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  • 13 de Outubro, 2014
  • Por Carlos Esperança
  • Laicidade

A escola, a laicidade e a fé

Dedicatória:

A Malala, prémio Nobel da Paz, a quem a doçura do rosto juvenil esconde a afoiteza, e a ânsia do conhecimento se sobrepõe aos preconceitos da fé.

«Abrir uma escola é fechar uma prisão». A frase, atribuída a vários pensadores, teve a calorosa defesa de Vítor Hugo, num discurso inflamado, na Assembleia Constituinte Francesa, em 1848. A instrução que seduziu Malala é o ódio de estimação dos talibãs, que a impedem, sobretudo às mulheres, o alvo dos terroristas que julgam o Paraíso ao alcance da ignorância e como prémio da discriminação de género.

Abrir uma escola laica é uma impossibilidade nos pântanos onde germina o Islão, mas é a única forma de revezar madraças e rejeitar mesquitas, ainda que os trogloditas de Alá continuem a gritar que Deus é grande e Maomé o seu profeta. As democracias não são confessionais.

Hoje, um jornalista escreveu que a Turquia é o único país islâmico democrático. Não há democracias muçulmanas, cristãs, judaicas ou hindus. As democracias adjetivadas não o são. A Turquia é uma democracia porque é laico o país. Está em risco com o presidente, Erdogan, que se esforça na reislamização. Prefere um Estado Islâmico, com riscos para si próprio, a um Estado curdo na fronteira da Turquia.

Um Estado confessional não é democrático. Veja-se o Vaticano ou o Estado monástico do Monte Atos, autónomo da Grécia, a título de exemplo. São teocracias.

O ensino, tal como a ciência, não podem ser tutelados pela teologia, a exótica «ciência» sem método nem objeto. Não pode preparar almas para a morte, deve conduzir pessoas para a vida e ter como objetivo a felicidade humana e a autodeterminação individual.

Que muitas Malalas floresçam no pântano da boçalidade medieval dos dementes da fé e que as sementes da sabedoria frutifiquem em mulheres que arrasem os valores tribais de sociedades patriarcais onde a mulher continua a nascer com pecado original, vítima dos preconceitos ancestrais e da vontade divina interpretada por facínoras.

7 thoughts on “A escola, a laicidade e a fé”
  • Oscar

    “Um Estado confessional não é democrático. Veja-se o Vaticano ou o Estado
    monástico do Monte Atos, autónomo da Grécia, a título de exemplo. São
    teocracias”

    Carlos Esperança

    O Esperança é um ignorante, confundindo estados confessionais com teocracias. O Reino Unido é um estado confessional, pois, nesse país, o anglicanismo é a religião oficial. Do mesmo modo, são estados confessionais a Dinamarca, a Islândia e a Noruega, países onde o luteranismo é a religião oficial.

    Diferentemente, uma teocracia é o sistema de governo, onde toda a acção governativa, judicial e policial fica subordinada aos ditames de uma religião, como é o caso do Irão.

    Os ateus não aprendem a ser rigorosos ? Não fazem os trabalhos de casa ? Meia dúzia de patacoadas e já está ? Nem sequer conseguem discernir entre estados confessionais e teocracias ?

  • Pedro23,

    A Turquia é uma democracia porque é laico o país.

    MENTIRA!
    Conheces algum país laico?

    Nunca ouvi falar de nenhum. Na Europa não existe nenhum, nem nos escombros dos regimes ateus falhados.

    O Estado – que é um conjunto de órgãos – pode ser laico, mas o país não é laico. Portugal é um país católico, mas é um Estado laico.

    Realmente, se há ateus que ainda não perceberam isto, por que razão não tentam primeiro estudar alguns conceitos básicos (começando por saber o que ser crente ou ateu).

    • Molochbaal

      Porque é que agora colocas números de cada vez que falsificas identidades com o nick pedrinho fifi ?

      É o número de série de falsficações de nicks ?

      Então o nicks oscar e luisag devem levar números acima de 400.

      Nunca tinha visto um mentiroso à escala industrial.

      É cristo que te inspira fifi ?

      • Alfredo Carpinteiro

        Isso dos números, ele quer chegar ao 666, porque na realidade é como ele próprio se sente, uma grande BESTA.

    • Molochbaal

      Portugal é um país católico ?

      Então porque é que a maior parte da população se está nas tintas para as normas da igreja católica ?

      • Frei Bento

        Meu caro irmão em Cristo, o que o palerma – perdão! o que o irmão Oscar sem acento queria dizer é que Portugal é um país de católicos, que são católicos só quando Deus Nosso Senhor quer. Acontece que Deus Nosso Senhor tem mais em que pensar, por isso os católicos são fatelas. Nada que uma boa confissão não resolva. Felizmente que o cretino – perdão, o Oscar sem acento – nem é católico.
        Deus o abençoe. Olhe que Ele existe mesmo. Deixe-se de dúvidas.
        PS – Alguém me sabe dizer como é que se apagam as palavras mal escritas? É que ali em cima escrevi “palerma” e “cretino” e não era isso que eu queria escrever, como compreendem. Aqui no convento sou o único que percebe alguma coisinha de informática, já que ainda não consegui convencer a irmandade de que o computador não é obra do Demónio. Por isso, tive de aprender sozinho, não há quem ensine nada.

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