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«Quando os Lobos Uivam»

«Uma disciplina para todos e, portanto, obrigatória, tendo em conta que o ensino religioso tem um impacto social significativo».

(João Duque, professor na universidade católica de Braga, sobre o ensino religioso)

12 thoughts on “«Quando os Lobos Uivam»”
  • João Pedro Moura

    É preciso ter um desplante!
    Ao que chega este docente da “Universidade Católica” (como se alguma “universidade” se pudesse intitular “católica”, continuando a ser … universidade…)!…

    O ensino religioso obrigatório foi um dos pilares educativos do regime fascista, abolido com o “25 de abril”, e este toleirão capcioso queria metê-lo, novamente, de contrabando, a pretexto de que o povo discente deveria ter conhecimento religioso, certamente via disciplina de “Educação Moral e Religiosa Católica”, já vigente, facultativamente, nas escolas, a expensas do erário público…

    E diz o tolaz que a EMRC é boa, como explicação das outras religiões e suposto esclarecimento do fenómeno religioso, nomeadamente do fundamentalismo…

    É de quem vive alheado da realidade… como todo o bom católico…

    http://www.jn.pt/PaginaInicial/Nacional/Educacao/Interior.aspx?content_id=4554634&page=-1

    • Carlos

      “O ensino religioso obrigatório foi um dos pilares educativos do regime fascista…”

      Não seria antes o principal pilar da educação, da segurança e da paz do país?

      Fruto dessa educação, a sociedade (não o regime, o Estado ou os políticos) era fraterna, pacífica, solidária, humana, segura, alegre, educada…

      Se a escola tem por função preparar cidadãos capazes de se integrar na sociedade de forma válida, autónoma, livre, responsável, fraterna e tolerante, então, a formação moral, a educação cívica, os princípios e valores são indispensáveis para uma cidadania plena e civilizada.

      Nesse papel, “a EMRC é boa” e indispensável, pois é a única disciplina dos “curricula” que prepara os alunos para viver em sociedade, que transmite humanidade, questiona e discute valores e princípios. Ou seja, conteúdos bem mais importantes no percurso de formação de uma personalidade do que estudar os números complexos, integrais e derivadas, ou fenómenos de reacção e oxidação, ou a lei das malhas e dos nós de Kirchoff, ou a estruturação de algoritmos em Csharp, ou até o rol faraós do período dinástico, ou ainda a filogenia das gimnospérmicas.

      Para não falar de cor, como é o vosso caso, pedi um livro de EMRC. Depois de analisar os temas e forma como são abordados, vi muita educação cívica, muita ética, muita educação cívica e pouca catequese.

      Quem não sabe do que fala… diz coisas como tu.

      É vergonhoso, intolerável e perigoso a médio prazo que o corpo curricular do ensino português não tenha uma disciplina de cidadania, de civismo, de ética, princípios e valores. E, sim, deveria ser obrigatória a frequência de uma disciplina com esta abrangência, se não fosse religiosa, seria neutra mas séria.

      • GriloFalante

        “E, sim, deveria ser obrigatória a frequência de uma disciplina com esta abrangência, se não fosse religiosa, seria neutra mas séria.”
        Concordo plenamente. Mas o que tem isso a ver com a religião?

        • Carlos

          Toda a nossa cultura: a vida social, os usos e costumes, a lei, a constituição… tudo, isto que nos identifica como povo português, tem um substrato católico, quer tu queiras ou não.

  • Oscar

    Discordo totalmente da posição de João Duque .

    O fenómeno religioso deve ser estudado numa disciplina mais abrangente, como, por exemplo, a filosofia, mas apenas no âmbito de uma aprendizagem de carácter cultural, que igualmente abranja outras mundividências, religiosas ou não.

  • K.

    Este senhor professor pretende apenas implementar a ideologia do seguidismo cego, onde todos pertencem ao mesmo rebanho, onde todos vivem da mesma maneira, onde todos têm o pensamento único, onde todos são controlados. Nada de novo portanto.

  • Nelson

    Acho que a Associação deveria fazer algo.

    Estas sao as disciplinas que fazem parte do programa:

    -Programa de Educação Moral e Religiosa Católica do Ensino Básico e Secundário
    -Ensino Religioso Segundo os Ensinamentos Bahá’ís
    -Programa de Educação Moral e Religiosa Evangélica
    -Programa do Ensino do Budismo

    Até uma religião de um gajo com menos de 200 anos e nem uma visão secular e LIVRE de religiões??? Os putos até parece que sao coagidos a seguir estas tretas!

    Será que nao conseguimos meter uma disciplina tipo:
    – Alternativa á religiões: Um mundo secular e humanista livre!

    Alguem ligado á educação por aqui??

    • Carlos

      E tu achas que um associação de compadres que se juntam para sardinhadas e aldrabar umas lérias, pode ser aceite como alguém que dá ordens na estrutura curricular do ensino, num país democrático e desenvolvido?

  • carlos cardoso

    O problema consiste em continuar a confundir religião com moral.

    É necessário ensinar sobre as diferentes religiões, assim como é necessária uma disciplina de educação cívica. O erro está na confusão: a educação cívica não tem nada a ver com religiões e o ensino sobre religiões não tem relação nenhuma com moral ou civismo.

    • Carlos

      Já reparaste que o nome da disciplina Educação Moral e Religiosa Católica.

      Trata-se de educação Moral, com base na cultura católica. Não querias que fosse com base na cultura islâmica, ou ainda pior, na cultura ateia.

      • carlos cardoso

        A cultura católica, como a islâmica ou a de qualquer outra religião (não conheço a cultura ateia), é uma péssima base para a educação cívica (ou moral se lhe quiserem chamar assim).

        Foi o que quiz dizer acima.

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