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João Paulo II e o sindicalismo

Em 3 de janeiro de 1982, há exatamente 32 anos, quando o odor a santidade era ainda discreto, o papa Karol Wojtyła, falando na Praça de S. Pedro, para mais de 50 mil fiéis, declarou o seu apoio “ao sindicato livre Solidariedade”, um ato corajoso cuja sintonia com a CIA não diminui.

As palavras do Papa continuam a ser justas: «Os trabalhadores têm o direito de instituir sindicatos autónomos cujo papel é defender com justiça os seus direitos».

Para João Paulo II, o Solidariedade “é a expressão de um grande esforço desenvolvido pelos homens de trabalho da Polónia, para assegurar a verdadeira dignidade do trabalhador”.

A defesa do sindicalismo polaco por João Paulo II foi um ato de grande alcance, estando na origem da implosão do imperialismo soviético.

Foi pena que lhe faltasse audácia para defender os sindicatos do Chile enquanto os seus dirigentes eram presos e mortos pelo seu amigo Pinochet. Se tivesse salvo os sindicatos das ditaduras sul-americanas com o mesmo denodo com que o fez na Polónia, hoje seria recordado não apenas pela coragem mas também pela justiça.

14 thoughts on “João Paulo II e o sindicalismo”
  • Tolo_Mor

    E da ditadura cubana nada a assinalar ?

    • stefano666

      engraçado o querido servo da seita romana querendo chamar certos paises de ditadura.

      Te garanto que Cuba pode dar liçoes de democracia ao papado.

      • Carlos Esperança

        Ó Stefano, há melhores exemplos. Não me diga que em Cuba já há eleições livres. Ou ainda é como no Vaticano?

          • Molochbaal

            Eleições livres em Cuba !

            Hummm.

            Gostava imenso de ver os tempos de antena dos grupos anti-castristas, que passam na TV estatal cubana.

            Se os houver…

            Ou será que todos os candidatos são pró-castristas ?

            Que coincidência tão conveniente.

            Faz lembrar os plebiscitos do III Reich. 🙂

          • stefano666

            verdade… la na ilha a maioria é toda ariana… e grita sieg heil !

          • Molochbaal

            Ariana não será.

            Mas que todos os representantes do povo “eleitos livremente” gritam vivas unânimes ao governo, como os deputados do Reichtag no tempo do III Reich, é um facto.

            Não achas assim um cocadinho esquisito? Que a oposição nunca consiga eleger um único representante seu?

            Achas mesmo que 100% da população é a favor de Castro?

            E os tempos de antena dessa oposição que passm na TV cubana? Já conseguiste encontrar?

          • stefano666

            existe oposição lá… Yoani as Damas de Branco,.,, atuam sem serem encarceradas.. ao contrário do pobre Bradley Manning nos EUA.

        • stefano666

          e a revolução francesa?? era 1 icone de liberdade??

      • Molochbaal

        Hummm.

        Em Cuba não podem viajar ao exterior, têm a net limitada…

        Aquilo parece mais um convento administrado pela santa sé do que um exemplo de liberdade.

        • stefano666

          viajam sim.. procure noticias

          • Molochbaal

            Oh. Eu já vi as notícias.

            Quando castro autorizou momentaneamente a saída, centenas de milhares meteram-se em barcos a abarrotar para fugir para os states.

            Pouco depois, castro voltou a fechar a saída.

            Curiosamente, no tocante a esses fugitivos, apesar de provarem que existe uma oposição de massas a Castro. essas massas nunca conseguiram eleger um representante seu, no regime castrista.

            Porque será?

          • stefano666

            os EUA fomentam a miogração por interesses.. se os USA amam tanto os direitos humanos.. pq nada fazem pela pobre população estadunidense que falece por não ter $$$$ pra pagar médico ??
            ou que dizer dos que vivem debaixo dos viadutos?
            Bonito prum país dito avançado!!

  • stefano666

    engraçado que JP2 pôde exercer o sacerdócio na Polônia socialista. Ele foi até professor de teologia na Universidade Católica de Lublin. (desmistificando ateismo “extremo” do PC)

    JP2 pôde visitar a Polônia em 1979… Brejnev e Gierek nem recusaram a visita.

    ato corajoso ? só foi ato oportunista Apesar das concessões… o PC polaco não aceitava certos ditames clericais.

    a implosão da URSS foi provocada pelas próprias lideranças da URSS.

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