos… Muito forte com os fracos e tao fraquinho com os que acham que sao fortes…
Tao vergado que esta que parece uma criancinha do rebanho do senhor bispo.
Tipo: República Islâmica do Irão? República Popular da Coreia do Norte? República Argelina Democrática e Popular?
Será que tu sabes que uma elevada percentagem de «repúblicas» é confessional, e que essa percentagem é superior à de monarquias?
Nesta caso, dentro dos padrões de cultura lusitana, a demonstração de boa-formação, de polidez, de educação e elevada maturidade cultural, não só não humilha como ainda engrandece, dignifica e honra
«insulta a laicidade» – será que tu sabes o que é a laicidade de um estado?Será que tu sabes que sem respeito integral pelas religiões, suas práticas, suas formas de vivência e tratamento social, sem isto, um estado não é laico? Será que tu sabes que, mesmo que o estado fosse gerido por clérigo poderia ser laico?
«trai o País» – Qual país?
Portugal, que é um país católico e desenvolvido, não é, de certeza. Em Portugal, que é um país livre e desenvolvido, as pessoas conhecem, compreendem e aceitam as formas protocolares de tratamento que são comuns a pessoas culturalmente desenvolvidas, educadas e socializadas.
O Diário de uns ateus é o blogue de uma comunidade de ateus e ateias portugueses fundadores da Associação Ateísta Portuguesa. O primeiro domínio foi o ateismo.net, que deu origem ao Diário Ateísta, um dos primeiros blogues portugueses. Hoje, este é um espaço de divulgação de opinião e comentário pessoal daqueles que aqui colaboram. Todos os textos publicados neste espaço são da exclusiva responsabilidade dos autores e não representam necessariamente as posições da Associação Ateísta Portuguesa.
This website uses cookies to improve your experience while you navigate through the website. Out of these, the cookies that are categorized as necessary are stored on your browser as they are essential for the working of basic functionalities of the website. We also use third-party cookies that help us analyze and understand how you use this website. These cookies will be stored in your browser only with your consent. You also have the option to opt-out of these cookies. But opting out of some of these cookies may affect your browsing experience.
13 thoughts on “Indignidade cívica”