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  • 8 de Junho, 2014
  • Por Carlos Esperança
  • Ateísmo

CARTA ABERTA AO COMANDANTE-GERAL DA GNR

Por

João Pedro Moura

Senhor tenente-general Manuel Couto, Comandante-Geral da Guarda Nacional Republicana

Conforme se lê na página da GNR, da Internet, o senhor comandante foi visitar o papa, ao Vaticano, em 6 de Junho de 2014, levando uma estátua duma tal “Nossa Senhora do Carmo”, “padroeira” da GNR, que o papa “abençoou”. Este último atributo, “padroeira”, decorre do documento “Beatam Maria Virginem”, dimanado pela Congregação Para o Culto Divino, no Vaticano, em 26 de fevereiro de 1986, com que o papa da época designou a tal “senhora” padroeira da GNR.

Ora, conforme a Constituição da República Portuguesa, no seu artigo 13º, ponto 2: “Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual.”

Portanto, o Estado português é oficialmente laico, não professando, concomitantemente, uma religião.

Consequentemente, lanço aqui alguns quesitos:

1-    Com que propósito é que o sr. Manuel Couto teve o desplante de ir a Roma levar uma boneca estatual, a que chamam “Nossa Senhora do Carmo” para ser “abençoada “ pelo papa???!!!

2-    Em que parte da Lei Orgânica da GNR é que se enquadra a atividade focada acima???!!!

(Lei Orgânica da GNR: http://www.gnr.pt/documentos/Legislacao/LEI_ORGANICA.pdf)

3-    Quem é essa “Nossa Senhora do Carmo”? Quando nasceu, que obra relevante fez, quando morreu, e o que é que, tendo existido e feito obra relevante, em que é que isso concerne à GNR???!!!

4-    A boneca “NSC” foi “abençoada”, e parece ter sido este o propósito da visita do comandante da GNR. O que é uma “bênção” e em que é que isso concerne à GNR???!!!

5-    O que é que o sr. Comandante foi fazer a Roma, que não podia ter feito em Portugal???!!!

6-    O que é que uma organização, como a GNR, pertencente a um Estado que não professa religião, anda a fazer com uma “padroeira”, tornando a entidade policial afeta a uma religião???!!!

7-    O que é uma “padroeira” e o que faz essa “padroeira” à GNR???!!!

Posto isto, penso assentar firmemente as seguintes declarações:

– O sr. Manuel Couto, Comandante-Geral da GNR, foi a Roma, ao Vaticano, promover uma cerimónia infratora da laicidade portuguesa.

– O Comandante-Geral da GNR foi gastar, presumivelmente, dinheiros públicos numa cerimónia completamente fútil e inútil.

Notícia completa sobre o desaforo da GNR, aqui.

33 thoughts on “CARTA ABERTA AO COMANDANTE-GERAL DA GNR”
  • Molochbaal

    Ui.

    A guarda ainda vem buscar o Moura a casa.

    • Molochbaal

      Mas, de facto, o que tem o comandante de uma polícia, de ir ao estrangeiro apresentar cumprimentos a um chefe de estado estrangeiro. O que tem o responsável de um ramo do estado laico de ir pedir bençãos oficiais e participar de uma cerimónia de propaganda a uma igreja e proclamar um organismo do estado laico sob o padroado de uma divindade ?

      E tudo isto com que dinheiro ?

      E os guardas e cidadãos que não têm religião ou são de outras religiões ?

      Têm de pagar e calar ?

      Isto devia ser caso de tribunal.

      • stefano666

        verdade….
        é por isso ke tenho antipatia pelas religioes organizadas…
        vivem as custas de nossos tributos

      • stefano666

        que tal essa situação…
        membro da GNR é fã de black metal e satanismo…
        ele vai de carro , onibus etc pra levar algum icone satanico pra ser “amaldiçoado” pelo líder da igreja 666 dele !
        veremos que os ” bem pensantes” (inclusive a igreja) irão dizer!

  • O Moura ainda vai levar a GNR ao Tribunal Constitucional.

  • António Silva

    É uma vergonha o dinheiro que se queima no país com assuntos tão estupidos. Depois ouvimos o governo dizer que não há dinheiro para as pensões e para a saúde e educação publica.
    E se isto fosse um caso isolado….

    • ZEUS

      Felizmente casos destes são raros. Mas o Cmdt da GNR deveria dar explicações caso tenham sido gastas verbas orçamentais para esta cerimónia.

    • stefano666

      imaginemos se este membro da GNR fosse membro de wicca, satanismo… e fosse fazer o mesmo em relação ao lider da religiao dele… com o dinheiro dos impostos…
      imagina o escandalo que seria !

      • Eduardo Russo

        Imagine no Brasil , se adeptos do Candomblé resolvem fazer uma Caminhada para Oxalá ; ou os Espíritas pedirem para ter um retrato de Allan Kardec no plenário do Senado federal ?
        Qual seria a reação dos católicos e dos evangélicos ?
        Brasil é um país laico ,como define a Constituição Federal , mas esta mesma Carta tem a palavra “DEUS” no seu preâmbulo .
        Isso pode, Stefano ?

        • stefano666

          a reação deles seria de felicidade !! Iriam bater palmas e dizer que é exemplo de demonstração de fé e de diversidade religiosa !!!

          (ironic mode)

          a laicidade brasileira é pra inglês ver !

  • João Pedro Moura
  • GriloFalante

    Falta dizer uma coisa: o Cmdt foi com, ou sem o conhecimento do ministro da tutela? Se foi, qual a responsabilidade do ministro? Se não, qual a responsabilidade do Cmdt? Finalmente: vai acontecer alguma coisa a alguém, ou tudo se ficará pelo costumeiro, ridiculo e inócuo inquérito parlamentar?

  • ferreira

    Não sou a favor do Comandante ir a Roma ver o Papa custa da Fazenda Nacional, para não falar na comitiva que o acompanhou. Agora tenham tento na “língua” quando se referem a imagens de Nossa Senhora. como “uma tal” ou “boneca”. Certos que vivemos num Estado laico, mas existe o respeito.

    Por isso para mim perderam a razão, e se só escrevem disto, sugiro que façam algo mais de útil:

    • Respeito pela podre icar? haha

      Respeito à crença deve ter quem crê na coisa; não é o nosso caso. Pode ser o seu. Os crentes sempre ficam alvoraçados quando falamos mal do deusinho o do xeçuis ou da gibibriba, mas se esquecem de dar o mesmo respeito quando falamos da Evolução – que é um fato – da origem da vida e do Universo. Aí não, certo ? Só para o deusinho de merda, as bonecas de barro e as cruzes, os padréfilos e os pastutos, a parideira virgem e os canalhas santificados, não é ? Que mais ? deseja também que respeitemos a “santa inquisição ” ?
      O zé povinho é muito otário. Como pode ter alguma dedicação por uns instituição que queimou vivas milhares ( ou milhões) de pessoas ? que sempre se mostrou arrogante e misógina ? que contou e conta entre seus quadros de gentalha da mais reles escumalha ?

      • stefano666

        exato !

      • AV

        Caro senhor:

        Vejo, testemunhadas nas palavras, a falta de formação cívica que calcifica as sociedades modernas, a que se junta a falta de instrução e cultura, para além da falta de observância das regras da democracia, da lei e urbanidade.

        O “respeito” é um valor universal básico e não pode estar dependente de caprichos particulares, seja da ideologia, crença, da instrução ou urbanidade de cada um. Ou seja, o “respeito” não é um favor, é um dever; não é uma manifestação de boa-vontade, é uma obrigação civilizacional.

        O “respeito” é um dos pilares fundamentais das democracias, dos sistemas jurídicos modernos, de todo o direito internacional e da cultura. Sem “respeito” é impossível manter a paz, o bem-estar e o desenvolvimento.

        O facto de nós os dois termos uma posição ideológica diferente, seja em que campo for, não lhe dá a si nem a mim o direito de desrespeitar, insultar ou ofender um ao outro.

        Tanto mais que nenhum pode dizer que, em questões ideológicas, seja de crença, sejam politicas, etc., ninguém pode provar que está mais correcto do que o seu opositor. Pode apenas dizer que “do meu ponto de vista e também seguindo a opinião de…”. Mas isso não basta, não confere a certeza universal a nada, não torna nenhuma entidade mais desmerecedor de “respeito”.

        O respeito é uma constante civilizacional e legal. Mesmo o mais abjecto criminoso tem o direito legal de ser tratado com respeito, ainda que na execução de um sentença de morte, nos países que ela existe. O mais infame ladrão tem o direito a ser tratado com todo o respeito pelo tribunal, pela polícia, pelo Estado. É nisto que se baseia a cultura de um Estado de Direito.

        Vejo que, infelizmente, desconhece estas coisas básicas. Portanto, tendo demonstrado a sua baixíssima instrução, uma reduzida formação cívica e um grande desconhecimento das regras que norteiam as democracias e a cultura dos Estados Ocidentais e/ou desenvolvidos, repudio vivamente a sua falta falta de educação e de cultura, a sua incivilizado, remetendo-lhe a questão:

        Acha que o “O zé povinho [que] é muito otário”, a quem faz questão de ofender, tem algum dever de o “respeitar”, seja na sua integridade física ou na integridade moral, desde que não concorde consigo?

        Qualquer um que não concorde com aquilo que defende, faz ou diz, tem o direito de o desrespeitar?

        Não acha que há um limite de decorro, de correcção, de urbanidade e de civismo que devemos guardar, e dentro do qual devemos saber agir e expressar-nos, com vista a salvaguardar a nossa imagem e poder exigir o “respeito” que nos é merecido, quando mais não seja, por ser um facto cultural e um valor que a pessoa cultiva?

        Os juízos abjectos que o senhor faz merecem reprovação por serem indignos, incivilizados e desprovidos de razão objectiva. Desde logo porque, nota-se à distância, não age pela razão mais sim pela oposição, onde os factos podem não ter os contornos em que julga poder acreditar.

        Tente ler, novamente, com consciência e razão aquilo que escreveu e verá que acaba de fazer uma triste figura, da qual não lhe pode restar motivo que não seja para se envergonhar, se pretende situar-se entre as pessoas de educação média, racionais e civilizadas.

        • Carlos

          APOIADO!

          Acho que este comentário merecer ser reproduzido noutros tópicos, se me der licença.

          • Deusão, um antolológo

            Ui.
            As mulas (as ??? será? ) deram o ar da graça ?
            Só conseguiu enxergar “zé povinho” ? falei também da “santa inquisição” e de “canalhas santificados” e nisto não tem reparos ? Não sofro críticas por isso ?
            Eu, como experiente antolológo ( estudioso de asnos crentóides ) desconfio que v santidade ( é assim que nós nos referimos ao papa ?) está a assobiar para o lado. Coisa comum nos antolos. Falamos em alhos e eles nos respondem acerca de bugalhos.

    • João Pedro Moura

      FERREIRA disse:

      1- «Agora tenham tento na “língua” quando se referem a imagens de Nossa Senhora. como “uma tal” ou “boneca”.»

      O sr. Ferreira conhece a “Nossa Senhora do Carmo”? Quando ela nasceu, que obra relevante fez, quando morreu e o que é que isso tudo concerne à GNR?!

      Está a ver por que é que eu disse “tal”…
      …Que continuaria uma expressão usual, se eu estivesse a chasquear da coisa…

      Boneca? Pois é o que parece…
      Quem anda com estatuetas ao colo e lhes presta culto… faz lembrar as criancinhas com as suas bonecas plastificadas, mais leves…

      2- “Certos que vivemos num Estado laico, mas existe o respeito.”

      E eu respeito a liberdade de os crédulos professarem os disparates que entenderem…
      …Tal como eu espero que eles respeitem os meus… quero dizer, as críticas que eu entender…

      Ou o sr. Ferreira entende por respeito o “come e cala”, à moda de antanho?!…

      3- “Por isso para mim perderam a razão, e se só escrevem disto, sugiro que façam algo mais de útil”

      Para mim, o sr. Ferreira perdeu a razão, e se só escreve isto, sugiro que faça algo mais de útil…

    • Molochbaal

      O “respeitinho” perdeu-se logo que se colocou um organismo do estado laico sob padroado de um ídolo religioso. Ainda por cima com dinheiros público, quando nem há dinheiro para pagar à guarda.

      Sugiro também, caro fifi, que vás sugerir que os outros se calem, para um blogue católico.

      Que eu saiba, vocês já perderam o poder de escolher os tópicos que os outros podem comentar.

      O tempo da inquisição acabou.

      Temos pena.

    • Carlos

      Caro Ferreira, apesar de cristão não católico, ou talvez por isso, não me revejo na deriva idólatra da ICAR. Por isso, e tanto mais que os ateus têm, infelizmente, direito à blasfémia, não acho incorreto o apodo de “boneca” e “uma tal”. De qualquer modo, não consta que a senhora se tenha ofendido, de contrário já se teria manifestado. Mas também pode dar-se o caso de a senhora ter delegado no caro Ferreira a incumbência de se ofender dados os, certamente muitos, afazeres miraculosos. Se assim for, bom seria que o caro Ferreira aqui plasmasse a referida autorização.

  • militar e mau pago!

    Não estando de acordo ou desacordo com esta carta, cada cabeça sua sentença, e sendo militar da GNR, não concordo com muitas situações muito mais escandalosas que esta. Sim é um facto que deveria ser isenta, não sendo afecta a nenhuma religião como é documentado nesta noticia, mas o visita desse Comandante a Itália não foi com esse propósito, mas sim por convite de uma das forças policiais Italianas, os “Carabinieri”, em comemoração de mais um aniversário dessa força. Mais uma vez digo que, não quer dizer com isto, que esteja ou não de acordo com esta carta, porque é um facto que o Comandante não viajou sozinho, isso acarreta custos, mas a visita foi com esse propósito que mencionei, não estando como é claro programada a visita ao Vaticano, isso terá sido por livre e espontânea vontade das chefias.

  • Pensador

    Numa leitura minimamente atenta, verifica-se facilmente que o autor deste texto não deixa dúvidas que o “alvo” dele não é o CMDT Geral (quem trata por Sr e muito bem) nem a sua visita ao Vaticano, mas sim a imagem da Santa (a boneca, a tal, etc..). A forma e a linguagem que utiliza, retira-lhe toda a razão que possa ter quanto à dita viagem. É demasiado infantil quem vem para aqui utilizar linguagem jocosa, quando se refere a uma religião que, tal como qualquer outra, deve ser respeitada. Se não é crente, deve respeitar quem é. Deve lembrar-se, que a maioria da população portuguesa é católica, e merece ser respeitada a sua crença. Por isso, este comentador(a) devia limitar-se a questionar (direito legítimo) o objetivo e o resultado da viagem. Em vez disso, questionou apenas a “boneca” e os seus efeitos e legitimidades. Falta de elevação, falta de respeito, falta de nível. Perdeu toda a razão. Degradante.

    • Deusão, o deus ateu.

      E aí, antolo ?
      Respeitar as pessoas é obrigação de qualquer indivíduo civilizado ( você é um grande exemplo de bom moço, respeitador…) mas não devo nenhum respeito a um boneco preso a uma cruz, ou a uma boneca com as mão trançadas, ou ao meu papel higiênico…
      Se você não entende o que estou dizendo pense em como você age em relação aos espíritas, aos hindus, aos budistas, ao candomblé. A nossa diferença é que incluo o cristiacinismo ou hipocrisianismo na lista.

      • Molochbaal

        O fifi quando fala das testemunhas de jeová usa de todo o desprezo. Do mesmo modo quando fala das religiões pagâs.

        Mas o fifi é o fifi. Tem direitos acima dos outros participantes do blog.

        Assim, por exemplo, chama estúpido a quem não acreditar nos milagres da igreja católica e nas testemunhas desses milagres. Diz que é uma falta de respeito não acreditar nas testemunhas dos milagres.

        Mas ele próprio não acredita no milagre de fátima, um dos principais, com milhares. de testemunhas.

        Trata-se de privilégios adquiridos com o título de grão-mestre da ordem dos cruzados multilinks na cruzada contra o blog ateísta.

      • Carlos

        Como exemplo de demência e de “hipocrisianismo” não estás muito mal.

        Se tu não tens formação suficiente (ou talvez idade, estou convencido que és uma criancita) para respeitar os outros, não esperes que alguém te respeite, nem o podes fazer.

        Percebo perfeitamente o teu caso, pois és nitidamente um rapazito de favela, um território de criminosos, traficantes e toda a espécie de fora-de-lei, vivendo do crime organizado, sempre demonstrando o que é a negação da civilização humana.
        Não precisas de dizer mais nada, pois toda a gente já percebeu.

        Quando puderes estuda um pouquito sobre budismo, espiritas, etc, pois acabas de demonstrar que não sabes o que é cada uma dessas coisas.

        • Deusão, o antolólogo.

          antolo, ainda não terminei de limpar toas as marcas de sangue que a nossa última contenda deixou. Das violentas cabeçadas que deste em meu joelho ainda tenho resquícios do sangue que vazou do teu olho.
          Mas voltando ao que me traz aqui, vou lhe dizer mais uma vez: estou cagando e andando para você, sua religião, seu deus de merda, seu jesus viadinho e suas virgens parideiras. Não lhe devo obrigações e muito menos às suas crendices.
          Eu sei que deseja que eu ultrapasse os limites e lhe mande tomate cru, como já fiz uma vez, e gostaria de não tê-lo feito. Não por você, mas por mim.,
          E o linguajar uso como eu quiser. Já lhe disse: não lhe devo satisfações.
          E vou permanecer da mesma forma, debochando da icar, usando linguagem chula quando eu achar necessário.
          Já que perdeu tempo tentando ofender-me poderia responder àquela velha questão que lhe fiz ? o que jesus fez de útil pela humanidade ( não apenas para os patifes que dele se nutrem; toda a humanidade) ?

          • Carlos

            O que Jesus fez pela humanidade, o que eu sei, não cabia neste blog.

            Mas cá ficam dois dois exemplos:

            1 – Lançou as bases da Cultura Ocidental, dos estados de direito, das democracias e das liberdades pessoais.

            2 – Lançou um conjunto de valores que deram origem às regras jurídicas do Direito interno e internacional da maior parte dos países do mundo, incluindo os tratados internacionais, como a Declaração Universal dos Direitos do Homem que é, praticamente, uma compilação da doutrina cristã, seja no que respeita à dignidade, igualdade igualdade de direitos e liberdade, seja nas questões éticas e ontológicas.

    • João Pedro Moura

      PENSADOR disse:

      “É demasiado infantil quem vem para aqui utilizar linguagem jocosa, quando se refere a uma religião que, tal como qualquer outra, deve ser respeitada. Se não é crente, deve respeitar quem é.“

      O sr. Pensador sabe o que é a liberdade de expressão?
      É o direito que as pessoas têm de se exprimirem livremente …
      …E exprimirem-se usando os vocábulos e o estilo que entenderem…
      A jocosidade, a crítica mordaz e/ou contundente são estilos mais concitativos de atenções e mais destrutivos daquilo que se pretende atingir…

      Os crédulos têm que respeitar a liberdade de os outros criticarem as suas crenças… assim como os crédulos são livres de criticarem as crenças uns dos outros, ou o ateísmo e os ateus, até porque têm de o fazer, senão não saberiam qual era a religião e igreja verdadeiras…

      Longe vai o tempo em que os crédulos sabiam qual a verdadeira igreja e o que fazer aos incréus ou aos crédulos doutras igrejas…

      … E criticar crenças e crentes não é impedir que elas e eles se manifestem… porque aí seria coartar o direito à crença…

      • Carlos

        Acho que deves começar por ler alguns livros básicos de direito.

        A tua não da “liberdade” está tão longe da realidade como Plutão da Terra.

        Acho que o grande problema teu começa, precisamente, na ignorância com que fazes determinadas afirmações.

        Com o teu nível de instrução não é fácil fazer-te perceber a estupidez que escreves.

  • AV

    Não só acho bem que o Comando da GNR teve agido desta forma, como acho que tem toda a liberdade de o fazer.

    Os tempos da Primeira República, que aqui parecem estar a ser recriados, foram os mais infames do sistema politico em que vivemos.

    Imaginava eu que vivia num país que tinha evoluído alguma coisa desde 1910. Imaginava que tinha vivido um “25 de Abril” e conquistado a liberdade, seja de ser coisas, de agir, de pensar e de demonstrar publicamente o que penso e sinto, desde que isso não seja contrário à lei, à civilização; aos interesses do bem comum e da cultura do povo.

    Ora, como o Comando da GNR observou tudo o isto e, ainda por cima, teve um gesto que dignifica a instituição a que pertence, o país (na maioria dos seus crentes), e não fere nenhum estatuto ou obrigação a que obedece, acho que fez bem e deve repetir actos destes.

    Condeno todos os extremismos antiquados, todas as manifestações anacrónicas e saudosistas da abjecta e disfuncional ressurreição da “Carbonária” e do ideal maçónico que enegreceu o país, há já mais de um século.
    Ideias retrogradas e desajustadas da liberdade em que vivemos, como estas, imaginava eu que já estavam fossilizadas.
    Parece-me, infelizmente, que o “ideal de Abril” morreu mesmo.

    • Molochbaal

      Portanto, agora o ideal de Abril era confessionar o estado ?

      Mas então não era preciso. O estado novo já era um estado confessional.

      As tuas provocações idiotas são próprias de um idiota.

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