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  • 30 de Setembro, 2013
  • Por David Ferreira
  • Ateísmo

Teísmo, ateísmo e agnosticismo

Um crente, um ateu e um agnóstico decidem organizar um jogo de futebol com fins caritativos. O agnóstico, que não gostava de desporto competitivo por ter receio de se lesionar, resolve ser o árbitro.

No início da partida, juntam-se os três no centro do relvado para sortear a bola e o campo. O crente, com o peito inchado de fé e esperança, olha o ateu nos olhos e diz, esfregando as mãos:

– Está no papo!

O ateu, mirando o crente de alto a baixo, retorque, condescendente:

– Tu estás mas é maluco. Como podes tu ganhar? Tu és só um e eu tenho 11 jogadores na minha equipa. Para além do mais tu só tens uma perna!

Ao que se interpõe o agnóstico:

– Prognósticos só no fim do jogo! Prognósticos só no fim do jogo! Enquanto a bola rolar, não se pode conhecer o resultado…

25 thoughts on “Teísmo, ateísmo e agnosticismo”
  • Molochbaal

    Infelizmente a piada não tem lógica.

    O agnosticismo consiste em não afirmar nada, sem provas para isso.

    Basicamente em não acreditar em nada, sem provas.

    Nós somos os únicos cépticos.

    Com certeza que um agnóstico, perante provas esmagadoras da superioridade de uma equipa/argumento o reconhece.

    Mas ateus e crentes estão perfeitamente equilibrados, não têm qualquer prova daquilo que afirmam.

    São duas equipas perfeitamente equilibradas.

    Essa de retratar os crentes como um único jogador só com uma perna e os ateus como uma equipa completa buéda saudável é apenas propaganda no melhor estilo estalinista.

    Gosto também imenso da vossa constante tentativa de retratar os agnósticos como cobardes, maricas, etc.

    Como se coragem, não fosse, precisamente, manter-se firme naquilo que se acha estar certo, face às pressões de dois grupos de fanáticos.

    Apenas porque não queremos fingir que sabemos aquilo que não sabemos.

    Meus amigos, vocês, crentes e ateus, sabem tudo.

    Parabéns.

    Nós, agnósticos, só sabemos o muito pouco que um ser humano consegue saber, na sua curta vida e limitadas capacidades.

    E não vou armar-me aos cágados a dizer que sei o que não sei, com fanfarras e bandeiras ao vento.

    O que está ou não está na origem da existência do universo ?

    Perguntem aos crentes e aos ateus, que eles sabem tudo.

    Eu não.

    Nem me lembro do que jantei na sexta feira passada, quanto mais isso.

    • David Ferreira

      Moloch, vamos por partes:

      Uma piada é uma piada, não é nenhuma tese. A sua interpretação fica sujeita à personalidade de quem a lê ou ouve. Se contares uma anedota sobre um alentejano a um alentejano, ele dir-te-á precisamente o que afirmaste no início do teu comentário: não tem lógica.

      Obviamente que esta piada é feita do meu ponto de vista ateu, por isso tem uma lógica para mim que não terá para ti ou para um crente. Mas não se pode levar as coisas tão a peito, temos que ter a capacidade de nos rirmos de nós próprios. Gostaria de ver, por exemplo, a mesma anedota contada do ponto de vista de um crente ou de um agnóstico.

      Esta anedota surgiu-me dos comentários que fizeste no post do LK, onde descredibilizaste a analogia de Bertrand Russel, entre outras coisas. É a tua opinião, temos que a respeitar, mas fez-me pensar num modo para te contradizer. Não estando com muita disposição para pensar na altura, surgiu-me este breve apontamento de humor, que não explica a minha posição, mas que contém muito do que pretendia dizer. Por vezes é na simplicidade que toda a complexidade se revela.

      A analogia que Russel estabelece é perfeitamente válida para argumentar contra os que afirmam que não se pode provar que Deus não existe. Há uma infinidade de coisas que não se podem provar e que, por isso mesmo, perdem toda a validade. Pareceu-te surreal o uso da chávena de chá, que Russel utilizou como bom British sir que era; bom eu também a acho um pouco surreal. Se fosse eu daria o exemplo de um presunto de Chaves ou de uma alheira de Mirandela, por exemplo. Tanto faz.

      Mas regressando à opinião que aqui manifestas, analisemos então o que dizes:

      1- “O agnosticismo consiste em não afirmar nada, sem provas para isso.”

      Isso faz do agnosticismo uma coisa tipo – não sou carne nem sou peixe, não vou lá nem faço nada.

      2 – ” Basicamente em não acreditar em nada, sem provas.”

      Mesmo quando as provas existentes apontam para a irrealidade do Deus de Abraão, que, digam lá o que disserem, é o Deus que aqui está em questão ?!…

      3- “Nós somos os únicos cépticos.”

      Eu sou cético, de igual modo para tudo o que não me pareça ter fundamento, onde se incluem, entre muitas coisas, a astrologia, a leitura de mãos, a adivinhação do futuro, a vida após a morte, a existência de espíritos, etc. E tens, por exemplo o ateísmo cético que também não nega necessariamente a existência de Deus.

      4- “Mas ateus e crentes estão perfeitamente equilibrados, não têm qualquer prova daquilo que afirmam.”
      Discordo profundamente. Há desequilíbrio e muito grande, tal como manifestei na piada. A questão é que tu, assim como muitos crentes, se colocam na posição de que os ateus pretendem provar alguma coisa. Não, apenas afirmam que os crentes não têm razão sobretudo porque…não têm provas do que afirmam. E como são eles que fazem afirmações sobre a veracidade da sua crença, então são eles que têm que provar a sua existência e não nós que elas não existem. De facto, muito do esforço que o ateísmo faz não é tanto para provar a inexistência de Deus, porque tal não é possível (tal como Russel bem explica na sua analogia) mas sim para provar que toda a doutrina religiosa parte de premissas erróneas e puramente especulativas. No fundo, a única coisa que um ateu nega é a afirmação que o crente faz de uma realidade que só existe para ele. E se partirmos do princípio que este Deus que abordamos é o que está manifesto nos livros sagrados, escritos com enorme desinspiração, então o que não faltam são provas de que ele não existe. Ao sustentares a tua posição na posição de um Deus com contornos deístas, estás a tomar um partido sem te aperceberes.
      Quanto ao resto das ilações que retiraste do conteúdo da piada, são apenas as tuas ilações, não necessariamente os juízos de valor que pretendi transmitir.
      Terei que explicar melhor, numa outra oportunidade, de uma forma mais esclarecida, a minha visão sobre estes 3 termos.
      Seja como for, o agnosticismo é a tua posição, quanto a isso nada contra.

      • molochbaal

        Pois.

        Mas é duro ser o único agnóstico num blog cheio de hordas ululantes de crentes e ateus.

        Se ao menos eu tivesse tido uma sólida formação em moral católica, podia fazer como o fifi e encher isto de “agnósticozinhos” virtuais, para me fazerem companhia.

        Podia até fazer alguns “ateus” que, estranhamente, me dariam sempre razão e insultariam e ofereceriam pancada a todos os outros ateus.

        Podia até ter uma companheira ateia e um melhor amigo dos opus dei, só para equilibrar agnosticamente as coisas.

        E já agora, alegar que tinha 85 anos, para parecer um pouco mais respeitável e sábio do k o renascido-fifi.

        Mas infelizmente falta-me a fibra moral católica para fazer essas coisas.

        Adiante.

        “muito do esforço que o ateísmo faz não é tanto para provar a inexistência de Deus, porque tal não é possível (tal como Russel bem explica na sua analogia) mas sim para provar que toda a doutrina religiosa parte de premissas erróneas e puramente especulativas.”

        Nisso somos exactamente iguais.

        O ateísmo centra as suas baterias nas religiões organizadas, mormente no deus bíblico, porque é esse que pervade a nossa sociedade, ao ponto de ter sido em nome dele que se enviaram ateus e agnósticos para a fogueira.

        Mas principalmente porque esse deus, como os de todas as religiões, é facilmente comprovado como simples criação humana.

        Nesse ponto concordo com vocês, mas é redutor referir apenas os deuses dos crentes seguidores de religiões, mas não da ideia de deus em si.

        Já aqui disse que a hipótese do deus bíblico, tal como a bíblia o coloca, está fora de questão.

        O tarado que manda o seu profeta matar o próprio filho, só para ver se ele é capaz de o matar, apesar de, como omnisapiente, obviamente, já saber que era mesmo capaz, está fora de questão porque, de divino não tem nada.

        De serial killer com uma arruela a menos talvez já tenha.

        Mesmo interpretando como metáfora, os termos desta seriam escabrosos e induziriam a valores escabrosos.

        O texto retrata fielmente, apenas, a mentalidade feroz das tribos guerreiras patriacais, em k o pai tinha poder de vida ou de morte sobre toda a família.

        Nesse contexto, era apenas natural deus ter o mesmo poder e exercê-lo, se quisesse.

        A contradição aberrante de deus já saber o resultado da prova, há um tempo literalmente infinito, antes de a impor aos desgraçados dos seus seguidores, apenas prova k a historieta foi totalmente inventada por humanos muiiiito falíveis e que a podemos colocar ao mesmo nível das lendas de Júpiter ou de Baal.

        Ou seja, existem provas, lógicas e formais, de que as lendas bíblicas são mesmo isso, lendas. Inseridas no quadro religioso da sua época.

        Em relação a algumas lendas bíblicas, até se pode provar a sua “canibalização”, de outras religiões muito anteriores, como a lenda do dilúvio.

        Daí digas que eu tomo partido.

        Ora, eu não tenho problema nenhum em tomar partido, preciso é de provas, antes de o fazer.

        Não existem dúvidas.

        Um ser omnisapiente, absolutamente bom, não faria o mundo de merda em k vivemos, nem meteria constantemente a pata na poça, como o vemos fazer na bíblia.

        O k eu digo é k não sabemos, se, por detrás desse folclore religioso não se encontra uma intuição de k algo “maior” possa existir.

        Intuição k pode estar certa, ou errada, não faço a mínima ideia.

        Poe exemplo, também diziam k Schliemann era maluco, por dizer k a Ilíada retratava factos reais, até ao momento em descobriu mesmo Troia.

        O k não quer dizer k os personagens e acontecimentos fossem exactamente como são tratados por Homero (?).

        Sabemos apenas que algo muito vagamente parecido aconteceu – uma cidade destruída.

        Isto é comum a muitas lendas. Evocam acontecimentos vagamente parecidos aos que são narrados.

        As intuições religiosas podem ser apenas isso, uma percepção de “algo” vagamente parecido a k chamam “deus” embora não compreendam o k seja. Isto é uma hipótese como outra qualquer. Não ponho as mãos no fogo por ela.

        O que está em questão é que, tratando-se todas de hipóteses improvadas, umas não podem eliminar as outras, como vocês fazem.

        Um agnóstico tem a coragem de manter as hipóteses em aberto e de dizer k não sabe, quando não sabe.

        K se lixe a pose de sabichão.

        Prefiro fazer figura de burro, quando sou mesmo burro.

        Mas ao menos tento ser um burro honesto.

  • carlos cardoso

    Parece-me que há aqui algumas confusões, como aliás é costume quando se tratam destas questões.

    Tanto o David Ferreira como o Molochbaal estão enganados em distinguir três grupos: os crentes, os ateus e os agnósticos. Em termos de crença só pode haver duas posições: ou se acredita em um ou vários deuses, os crentes, ou não se acredita, os ateus. Ou somos crentes ou somos ateus, não há terceira via. O julgar que se sabe ou que não se sabe qualquer coisa sobre a questão não modifica esta situação.

    Aliás, de um ponto de vista formal, todos somos agnósticos pois é impossível provar quer a existência quer a inexistência de deus(es). Há os agnósticos que acreditam que há um (ou mais) deus(es) e os que não acreditam nisso. Pode haver os que recusam dizer em que acreditam, mas dizer que não se sabe se se acredita ou não, não é uma resposta válida.

    carlos cardoso

    • orenascido

      Discordo desta posição. Na vida, não há só branco e preto, também existe cinzento.

      Um crente está convicto que Deus existe e um agnóstico não sabe se Deus existe, embora admita que possa ou não existir. Um ateu descarta a hipótese de Deus existir. Há, portanto, diferenças que caracterizam as três posiçoes. O facto de a hipótese Deus não ser suceptível de prova ou refutação científico-empírica não releva para efeito de caracterizar todos os ateus como agnósticos. E essa não é uma questão formal, mas substantiva, pois um crente não duvida da existência de Deus e um agnóstico não a descarta, tal como, contrariamente, fazem os ateus.

      P.S. Quando os ateus querem referir-se à descrença em Deus normalmente usam, incorrectamente, a expressão ” deus”. Mas não tenham receio de serem lexicalmente correctos, não é por isso que deixam de ser ateus nem os vossos parentes caem na lama.

      • carlos cardoso

        Vejo que cai no mesmo erro onde caíram o David Ferreira e o Molochbaal .

        “Um crente está convicto que Deus existe” mas não pode provar, portanto também não sabe e portanto é agnóstico; “um agnóstico não sabe se Deus existe, embora admita que possa ou não existir” mas isso não o impede de ter uma posição sobre se acredita ou não e portanto ou é crente ou é ateu. Nenhum “ateu descarta a hipótese de Deus existir”, apenas não acreditam nessa hipótese, mas, como não podem provar, também eles não sabem e também eles são agnósticos.

        Para que haja um cinzento é preciso que haja uma posição intermédia entre acreditar (que Deus existe) e não acreditar (que deus existe). Nunca ninguém me conseguiu explicar qual seria essa posição intermédia.

        • orenascido

          Respeito a sua opinião, mas continuo a entender que a sua argumentação não procede.

          Vejamos, é muito simples de captar:

          1 – Um crente acredita em Deus e não duvida da sua existência.

          2 -Um ateu não acredita em Deus.

          3- Um agnóstico está na dúvida se Deus existe ou não.

    • David Ferreira

      Distingo apenas estas 3 tomadas de posição porque elas existem. O agnosticismo é uma realidade. O agnosticismo é a visão de que a razão humana é incapaz de fundamentos racionais suficientes para justificar tanto a crença de que Deus existe ou a crença de que Deus não existe. Acaba por ser um “grupo” que não toma partido dos outros dois “grupos”. Por isso digo que é uma coisa tipo – não sou carne nem sou peixe, não vou lá nem faço nada

      • carlos cardoso

        Mesmo aceitando sem reservas que o agnosticismo seja “a visão de que a razão humana é incapaz de fundamentos racionais suficientes para justificar tanto a crença de que Deus
        existe ou a crença de que Deus não existe”, não vejo como se pode “não tomar partido”. Uma coisa é a crença, ou a não crença e outra são as justificações para essas tomadas de posição.

        O crente tem a certeza que lhe vai sair e compra um bilhete de lotaria. O ateu tem a certeza que não lhe vai sair e não compra. O agnóstico diz que não se pode saber se sai ou se não sai (e nisso tem razão) mas ou compra um bilhete ou não compra e portanto ou se junta aos crentes ou aos ateus. Tal como não há meio-termo entre comprar ou não comprar um bilhete de lotaria, também não o há entre ser crente ou ateu.

    • Molochbaal

      “Pode haver os que recusam dizer em que acreditam, mas dizer que não se sabe se se acredita ou não, não é uma resposta válida.”

      Nós SABEMOS que não acreditamos.

      O vosso problema é que NÃO acreditamos em nenhuma das vossas hipóteses, crentes ou ateias.

      A posição agnóstica pura é bastante clara, nós somos realmente os únicos que NÃO acreditamos em NADA que não possa ser provado.

      O problema, para vocês, é que isto inclui a não provada inexistência de deus.

      Para nós, a vossa posição de cetteza absoluta não passa de uma crença, uma fé, como outra qualquer.

      Nós não acreditamos em deus, nem acreditamos na sua inexistência, porque o acreditar nessas coisas não é lógico, porque não existem provas para nenhuma.

      São hipóteses, algo muito diferente de certezas absolutas.

      Para nós, nem se põe a hipótese de acreditar em algo sem provas.

      Uma hipótese assim, continua a ser uma hipótese, como outra qualquer, nunca uma certeza.

      São hipóteses em aberto, tanto a vossa como a deles.

      Logo, não acreditamos em nada, até algo ser provado.

      Já fui buscar a cadeira e estou à espera.

      Pacientemente.

      PS

      “Aliás, de um ponto de vista formal, todos somos agnósticos ”

      Vem a meus braços, kamarada agnóstico !

      Ups.

      E daí, é melhor não, porque o Moura pode estar a ver…

      PS II

      Eu sei que todos somos ateus, no sentido de não acreditar em deus.

      A questão é que, a vossa posição acaba por ser muito diferente, a outros níveis.

      Para nós, vocês acabam por cair noutro tipo de crença, de fé, daí a necessidade de distinguir um agnóstico de um ateu “comum”.

      PS III

      E sim, também existem vários tipos de agnóstico, eu refiro-me ao tipo mais “puro” no sentido que, realmente não acredita em nada, até que seja provado.

      • João Pedro Moura

        Ó Molochbaal

        Responde-me, cientificamente, se faz favor, a estes quesitos:

        1- Existem elefantes voadores?

        2- Existem musaranhos cor de rosa alados

        3- O economista e católico, João César das Neves, é um ateu
        encapotado?

        4- Existem OVNI`s?

        • Molochbaal

          1- Não. Todas as provas da biologia indicam ser impossível um elefante voar. Além disso, todo o habitat elefantino está explorado e não há notícia de tal elefante dumbino ou dumbão, como lhe quiseres chamar.

          2- Não faço a mínima ideia. Ele há por aí bichos esquisitos.

          3- Não acredito, mas tudo é possível.

          Por exemplo, um pastor fundamentalista americano, k fazia campanhas contra a homosexualidade, foi apanhado numa casa de banho, com a boca na “botija”.

          Do mesmo modo, vemos padres que passam toda a vida a pregar contra o
          sexo e a serem apanhados a comer o rabo aos putos.

          Também reviravoltas de políticos célebres, como Durão Barroso e Zita Seabra, k passaram directamente de estalinistas ou maoistas para ultra-capitalistas neoliberais, provam k muitas pessoas enganam muito e usam supostas convicções com objectivos de enriquecimento pessoal.

          Ele há malucos para tudo.

          4- Não faço ideia.

          A maior parte dos casos, devem-se, sem dúvida a sensacionalismo ou histeria colectiva.

          Mas deve haver vida no universo e é possível que alguns relatos sejam verdadeiros. Mas não tenho a certeza, porque é possível que seja tudo fake.

          • João Pedro Moura

            MOLOCHBAAL respondeu:

            “1- Não. Todas as provas da biologia indicam ser impossível um elefante voar. (…)”

            Resposta correta.

            “2- Não faço a mínima ideia. Ele há por aí bichos esquisitos.”

            Resposta correta, enquanto ignorante, mas cientificamente improcedente, pois não há mamíferos voadores de 4 patas e não é admissível tal
            estrutura biológica

            “3- Não acredito, mas tudo é possível.”

            Resposta incorreta. JCN é católico, como sempre tem declarado e demonstrado nos seus inúmeros artigos e
            livros apologéticos.

            “4- Não faço ideia. (…)”

            Resposta correta.

            Veredito: manifestas alguma agnosia confusa…

          • Molochbaal

            Caro Moura.

            Os morcegos são mamíferos, como tal têm quatro patas, mas voam. Só para te contrariar.

            As suas asas são simplesmente dedos com membranas.

            Ah, e, precisamente, são aparentados com os musaranhos…

            “Embora se diga muitas vezes que os morcegos são “ratos com asas”, as evidências fósseis parecem afastar a hipótese de que tenham evoluído a partir dos roedores. Os estudos mais recentes apontam para que o seu ancestral evolutivo tenha sido um mamífero insetívoro, de pequeno porte e hábitos noturnos, parecido com os musaranhos e as toupeiras atuais.”

            http://www.superinteressante.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=972:os-senhores-da-noite&catid=6:artigos&Itemid=80

            “3- Resposta incorreta. JCN é católico, como sempre tem declarado e demonstrado nos seus inúmeros artigos e
            livros apologéticos.”
            A tua pergunta era se o Neves era um ateu ENCAPOTADO.
            Se se trata de um possível ENCAPOTAMENTO, como é que tu podes saber ?
            Isto é, se o Neves estiver a enganar o mundo, a fingir que é católico, mas no fundo estar-se nas tintas para a religião e só o fazer para objectivos de carreira, por exemplo, como podes tu saber ?
            Eu apresentei-te vários exemplos de figuras públicas, que enganaram o público durante décadas, fazendo-se passar por coisas que não são – mas tu fingiste que não viste.
            Tudo para manter a pose do super-homem k nunca se engana e nunca tem dúvidas.
            Se o Neves for um ateu encapotado, tu podes lá saber.
            Agora lês a mente dos outros ?
            Além de ateu também és bruxo ?
            É só essa tua mania de que tens super-poderes

          • João Pedro Moura

            MOLOCHBAAL disse:

            1- “Os morcegos são mamíferos, como tal têm quatro patas, mas voam.”

            Ser mamífero não implica “como tal têm 4 patas”, pois os cetáceos são mamíferos sem patas…

            O morcego não tem 4 patas. Tem duas. Os membros
            superiores são braços com dedos, ligados por membrana alar. Portanto, mantém-se o que eu disse sobre a impossibilidade de haver uma estrutura biológica voadora com 4 patas e capacidade de voo. Necessariamente que 2 dos membros não são patas,
            mas antes estruturas alares.

            2- “A tua pergunta era se o Neves era um ateu ENCAPOTADO.
            Se se trata de um possível ENCAPOTAMENTO, como é que tu podes saber?”

            A produção verbal e ideológica do JCN, com uma vincadíssima matriz católica, nunca poderia ser de um ateu e muito menos encapotado, pois que um “encapotado” não é evidente.
            Portanto, não só não é um “ateu encapotado”, como é, manifestamente, um católico.

            3- “Isto é, se o Neves estiver a enganar o mundo, a fingir que é católico, mas no fundo estar-se nas tintas para a religião e só o fazer para objectivos de carreira, por exemplo, como podes tu saber ?”

            O abominável César das Neves não evidencia o mais leve indício de ser um católico “encapotado”, pois
            que a sua produção ideológica católica é demasiado abundante para se poder suspeitar do seu catolicismo. O que tu perguntaste é do domínio da fantasia
            abstrata e sem nexo e não do domínio da realidade. À semelhança, de resto, da tua admissibilidade de deus…

            4- “Eu apresentei-te vários exemplos de figuras públicas, que enganaram o público durante décadas, fazendo-se passar por coisas que não são –
            mas tu fingiste que não viste.”

            Eu vi. Mas tais “figuras públicas” foram uma coisa e evoluíram para outra. Não significa que andaram a
            enganar ninguém e muito menos durante décadas. Enganar alguém é manifestar uma certa convicção ou ideia ou prática, devidamente escamoteada, evidenciando outra, fingida.

            De qualquer modo, eu fiz-te perguntas concretas sobre estados essenciais e constitutivos e sobre
            personalidades atuais e não sobre evoluções e mudanças opinativas ou ideológicas…

          • Molochbaal

            “Enganar alguém é manifestar uma certa convicção ou ideia ou prática, devidamente escamoteada, evidenciando outra, fingida.”
            Então para ti, o pastor que fazia campanhas contra a homossexualidade e foi apanhado a fazer bóbós na casa de banho, ou os padres que pregam contra o sexo e são apanhados a enrabar putos não andam a enganar ninguém !!!!!!
            EVOLUEM OPINATIVAMENTE !!!!!!!!
            E os políticos, coitadinhos, que “evoluem opinativamente”, sempre na direção que está a “dar”.
            Tão inocentinho que o Moura é.
            Na escola toda a gente te devia roubar o almoço.
            Ainda bem que não estás preso, porque, se não, ainda te roubavam a virgindade e nem davas por isso.
            Tu a desconversar és um verdadeiro génio.
            Olha, francamente, eu acho que não vale a pena mantermos grandes conversas.

          • João Pedro Moura

            MOLOCHBAAL disse:

            1- “Então para ti, o pastor que fazia campanhas contra a homossexualidade e foi apanhado a fazer bóbós na casa de banho, ou os padres que pregam contra o
            sexo e são apanhados a enrabar putos não andam a enganar ninguém !!!!!!
            EVOLUEM OPINATIVAMENTE !!!!!!!!”

            Estás a fazer confusões e a misturar o imiscível…
            Uma coisa é um indivíduo fazer campanhas contra a
            homossexualidade; outra coisa é a seriedade das mesmas.

            Sabemos que os padres e a sua igreja são contra a
            homossexualidade, que, ainda por cima, é execrada e cominada com pena mortal na
            Bíblia; mas sabemos, também, que inúmeros padres são apanhados em atos homossexuais.

            Pelo que, o quesito apresentável e respondível da maneira como fizeste, no teu ponto acima, seria: o pastor “x”, ou os padres, é, são, realmente
            contra a homossexualidade?

            O que não tem nada a ver com o meu quesito sobre o “ateísmo encapotado” e real catolicismo do JCN…
            … Nem tem nada a ver com opiniões ou convicções que evoluíram ou mudaram…

            Quanto à Zita Seabra e ao Durão Barroso, o quesito seria: Zita… e Durão… foram sempre sociais-democratas?
            Aí é que darias a tua resposta… sem o exagero dos “enganos”…

            Não faças confusões nem baralhes as proposições e enunciados, misturando épocas distintas e conjugando teorias conhecidas com práticas
            desconhecidas…
            … E, sobretudo, respeita os quesitos, respondendo, exatamente ao que é pedido e não subvertendo a questão e desviando-a para outros campos…

            2- “E os políticos, coitadinhos, que “evoluem opinativamente”, sempre na direção que está a “dar”.”

            O que é que isso tem a ver com o quesito sobre o JCN?! Este sempre manifestou o seu catolicismo, inequivocamente. Portanto, à pergunta
            sobre se ele seria um “ateu encapotado”, a resposta é não. É um católico.

    • João Pedro Moura

      CARLOS CARDOSO disse:

      “Aliás, de um ponto de vista formal, todos somos agnósticos pois
      é impossível provar quer a existência quer a inexistência de deus(es).”

      Carlos, a sua afirmação de que “é impossível provar quer a
      existência quer a inexistência de deus(es).”, não faz sentido.

      Quem tem o ónus da prova é quem afirma “deus”. Não são os ateus
      que o afirmam, logo não têm que “provar a inexistência de deus (es)”.

      Acontece que os crédulos religionários não conseguem provar a
      existência de “deus”. Concomitantemente, os ateus afirmam que “deus” não existe.

      Estamos a tratar do “deus” dos religionários, que inventaram “deus”, e que, segundo eles, é uma entidade omnisciente, omnipotente, omnipresente, criadora, governadora e justiceira.

      • Molochbaal

        Mais um que vai resvalando, subrepticiamente, para o agnosticismo.

        Qualquer dia estás sozinho caro Moura. 🙂

        Já estou a ver a versão de Hollywood – O ultimo dos ateus.

        Com o Al Pacino no papel de ateu caçador de escalpes islâmicos.

      • carlos cardoso

        É claro que quem tem o ónus da prova é quem afirma “deus”. E é claro que os ateus não têm que “provar a inexistência de deus(es)”.
        A minha afirmação não invalida nada disso.

        Se fosse possível provar a existência de um qualquer deus, isso já teria sido feito há muito tempo. Como tantos tentaram e nenhum conseguiu sequer chegar lá perto, digo que isso é impossível (no presente). Como por outro lado é impossível demonstrar a inexistência de seres imaginários, é impossível demonstrar a inexistência de deus(es).

        Portanto, no presente, a minha afirmação até faz sentido.

  • Nuno Filipe

    O problema é que não existem em Portugal 11 ateus para formar uma equipa de futebol.

    • David Ferreira

      Existem os suficientes até para se fazer um campeonato nacional de futebol. Já nem contando com os que estão no banco e com os lesionados…

    • Molochbaal

      Atão os ateus devem ser mesmo super-homens.

      Visto k o cardeal patriarca diz que o ateísmo é o maior problema do mundo actual.

      Se meia dúzia de gajos são os responsáveis pelo maior problema do mundo, então devem ser mesmo uns génios…

      • Andre

        Ele estaria a falar do conceito que os ateus defendem e não da dimensão de ateus no mundo –‘

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