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  • 12 de Julho, 2013
  • Por Carlos Esperança
  • Islamismo

O perigo dos Irmãos Muçulmanos

O Islão não é um problema religioso, é uma questão política e, em última instância, um caso de polícia.

No pântano da fé, cujo primarismo dos 5 pilares atrai cada vez mais seguidores, há uma força – os Irmãos Muçulmanos – que se vem impondo politicamente em vários países, do Egito, onde são a causa do caos e também vítimas, até à Turquia, que a Europa e os EUA tratam com estranha benevolência.

A Europa pagou com imenso sangue a demência da fé e a origem divina do poder. Só a partir da sangrenta Guerra dos 30 Anos conseguiu libertar-se da crença imposta à força. E só a na década de 60 do século passado o Concílio Vaticano II acabou por reconhecer a liberdade religiosa pela Igreja católica, liberdade que Bento XVI nunca digeriu.

Enquanto a Declaração Universal dos Direitos Humanos não se sobrepuser à vontade de qualquer Deus, não há liberdade e felicidade a que algum homem, e sobretudo mulher, possa aspirar.

Reitero que o Islão é um caso político e como tal deve ser tratado. Não é impedindo os crentes de rezarem cinco orações diárias, de se virarem para Meca ou de viajarem com o tapete, que se resolve o problema. É reprimindo os pregadores do ódio nas madraças e nas mesquitas e, sobretudo, entravando a imposição, a quem não queira, de fazer jejum ou de prescindir do presunto e da cerveja.

O argumento da tradição é uma monstruosidade que justifica as piores afrontas.

8 thoughts on “O perigo dos Irmãos Muçulmanos”
  • stefano666

    “Só a partir da sangrenta Guerra dos 30 Anos conseguiu libertar-se da crença imposta à força”

    O paradoxal é que os ultimos 13 anos desta guerra (periodo franco-sueco) nao tinha nada de religioso. ! Motivo.. a “católica” França de Richelieu, temendo o expansionismo da “católica” Áustria dos Habsburg, se aliou aos protestantes alemaes e suecos.
    Ao fim da guerra(em 1648)… a Alemanha estava em ruinas…. um prenuncio do que iria ocorrer 3 seculos depois.

    • Moloch Baal

      Não estás a querer insinuar que um dos líderes máximos da santa madre igreja, um cardeal, estaria a conduzir o seu rebanho a uma guerra genocida por interesses meramente materialistas pois não?

      Depois disso, como seria possível alguém aconselhar a seguir os líderes da santa madre igreja?

      Só se fosse alguém com muita lata.

      • stefano666

        ha estudiosos que afirmam que Richelieu, embora fosse cardeal, ele tinha lado bem “realpolitik” (la raison d’état).
        Ironicamente a maior rival política da França era a católica Austria (Habsburg). Viena era uma séria ameaça a Paris e esse acabou forçando Richelieu a se aliar com paises protestantes.
        É incrivel.. mas há situações que a Razão de Estado supera os interesses religiosos.

        Já ouviu falar da revolta camponesa na Alemanha lidera por Müntzer?? Essa revolta gerou união força entre catolicos e luteranos no intuito de derrota-lo.

        http://educaterra.terra.com.br/voltaire/mundo/diplomacia.htm

        http://perdidanahistoria.blogspot.com.br/2011/11/richelieu-o-cardeal.html

        • Moloch Baal

          A revolta dos camponeses é um dos exemplos de que o comunismo não tem nada a ver com ateísmo.

          Ao misturarem as duas coisas, sabe-se lá porquê, os marxistas garantiram o falhanço da sua própria doutrina.

      • stefano666

        E outra curiosidade.. apesar de ter sido membro do 1° e 2° Estados, Richelieu incrivelmente tolerou os huguenotes. Os huguenotes acabariam expulsos da França em 1685 (43 anos depois da morte de Richelieu).

  • ex-ateu

    “os Irmãos Muçulmanos – que se vem impondo politicamente em vários países, do Egito”

    No Egipto passa-se exactamente o contrário do que dizes. Quem está a impor a sua politica são os rebeldes com a ajuda do exercito.

    De uma forma anti-democrática, uma minoria de terroristas rebeldes não aceita as decisões da maioria, incluindo os resultados do referendo nacional de acordo com uma maioria clara.

    São esses rebeldes que, juntamente com o exército, têm imposto a sua vontade, não pelas regras da democracia mas da força.
    As vitimas estão a ser do lado da Irmandade Muçulmana e não contrário.

    Percebo que tu entendes que cerca de 8% da população têm razão, por serem aqueles que defendem o que tu gostas.

    • Moloch Baal

      Não sei porquê, caro ex-ateu-que-tem-uma-mulher-ateia-e-um-melhor-amigo-ateu-e-que-até- às-vezes-muda-de-sexo-para-melhor-enganar-os-outros, não sei porquê, mas tenho a impressão que os teus amigos cristãos egípcios estavam bem tramados com a deriva fundamentalista islâmica que Morsi estava a conduzir no Egipto.

      Mas como só vens aqui provocar, se necessário estupidamente e mesmo que não seja necessário, sempre da forma mais estupida que seja possível, vens aqui defender os gajos que provavelmente iam ser os algozes da tua seita no Egipto.

      Afinal tens de dizer qualquer coisa, seja o que for, por mais idiota que seja, só para contrariar tudo, mas mesmo tudo, mesmo que seja verdade ou a teu favor, tudo MESMO tudo o que os que não forem da tua seita digam.

      Deve ser a essa prova de mesquinhez e de atraso mental a que chamas “debate elevado”.

      Tenho a impressão de que, se o Esperança gritasse VIVA O PAPA tu desatavas a insultar que não senhor, não viva nada e tal.

      És um completo psicopata.

  • stefano666

    Eis uma contradição… na Siria.. o Hezbollah … acusado de ser grupo islamico ultra radical… ajudou Assad a derrotar os “rebeldes” (terroristas pelegos de IsraEUA)!

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