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Na celebração dos 25 anos da Al-Qaeda – A fé é um direito. E a religião?

Quando a Al-Qaeda celebra 25 anos de fé e terrorismo, com o Paraíso a abarrotar de virgens que esperam suicidas dementes, é legítimo pensar se, à semelhança do que a Alemanha legislou contra a propaganda nazi, não fará sentido conter a do Corão cuja ideologia rivaliza com Mein Kampf.

A alegada bondade das religiões e o espírito pacífico do Islão não resistem à letra e ao espírito dos livros sagrados nem ao historial sangrento das guerras religiosas. Não foi à clarividência dos exegetas que ficou a dever-se a interpretação benigna da Bíblia, foi à Reforma, ao Iluminismo e à Revolução Francesa. Onde o poder eclesiástico se consegue impor mantêm-se constrangimentos autoritários de sabor medieval, seja em Timor, nas Filipinas, na Hungria ou na América do Sul.

O proselitismo demente do protestantismo evangélico americano tanto pôde conduzir ao assassínio de médicos e enfermeiros de clínicas de aborto como à invasão do Iraque.

O que modera a agressividade dos desvarios da fé é o Estado de direito e a laicidade. No dia em que a religião, qualquer religião, dominar o aparelho de Estado, a democracia vai de férias e instala-se a teocracia. Não se pode esquecer que os Estados modernos foram erguidos contra o poder da Igreja. A Itália só existe porque os patriotas não temeram a excomunhão nem os exércitos papais.

O Islão não teve, infelizmente, a sua reforma. Nas madraças começa a fanatização das crianças e nas mesquitas apela-se ao ódio e à guerra santa, com os crentes genufletidos e virados para Meca.

Não há no Islão lugar para a coexistência entre o agnosticismo e a vida, a laicidade e o pescoço, o livre-pensamento e o direito de existir. O medo, o constrangimento social e o aviltamento da mulher acompanham as decapitações, vergastadas públicas e lapidações com que os clérigos imaginam extasiar o Profeta e fazer Alá babar-se de gozo.

Os países de mais sólidas raízes democráticas são herdeiros do direito romano que tem características civilistas, enquanto o direito helénico é de natureza política e o árabe de raiz teocrática.

As repetidas ameaças da rede terrorista Al-Qaeda são incompatíveis com a benevolência com que a Europa assiste à pregação do ódio nas mesquitas.

Respeitar e defender o direito à crença, à descrença e à anti crença é igual ao dever de vigiar, deter e fazer julgar pelos tribunais quem incite ao ódio, à violência e à xenofobia. Trata-se de fazer cumprir as leis e as constituições dos países democráticos, sem excluir as religiões que se julgam com direitos especiais.

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2 thoughts on “Na celebração dos 25 anos da Al-Qaeda – A fé é um direito. E a religião?”
  • stefano666

    25 anos?? Ora que inverdade!! tem mais tempo ela! ela foi criada pela CIA na época do Afeganistão socialista!! (os mujahedeens). Essa cria da CIA sentou o terror nos anos 80… com as benção de Reagan.hoje a Al Qaeda coopera com a OTAN no intuito de se derrubar o governo socialista sirio.
    Reforma?? e quem foi Calvino e Lutero mesmo?
    Corao rivaliza com o Mein kampf? teoricamente sim(mas o a biblia e o talmud sao brutais tambem)… mas nunca existiu um homologo islamico de Hitler.
    Nunca soube de um so governo islamico promover uma “solução final” estilo Hitler.

    Nunca ouvi falar de um Hitler, Mengele, Göbbels, Heydrich ou Göring islamicos.
    O islam nao teve sua reforma? Depende do pais !! Os paises de tradição islamicos que tiveram ou tem governos socialistas, nasseristas e similares se tornaram laicos (ou quase isso.) La o islam foi reformado.
    Eis uma lista de paises de tradição islamica(ou que tenha % importante) que nao sao “barbaros”.
    boa parte das ex-republicas sovieticas da Asia Central. a Bosnia… a Albania. a Siria, o Libano

    Al Qaeda ameaça o ocidente? sim.. isso parece Edir Macedo dizendo que o diabo nos ameaça.
    a verdadeira hoje é mafia OTANIca e os capatazes “islamistas” desta Mafia… que digam os libios e os sirios!

  • stefano666

    Islamicos ruandeses salvaram perseguidos durante o genocidio de 1994.

    http://www.youtube.com/watch?v=sc-CC-M47V8
    Islam atrai sobreviventes do genocidio ruandes. Motivo: o clero islamico

    foi um verdadeiro Sousa Mendes e Schindler… ao contrario dos clerigos cristaos.
    http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/articles/A53018-2002Sep22.html

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