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  • 15 de Março, 2015
  • Por Carlos Esperança
  • Religiões

Malditos cruzados

Chomsky:

A invasão do Iraque está na origem de grupos como o Estado Islâmico

Nesta entrevista ao Jacobin, Noam Chomsky explica as raízes do EI e por que os Estados Unidos e os seus aliados são responsáveis pelo surgimento do grupo. Em particular, argumenta que a invasão do Iraque de 2003 provocou as divisões sectárias que provocaram a desestabilização da sociedade iraquiana. O resultado foi um clima onde os radicais apoiados pelos sauditas prosperaram. Entrevista de David Barsamian.

73 thoughts on “Malditos cruzados”
  • Oscar

    É muito curiosa este tese do Carlos Esperança. Se os americanos invadiram o Iraque são ” malditos cruzados”, mesmo com o entusiástico apoio de ateus como o Richard Dawkins, o Sam Harris e o Christopher Hitchens

    O Sam Harris até achou muito bem que os talibãs tivessem sido torturados.

    Mas a culpa é dos ” malditos cuzados”…

    Agora, perante a ameaça real do fundamentalismo islâmico, aqui, neste blogue, já por mais do que uma vez o mesmo Carlos Esperança tem sistematicamente insistido no sentido de que é preciso atacar o EI.

    Mas quem ? Ele e os seus amigos ateus ?

    Não, os ” malditos cruzados”…

  • Oscar
  • Anti traidores

    Chomsky é um filho da puta comunista que está empenhado em destruir a sociedade ocidental. Um cabrão do mais alto nível, traidor como qualquer bom comunista. Quem acredita neste merdas acredita que o 9/11 foi um inside job. Que bando de facínoras! Esta página não passa de propaganda comuna ao bom estilo estalinista. As cruzadas foram a resposta às invasões islâmicas. Ninguém fala nelas. Hipócritas! Querem que a malta reze para Meca e chupe a pila à Rússia? Que bando de cabrões! O Estado islâmico é uma pretensão dos cabrões muçulmanos desde há muito tempo. Quem afirma o contrário é igual a eles. Que nojo! É esta merda o ateísmo? Mais um bando de filhos da puta marxistas? Nunca vencerão, bando de cobardes e traidores da civilização!

    • Crente registado

      Chupar a pila à rússia ?
      Ó fifi, que linguagem.
      Tira isso da boca pá.

      • Anti traidores

        Não gostas cospe, toninho. E eu não sou fifi nenhum. Isso é para a paneleiragem do bloco de esterco.

        • Paulo Portas

          Sim, na direita não há, nunca houve paneleiragem.
          Confiem em mim.

          • Anti traidores

            Quando digo paneleiros não é no sentido sexual, ó panasca!

          • Oscar

            Ah não ? Então há outro ? Tu sabes tanto acerca desse assunto.

          • Padre Frederico

            Sim meu filho. Também na santa igreja não os há, que isso é grande pecado, coisa de ateus e bloquistas.
            PS
            Depois da missa passa lá na sacristia está bem ?
            Beijos do teu frederiquinho

          • Anti traidores

            Os paneleiros e as fufas do bloco de merda andam com falta de pila. Por isso é que só falam aos berros. É falta de peso.

          • Paulo Portas

            A mim que sou católico de direita, nunca me falta pila.

  • Ateu sem merdas

    Chomsky? Ó Esperança, vai pentear macacos. Que bela merda de homem escolheste como exemplo. E estás em contradição com o princípio do blog. Mas esta merda é um blog de ateísmo ou um blog da extrema esquerda? Já não há paciência para estas merdas. Estás a destruir o ateísmo com esses trejeitos marxistas sociopatas.

  • Carlos Henriques

    Nunca pensei dizer isto, mas para mim a AAP já era. Não se admite propaganda política do mais baixo nível numa página que pretende ser o farol do ateísmo em Portugal. Pseudociência e pseudopolítica abundam por aqui ultimamente. Que saudades dos belos textos que por aqui se publicavam, da representação do pensamento verdadeiramente ateu, de alguns comentadores interessantes que deram alguma vida ao ateísmo como o David Ferreira ou o Ludwig Krippahl. Infelizmente isto aos poucos transformou-se numa página exclusiva do pensamento de esquerda. E nem sempre da esquerda inteligente, mas da esquerda mais asinina. Só tretas e demagogia.

    • Zeus

      Tenho de concordar consigo. Lamentável.

    • Sandro Mendes

      O ateísmo marxista é a pior forma de ateísmo. Representa o pior da esquerda, o ódio, a imbecilidade, a menoridade intelectual, o desejo de vingança, o mau perder, tudo o que a humanidade encerra de positivo. Daí que concorde com a observação. Eu próprio tenho saudades dos ateus inteligentes que por aqui passaram. Agora é só propaganda eleitoral, asco e cuspo anti direita porque sim, enfim, uma menoridade indescritível.

    • Oscar

      Tens razão. Olha, eu só lia o cavaleiro da imaculada, que ali não há textos comunas. Mas agora não tenho tempo, porque passo a vida aqui, a ler textos de comunas e ateus.
      Valha-me deus.

      • Molocho

        hihihiii….consegui voltar a roubar o nick do Oscar….

        Hihihiihi….

        Sou o maior “

        • Oscar

          Sim, mas não me chegas aos pés. Olha que até falo com mortos.
          Quando chego ao cemitério, os mortos até se põem todos aos saltinhos, como as pedras dos ateus.

          • Molocho

            hihihiii….volteiiiiiiiiiiiiiiiiii a roubarrrrrrrrrrrrr o nick ao Oscar….

            Uau…sou o maioorrrrrrrr

            Não estava tão feliz desde o tempo em que fui um porco nazi !

          • Oscar

            Sim, mas eu continuo a falar com mortos. O que é muito melhor que essas porras da ciência.

    • Molochbaal

      E então eu ? De mim não falas ? Da minha elevada superioridade intelectual ?

      Então não tens nada a dizer a estas minhas pérolas ? :

      Quando fui skin, uma das missões que cumpri, como um dos dirigentes do MAN, Movimento de Ação Nacional, foi a de
      oficial de ligação com a Fraternidade Sacerdotal S. Pio X, os fundamentalistas católicos de Marcel Leféfvre, arcebispo católico.

      Quando eles se instalaram em Portugal, eles estavam às escuras e o MAN ajudou-os, eu tinha como funções, entre outras coisas, providenciar-lhes informações, orientá-los no terreno,
      proporcionar segurança e tudo o que fosse preciso.

      Ou seja, se por exemplo, alguém tivesse tentado esfaquear algum dos padres, eu tinha como função, em ultima análise, por-me à frente, protegendo o senhor padre com o meu corpinho e, eventualmente, devolver a facada a quem lhequisesse fazer mal

      Então, e de mim não dizes nada ? Nem mesmo quando eu protegia os senhores padres com o meu corpinho ?

      • Carlos Henriques

        Não percebo o que está a dizer. De imbecilidades está, como dizem, o inferno cheio.

        • Oscar

          Porra, ando eu todos os dias a roubar o nick ao molocho, para ninguém perceber as minhas piadas.

          O que eu sofro pelo menino jesus.

          • Padre Frederico

            Menino ? Onde está o menino ?

          • padre deus gzuis

            Chegou tarde, querida. Amanhã eu o entregarei a ti

          • Oscar

            Disfarças muito mal molocho.

            Mas que seria de esperar de um imbecil como tu ?

  • Oscar

    Eu sou tão burro que ainda não percebi que o Esperança é a favor da intervenção contra o EI mas contra a intervenção que derrubou o Sadam, porque, evidentemente, o EI é uma ameaça internacional confirmada. Enquanto em relação ao Sadam nunca se descobriram as célebres armas de destruição maciça.
    Muitos anos a masturbar-me para cima da estátua da virgem deu-me cabo dos neurónios.

    • Pascoela

      Ó palhaço, a intervenção no Iraque não teve apenas a ver com as armas de destruição maciça. Estuda mais que logo abres os olhos. E também não teve a ver só com o petróleo.

    • Oscar

      Ó molocho, tu és tão imbecil que não consegues perceber duas coisas elementares:

      1 – O Esperança faz constante apelo à luta contra o EI;

      2 – O Esperança não levanta o rabo para ir lutar contra o EI;

      3 – Mas o Esperança tem feito sistemático apelo a que o Obama lute contra o EI;

      4 – Portanto, o Esperança já não tem nada a opor a que os ” malditos cruzados” lutem contra o EI, enquanto ele continua, como a debitar os seus habituais bitátás contra o EI.

      Claro que um imbecil como tu não é capaz de enrender coisas elementares.

      • Zeus

        O Esperança dá uma no cravo e outra na ferradura. Tão depressa ridiculariza a islamofobia porque sabe que é uma grande treta, como a seguir se mostra muito preocupado com o preconceito anti islâmico para agradar aos comunas e maoistas amigos da esquerdalha nojenta e arruaceira.

      • Zeca Portuga

        Portanto, o Esperança considera, como todos sabemos, que a invasão do Iraque foi um erro que potenciou a ameaça fundamentalista. Mas é a favor da intervenção contra essa ameaça, porque, essa sim, é real. Ao contrário do que se dizia de Sadam. Como todos sabemos.
        Portanto, tu tens de contrariar porque sim.

        • Zeus

          Qual é a tese que apresentas para credibilizar essa informação? A ameaça fundamentalista já existia há décadas, não foi preciso a invasão do Iraque. Mas vós sois burros ou quê?

          • Zeca Portuga

            O EI não existia há décadas.

        • Oscar

          Estou-me a cagar para aquilo que tu pensas.

          Só um pateta como tu não é capaz de entender o seguinte:

          Ainda que a invasão do Iraque tenha sido completamente descabida, a verdade é que o fundamentalismo islâmico modermo surgiu no tempo da invasão soviética do Afeganistão. Foi aí que se formou Bin Ladem e a Al Qaeda e as pretensões islâmicas hegemónicas de criação de um califado à escala mundual.

          Os ataques ao Afeganistão surgiram na sequência do ataque ao WTC.

          E nada garante que, com Sadam no poder, o fundamentalismo islâmico não viesse a crescer signifiticativamente.

          Não foi o que aconteceu na Líbia de Khadaffi, imbecil ?

          Não foi também o que aconteceu no Egipto, a seguir à queda do Mubarak ?

          Não é também o que sucede com o Boko Haram na Nigéria ?

          No Mali ?

          No Iemen ?

          No Sudão ?

          A culpa da expansão do islamismo em diversos pontos do globo, também é dos americanos ? Dos ” malditos cruzados” ?

          Cambada de anormais.

          • Zeca Portuga

            A partir do momento em que :

            – Financiaram, armaram e treinaram os talibâns, incluindo membros da futua alqaeda.

            – Apoiaram israel.

            – Fecharam os olhos à expanção do fundamentalismo levada a cabo pelos sauditas.

            – Derrubaram as ditaduras laicas que serviam reprimiam o fundamentalismo.

            Evidentemente que os EUA tiveram culpas e muitas, no que está a acontecer.

            Isto não quer dizer que tenham toda a culpa ou que sejam os únicos culpados.

            Falar contigo é muito difícil, porque, como és um bronco de merda, vês tudo a preto e branco e não consegues perceber que o mundo está cheio de nuances.

            Para ti é uns são os maus, os outros são os bons. Ponto.

            Por isso é que pensas que me apanhas em grande contradição quando me vês a reconhecer as virtudes e a apontar os defeitos da mesma pessoa ou ideologia.

            Simplesmente o teu nível nunca te permitirá perceber do que estou a falar.

            O facto de alguém dizer que os EUA têm culpas no cartório, não significa necessariamente que sejam os únicos culpados.

            Significa apenas que é preciso reconhecer a parte que se teve no problema, os erros que se cometem. Assim como se reconhece os aspectos positivos.

            Estas coisas nunca conseguirás perceber. Não te esforces que é areia a mais para a tua camioneta.

          • Oscar

            Continuas o mesmo imbecil, molocho.

            Tão imbecil que até comeste a história de que a culpa da expansão do islamismo é dos americanos, como se não fosse possível os islâmicos terem uma agenda própria, a partir do surgimento da Al Qqeda de Bin Laden.

            Nunca mais deixas de ser aquele nacional-porreirista patarata de sempre.

            A evolução de facto não passa por mentecaptos como tu.

          • Zeca Portuga

            E quem financiou o que viria a ser a al Qqeda ?

            Se calhar foi o governo autónomo da Madeira.

            O facto de os fundamentalistas terem uma agenda própria não impede que os EUA tenham sido estúpidos o suficiente para a financiarem. Só para contrariarem os soviéticos. Foram um bocado assim como tu.

            Só que eles abriram os olhos, tu és estúpido todos os dias.

    • Molocho

      Hihihihihi….

      Consegui voltar a roubar o nick do Oscar !

      Sou o maior ”

      Hihihihiii….

  • Gonzo

    Fónix, venho aqui pela primeira vez, mas se esta porcaria é que é o ateísmo militante, já fui. O Louçã já domina o ateísmo? Foge!…

  • Anti Tolo

    Aqui há tempos foi um texto anti Cavaco, agora propaganda dos idiotas do Bloco. Mas que merda é esta?

  • 15 de Março

    BRASIL, um país de maioria Cristã, NÃO ADMITE comunistas; terroristas; facções criminosas; políticos oportunistas; poderes corruptos… O PT representa tudo isso e… está no poder!
    O POVO BRASILEIRO CRISTÃO TÊM PRINCÍPIOS, NÃO QUER, NÃO ACEITA!…
    Fora DILMA. Fora ‘Facções Criminosas’!

    • Putaria no Brasil

      Neste vídeo podemos ver um dos vários “manifestantes” que participaram dos atos fracassados do dia 13/03/15 organizados pelos tentáculos do PT ( CUT, MST, FLM, PSOL, PCdoB e afins), notem que o homem diz que a passeata é para “tirar Diuuma” ou seja, ele não tinha a mínima idéia do que estava ocorrendo, o mesmo ainda assume que recebeu R$ 30,00 p/ fazer parte da farsa esquerdista.
      Tem gente que ainda acredita que essas manifestações das esquerdas são legitimas e democráticas, é muita ingenuidade.

      https://www.facebook.com/DDBeatriz

    • Paulo Portas

      Sim. Sim. Os cristãos são imunes à corrupção. Eu que o diga com os submarinos.

      • Collor de Mello

        É verdade, antes do PT não havia corrupção no Brasil.
        Foi uma injustiça o que me fizeram.

        • 15 de Março

          Hail

          • Oscar

            Eu sou tão burrinho que ainda não percebi que aqui quase toda a gente é contra as ditaduras comunistas. Enfim, se fosse muito esperto não passava a vida num blog ateu a tentar impingir a virgindade que de uma gaja que já pariu. Terei algum problema psicológico ?

          • Molocho

            Mas eu não sou nada contra as ditaduras comunistas.

            Que merda é essa de falarem por mim ?!

            Eu tanto dou para Franco como para Estaline.

            Depende dos dias…

          • Molochbaal

            Sim fifi. Nunca me verás tomar uma posição apenas pela cor da camisola, minha ou dos outros. Deixo a desonestidade para merdas como tu.

  • esquerdista

    Fora os fachos imbecis ! Viva Francisco Louçã e o BE !

    • Zeca Tuga

      Sim fifi. Toda agente sabe que és tu.

    • Anti traidores

      Um facho querias tu pela peida acima. O Bloco de Esterco vai desaparecer do mapa nas próximas eleições. Só ainda não foi porque se recusam a diminuir o número de deputados. Bando de interesseiros. Arruaças, só querem é bandalheira, droga na carola e putedo tudo ao molho. Merda de gente que os cabrões dos comunas formam nas faculdades marxistas.

      • esquerdista

        A avaliar pelo estilo da tua prosa mentecapta, mostras bem até que ponto a imbecilidade fascistóide te fez descer ao nível mais baixo da espécie humana.

        Obrigado.

        • Anti traidores

          Não consegues dizer duas palavras sem dizer fascistoide? Andas sempre com ele na boca. Dá-lhe descanso, rapaz. Toma lá um entretém.

          • esquerdista

            Andas obcecado fascistóide.É tanta a tua ânsia que não pensas noutra coisa…

  • Aguenta!

    A generalidade das causas do BE são defendidas por muitos burgueses com um militantismo e um radicalismo que deve embaraçar qualquer bloquista.
    Entre a esquerda gestora de mercado e a esquerda nostálgica que ainda dorme com um quadro de Estaline na parede do quarto e nova variante, a esquerda caviar, uma mistura de chantilly pós-moderno que venha o Diabo e escolha.
    A esquerda burguesa actual tem o mesmo programa de sempre, mal menor, democratismo, populismo, parlamentarismo, sindicalismo, pacifismo, ajuda ao denominado “terceiro mundo”… Mas nesta sociedade onde a desvalorização do capital leva um ritmo desenfreado, onde as mercadorias devem trazer a etiqueta de novas para serem vendidas, onde a produção ideológica é parte da produção de mercadorias, as velhas ideias da classe dominante devem ser permanentemente recicladas para poder fazer seu papel de contenção social. A essa tendência obedecem, antes de tudo, as tentativas de renovação da esquerda, assim como a moda de usar “neo”: “neo” esquerda, “neo” marxismo, anti “neo”liberalismo.
    Velhos sindicatos e partidos políticos do sistema, falsos ecologistas e feministas queimadas, paradas gay, movimentos pela paz e pela liberalização da droga, libertários de todos os tipos, filantropos, jornalistas, terceiromundistas e antiimperialistas, organizações não governamentais e estruturas humanistas, artistas subsidio dependentes e “protectores” de animais procuram na convocação desses protestos uma nova virgindade política. Os velhos e desacreditados personagens voltam a aparecer em público, convocando verdadeiras missas cidadãs em oposição às reuniões de cimeira que os representantes oficiais realizam.

    • esquerdista

      Tu o que querias era o Salazar dos ” ballet rose” e das torturas da pide.

      O BE faz-te mossa porque te punha a pagar impostos de forma proporcional aos teus rendimentos…

      • Aguenta!

        Ó panilas, o Bloco de esterco a única coisa em que se empenha é dar subsídios a ciganada e a quem não trabalha. O Bloco oferece tudo de borla, é a cantilena deles. Até o cu dao, mas como aquilo é só paneleiragem, dão o cu com muito prazer.

        • esquerdista

          Panilas és tu, badameco.

          Homem que é verdadeiramente Homem não anda sempre com panilas na boca.

      • Aguenta!

        Pega lá.

    • Oscar

      Conversa da treta.

  • Maputo

    Nojo. É o que se pode concluir deste post com baixíssimo nível intelectual. Um nojo absoluto.

  • O sol pela peneira

    Há décadas, um país africano enveredou por um ciclo progressista radical dirigido pelo ‘Syriza’ da época. Rumo a um futuro glorioso livre dos vícios do capitalismo (a senhora Merkel daquele contexto), as ‘massas’ foram convocadas a participar ativamente no exercício do ‘poder popular’, sintomas ainda vivos através da aprovação de programas políticos, ‘orçamentos participativos’, decisões e candidaturas ‘cidadãs’ ao sabor dos apetites de novas ‘massas’.

    Apesar de num tempo remoto não ter sido assim e da persistência do autoritarismo, no passado recente o sistema judicial do território africano regulava-se pela formalidade processual, autonomia institucional, funcionava no interior dos tribunais, a lei tinha algum valor. Até que irrompeu a revolução. Entre outras manifestações, nasceu uma eufórica ‘justiça popular’ prenhe de urgências de mudança. Era preciso combater a opressão e responder aos profundos anseios da população. Nada como transferir o exercício da justiça para a praça pública, libertá-lo de formalidades legais e processuais que o povo não compreendia, proibir a advocacia, fazer entrar em cena o espetáculo público da violência, legalizar os castigos corporais. A nova justiça era direta, exemplar, persuasiva pela violência, simples, sem sombras de corrupção. Nunca como nos anos da revolução a população sentiu a justiça tão perto. Praticamente não havia crimes. O homem novo da sociedade nova estava a chegar.

    Insensível, a realidade acabou por se impor. O ciclo da orgia revolucionária esgotou-se. Pouco mais de uma década passada, os governantes do país africano sentiram necessidade de retomar formalidades governativas antes abjuradas. Descobriram que a justiça teima em não voltar ao antigamente. Parte da população, agora bem mais desconfiada e desprotegida, não se adapta. À revelia das recicladas novas boas intenções dos pós-revolucionários, em momentos imprevisíveis, as antigas ‘massas’ dão vida ao recalcado ‘poder popular’. Fazem-no por conta própria, queimando vivos suspeitos de agressão criminal, fenómeno nunca visto antes da revolução. Os linchamentos têm lugar em subúrbios onde hoje o discurso das pessoas comuns sobre o mundo continua fortemente influenciado pela ação do grande herói dos anos revolucionários, morto há quase três décadas.

    Espasmos de regressão civilizacional que deixam atónitas as elites. Como sempre progressistas, persistem na procura de justificações no ‘colonialismo’, no capitalismo, no Ocidente, nos ricos.

    Indissociável da anterior, os tempos eufóricos de ‘mudança’ legaram outra herança às gerações que se sucedem: a desregulação da relação cultural com a propriedade, um referente-chave dos equilíbrios sociais. A propriedade comunitária africana tradicional e a propriedade individual, esta há muito progressivamente introduzida pelos colonos europeus, não se atropelavam. Mas ambas foram abruptamente deslegitimadas pelos revolucionários. Passou a valer apenas a utopia da propriedade coletiva do estado, estranha a tradições e práticas preexistentes. Na ressaca desta engenharia progressista, a colheita também chegou. A criminalidade disparou como nunca entre a gente comum, hoje ainda mais condicionada pela pobreza e cujo inconsciente coletivo mantém latente os princípios dos dias anteriores do ‘poder popular’: a propriedade é um roubo, é um produto da opressão.

    O tempo passa, os lugares mudam, porém a condição humana continua tentada pelo abismo. Para já, o verdadeiro Syriza limita-se à informalidade dos que não usam gravata, oblitera as mulheres de cargos de liderança ministerial, exibe o poder num conselho de ministros para espetáculo público em direto nas televisões, os seus líderes evidenciam tiques de quem pode romper acordos formais com outros estados democráticos soberanos, paira o fantasma de se poder mexer na questão sensível da propriedade e, não menos, é manifesto o desejo de romper com o passado imediato. Sintomas da propensão para a regressão civilizacional própria da violência revolucionária.

    Talvez seja tempo de os europeus ocidentais provarem do veneno que os seus intelectuais ajudaram a espalhar pelo mundo. Esperemos pela Grécia das próximas décadas para ver até que ponto desabrocharão na vida quotidiana as sementes de um ideário progressista exponenciado pelo exercício do poder, sobretudo se alimentadas pela imagem do novo herói revolucionário, mesmo que vá dando sinais de domesticação.

    Entre os europeus ocidentais, o exorcismo do passado faz com que a extrema-direita de hoje viva sujeita a forte escrutínio público. É mal tolerada em sociedades muito conscientes de que determinados aspetos das suas utopias estão para além dos limites da razoabilidade, do humanismo, da decência e tem espaço apenas fora do aparelho do estado. Risco maior é o de o equivalente não acontecer com a extrema-esquerda. O seu lastro histórico de irresponsabilidades, crimes, genocídios, purgas, perversões civilizacionais não é menos evidente. Porém, há décadas que a extrema-esquerda se reproduz em rédea solta no berço mais ameaçador: no interior da máquina do estado onde as utopias radicais são sempre nefastas. Dever-se-ia ter aprendido mais com o nazismo.

    O que está em curso não são meros lapsos ou incidentes. É produto de uma loucura civilizacional pensada, programada, estudada, publicada. No seu âmago está o sistema universitário, o Cavalo de Troia do Ocidente. Em tempos de sociedades do conhecimento, é a partir dele que o resto é condicionado com muitas vantagens e sérias desvantagens.

    O facto é que as sociedades vão acumulando lixo intelectual à custa do muito que gastam com o ensino. Os Syriza, Podemos, Bloco de Esquerda e Derivados são frutos de sementes plantadas em viveiros universitários, privilégio felizmente impensável de ser concedido ao alter-ego, a extrema-direita. E como não existem economias sem crises cíclicas – qualquer sistema dinâmico que envolva infindáveis relações humanas tem ciclos de ascensão, declínio e renovação permanentes –, e supondo que se continue a fingir que o ensino superior não constitui um sério problema político, a cada novo ciclo de crise económica o Ocidente pagará um preço crescentemente pesado pela sua indolência à sovietização das suas sociedades.

    Além dos estragos praticamente irreparáveis no domínio das atitudes e comportamentos no ensino básico e secundário, considerando a repercussão social que isso acarreta em tempos de escolarização massificada, a fertilidade da semente não deixa dúvidas. Hoje, qualquer ideia de cidadania que caia fora do etéreo núcleo progressista soa a errada, a ataque à dignidade da condição humana, a ataque aos desfavorecidos, a ataque às minorias. O simples bom senso deveria recomendar o contrário. Cidadania responsável define-se pelo que está longe dos Syriza, Podemos, Bloco de Esquerda e derivados, universidades ‘progressistas’, comunicação social ‘de causas’.

    Descontando os clássicos, se os livros de geração recente ainda podem ser estimáveis, entre-se numa qualquer das grandes livrarias, como as FNAC ou as Bertrand, percorra-se os escaparates das ciências sociais, humanidades e literaturas para se perceber como se reproduz até à náusea este estado de demência civilizacional. Para que o enunciado não fique sem conteúdo, recomendo um dos últimos ensaios para consumo massificado publicado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos, financiada por ‘capitalistas’. O título é “Confiança nas instituições políticas” (2015, nº50). Ana Maria Belchior é a autora, universitária especialista em ciência política.

    O conteúdo do livro segue uma lógica intrigante. Na identificação de responsabilidades pela desconfiança das sociedades nas suas instituições políticas, o leitor vai sendo empurrado para o interior dos partidos políticos moderados do centro. Em Portugal, os maus exemplos preferenciais vêm de atitudes de governantes do PSD. Os do PS são mais poupados. Na perspetiva do ensaio, as pressões de fora das forças políticas moderadas ficam invisíveis ou funcionam como se não tivessem os mesmos ou piores efeitos no desgaste das instituições, pressões vindas dos eufemísticos ‘movimentos sociais’, sindicatos, universidades ‘progressistas’, jornalismo ‘de causas’, entre outros, e como se esta panóplia fosse apenas ‘cívica’ ou ‘despolitizada’ quando sabemos serem as mil e uma caras do radicalismo político, o seu habitat natural. Depois, o texto ultrapassa em pose de altivez asséptica o crescimento da extrema-direita na Europa para terminar na glorificação nada subtil da academicamente designada “esquerda-libertária” (p.78). Páginas adiante, ficamos ainda melhor iluminados através da explicação da ideia de “democracia forte”, atribuída a Benjamin Barber, caraterizada pelo “(…) sólido envolvimento da participação dos cidadãos (…)” contra a “(…) ‘democracia fraca’ ou ‘magra’ (a democracia representativa liberal)” (p.82).

    Em suma, a ciência política atesta, num tipo de escrita pensado para o grande público, as virtudes da ‘democracia forte’, bem como que o seu potencial paira nos antípodas das atuais tendências ‘liberais’, as dos partidos políticos moderados. Na prática, mais uma argumentação panfletária escondida numa duvidosa sustentação teórica e numa objetividade estatística servida em doses maciças.

    Neste filme de terror, só uma estulta ingenuidade faz com que não se perceba que existem instituições a que as sociedades atribuem responsabilidades fundamentais, por isso muitas delas são públicas, ávidas de empurrar os sistemas sociais e os sistemas políticos ocidentais borda fora ‘desta’ sociedade e ‘desta’ democracia ‘liberais’ em prol de ‘outras’, as ‘alternativas’ de tipo ‘forte’, eufemismos que vão preparando o caminho de regresso às democracias ‘populares’ e às justiças ‘populares’ inspiradas no sempiterno ‘socialismo científico’.

    • esquerdista

      Ena pá, afinal o fascismo ainda estrebucha.

      Um comentário ao nível dos ” salvadores” da pátria, Passos Coelho e Paulo Portas, essa luminárias do pensamento político de vão de escada.

      Andas fodido, meu.

      A democracia é uma porra, não é ? Nada melhor do que um catolicismo tradicionalista para os fachos reles, como tu, se tentarem acobertar ?

      Deus, Pátria e Família, Salazar como Salvador, os ” ballets rose” para adornar a hipócrita podridão.

      E ai de quem queira tributar os teus bens e as tuas terrinhas ?

      Quem for pobre, que peça a Deus qualquer forma de caridadezinha.

      Havias de levar com uma fiscalidade justa em cima do lombo que é para não te armares em arruaceiro fascista.

      • O sol pela peneira

        Ó cabrão comuna de merda, o que é que isto tem a ver com o fascismo? Não gostas de verdades, não é? Filhos da puta. Haviam de ter recambiado toda a esquerdalha nojenta para a coreia do norte depois do 25 de abril.

        • esquerdista

          Católicos como tu dão cabo do cristianismo.

          Aliás, gentalha como tu de cristãos não têm nada.

          Vocês o que querem é mama.

          Mas, com uma tributação fiscal acentuadamente progressiva, a vossa mama acaba-se.

          • O sol pela peneira

            A tributação é para quem trabalha, não é para os merdas como tu que não fazem nada e defendem subsídios para a malandragem.

          • esquerdista

            Ainda há-de vir o tempo em que vais pagar impostos com taxa progressiva como dever ser.

            Aí a tua mama e a tua lábia vai acabar…

    • Eu

      palha e mais palha, e ainda por cima copy paste da net.

  • Aguenta !

    Agora contestem que a extrema-direita portuguesa não tem um ar muito sofisticado e inteligente !

    Tomem que é democrático !

    • Aguenta!

      Andas com falta, esquerdista.

      • Aguenta !

        Bem, confesso, acabei por colocar a máquina em função automática para que os meus amigos me vissem a levares na peida.

        Eles dizem que eu sou panilas. É justo.

  • João Pedro Moura

    CARLOS ESPERANÇA intitulou:

    “Malditos cruzados”

    Carlos, lamentavelmente, continuas com o dislate dos “cruzados”, estando tu a pressupores que a 2ª guerra do Iraque teria sido uma ”cruzada”…

    Qual “cruzada”???!!!

    Já disse, em tempos, que essa 2ª guerra se baseou numa hipótese errada: a existência de centros de preparação de bombas atómicas.

    Mas só havia uma maneira de descobrir: atacando o país, submetido a uma das piores ditaduras do mundo. Isto é, se não se descobrisse preparativos de bombas, ao menos destruir-se-ia um regime execrável e facinoroso, o que seria positivo.

    Todavia, com a destruição do regime e das suas forças armadas, destruiu-se também muitos empregos e muita burocracia, que sustentavam tal regime, despoletando também um conjunto de doidos islâmicos, que estavam contidos ou neutralizados pelo regime laico de Saddam Hussuíno…

    E como aquela gentalha não sabe viver em liberdade, antes enveredando pelo pendor totalitário de cada grupo político-islâmico, que tentam impor a sua doutrina à força, em vez de se deixarem escrutinar por um sistema eleitoral democrático e liberal, o resultado é a guerra civil, que é o modo de vida da boçalidade arabesca, quando se instaura a liberdade ou uma tentativa de instaurar liberdades… ou mesmo continuando com o mesmo regime …

    É o que está a acontecer na Síria, na Líbia, no Iémen, na Somália (há mais de 20 anos…).

    Só não acontece em Marrocos e na Jordânia porque as figuras carismáticas e tutelares dos respetivos reis e das suas monarquias autoritárias ainda conseguem aguentar e conter a hedionda escumalha islâmica, sendo que tais regimes autoritários são os mais adequados para tal…

    O Egipto, após uma breve experiência democrático-liberal, ia regressar à barbárie islâmica, se os estratocratas militares não tivessem conquistado o poder ao islamita Morsi e seus pares da (re)islamização forçada e totalitária…

    Única exceção: a Tunísia, ainda e sempre o país árabe mais liberal, que, apesar da vitória esmagadora de 2 partidos islamitas, estes não souberam impor-se, porque concluíram que, se (re)islamizassem o país, os turistas, um pilar económico do país, fugiriam e não regressariam, afundando a economia. Então, os islamitas cederam em toda a linha, parlamentar e presidencial, acostando-se a coligações moderadas com os laicistas, que ainda são bastantes e influentes…
    Mas a besta islâmica e a sua base popular estão à espreita… e têm assassinado militares…

    Serve esta longa dissertação para reafirmar que não é possível instaurar um regime democrático-liberal, à moda ocidental, em países árabes ou etnias médio-orientais.

    São indivíduos geneticamente avessos à liberdade. Sendo o problema de genética populacional, não há grande coisa a fazer…

    E não são parvalhões antiliberais e antiocidentais, como o Noam Chomsky, que esclarecem o que quer que seja, porque não só nada percebem da essência dos conflitos, como os encaram como meros jogos de poder entre a barbárie arabesca e correlativos e as potências ocidentais, tendendo a culpar estas por tudo, ilibando de permeio a horrível boçalidade islâmica.

    Parvalhões como o Chomsky, que está sempre a criticar a civilização e potências ocidentais, nem conseguem descortinar a linha demarcadora entre a democracia e a liberdade, que é o mundo ocidental, e a ditadura e o totalitarismo, que é o mundo arabesco e médio-oriental…

    …E parece, Carlos, que tu estás no mesmo caminho…

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