Loading
  • 11 de Julho, 2013
  • Por Carlos Esperança
  • Religiões

A inferioridade moral dos crentes

Por

Kavkaz
A inferioridade moral dos crentes tem a sua base objectiva na subordinação a postulados religiosos a que voluntariamente aderiram. O que é bom ou mau, justo ou injusto, honesto ou desonesto, decente ou indecente, moral ou imoral é definido não pelos próprios crentes, mas por outros, a quem o crente reconhece uma superioridade e se lhe submete voluntariamente.

A dependência religiosa que um crente aceita abre a possibilidade da realização voluntária e involuntária da vontade de terceiros, mandantes nos crentes, mesmo que isso traga prejuízo à vida do próprio crente. Os chefes religiosos ditam aos crentes regras do comportamento pessoal, as festas que eles devem comemorar e quando, o modo de vestir e em que situações, o que comer e de que forma preparar, como devem pensar, o que dizer e responder, etc.

Os chefes religiosos aprovam ou desaprovam o comportamento dos crentes e estes não devem colocar em causa a veracidade e a idoneidade das afirmações dos seus superiores. Os crentes reconhecem e aceitam voluntariamente a superioridade intelectual dos seus dirigentes religiosos e viverem com as indicações da vontade deles.

Os crentes acreditam e aceitam que os chefes religiosos sabem mais do que eles e estes lhes digam como eles devem viver. O agradecimento dos crentes aos superiores é pago por diversas formas: em tempo, em dinheiro, em valores materiais, imobiliário, com trabalho ou informações importantes da sua própria vida e de outros.

Os crentes devem sentir-se interiormente felizes e bafejados pela sorte por serem orientados por dirigentes religiosos, devem excluir quaisquer ideias contrárias que coloquem em causa a sua subordinação a eles. As ideias diferentes da sua religião devem ser consideradas como diabólicas, perniciosas, combatidas e expurgadas das suas vidas e da sociedade e os seus autores corrigidos e afastados do seu meio.

Os crentes tenderão a ser adversos ao humanismo e à democracia. A liberdade deles não poderá sair dos limites impostos pelos postulados da religião a que pertencem e não devem aceitar que outras pessoas possam viver com novas e diferentes ideias. Os crentes entendem que não deve haver possibilidade de ser-se feliz e viver tranquilo se recusarem a religião deles. Todos deverão ser dependentes, como eles são, e ficarem em igual situação de subordinação. Quem não aceite submeter-se deverá ser perseguido e obrigado a acreditar naquilo que os chefes religiosos deles afirmam. Caso os obstinados recusem, os crentes aceitam que os “infiéis” possam ser pressionados, perseguidos, presos, torturados e até mortos. É a vingança dos crentes contra as pessoas que ousem pensar e viver de forma diferente. Têm todos de ser dependentes da religião, como os crentes, e sentirem-se seres inferiores perante os superiores.

Para um religioso o comportamento deverá ser o da resignação e aceitação da vontade superior sem a questionar, até humilhar-se voluntariamente para apresentar provas da sua fidelidade à religião escolhida. Os crentes anseiam alcançar um prémio pelo seu empenho obstinado. Têm a hipótese, sem garantia, de conseguirem uma recompensa pelo cumprimento exemplar dos ditames da religião adotiva.

Entretanto, enquanto não chegar o prémio de fidelidade e subordinação dos crentes à vontade dos seus mandantes, eles poderão sempre imaginar e sonhar com tal recompensa e esperar alegremente por ela todo o resto da vida.

Captura de ecrã total 10-07-2013 152904

20 thoughts on “A inferioridade moral dos crentes”
  • stefano666

    Padre é decapitado por extremistas islamicos(“rebeldes sirios”) bancados pelo Pentagono, Israel e A.Saudita!
    o vaticano… que tanto fala de martires da Espanha… (e fez show midiatico) se cala diante desse crime !

    http://www.youtube.com/watch?v=WlbHPsUVxjU&bpctr=1373519330

    • stefano999

      Tens razão. Os talibans islâmicos são uns selvagens. Como os irmãos Tsarnaev dos atentados da maratona de Boston.

      • stefano666

        mas nesse caso é montagem hollywoodiano… e esse “amputado” pela bomba já era perneta !!

        • stefano999

          Às segundas, quartas e sextas, acordas contra os extremistas islâmicos da Síria e às terças, quintas e sábados acordas a favor dos extremistas islâmicos da Al Qaeda ? Não tens vergonha ?

        • stefano999

          Este é o Jeff Bauman do atentado de Boston

          • stefano999

            Este é o mesmo Jeff Bauman depois de tratado no Hospital de Boston…

          • stefano999

            E este é o Nick Vogt, que perdeu as duas pernas no Afeganistão. As diferenças entre ele e o Jeff Bauman são evidentes.

          • stefano666

            sei sei… o cara tem as pernas “explodidas”… na sofre hemorragia brutal e ta vivo…. sei…

          • Moloch Baal

            O fifi está a levar-te a fazer figura de idiota e tu estás a merecer.

            Então, segundo a tua teoria, extremistas muçulmanos que estejam a combater os americanos não são capazes de fazer mal a uma mosca e todos os crimes que lhes são imputados são mentira.

            Mas se os mesmos extremistas muçulmanos atacarem um inimigo dos americanos, então já é tudo verdade e já são uns assassinos sádicos capazes de todos os crimes.

            E estamos a falar das MESMAS pessoas…

            Basicamente, para ti, o critério diferenciador do bem e do mal, da verdade ou da mentira é estar nesse momento contra ou a favor dos americanos.

            Não podemos dizer que a tua filosofia ética não seja simples.

            Até é simples de mais…

          • stefano666

            Qual o problema de eu ironizar o Pentagono?? Afinal… o Pentagono chama os terroristas anti-Siria de “rebeldes”….
            O Pentagono considerava Osama como combatente da liberdade nos anos 80….

            O Pentagono é conivente com as armas NUKE indo-pakistanis…. alem de reis escrotos do Golfo…

            Pentagono de santo nada tem.,

    • Moloch Baal

      Este filme faz lembrar a brilhante argumentação dos crentes que aqui aparecem a afirmar que eles próprios, como crentes, são moralmente superiores aos ateus, por não terem uma moral própria, mas uma imposta pela sua religião.

      Está à vista a superioridade de uma moral imposta por uma religião…

      PS

      Não devias por fotos chocantes, porque eles dizem que estás a faltar ao respeito às vitímas.

      Só eles podem encher os blogs com fotos chocantes quando lhes convém.

      Já devias saber estas coisas…

  • kavkaz

    Tens falta de raciocínio e capacidade de refutar o que escrevi. O que lá está é a simples constatação da realidade. Há alguma coisa que não seja a pura Verdade? Não conseguiste desmentir NADA do que eu disse. Apenas deixas arrotos de azia…

    Um conselhopara ti: experimenta beber “Água das Pedras”. É óptima para a azia! E aproveita para pedires a apostasia à Igreja Católica que disseste ter deixado. Serias mais coerente!

  • carpinteiro

    Um troll, na gíria da internet, designa uma pessoa cujo comportamento tende sistematicamente a desestabilizar uma discussão, provocar e enfurecer as pessoas envolvidas nelas. O termo surgiu na Usenet, derivado da expressão trolling for suckers (lançando a isca para os trouxas), identificado e atribuído ao(s) causador(es) das sistemáticas flamewars.

    O comportamento do troll pode ser encarado como um teste de ruptura da etiqueta, uma mais-valia das sociedades civilizadas. Perante as provocações insistentes, as vítimas podem (ou não) perder a conduta civilizada e envolver-se em agressões.

    Formas de agir:

    Há trolls de todo tipo, desde o mais ignorante e rude que xinga e provoca floods, até o mais apto intelectualmente que discursa com o objetivo de desestabilizar o interlocutor e levá-lo à fúria para depois desqualificá-lo, matando seu argumento e abalando sua reputação num forum. Para o troll, a reação a um comentário polémico é considerada uma diversão, uma forma de extrair prazer na indignação das pessoas.

  • kavkaz

    A inferioridade e a submissão…

    • Moloch Baal

      Não gozes que ele pensa que vai para o céu.

      Por falar nisso a reputação desse político remete para a já tradicional orgia de hipocrisia.

      Eles são contra a homosexualidade, mas…

      Será que pensa que dentro do armário deus não vê o que ele anda a fazer?

      Ou será que pensa que, se disser mal com muita força, depois já não faz mal que faça às escondidas?

      A moral que ensinam na EMRC é mesmo um mistério do senhor.

      Porque assim à primeira vista nem parece moral nenhuma.

      Antes pelo contrário…

  • ex-ateu

    “A inferioridade moral dos crentes tem a sua base objectiva na subordinação a postulados religiosos a que voluntariamente aderiram.”

    Inferioridade! A adesão e subordinação aos postulados do ateísmo também é que é uma forma menoridade moral. Aliás, essa sim, é uma forma mais patética de inferioridade moral, pois o ateísmo é amoral – não reúne em sim conceitos objectivos comuns ou valores de moral colectiva. Aí sim, estamos tratar de uma forma grotesca de inferioridade moral e de menoridade intelectual. Um ateu nega aqui que tem na sua frente, desde que não lhe interesse.

    A ética (o que é bom, ou mau …) é definida por crentes, para os crentes de uma dada cultura. Não é definida para os outros, mas pelos próprios crentes, sendo a sua adesão voluntária…. Porém, os parâmetros e limites da moral não factos sociais e culturais. Nunca são factos abstractos. Não existe uma definição de “bom” ou de “mau” totalmente objectiva ou universal. Esse e o preceito base das religiões.

    Contrariamente os ateus, não têm um objectivo colectivo e social e culturalmente aceite e estável. Por tal motivo, o ateísmo é uma forma de dissidência social e cultural e, muitas vezes, uma dissidência da legalidade.

    Uma das expressões de maior ignorância sobre o fenómeno religioso global, é esta:

    “Os chefes religiosos ditam aos crentes regras do comportamento pessoal, as festas que eles devem comemorar e quando, o modo de vestir e em que situações, o que comer e de que forma preparar, como devem pensar, o que dizer e responder, etc.”

    Poucas pessoas acreditarão que esta afirmação pertence a um adulto, instruído e minimamente conhecedor do mundo.

    Este ateu confunde Estado com religião; quiçá, estado ateu vs. religião. É comum, nos estados ateus, a uniformização de comportamentos, de formas de agir de vestir e de pensar. Na Coreia do Norte, um estado actual cuja constituição consagra expressamente tratar-se de um estado ateu, decreta-se o forma como as pessoas podem vestir-se, a forma como cortam o cabelo (existem cerca de vinte tipos de corte e penteado permitidos), o comportamento público (quando são obrigados a rir, a chorar, a olhar para o chão, a calar-se, etc)

    Os chefes religiosos não determinam absolutamente nada. Limitam-se a propor, aconselhar. As comunidades religiosas estabelecem as suas festividades os seus comportamentos colectivos e religiosos, tal como a forma como vivem a sua religiosidade. Os valores socioculturais e éticos são factos colectivos que a sociedade tem como modelos, baseados em princípios básicos de bem-estar, paz, respeito pela vida humana e pela integridade, particular e da colectiva, da pessoa. Não matarás, não roubarás, não cobiçaras, respeitarás os outros, serás verdadeiro, sério e honesto nas palavras, actos e nos pensamentos. Isso não é decretado pelos lideres religiosos, nem por eles é imposto, mas é por eles proclamado como os princípios básicos, sem quais o Homem deixa de ser Homem e passa a ser um simples animal com carteiristas próprias.

    Nas religiões, como nas democracias, como em todos os Estados, como em todas associações, incluindo ateísta, há quem gere, quem determina e quem obedece. Um estado democrático, livre, seja qual for a sua ideologia de base, sem alguém que estabelece regras para todos os outros obedecerem, é ingovernável.

    Quem determina como se pode viver são estados (democráticos ou não), infelizmente, de uma forma bruta, coerciva e cega. E as pessoas aceitam a autoridade moral, institucional e coerciva do estado.

    Não há nenhuma obrigação de “agradecer”, ou qualquer forma de pagamento a ninguém, dentro das religiões, isso são ditames do ateísmo coreano ou chinês. A dádiva voluntária é transversal a todas os sectores . Por ser crente católico e frequentar uma igreja, ninguém tem que paga nada.

    Note-se que os membros desta associação ateia têm que pagar quotas. .

    “As ideias diferentes da sua religião devem ser consideradas como diabólicas”

    Outra mentira ignorante. Todas as ideias que opostas ao bem-estar social e moral da sociedade, são aceites. Apenas são combatidas todos aquelas que ofendem a sociedade, a cultura, a dignidade das instituições sociais, da pessoa humana e a equidade de direitos (o casamento gay é um exemplo de algo que tem que ser combatido, não por motivos religiosos, pois o casamento não é religioso, mas por questões culturais, sociais, civilizacionais e humanas).

    Ao contrário do ateísmo, que é antidemocrático por ser egoistamente pessoal, as religiões são colectivas, participativas e humanitaristas – viradas para as causas da Humanidade.

    Note-se que “humanismo” é hoje um eufemismo que permitiu que chegássemos ou homem –objecto, homem-recurso. Logo, é um contravalor. É tão desumano como individualista e anti solidário.

    Nenhum crente disputa nenhuma prova para ser premiado. Porém, isso é visível aqui neste blogue, onde se estabeleceu uma competição para tentar ver quem é o mais acutilante no insulto aos crentes.

    Note-se que este post, como é regra neste blogue, destina-se a combater os crentes, tentando insultá-los e insinuadas falsidades absolutas sobre eles, Não é sobre as religiões em si, mas sobre os crentes em particular.

    Já me sentei à mesa com alguns de vós, até perceber como perdi o tempo em inutilidades e guerrilhas. Durante o tempo em que fui ateu, se é que fui ateu e não apenas um deprimido e revoltado, senti-me um cão de caça a ser assanhado contra os crentes. Fui incitado e aceitar meias verdades, a dar destaque a interpretações duvidosas e absurdas de determinados princípios ou factos.

    Nunca me senti não inferiorizado e despido de humanidade, como nesse tempo de militância ateia.

    Não sei quem é o Kavkaz, mas sei que tem a mesma falta de massa cinzenta que os outros.

    Este Post é uma ridícula estupidez.

You must be logged in to post a comment.