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  • 11 de Outubro, 2014
  • Por Carlos Esperança
  • Ateísmo

A islamofobia, o medo justificado e alguns leitores

Um leitor chamou-me islamobóbico, «não o sabia islamofóbico». Outros, por consideração, mais corteses, limitam-se a insinuá-lo. Não me preocupo com o apodo, mas temo pela agnosia de quem o usa.

Alguns, indiferentes ao perigo que corre a civilização, babam-se de gozo por tudo o que seja contra os EUA, numa inconsciência que só uma postura simétrica com os islamitas pode consentir. O Afeganistão devia servir a uns e outros como exemplo pedagógico. Os talibãs serravam vivos os soldados da URSS e a comunicação social aceitava porque eram comunistas. Depois entraram os americanos e os soldados dos EUA também eram serrados vivos. O silêncio manteve-se porque eram imperialistas. Medraram os talibãs.

Há quem pense que só há dois lados da barricada, o mundo que ruiu com a implosão da URSS e o império do mal que designa os EUA. É um maniqueísmo digno de Santo Agostinho e dos radicais que alimentam ódios do lado que já não existe ou do lado que deixará de existir. Não há impérios eternos.

As fobias são medos patológicos que a psiquiatria trata. O islamismo inspira medo real, um medo que só os inconscientes e os cúmplices enjeitam. O medo consciente não é uma fobia, como qualquer interno do primeiro ano de psiquiatria pode explicar. É o que permite a conservação da espécie, mas não ensina ninguém a pensar.

Quem herdou do Iluminismo e da Revolução Francesa os ideais que o norteiam, detesta quem prefere o Paraíso à liberdade, o terror à paz e a demência pia à civilização.

Combater o Islão não é apenas uma questão de medo justificado, é medo a quem prefere 72 virgens à própria vida, a quem se faz explodir para não perder rios de mel doce que o profeta analfabeto lhes prometeu, segundo refere um manual terrorista que é uma cópia grosseira do cristianismo e rudimentos do judaísmo de cuja cisão nasceu o cristianismo.

Fobia é uma doença do foro da psiquiatria. Medo, de um perigo real, é uma questão de sobrevivência. Decididamente, há pessoas que, quando apontam o dedo, não veem para além da sua falangeta.

7 thoughts on “A islamofobia, o medo justificado e alguns leitores”
  • Oscar

    “Combater o Islão não é apenas uma questão de medo justificado, é medo a quem prefere 72 virgens à própria vida”

    Carlos Esperança

    Se esta frase não é islamofóbica, então o que é? Islamofobia é o sentimento de ódio ou repúdio em relação aos muçulmanos e ao islamismo em geral.

    Quando o João Pedro Moura, por várias vezes,aqui propós a Solução Final dos muçulmanos, englobando homens, mulheres e crianças, onde estava o Carlos Esperança ? Insurgiu-se contra essa posição pró-genocida ?

    Sermos contra os jihadistas é uma questão basilar de consciência e de legítima defesa, pois é notório que os mesmos possuem uma tentação totalitária de imporem um califado muçulmano à escala mundial.

    Mas alguém dizer que deseja ” combater o Islão”, sem destrinçar os muçulmanos pacíficos, que vivem a sua religiosidade de forma meramente simbólica e ritualísta, sem desrespeitarem qualquer outra corrente de pensamento, já é claramente uma posição islamofóbica.

    Por que razão o Carlos Esperança nunca aqui citou as posições tolerantes e pacíficas de muçulmanos como, por exemplo, o sheik Munir, da mesquita de Lisboa ?

    http://www.dn.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=3938166&seccao=M%E9dio%20Oriente

    Porque, para ele, a tentação panfletária de agredir toda e qualquer forma de manifestação religiosa é superior a qualquer hipótese de equilíbrio equânime das suas posições.

    • Alfredo Carpinteiro

      Mas tu ainda aqui andas? Depois de te ter sido despejado um balde de excrementos em cima, não tens vergonha? Mas que raio de homem és tu? Olha, eu cobria a minha cara de trampa.

    • Molochbaal

      Por acaso insurgiu ó mentiroso de merda.

  • Pedro

    -|- -|-
    M MA
    -|- Sancta Filomena

    Tenho de concordar que o islamismo é um problema.

  • Pedro20,

    Nem os terroristas são o islamismo, nem este blogue representa o ateísmo.
    A diferença entre a forma de actuar destes dois grupos terroristas também não é muito significativa, contando com os adeptos e as armas que têm.

    Quase todos os ateus deste blogue, sobrem de “fobias” ligadas à crença, Deus e religiões. A forma como agem em gang e a linguagem violentamente insultuosa são os seus mecanismo de defesa.

  • Pedro24.

    Olha o que diz um ateu ferrenho, defendendo o ISIS:

    http://www.vox.com/2014/10/13/6968999/bill-maher-islamophobia-muslims-violent-debunk

    Percebo bem este tipo de manobra. O ateu indecente diz que o Estado Islâmico não é terrorista, porque tem medo à faca!

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