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Fanatismo.

De vez em quando acusam-me de ser um ateu fanático. Normalmente, defendo-me apontando que escrever opiniões num blog é diferente da violência dos terroristas, da inquisição ou das claques de futebol. Mas agora o Helder Sanches fez-me perceber um aspecto mais fundamental do fanatismo. Se bem que seja preciso ser-se fanático para chegar a tais extremos de violência, também se pode ser fanático sem se ser violento. O Helder escreveu que está farto de «discussões sobre ateísmo por causa de ateus» que ele considera «fanáticos e irracionais»(1). Como discordámos recentemente acerca das afirmações do Dawkins (2), que indignaram o Helder, talvez a crítica também me seja dirigida. Ou talvez não. Seja como for, este “fanáticos e irracionais” ajuda a compreender porque é que o fanatismo é um problema também entre os ateus.

Quando fundamentamos uma opinião em razões, a opinião fica separada do que somos. Mesmo se as razões forem subjectivas. Se alguém se declara benfiquista porque gosta do Benfica, subentende-se que pode mudar de opinião se deixar de gostar do Benfica. O gosto e o afecto pelo Benfica são externos ao seu “eu” e podem mudar sem qualquer crise de identidade. Mas o benfiquista para sempre, até morrer, aconteça o que acontecer, encara o seu “benfiquismo” como parte intrínseca da sua pessoa, independente de quaisquer razões. É o tal fanatismo irracional a que o Helder alude. Ou seja, a diferença fundamental é que o fanático considera que a sua opinião é uma parte imutável e inalienável de si enquanto que quem não é fanático reconhece que a opinião não é a pessoa mas sim algo que a pessoa pode mudar.

Antes de continuar a exegese do texto do Helder, queria fazer um desvio por dois pontos que, apesar de tangenciais, me parecem merecer alguma consideração. O primeiro é que o fanatismo não depende do entusiasmo com que se defende uma posição. Ambos os benfiquistas se podem levantar e gritar com o mesmo júbilo quando o Benfica marca golo, mesmo que um seja fanático e o outro não. O fanatismo está apenas naquela confusão entre pessoa e opinião que surge por se descurar as razões. Ninguém é fanático só por gostar muito de alguma coisa. O segundo ponto é que, apesar do fanático considerar que o seu “ismo” faz parte do seu ser, na verdade nunca faz. O fanático também é capaz de mudar de ideias e só será fanático enquanto não perceber que tem essa capacidade. Um disparate recente do Gonçalo Portocarrero de Almada ilustra este ponto. O Gonçalo exige que o casamento civil seja indissolúvel para que os ateus tenham os mesmos direitos que os católicos. A justificação é que o casamento católico mantém os católicos casados mesmo que já não queiram, um “direito” que o ateu não tem (3). O erro do Gonçalo é assumir que o católico não pode deixar de ser católico. É a tal confusão entre opinião e pessoa que caracteriza o fanatismo. Na verdade, o casamento do católico é tão rescindível como o do ateu. Ambos duram até que as pessoas envolvidas mudem de ideias.

Voltando ao post do Helder, aceito a ideia de que o fanatismo é um problema tanto entre ateus como entre crentes. No caso dos ateus, e dos crentes de cá, não é um problema tão grave como as chacinas e barbaridades que os fanáticos violentos fazem em nome das suas religiões, tradições e ideologias políticas noutros países. Ainda assim, a dificuldade em distinguir entre pessoas e opiniões dificulta muito o diálogo. Por exemplo, o Helder critica os “novos-ateus” porque «consideram-se hoje superiores aos crentes, em inteligência, em moral, em cidadania», afirmando que é «uma atitude desinteressante com a qual não quero ser sequer confundido». Eu considero que assumir que os deuses são fictícios e que somos responsáveis pelo que fazemos é eticamente preferível e objectivamente mais correcto do que acreditar que vivemos sob o jugo de seres sobrenaturais e que temos de nos portar bem para evitar um castigo na outra vida. Não sendo fanático, não considero que ter uma opinião diferente da minha seja intolerância ou um ataque pessoal nem considero que a minha opinião ser mais correcta do que as alternativas implique que eu seja melhor do que os outros. As opiniões são uma coisa, as pessoas são outra. Mas o Helder parece ter sucumbido ao fanatismo. Teme ser confundido com uma atitude, sente-se indignado com as opiniões das quais discorda e assume que quem acha que tem razão necessariamente se considera superior aos outros.

O fanatismo é um problema também entre os ateus. As afirmações recentes do Dawkins sobre os muçulmanos e os prémios Nobel deram um exemplo disso. Não é que o Dawkins seja fanático. Ninguém é fanático só porque diz o que pensa, por muito provocatório que seja. O problema é que, tal como entre os crentes, também entre os ateus há muita gente que, por fanatismo, não consegue discutir certas coisas sem ficar com as cuecas entaladas no rego.

1- Helder Sanches, Humanista.
2- Treta da semana: isso não se diz…
3- Casamento civil indissolúvel, já!

Em simultâneo no Que Treta!

31 thoughts on “Fanatismo.”
  • stefano666

    herr Krippahl , o homem é mais fiel a um clube de futebol que uma igreja.
    mais facil um católico virar protestante (ou viceversa) que um encarnado virar portista.

  • Molochbaal

    O krippahl está a querer dizer que, para ser fanático é preciso por um cinto de explosivos e ir rebentar com uma igreja.

    Ora, isso é apenas um SINTOMA de fanatismo extremo e não o fanatismo em si. O fanatismo é muito mais abrangente, tem diversos níveis e modos de se manifestar. E é evidente que muitos ateus sofrem dele.

    “Fanatismo (do francês “fanatisme”) é o estado psicológico de fervor excessivo, irracional e persistente por qualquer coisa ou tema, historicamente associado a motivações de natureza religiosa ou política. É extremamente frequente em paranóides, cuja apaixonada adesão a uma causa pode avizinhar-se do delírio.

    Em Psicologia, os fanáticos são descritos como indivíduos dotados das seguintes características:

    1. Agressividade excessiva ;2. Preconceitos váriados;3. Estreiteza mental;4. Extrema credulidade quanto a um determinado “sistema”5. Ódio;6. Sistema subjetivo de valores;7. Intenso individualismo;8. Demora excessivamente prolongada em determinada situação/circunstância.

    O apego e cultivo, mesmo quando desmesurado, por determinados gostos e práticas (como costuma ocorrer com colecionadores de selos, revistas, etc) não configura, necessariamente, fanatismo. Para tanto, faz-se preciso que a conduta da pessoa seja marcada pelo radicalismo e por absoluta intolerância para com todos os que não compartilhem suas predileções.

    De um modo geral, o fanático tem uma visão-de-mundo maniqueísta, cultivando a dicotomia bem/mal, onde o mal reside naquilo e naqueles que contrariam seu modo de pensar, levando-o a adotar condutas irracionais e agressivas que podem, inclusive, chegar a extremos perigosos, como o recurso à violência para impor seu ponto de vista.

    Tradicionalmente, o fanatismo aparece associado a temas de natureza religiosa ou política, porém, mais recentemente, ele se tem mostrado também em outros cenários, como os das torcidas de futebol e ídolos da música.”

    Estreiteza de vistas, maniqueísmo, ódio.

    Temos aqui, neste mesmo blog, ateus que culpam a religião de todos os males do mundo, negam os crimes do marxisto, ou desejam o extermínio de um quarto da população mundial, por pertencer a determinada religião.

    Mas alguém tem dúvidas de que são fanáticos ?

    • GriloFalante

      Não me parece que alguém pretenda o extermínio de um quarto da população mundial “por pertencer a determinada religião”; mas sim pelo que de mal possam fazer em nome dessa religião. É diferente. Essa gente tem-se mostrado inimiga de tudo o que seja diverso do seu fanatismo. Matam e matam-se em nome de um deus único que, por ser o deles, acham que é superior aos deuses dos outros. E é esse deus que querem impor a toda a humanidade a exemplo, aliás, do que quiseram os cristãos em tempos idos. Ainda continuam a querer, mas com matreirice em vez de força bruta.
      Repito: são inimigos. E o ditado é muito antigo e basta estar atento às notícias para ver que, sendo antigo, é actual: “Quem o inimigo poupa, às mãos lhe morre”.

      • orenascido

        “Não me parece que alguém pretenda o extermínio de um quarto da população mundial “por pertencer a determinada religião”; mas sim pelo que de mal possam fazer em nome dessa religião. É diferente.”

        Pelo que de mal possam vir a fazer, nazi ? Então a diferença do extermínio das crianças muçulmanas reside no mero facto do “mal que possam vir a fazer ? Mas esse não foi exactamente o pseudo-argumento do Hitler em relação aos judeus ? O João Pedro Moura propõe que se faça o mesmo em relação aos islâmicos, abrangendo homens, mulheres e crianças. Tu concordas, badalhoco. A prisão é o único local onde gente reles como tu merece estar.

        • Molochbaal

          Perdão.

          O Hitler, ao pé dos devaneios poéticos exterminadores do Moura, é um autêntico pacifista.

          Ele, coitadinho, só queria exterminar os judeus, uns 1º da população mundial – um verdadeiro molengão.

          Já o Moura pensa em grande.

          ZÁS – e vai um quarto da população mundial para o galheiro.

          Gostava de saber qual é o efeito das teorias dele, sobre os islamitas moderados, em partucular a juventude.

          Muitos estão a tentar viver as suas vidas em paz.

          Nisto, surge este tipo de proposta brilhante, tão brilhante, que me ofusca completamente – que os querem degolar a todos e às suas famílias, just in case. Só para jogar pelo seguro.

          Se isto se torna conhecido, o Moura arrisca-se a ser o ateu mais popular da propaganda fundamentalista islâmica.

          Vão aparecer citações dele na Al Jazeera todos os dias.

          Sozinho, vai conseguir fazer converter mais islâmicos ao radicalismo, do que o Bin Laden.

      • Molochbaal

        Bem.

        Mas conforme tu próprio admitiste, os cristãos radicais são iguais, já fizeram a mesma coisa, ou pior, e, se voltarem a ter força, vão fazer exactamente o mesmo.

        Então, além dos 23% da população mundial que é composta de islamitas, ou proponho que se extermine, também, os 25% de cfristãos.

        Entretanto, já reparaste no que os hindus andam a fazer ? Discriminação das mulheres, alguns ainda praticam sacrificios humanos a Kali e o brutal sistema de castas. ocasionalmente andam à bordiada com islãmicos, Siks e budistas.

        E os budistas ? Vimos o apoio que a filosofia Zen deu ao militarismo japonês, com direito a kamikazes, harakiris e tudo.

        E os judeus ? Sionismo, plutocracia, etc.

        E os pagãos ? Ligações ao nazismo, ao satanismo.

        E os ateus ? Vimos o que aconteceu com Estaline, Pol Pot e o que o Moura quer fazer.

        Bem, o melhor é matar essa gente toda, uns 99% da população, deixando apenas os agnósticos, que são gente finíssima, conforme podem ver por mim.

        Vamos ficar com imenso espaço.

        • stefano666

          deveriamos condenar todos os agnosticos por causa de Charles Maurras?? ele era agnostico… apesar de catolico.

          • Molochbaal

            Está calado e não lhes dês ideias.

            Se não, ainda vou parar à lista negra deles.

            Ora, é do máximo interesse da humanidade, que eu sobreviva, a estas ideias peregrinas de extermínio, que estão a polular no blog.

            Eles aplicarão o plano inteligentíssimo de extermínio total, just in case, do Moura e vão-se exterminar todos, just in case.

            Então eu poderei ficar cá, para perpetuar a espécie.

            Poderá ser escolhida uma equipa de garinas, honestas e asseadas, assim tipo Samantha Fox, para eu deixar a minha semente.

            Tudo isto no interesse da humanidade.

            Claro.

            É mais um sacrifício que eu faço por vocês.

            Não me agradeçam, eu sou assim mesmo.

          • stefano666

            o João poderia se matar então.. veja o “apelido” dele. “Moura”….

          • Molochbaal

            Ke nome mal escolhido.

    • stefano666

      conheço caso “light” de fanatismo. um casal de idosos que rejeita o divórcio (apesar das crises e o histórico de adultérios) sob alegação que se casaram na igreja. Preferem manter um casamento de araque em nome da fé que se separarem e pronto.

  • orenascido

    A ÉTICA DOS RATOS

    A distância ética, humana e intelectual entre o Helder Sanches e o traste do João Pedro Moura é abissal. Helder Sanches merece todo o meu maior respeito. O JPM defende que as mulheres são substancalmente inferiores aos homens, escarnece dos homossexuais e proclama o extermínio dos muçulmanos, incluido mulheres e crianças. E o que é que, perante esta criminosa indignidade, fez o hipócrita moderador deste site ? Entupiu ou engoliu, mas sempre silenciou. Para este DduA, não há nenhum problema em manter nas suas fileiras, como habitual colaborador, um miserável que chega ao ponto de defender o extermínio de crianças inocentes, pelo mero facto de terem nascido numa cultura islâmica. Os restantes ateus pactuam. Aqui já não aparece, no seu habitual estilo caricato, o David Fereira, a insurgir-se contra a infâmia do seu colega. Afinal, aqui o que parece é que, para o Carlos Esperança e o David Ferreira não há nenhum problema em manterem-se silenciosos perante a ignomínia do abjecto João Pedro Moura.O problema, para eles, aparentemente só existiria se o João Pedro Moura fosse crente. Como é ateu, aqui aos ateus tudo é permitido, até defenderem o extermínio de crianças inocentes. É a chamada ética dos ratos.

    • David Ferreira

      O renascido, ou ressuscitado, insiste, e não desiste, na manutenção das técnicas e táticas de cariz contra subversivo contra o DduA, com um objetivo bem definido por uma crença que, não conseguindo justificar racionalmente, tenta a todo o custo tornar credível, digna de aceitação e respeitável.
      Não contente em produzir algumas das afirmações mais cretinas, falaciosas e infantis sobre os ateus e o ateísmo no seu Portal Anti Ateu, acha-se no direito de vir aqui manipular e controlar os comentários que neste Diário se fazem. E isto numa página que tem sido objeto de todo o tipo de ataques, insultos e promessas de sorrisos novos mediante elaboradas intervenções cirúrgicas dentárias sem anestesia. Apesar de continuar a ser uma página onde se cultiva a liberdade nos comentários.
      No que se refere à minha pessoa, manifesto a minha consideração por ele não se esquecer de me cumprimentar sempre que comento alguma situação, assim como a saudade que manifesta publicamente sempre que me ausento. Longe da vista, mas parece que não de um coração embalsamado há dois mil anos.
      Queira o provocador saber que não comento posições políticas tanto de ateus como de crentes, pura e simplesmente porque o único assunto que me motiva a participar nesta página é o ateísmo e os temas que com ele possam estar relacionados. Poderei comentar posições politicas ou ideológicas de organizações, nunca das pessoas que aqui comentam, porque não acrescentam, apenas distraem. Quanto aos comentários que outros fazem, é a eles que o estimado “heteronimista” tem que questionar, uma vez que só eles o poderão elucidar acerca do que nem sempre se consegue transmitir por palavras esclarecidamente.
      Como já deveria saber, ser ateu não torna nenhuma pessoa diferente de outra qualquer, nem a torna melhor ou pior. Apenas uma coisa nos une, o ateísmo. A forma e o método a utilizar na abordagem dos assuntos religiosos nem sempre é a mais consentânea, mas isso acontece com qualquer organização, com qualquer “grupo” ideológico ou filosófico.
      Divergências existirão sempre. As próprias crenças, escritas com inspiração divina e, portanto, perfeitas, para além de verdadeiras, são alvo de discordância entre os crentes, pelo que existem “só” apenas uns poucos milhares de fações que as interpretam conforme mais lhes convém, o que as leva, inclusive, a digladiarem-se permanentemente umas com as outras.
      Quanto às supostas afirmações de Dawkins, pese embora o facto de serem despropositadas, são a mais pura das verdades. Não são precisas teses científicas para constatar apenas pela observação e bom senso o que o islamismo tem contribuído para a regressão civilizacional dos povos que estão sob o seu demente jugo. Tal como o cristianismo mais radical, como acontece nos EUA. Quem conhece a realidade, da qual muito pouco se ouve falar na comunicação social, do proselitismo agressivo islâmico que estende os seus tentáculos por essa Europa fora, sobretudo em França e na Inglaterra, e que causará no futuro (não tenhais dúvida nenhuma!) gravíssimos problemas num continente já cheio deles, não pode dar-se ao luxo de a negar e muito menos de a não confrontar. As armas utilizadas por Dawkins e companhia são a razão, as ideias, as palavras. Agressivas? Por vezes. Contundentes, sobretudo. Mas nada que se compare com a agressividade que vem do lado oposto, que se impõe pelo medo e por um discurso primitivo desenterrado numa qualquer caverna de um deserto.
      Fanatismo? Neste caso particular, não me parece.
      Querem fanatismo? Consultem o Portal Anti Ateu. Mas sejam educados, há que não ferir suscetibilidades para não parecer mal e não perder a estima dos rivais.
      Estimado renascido, interrompi as minhas férias apenas para lhe retribuir o cumprimento. Até qualquer dia. Com os melhores cumprimentos deste sempre seu Caricato.

    • stefano666

      existe Mafia na Sicilia e no Japão… logo…. todos os japoneses e sicilianos são mafiosos.. e merecem prisão e execução. (ironic mode)

  • Deusão

    Ateu fanático ? coisa estranha…
    A conversa cheira à falácia. Se a origem for um crentóide então,com certeza, é só mais uma conversa para boi dormir. Há uma semelhante, ocorrida há muito tempo, Vou apenas relembrar por alto.
    – pense em uma coisa perfeita.Perfeita mesmo , absolutamente perfeita. Pensou ?
    – sim,
    – Essa coisa perfeita não é visível, não tem forma, mas é perfeita. Logo, deus existe.
    Falácias. A icar é profícua no assunto. Domina-o como ninguém. E qual a estupidez do argumento acima ? Simples, uma coisa que é perfeita não precisa ou não pode ser modificada. O vazio tem tal característica. Logo, deus é o vazio. Conclusão: deus não existe.
    Voltando ao assunto do quadro, a falácia é a existência de ateus fanáticos. Pode-se falar em ateus intolerantes, os que não tem paciência para conversar com mulas ajoelháveis e submissas;não em fanatismo ateu. O fanatismo equivale à ignorância. Um ateu jamais poderá ser chamado de ignorante no que se refere à religião, Um ateu simplesmente não vê sentido algum em reverenciar um pedaço madeira em”t”, ou uma boneca de barro ou respeitar alguns zés ruelas só porque estes usam saias. Não existe o exclusivamente bom ou mau. Não há nenhum céu, nem capeta,nem virgens parideiras, nem santos. Usar o termo fanático é para nos excluir da conversa com crentes moderados. A ideia por traz da falácia é a de tentar nos igualar aos asnos crentóides, mantendo-nos distantes daqueles que possam via a mudar de opinião. Dividir para conquistar.
    Não aceitem a provocação dos chefes da treta !!!

    ps.só para não deixar o assunto cair e mostrar que tenho razão. A conversa sobre “fanatismo ateu” não se equivale à conversa do chico sobre “estado laico” ?

    • Molochbaal

      ” Não existe o exclusivamente bom ou mau.”

      Eis, precisamente, a definição do anti-fanático.

      O problema é que, precisamente, para muitos ateus, a religião é exclusivamente má.

      Está então, provado, que muitos ateus são fanáticos.

      Hoje estou um verdadeiro filósofo.

      Quiçá, em vez de Nitzsche, o fifi passe a postar imensos textos meus para fugir aos assuntos dos posts ?

      Só o futuro o dirá…

      • Deusão

        A religião espelha o seu mentor: é boa ou má de acordo com os intere$$es envolvidos e a capacidade intelectual de seus seguidores.
        No meu ponto de vista, religião é apenas uma tolice.

        • Molochbaal

          Pois.

          E o Moura pretender exterminar um em cada quatro seres humanos, just in case, denota um espirito ponderado, lúcido, inteligente – um verdadeiro humanista.

          Claro que o Torquemada ao pé dele, era ainda mais moderado – só queria matar umas dezenas de milhares – um coração mole. Um ternurento.

      • GriloFalante

        Não sejas mau para o antolo. O rapaz transpira óleo de fígado de bacalhau, porque lá na seita dele (OD) o pequeno-almoço é feito à base de óleo de rícino.
        Já apreciaste bem o sentido de humor do desgraçado?

        • orenascido

          Tu tens um sentido de humor do caraças, patarata.
          Essa de legitimares o extermínio de um quarto da população mundial pelo mal que os muçulmanos ( homens, mulheres e crianças) possam fazer, tem uma piada do caraças. Por que é que não vais à televisão dares a cara com essa piada, cobardolas ?

          • João Pedro Moura

            O RENASCIDO disse:

            “Essa de legitimares o extermínio de um quarto da população mundial pelo mal que os muçulmanos ( homens, mulheres e crianças) possam fazer, tem uma piada do caraças.”

            Essa de legitimares o extermínio apocalítico da humanidade, que não crê no teu Cristo de fancaria, nem está “nele” nem o segue de modo nenhum, não tem piada nenhuma…
            Só sabes criticar os outros, nomeadamente os ateus, mas a tua doutrina cristã, que preconiza o extermínio de quase toda a humanidade, já passas por cima, como se nada fosse, não é verme crapuloso?!
            Levaste uma bofetada monumental, de mim, no artigo “Jesus Cristo – O Exterminador Implacável”, e agora andas, como sempre, a desviar os “extermínios” da tua doutrina ominosa, não é, seu patife?!
            Foste desmascarado na tua pretensa bondade e na tua doutrina risível…
            Anda lá, sandeu, critica a “bondade” do teu abjeto Cristo…

          • orenascido

            Andas fulo, badalhoco. Fiz-te perder as estribeiras com os meus comentários e agora já não consegues conter a tua bílis putrefacta. Lê novamente a ÉTICA DOS RATOS, bicho peçonhento, está lá tudo quanto devias apaanhar. Chega e sobra, Mas, para a próxima, levas mais.Isso, se entretanto, a Justiça em Portugal não te meter na prisão, que é o único lugar onde criminosos proto – nazis como tu devem permanecer por muitos e bons anos.

          • João Pedro Moura

            ORENASCIDO disse:

            1- “Fiz-te perder as estribeiras com os meus comentários e agora já não consegues conter, nem a tua raiva, nem a tua bílis putrefacta. Era
            exactamente isso que eu queria: ver até que ponto os meus comentários atingiam contundentemente o meu alvo preferencial.”

            Não, não perdi as estribeiras, até porque é difícil perdê-las, ainda por cima em secção de comentários.

            O que dá, mais uma vez, à saciedade e à sociedade, é para ver o teu estilo insultuoso e achincalhante, próprio, pelos vistos, dum cristão em versão “renascida”…que perdeu as estribeiras há muito e não atina com o rumo do seu ideário (?) religioso, incongruente e idiota.

            Ao contrário do que dizes, os teus “comentários” não existem, sobre a “pancada” do JC, exterminador implacável, que apanhaste…

            …E já não é a primeira “pancada” que apanhas…

            Como não consegues dizer o que quer que sejas que contradite a minha argumentação, omites e bates em retirada, intentando desviar conversas.

            Se fosse preciso mais, fica aqui bem patente o teu caráter hipócrita, capaz de encomiar pretensas bondades e amores bíblicos aos inimigos, enquanto
            escamoteia, pelo silêncio, a verdadeira face abjeta, exterminadora e totalitária do cristianismo.

            Um hipócrita e um fingido que nem sequer dá a outra face, como manda a lei cristã, antes passando o tempo a invectivar, inamistosa e minazmente, os ateus.

            2- “Lê novamente a ÉTICA DOS RATOS…”

            O que é que lá está, nessa ética de ratazana, que me contradite???!!!

            Decididamente, estás noutra onda…

            Tenho que dar cada vez mais razão ao Molochbaal, quando trata gajos como tu como um “monte de merda”… metaforicamente falando…

          • orenascido

            Ó escroque, foi tão fácil apanhar-te como:

            a) Um reles misógino;

            b) Um reaccionário homofóbico

            E agora, como:

            c) Um putativo proto-nazi, defensor do extermínio de homens, mulheres e crianças islâmicas.

            És o maior badalhoco que por aqui andas. Mas, no dia em que o Ministério Público estiver atento às tuas intervenções, como apologeta do genocídio dos muçulmanos, vais piar fino é na prisão, para onde devem permanecer todos os canalhas como tu. Nessa altura, perdes a lábia e pias fianinho.

          • stefano666

            pela logica de João.. os islamicos entraram em Portugal na Idade Media( Al Andalus) e exterminaram quase toda a população local. Toda as igrejas lusas foram liquidadas etc.

          • Molochbaal

            Pois.
            E acolheram os judeus que os cristãos perseguiram.
            Parece que os islâmicos são bem mais bacanos do que o Moura…

          • stefano666

            e em tempos “mais recentes”, islamicos albaneses protegeram judeus das SS durante a guerra. (receberam o titulo de “Justos entre as nações”) e eu soube tambem que o sultão marroquino na mesma época se rebelou contra as leis de Vichy. (sim.,. as leis de Vichy forma aplicadas no Marrocos frances)

          • Molochbaal

            Ó fifi, olha que, apesar dos seus sonhos úmidos de extermínio, o Moura tem razão no que toca ao teu deus.
            O Moura só quer exterminar um quarto da população mundial.
            Mas o teu Baal amoroso, quer torturar para toda a eternidade a maior parte da população mundial.
            Bem vistas as coisas, ao pé do teu Baal, o Moura até é um moderado, um verdadeiro porreiraço.

          • Anti-pulha

            Ó pulha de merda, convenientemente, confundes legítima defesa com xenofobia. Só um escroque badalhoco como tu. Com que então, os resistentes que lutaram contra a ocupação alemã, eram xenófobos, não é verdade? Mas não me admira, a tua vergonha é do tamanho da tua honestidade: nem com um microscópio se enxergam. Também nem é de espantar, um badalhoco que muda de sexo como se muda de camisa é capaz de tudo.

          • Molochbaal

            Legítima defesa, exterminar TODA a população islâmica?

            Incluindo mulheres e crianças ?

            Caro anti-pulha, estás mal aproveitado neste blog.

            isto é deitar pérolas a porcos.

            Devias ter sido era advogado de defesa no julgamento de Nurenberga.

            Já te estou a ver, na barra do tribunal.

            – Sim, meretíssimo, estes senhores agiram em legítima defesa. Todos conhecemos as tendências violentas do sionismo e da plutocracia judaica, a intolerância da religião de Moisés !

            E aqueles putos eram uns piolhosos, estavam mesmo a pedir uma fumigação !

            Depois disto, eras levado em ombros, aplaudido como o homem que conseguiu absolver as SS, as SA, o SD e o NSDAP de todas as (injustas) acusações.

            E todos viveríamos felizes para sempre.

            Haveria empregos nos Einzatzgruppen encarregues dos novos extermínios, como os dos islamitas.

            E mais os bens a distribuir dos povos exterminados.

            Para já nãp falar nos dentes de ouro e pontes de platina, que se aproveitariam dos cadáveres.

            Ah ! E a gordura islâmica, para fazer sabonetes finos.

            Tudo em legítima defesa.

            Claro.

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