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O “Argumento Ontológico”

O “Argumento Ontológico” é, de facto, um curioso jogo de palavras capaz de nos entreter por quase meio minuto.
Contudo, e paradoxalmente, tem sido um dos argumentos mais utilizados tanto por teístas como por deístas para “demonstrar” a existência de Deus.
Ou seja, como se para os crentes a existência de Deus dependesse da capacidade lúdica de… um jogo de palavras.

Eis o “Argumento Ontológico”, formulado por Santo Anselmo de Cantuária em 1078:
1 – É possível conceber (mesmo para um ateu) um ser sobre o qual nada de melhor possa ser concebido, ou seja, um ser maior que o qual não se pode conceber outro ser;
2 – Um ser que não exista no mundo real é, exatamente por esse motivo, menos que perfeito;
Logo,
3 – Deus existe!

E eis a refutação do “Argumento Ontológico”:
1 – A criação do mundo é a realização mais maravilhosa que se pode imaginar;
2 – O mérito de uma realização é o produto:
a) Da sua qualidade intrínseca;
b) Da capacidade do seu criador.
3 – Quanto maior é a incapacidade (ou desvantagem) do criador mais impressionante e fantástica é a sua realização;
4 – A desvantagem mais formidável para um criador seria a sua própria inexistência;
5 – Portanto, se supusermos que o Universo é o produto de um criador existente, podemos conceber um ser ainda maior – precisamente o ser que criou todas as coisas sendo inexistente;
6 – Um Deus existente, portanto, não seria um ser maior que o qual não se pode conceber outro ser, porque um criador ainda mais formidável e incrível seria um Deus que não existe;
Logo,
7 – Deus não existe!!!

11 thoughts on “O “Argumento Ontológico””
  • Molochbaal

    tudo isto é muito bonito, mas de facto não prova nada.

    Ah. Esperem.

    Daqui a pouco aparece o fifi a dizer que a vizinha do 5º esquerdo diz que rezou ao JP II, o amigo do Pinochet, a pedir-lhe que o filho passasse no exame de matemática e que, como passou, isso prova que deus existe.

    Isto é filosofia em ação.

    A menos que esteja muito ocupado a falsificar nicks.

    • Oscar

      “Tudo isto é muito bonito, mas de facto não prova nada”

      Molochbaal

      Não sejas modesto, que não te falte o bitátá para mostrares que a Ciência nunca poderá responder às origens e fins últimos do universo:

      “Concordo. A realidade já é demasiado grandiosa para que tenhamos de inventar qualquer coisa mais.

      Perdão, mas a religião propõe-se responder àquilo que a ciência NUNCA poderá responder – as origens e fins últimos do universo.

      Ora a igreja propõe-se a essa tarefa hercúlea

      Desse modo podemos dizer que não há, NUNCA haverá uma explicação cabal da existência”

      Molochbaal, DduA, 30/11/2009

      • Molochbaal

        Mais uma prova de que és um monte de merda.

        Tu FALSIFICASTE a minha citação a ver se passava.

        Falta-te isto meu balde de merda.

        “Ora a igreja propõe-se a essa tarefa hérculea. A QUESTÃO É QUE, COMO AGNÓSTICO, PENSO QUE APENAS FAZEM ESPECULAÇÕES.
        Desse modo podemos dizer que não há, NUNCA haverá uma explicação cabal da existência”

        Tirando uma frase do meio do texto, deturpaste o sentido.

        É assim que interpretas “metafóricamente” a bíblia meu cabrão de merda.

        Cuidadosamente não deste o link, mas tiveste o azar de dar a data, esperando que ninguém fosse ver…

        És mesmo um merdas.

        http://www.diariodeunsateus.net/2009/11/30/o-fenomeno-religioso/

        De qualquer maneira meu cabrão, ainda ninguém percebeu porque estás tu a dar com esse texto.

        Sim, penso que a ciência nunca descobrirá a totalidade dos segredos do universo.

        E então ?

        Vais continuar a repetir milhares de vezes uma citação falsificada ou vais explicar o que pretendes com isso meu merdoso ?

        E daí esquece.

        Nem tu fazes a mínima ideia do que pretendes com isso.

        A única coisa que pretendes é dar nas vistas.

        Tenho a impressão de que, depois de uma parvoíce particularmente espectacular pela estupidez envolvida, vais a correr masturbar-te, por teres sido o centro das atenções.

  • M.

    Apesar de a versão apresentada não ser o argumento ontológico completo, cuja versão mais consistente não é de tão facil refutação, a apesar da refutação apresentada cair logo pela falsidade da primeira premissa, e mesmo que seja o argumento mais apresentado por Teistas, o que duvido, a verdade é que não é o argumento mais forte. Logo refutar o argumento ontológico não é prova da inexistencia de Deus.

    Alias, uma das mais pertinentes criticas ao argumento de sto Anselmo vem do próprio s. Tomás de Aquino

  • Oscar

    A refutação do argumento ontológico vale o mesmo que tentar demonstrar que um quadrado pode ser um círculo.

  • Carlos

    pufff!

    Este Luís, cria cada estupidez que me custa a perceber se ele usa humor negro ou se não tem jeito para o sarcasmo.

  • Simão PW Munhoz

    O argumento ontológico basicamente parte do seguinte:
    1 – Deus é o ser mais perfeito imaginável, ou seja, é uma imagem mental.
    2 – Um ser perfeito é real, pois, do contrário, não seria perfeito.

    A conclusão óbvia que qualquer um deveria tirar disso é que Deus não pode ser menos real que outras imagens mentais, mesmo sabendo que qualquer figura imaginativa é igualmente irreal.
    Anselmo, por outro lado, se precipita. Ele afirma que Deus existe e ponto final.

  • hentai

    Não é ser maior, e sim “Ser do qual não se pode pensar em nada maior”…Esse tipo de distorção o monge Gaunilo já tentou e falhou…

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