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  • 10 de Agosto, 2014
  • Por Carlos Esperança
  • Islamismo

A Turquia, a Europa e a democracia

Erdogan, primeiro-ministro turco, alcunhado de muçulmano moderado, pela UE e EUA, casado com uma devota que, se tira o véu islâmico é apenas para cumprir as obrigações conjugais, cumpre hoje a ameaça, há muito feita, a disputa das eleições presidenciais.

São as primeiras eleições por sufrágio universal e, a partir daqui, o presidente passa a ter um enorme poder, ao contrário do anterior com uma função praticamente honorífica.

Não está em causa o modelo político nem a validade da vitória previamente assegurada pelo apoio das mesquitas ao futuro presidente no país que dispões das mais numerosas Forças Armadas da Nato, fora dos EUA. A derrota da laicidade está acautelada depois de os militares e os magistrados que eram o seu garante, terem sido lenta e eficazmente afastados, presos ou assassinados.

Hoje começa a destruição do legado de Mustafa Kemal Atatürk. A Turquia fica à mercê de um «muçulmano moderado» que ontem afirmou no seu último comício eleitoral: «Se Deus quiser, uma nova Turquia nascerá amanhã. Uma Turquia forte vai renascer das cinzas». «Vocês elegeram o partido do povo a 3 de novembro [2002] e, se Deus quiser, vão eleger o presidente do povo, amanhã». «Chegou a hora do fim da velha Turquia e das suas políticas partidárias».

Todos sabemos do horror divino à democracia e ao pluralismo. Há 77 milhões de turcos em risco de submissão aos cinco pilares do Islão. A Europa não precisa de ser invadida pelos turcos, basta a lepra da fé alastrar pelos interstícios da sua sociedade secularizada, laica e democrática.

erdogan_mulher

4 thoughts on “A Turquia, a Europa e a democracia”
  • Molochbaal

    CALÚNIA !

    Quem disse que a senhora tira o véu para as obrigações conjugais?

  • Amilton Cardoso da Silva

    Bom, aqui diz é que “se tira o véu” e não “que tira o véu”.

  • jocanaan

    A essência do islamismo é apenas única: converter todo e qualquer ser humano à sua “fé”, independentemente dos meios que sejam utilizados para atingir esse fim.
    Se não nos unirmos teremos a pior de todas as ditaduras nas nossas nações.
    Eles vêm aí.

  • GriloFalante

    Erdogan ganhou as eleições. Está a milímetros de retransformar a Turquia num país islâmico.
    Só ainda não consegui perceber como é que ainda há gente que quer a Turquia na UE quando, além do mais, apenas cerca de metade de Istambul, que nem é a capital, é que está em território europeu.
    Mas, também, na Guiné Equatorial não se fala português nem um bocadinho, e o país pertence à CPLP…

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