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  • 1 de Março, 2015
  • Por Carlos Esperança
  • Islamismo

O Islão e a teologia do cabotinismo

Pegue-se numa cópia grosseira do cristianismo, com laivos de judaísmo, e faça-se um manual terrorista ao gosto de um beduíno boçal de há 14 séculos. Intoxiquem-se nele os povos e constranjam-se, torturem-se os réprobos e aliciem-se os devotos com rios de mel e virgens ansiosas. Produzem-se dementes fanáticos, embrutecidos pela fé.

Algures, no que resta do Iraque, entre os rios Tigre e Eufrates, onde nasceu a escrita e a civilização teve berço, despertaram selvagens em estado místico, primatas adestrados no uso de utensílios e armas sofisticadas, aptos a recriarem o habitat da Idade do Bronze.

Um dia servem-nos decapitações; no outro, assassínios; depois, homens enjaulados a arder lentamente ao som de gritos selvagens: “Deus é grande e Maomé o seu Profeta”.

É fácil identificá-los pelo aspeto simiesco, desprezo das fêmeas, comprimento dos pelos nas trombas e, sobretudo, pelo desprezo da vida e ódio à modernidade.

Bandos ensandecidos, suspeitando da inspiração do demo na arte assíria, destroem, com marretas e martelos pneumáticos, obras únicas, três milénios de arte preservados no Museu de Mossul, com a sanha com que queimaram milhares de manuscritos e de livros raros na Biblioteca Municipal. Viram infiéis nos sumérios e assírios e quebraram tábuas de gesso com escrita cuneiforme, com mais de cinco mil anos; na cabeça esculpida, da época suméria, imaginaram o busto de Maomé com um turbante carregado de bombas e partiram-na; e, no boi alado com três mil anos, divindade assíria, adivinharam escárnio ao arcanjo Gabriel fabricado na rotativa do Charlie Hebdo, e reduziram-no a cacos.

Há, nesta tragédia cultural, na metáfora do mais perverso monoteísmo, um apelo à raiva, à revolta e ao repúdio civilizacional contra a barbárie.

7 thoughts on “O Islão e a teologia do cabotinismo”
  • Molochbaal

    Pois eu ao cristianismo reconheço uma certa grandeza.

    • Oscar

      Para mim grandeza é Jesus Cristo. Eu aqui neste blog ateista sou quase como um evangelista, ou diria melhor sou um apostolo.

  • João Pedro Moura

    CARLOS ESPERANÇA disse:

    “… um beduíno boçal de há 14 séculos.”

    “Algures, no que resta do Iraque, entre os rios Tigre e Eufrates, (…) despertaram selvagens em estado místico, primatas adestrados no uso de utensílios e armas sofisticadas, aptos a recriarem o habitat da Idade do Bronze.”

    “É fácil identificá-los pelo aspeto simiesco, desprezo das fêmeas, comprimento dos pelos nas trombas”…

    Que linguagem agressiva contra os muçulmanos…
    Nunca vi nada assim…

    • Oscar

      Nem eu, mas aqui neste caso concordo com o Esperança, há que dar cabo dessa tralha de turbante.

      • Oscar

        “Nem eu, mas aqui neste caso concordo com o Esperança, há que dar cabo dessa tralha de turbante”

        Não fui eu que fiz esse comentário

    • Bule Voador

      Contra os muçulmanos?! Não. Contra a estupidez, contra o obscurantismo, contra a superstição, contra o eclesiasticismo, contra a misoginia, contra o proselitismo, contra a barbárie, contra a selvajaria, contra a crueldade, contra o genocídio, contra o ódio, contra a xenofobia, contra a destruição da humanidade.

  • Nelson

    Desde que me tiraram o pio, ando sem inspiraçãi

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