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Proselitismo católico agressivo

In “Tugaleaks”

“Uma pulseira que tem escrito “EMRC,  eu quero” está a ser distribuída um pouco por todo o país. Os pais criticam a falta de liberdade religiosa e a posição da escola.

O Artigo 41º da Constituição da República Portuguesa é bem claro, no seu ponto 4, quando afirma que “[a]s igrejas e outras comunidades religiosas estão separadas do Estado e são livres na sua organização e no exercício das suas funções e do culto”. Mas o Estado, ou neste caso o Ministério da Educação, deixou várias escolas, um pouco por todo o país, distribuírem estas pulseiras que dizem “eu quero” a alunos que nunca frequentaram sequer a disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica.”

A notícia completa pode ser lida aqui: http://www.tugaleaks.com/pulseira-religiao-moral-emrc.html

 

Comentário:

Proselitismo religioso- porque só produtos de fraca qualidade e origem duvidosa necessitam de publicidade enganosa e agressiva.

 

21 thoughts on “Proselitismo católico agressivo”
  • David Ferreira

    Comentário de Luís Martins, um pai que se manifestou contra esta situação:
    A TODOS OS MEUS AMIGOS: POR FAVOR, PRECISO DA VOSSA AJUDA, NUMA MATÉRIA QUE ME AFECTA A MIM E AO MEU FILHO. POR FAVOR, LEIAM, E SE ASSIM ENTENDEREM, ENVIEM O EMAIL QUE VOS PEÇO. MUITO OBRIGADO.

    O agrupamento de escolas de Stº Tirso assumiu poder dar indicações ás crianças quanto ao rumo que a sua religiosidade devia seguir, enviando-lhes a pulseira que a foto documenta.
    Violando a liberdade rel…igiosa a que as crianças tem direito, imiscuindo-se na educação que os pais tem direito de dar, este agrupamento, de forma arrogante, considera ter o direito de dizer ás crianças qual a confissão religiosa que devem seguir.
    Na minha qualidade de pai e de encarregado de educação, dirigi-me à Escola Tomás Pelayo, onde se encontra sediada a direcção deste agrupamento para reclamar desta situação.
    Fui atendido por uma professora que, de forma rude e mal educada, constantemente me tentava interromper, e por fim, de forma histérica, me gritou que me calasse.
    Como é evidente, recusei calar-me, até porque estava a exercer um direito. Negou-se então a atender-me e, indicando-me uma sala, disse-me que seria atendido por alguém superior hierarquicamente a ela. Assim que entrei na sala que ela me indicou, essa professora fechou-me à chave!
    Uma vez que a dita sala tinha uma outra porta, saí e dirigi-me novamente a ela, confrontando-a com o tresloucado acto que tinha cometido. Um colega, presente na altura, atenuou as coisas, dispondo-se a atender-me. Ouviu-me, anotou a minha reclamação, e pensei que as coisas tinham terminado por ali.
    Qual a minha surpresa quando hoje tomo conhecimento que a direcção deste agrupamento, apresentou queixa à Protecção de Menores, dizendo-me incapaz de tomar conta do meu filho.
    Estou chocado, escandalizado, aterrado, perante a prepotência das instituições que pensam poder fazer o que querem, atropelando os direitos dos outros, violando a liberdade das crianças e a determinação educacional dos seus pais.

    A todos vós, aos meu amigos, faço um pedido muito sentido. É o meu futuro e o do meu filho que está aqui em causa.
    Por favor, ajudem-me a reforçar esta minha posição, enviando um email à Escola Tomás Pelayo, dizendo-lhes que não tem o direito de interferir na liberdade religiosa das crianças, nem no direito dos pais as educarem, religiosamente ou não.

    (PARA ENVIAR EMAIL É SÓ CLIKAR NO LINK INDICADO E DEPOIS EM “FORMULÁRIO DE CONTACTO”. OBRIGADO A TODOS.)

    http://portal.tomazpelayo.com/index.php/contactos-mainmenu-90

    Exmos Srs.,

    Não se compreende que, face à separação entre Estado e Igreja, o agrupamento que dirigem envie pulseiras sugerindo de forma imperativa ás crianças que sigam a educação moral de uma determinada confissão religiosa.
    Menos ainda se compreende que interfiram de forma abusiva na educação que as crianças recebem no seio familiar.
    Mais grave ainda, o facto de um encarregado de educação se ter dirigido a essa escola para reclamar dessa situação e ter sido, por uma docente, impedido de o fazer, de forma desrespeituosa, e ainda para mais, ter tentado fechar à chave numa sala esse mesmo encarregado de educação.
    Não se entende que essa mesma Direcção tente branquear o seu comportamento, apresentando queixa à CPCJ, quando o encarregado de educação em causa apenas fez bom uso de uma direito que lhe assistia.
    Não deixaremos esta situação passar em branco. Seja junto da Direcção da Escola Tomás Pelayo, seja junto dos órgão de comunicação social, iremos exigir que essa Escola tenha um procedimento de respeito pelas crianças e pelos encarregados de educação.

    Com os melhores cumprimentos,

  • orenascido

    Se as pulseiras estão a ser distribuida directamente pelas direcções das escolas por todo o país, essa situação mereceria obviamente censura, mas não acredito na plausibilidade da ocorrência, tão absurda ela é. Por outro lado, nos termos do artigo 8º, e ) da Lei de Liberdade Religiosa, a liberdade de consciência, de religião e de culto, compreende “o direito de informar e se informar sobre religião, aprender e ensinar religião”

    Portugal não é a Albânia de Enver Hoxha nem para lá caminha.

    P.S. Em todo o caso, enquanto cristão não católico, embora reconhecendo a predominância sociológica do catolicismo em Portugal, ressalvo que, em minha opinião, a disciplina de EMRC deveria ser substituída por outra que abrangesse o fenómeno religioso em geral e não apenas a denominação católica.

    • David Ferreira

      Não lhe chegam os programas de televisão, os jornais, o bate-porta incomodativo, os blogues, as redes sociais, os lobbies cristãos, as milhentas de igrejas?

      Esta situação extravasa a discrição aconselhável e entra no campo do proselitismo agressivo, mais ainda porque é dirigido a crianças. As aulas de EMRC são uma aberração porque são tendenciosas. Que se ficassem pela moral, ainda era compreensível e aceitável, mas o que é ensinado é pura propaganda católica.

      A história das religiões deveria fazer parte dos curriculums, mas numa perspetiva histórica, científica e crítica.

      Você não acredita na plausibilidade da ocorrência? Para quem acredita em seres imaginários anda muito descrente… Nem que esta situação se tivesse passado apenas numa escola, já não seria um procedimento correto.

      • orenascido

        Não, não acredito na plausibilidade dessa ocorrência e este DduA farta-se de dar notícias falsas, já não foi a primeira vez. Portugal não é a Albânia nem a Coreia do Norte nem para lá caminha. Tirem daí o cavalinho da chuva

    • David Ferreira

      Ou como uma doença do foro psicológico.

      • Tiago

        A religião é facto social e faz parte da formação. Isto equivalente a: “”as crianças não deviam aprender linguas: tem que apanhá-las no meio ambiente como se apanha o sarampo.!”

        • David Ferreira

          Você deve estar com alucinações. Tome uma limonada. O excesso de desidratação provoca este tipo de raciocínios.

        • Luisa G

          Nem mais.
          Falta a muita gente aprender o que a formação e a socialização humana

  • kavkaz

    Há uns ajoelháveis que querem que o Estado obrigue as crianças a quererem a EMRC… Não basta andarem eles de joelhos e se arratarem pelo chão, como acham que as crianças também devem fazer as tristes figuras que eles fazem na vida.

    O Estado não deve permitir que uma multinacional privada imponha o confessionalismo no ensino público!

  • Tiago

    Em primeiro lugar, para puder falar, informei-me. Coisa que o papá cioso e irresponsável, não terá feito.

    As ditas “pulseiras” foram distribuídas em todas as escolas da região norte. Serão distribuídas, de futuro, em todas as escolas do país.

    Não foram pagas pelo estado, e estão conforme todas as recomendações e normativas para estes tipo de objectos.

    Não foram distribuídas pelo Directo da Escola, mas sim com a sua autorização.

    Correspondem a uma campanha de divulgação de uma disciplina, exactamente igual a muitas outras que ocorrem nas escolas, sejam línguas estrangeiras, sejam cursos profissionais , sejam até turmas novas com planos de estudos diferentes.

    Neste caso a campanha justifica-se ainda mais dado tratar-se de uma disciplina de escola pessoal, ou seja não obrigatória.

    Tudo isto ao abrigo, exactamente, do nº4 do Art. 41º CRP que, como é sublinhado no recorte apresentado, confere e garante que ““[a]s igrejas e outras comunidades religiosas estão separadas do Estado e são livres na sua organização e no exercício das suas funções e do culto”.

    Reconhece a Constituição da República Portuguesa, taxativamente, o direito e a liberdade das Igrejas “na sua organização”, “NO EXERCÍCIO DAS SUA FUNÇÕES” e no exercício “do culto”.

    Uma das função da Igreja é a função formativa da consciência moral e dos valores católicos. O ensino religioso insere-se aí. Isto aplica-se, evidentemente, a outras confissões, embora só mais quatro confissões religiosas usem tal direito.

    Sobre a especificidade da lei, se existissem dúvidas, existiam os pareceres de constitucionalista avalizados, sobre o assunto. Mas não existem duvidas, pois foram sanadas pelo Tribunal Constitucional aquando da ultima adenda da Concordata.

    Não vejo a indignação do autor deste texto e do “tresloucado pai”.

    Conheço, perfeitamente, a escola Tomaz Pelayo, alguns dos seus professores e a cidade de Sto. Tirso. Sei que é uma das mais activas escolas do país e sei, também, que tem, à escala da Europa, um dos corpos docentes “mais bem” preparado, cientifica e pedagogicamente, e com uma educação e formação humana invejável.

    O mesmo não posso avançar em relação ao pai conflituante. Não só porque não o conheço nem conheço os factos, mas porque demonstra ignorância e arrogância suficiente para desconfiar da veracidade de tudo o que relata.

    Desde logo, deveria dirigir-se à directora de turma de sua filha, apresentar-lhe a, eventual, reclamação. Poderia, inclusive, solicitar audiência com o Director da escola.

    Deduzo, inclusive, por indícios do relato que li, que o filho deste conflituante pai, nem frequentava a Escola Secundária Tomaz Pelayo, mas sim um estabelecimento do “agrupamento”. Portanto, não vence narrativa apresentada, é desconexa e injuriosa para a docente envolvida, para Escola e para a Direcção.

    Por outro lado, pela força da narrativa e pelas circunstâncias, fácil será de imaginar um individuo que se apresenta arrogante, agressivo, com uma linguagem que ultrapassa os limites da razoabilidade e da tolerância na falta de educação.

    Das afirmações e actos do “pai” deverá ter decorrido a observação de um carácter negligente, agressivo, instável, grosseiro e perigoso. Daí o pedido de intervenção da CPCJ, na salvaguarda dos interesses do filho.

    Nem que, por engano, a filha tivesse sido inscrita na disciplina de Educação Moral, se justifica tal tipo de comportamento.

    Isto deixa-me dois reparos:

    1 – O tipo de personalidade e de educação dos ateus deste país. Seja aqui. seja na escola ou em qualquer parte, são incapazes de se pautar pela urbanidade, pelas regras de boa educação e pelo respeito aos demais.

    2 – Muitos serão os filhos que são impedidos pelos pais, sobretudo ateus, de se inscreverem em Educação Moral. Este parece ser um desses casos.

    Mas aí, porque a disciplina é facultativa, cabe aos pais tal decisão; se os filhos não tiverem idade para decidir.

    P.S.: Estas e outras lamentáveis cenas, sobretudo com pais ciosos que os filhos se untem com as turmas de Moral, têm acontecido pelo país, das quais posso falar de algumas a que assisti, e a que foi “dada voz de prisão” pelo Directo de Turma ou pelo Director.

    Espero que este pai Rebordões ou de Sta Cristina, ponde muito prezo alguns membros de família de apelido Martins. Estou certo que não pois a educação, onde está, manifesta-se.

    Não deixarei de enviar uma mensagem à Escola Tomaz Pelayo e aos seus docentes, elogiando a sua conduta e disponibilizando o meu apoio.

    • Tiago

      Ressalvo o “puder” pelo “poder”.

      De outro blogue fico a saber, fazendo fé an fonte, que o pai era “Testemunha de Jeová”, mas recentemente diz-se sem religião.

      Também não aconselho ninguém a subscrever afirmações como esta:

      “sugerindo de forma imperativa ás crianças”.

      As afirmações oneram quem as profere.

      • David Ferreira

        A religião tem tanto direito a uma sala de aula como um curso de Tarot, como o espiritismo e outras tantas tretas e charlatanices que tais.

        Religião é a antítese da ciência, do conhecimento. É pura especulação, pura alucinação. Retirem todo o obscurantismo e mitologia barata e fiquem-se pela moral e então já poderemos conversar.

        Tanta palha para se limitar a espelhar o fanatismo demente que tão bem o classifica.

        • Luisa G

          Como dama ofendida!… que mal te fica o papel.

          O Tiago fundamentou bem aquilo que nós já sabemos, mas é sempre bom esclarecer quem não domina o assunto ( o que neste blogue é um problema sério).

          O ateísmo é mais que uma alucinação, é uma forma de delírio. Quem quiser ver gente com sem princípios e sem valores é adentrar-se na ateísmo. Por isso, chega a ser uma ideologia anti-civilizacional e anti-humana

          Começamos por questão da ciência. Se alguma ideologia é anti-cientifica, essa é, sem alguma dúvida, o ateísmo. Se alguma ideologia é especulativa, é o ateísmo.

          Isto não existe porque não vemos, além de uma palermice, é anti-cientifico. Muitas teorias cientificas são simples explicações racionais e assim permanecem durante muitos anos. Já vi neste blogue alguém dar um exemplo simples: “o busão de Higgs” era um simples teoria sem quaisquer provas. Parece que afinal estava certo – há um partícula que está programada por por ordem nas restantes.

          A técnica ateia seria: não se pode provar, não há indícios disso, logo não existe e ponto final.

          Quanto à presença da religião na escola, julgo que estás atrasado uns cinquenta anos no que respeita à tua noção de escola.

          A escola, tal como hoje é concebida, não tem por função exclusiva transmitir conhecimentos científicos. Esses podem até ser os menos importantes. A função da escola é preparar um ser humano para entrar na sociedade adulta. A formação de um ser humano para ser um cidadão válido implica, implica, antes de mais, valores, princípios, regras, civismo. Isso não se aprende em Ciências ou Matemática, mas aprende-se em Educação Moral e Religiosa Católica. Por alguma coisa é que, regra geral, os alunos que não frequentam EMRC são os que registam mais comportamentos desviantes.

          A moral, a ética os valores base da nossa civilização (que estão fundamentados nos valores cristãos), são a parte mais importante da formação de uma criança/jovem.

          Aliás, defendo que deveria existir uma disciplina obrigatória (de etiqueta, boas-maneiras, civismo, etc) que substituísse a EMRC, para os ateus ou quem não quisesse esta disciplina. Claro que não podia ser ateísmo, pois o ateísmo é negação da civilização, não tem valores, não tem um sistema de princípios, não é civilizado nem humanizado.

          Cabe aqui referir, também, que a Igreja alimentou o conhecimento e a cultura durante muitos séculos (já sei o que vais dizer, mas não é verdade), e ainda hoje está ligada a alguns importantes centros de investigação.

          Portanto, o que tu dizes nem merece crédito. Toma um remédio para a azia que isso passa-te.

          Ainda não digeriste o que o Tiago te disse.

          • David Ferreira

            Ó Luisa, toma lá um rato novo e vai dormir. É um favor que fazes a ti própria.

        • stefano666

          David… já ke os cristaos pedem liberdade de ensino religioso… que tal se adeptos de bruxaria e satanismos lecionassem na escola ?? Afinal… liberdade religiosa acima de tudo !

          a Associação Lusa de Satanismo adoraria lecionar tambem!

          http://www.apsatanismo.org/

  • Carlos Esperança

    David Ferreira: Pretendi fazer um link para o seu post mas penso que os devotos têm procurado atacar o nosso sítio.

    • David Ferreira

      Também tenho estranhado a quantidade de vezes que o sítio está em baixo ou que não funciona normalmente. Será isto fruto de alguma mezinha informática? Mas se for, não deixa de ser bom sinal. Ambos compreendemos porquê.

      Abraço

      • Cecilia

        David Ferreira, admiro a sua preocupação, mas será que n está a ser um pouco radical, pois só aceita a pulseira quem quer. Na escola da minha filha também houve essa iniciativa e os miúdos que n tinha moral foram pedir aos professores, para lhes arranjarem uma.
        Será que você dá apoio ao seu filho se ele um dia escolher outra religião, que não a sua, pois eu dei!

        • David Ferreira

          Darei o meu apoio às escolhas que qualquer pessoa fizer. Não o farei em casos de pura propaganda enganosa, sobretudo quando for destinada a crianças.

          Primeiro, não existe aqui liberdade de escolha. A escolha vai apenas num sentido. Não posso concordar com tal. Segundo, não há inocência aqui, há puro proselitismo católico encapotado.

          Quanto às pulseiras, todos fomos crianças, qualquer adereço que venha de borla é sempre bem vindo

          Concordo com o ensino de moral. Aliás, a moral é algo muito subjetivo. Para uma criança seriam mais adequadas, porventura, aulas de civismo. A moral é secular. Não é exclusiva a nenhuma religião. É do Homem, não dos católicos, dos judeus, dos muçulmanos. Há princípios e bases morais que são universais. Quanto à parte religiosa, não posso concordar. São fantasias e alucinações específicas a uma determinada crença. As crianças precisam de verdades, não de suposições. Para fantasias já existe o Pai Natal e a Fada dos Dentes.

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