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A (in)compatibilidade.

O Alfredo Dinis e a Palmira Silva debateram, no Contraditório, a compatibilidade entre ciência e religião (1). O Alfredo defendeu que são compatíveis, a Palmira defendeu o contrário. Como já escrevi aqui várias vezes, estou do lado da Palmira nisto. No entanto, não me parece que a Palmira tenha argumentado bem em suporte desta tese e, por isso, não resisto meter o bedelho. Vou só despachar o Alfredo primeiro.

O Alfredo defende que a ciência e a religião, em que “religião” quer dizer a dele, parecem ser incompatíveis apenas porque muitos interpretam mal os livros religiosos, em que “livros religiosos” quer dizer a Bíblia. Interpretando a Bíblia correctamente, em que “correctamente” é como o Alfredo diz interpretá-la, já fica tudo resolvido. Assim, o Alfredo pode dizer que «Nunca senti que o conhecimento científico abalasse a minha crença em Deus». Mas a questão não é se é possível definir e redefinir as crenças religiosas de forma a evitar contradições com o conhecimento científico. A questão é se a ciência é compatível com a religião. Inadvertidamente, o Alfredo demonstra que não: «A religião representa a recusa de acreditar que a vida humana não tem qualquer importância num universo que teria surgido por acaso e onde a Humanidade teria aparecido igualmente por mero acaso.» Esse cliché de ser preciso acreditar num deus para dar valor à vida é um disparate que, espero, já não exige refutação. Mas, à parte disto, o Alfredo afirma que a religião exige “a recusa de acreditar” em certas hipóteses. Categoricamente, e sejam quais forem as evidências que possamos vir a ter, o religioso recusa acreditar, por exemplo, na hipótese de não existirem deuses. Esta rejeição categórica de uma hipótese é incompatível com a ciência. QED.

A Palmira foca os conflitos históricos entre ciência e religião, dá exemplos interessantes e não diz nada que me pareça errado. No entanto, falha o fundamental. Afirmações como «a religião assenta na fé […] e a ciência em factos» ou «todas as “verdades” religiosas nas respectivas áreas de estudo foram refutadas cientificamente» enfraquecem o argumento porque não são consensuais. O crente dirá que há factos religiosos e factos científicos e que as verdades mais importantes da religião são inatacáveis. É verdade que isto exige usar os termos de forma subtilmente diferente, mas primeiro que se deslinde o que se quer dizer com “factos”, “verdade” e “científico” atolamos num lamaçal de desculpas onde é quase impossível progredir. Já lá estive; sei como é. Afirmar que a ciência assenta «no método científico» também adianta de pouco e até ajuda a ideia, falsa, de que a ciência é um jogo que se pode jogar num canto sem interferir com a religião que se joga no outro. Eu proponho uma abordagem diferente.

Por um momento, deixemos de parte a conversa da ciência e da religião. Em vez disso, vamos considerar um objectivo simples: quero que a minha concepção da realidade corresponda, o melhor possível, ao que a realidade é. Ou, parafraseando um professor de filosofia que tive, ninguém gosta de ser enganado*. Se é isto que quero, então o ponto de partida em qualquer questão acerca da realidade não pode ser acreditar, ter fé, desejar ou recusar alguma hipótese. Isso iria subordinar a resposta a um preconceito, precisamente o contrário do objectivo inicial. Se quero moldar, tanto quanto possa, as minhas ideias à realidade tenho de começar sempre por “não sei”. No ponto de partida tenho de ter as opções em aberto e só depois, com informação que o justifique, posso seleccionar entre as várias alternativas.

Isto, feito com afinco, é ciência. Se não sei a resposta tenho de considerar várias hipóteses. Como não sei, à partida, qual delas é a correcta tenho de encontrar forma de as testar, de as confrontar umas com as outras e de confrontar todas com a informação que obtenha acerca do que quero saber. Mesmo que uma hipótese sobressaia como claramente melhor do que as outras, tenho de manter em aberto a possibilidade de mudar de ideias por encontrar dados que a contradigam ou me ocorrer outra hipótese ainda melhor. Também tenho de estar sempre atento aos erros e garantir que a justificação para optar por uma hipótese em detrimento das outras não depende de crenças ou preferências pessoais. É isto, grosso modo, a que chamamos ciência.

A religião não é incompatível com a ciência no sentido de um cientista não poder ser crente. É possível abordar uns problemas com fé e outros com vontade de saber. Também não é incompatível no sentido dos produtos de uma serem forçosamente inconsistentes com os produtos da outra. Como o Alfredo explica, pode-se sempre reinventar os relatos religiosos de forma a resolver esse problema. Não se vê o escaravelho gigante que rebola o Sol pelo céu? Pois claro que não se vê. É um escaravelho invisível. Amén. A religião é incompatível com a ciência porque o objectivo e o ponto de partida são diferentes. O objectivo da fé religiosa não é mudar de ideias conforme as evidências. É agarrar um dogma com toda a força e nunca o largar. Por isso, o ponto de partida da religião não pode ser “não sei”. Pela fé o crente tenta convencer-se de que já sabe o mais importante. Não há consenso entre os crentes acerca do que isso seja. Pode ser o que está no Korão ou no Novo Testamento, pode ser lido à letra ou como metáfora, pode ser um deus ou vários. Mas, seja como for, o ponto de partida de cada religião são os dogmas que a fundamentam e o seu objectivo é nunca abdicar deles. É isto que é incompatível com a ciência.

* A disciplina era Filosofia Contemporânea mas a matéria que ele deu foi só sobre Kierkegaard, um teólogo protestante do século XIX. Daí que a coisa que mais vivamente me lembro dele foi dizer que ninguém gosta de ser enganado…

1- Contraditório, É possível conciliar ciência e religião?

Em simultâneo no Que Treta!

42 thoughts on “A (in)compatibilidade.”
  • orenascido

    O Ludwig parte de um conceito que também necessita de ser clarificado. O que é para ele isso de ” ciência” ? A abiogénese é ciência ? A teoria cosmológica do “cego acaso” é ciência ? O pressuposto materialista de que a consciência é mero resultado das funções cerebrais é ciência? A teoria sobre a inteligência artificial é ciência ? A teoria sobre a gestação espontânea é ciência ? O darwinismo tem estatuto de ciência, empiricamente demonstrado? O Ludwig que venha aqui esclarecer, de forma fundamentada, e não com meros jargões panfletários, se todas essas teorias são científicas, que eu depois debato com ele.

  • Carlos Esperança

    É fácil aderir aos argumentos de Ludwig Krippahl. O dogma é o calcanhar de Aquiles dos crentes.

  • Provocador

    “EUA, UM POVO POUCO DADO A PENSAR”

    Local de exibição: DduA
    Encenador: Carlos Esperança:
    Actor Principal: o próprio encenador

    • Ateu Visionário

      “A lucidez e a mestria com que o Carlos Esperança escreve não precisa
      de comentários. É como virarmo-nos para o mar apenas para o contemplar”

  • David Ferreira

    Este tema tão em voga nos debates entre ateus e crentes, apesar de interessante, parece-me incongruente. Talvez a paixão que suscita se deva ao facto de muitos dos que encabeçam ou encabeçaram este movimento agora designado por “novo ateísmo” serem cientistas de renome, talvez se deva ao facto de as grandes descobertas científicas terem destruído por completo muitos dos grandes dogmas das principais religiões, despoletando uma reação apaixonada por parte destas. Na realidade, ambas são incompatíveis pela simples razão de o seu objetivo, já para não falar do método, ser absolutamente distinto.

    O objetivo da ciência é desvendar a realidade que nos rodeia, não apenas por mera curiosidade mas para que dela possamos tirar o máximo proveito. Utiliza o conhecimento adquirido para explorar o desconhecido. Teoriza, experimenta, erra, aceita, experimenta de novo, confirma, encontra melhor solução, experimenta uma outra vez, reconfirma, produz nova teoria e por aí fora, recusando o dogma. A ciência ocorre todos os dias, feita ou não por cientistas, sempre que uma nova realidade se nos depara. A ausência de dogmas é o que tem feito a humanidade evoluir tecnologicamente e o avanço tecnológico é o que nos tem feito evoluir mais “humanamente”.

    A religião, ao invés, alicerça-se na crença, na superstição, no desejo, na ignorância de outrora aceite hodiernamente, no sonho, no medo da finitude existencial, no apaziguar do sofrimento que o Homem ainda não conseguiu perceber. Afirma verdades absolutas, como o comprovam as suas doutrinas e as primeiras páginas das compilações principais dos seus textos doutrinários, uma afirmação que apenas confirma a certeza de quem os escreveu e de quem neles crê e não as certezas paralelas de quem convive com realidades socioculturais e históricas completamente diferentes. Os líderes de algumas destas principais religiões, vendo-se acossados pelo conhecimento produzido pelas novas descobertas, procuraram adaptar-se às novas, indesmentíveis e muitas vezes irrefutáveis realidades, incluindo-as sagazmente no seu reportório apologético, como forma de comprovar ou justificar as suas convicções. Assim surgiram as interpretações metafóricas tão em voga nos dias que correm sempre que o absurdo ocorre e a explicação consentânea não satisfaz.

    O debate que o Ludwig descreve decorre da premissa da possível compatibilidade entre religião e a ciência. Não há compatibilidade entre a proficiência de uma vacina contra a lepra e o sonho de uma hipotética vida eterna. Uma pode ser comprovada por qualquer ser humano, outro fica ao critério da personalidade e da interpretação de cada um.

    Se são compatíveis? Não me parece. Se podem ambas coabitar democrática e pacificamente? Não só podem, como devem.

  • Provocador

    ATEU…

  • kavkaz

    Ciência – conhecimentos baseado em experiências e estudos.

    Religião – doutrina religiosa, culto a divindade(s)

    Ciência e religião têm conteúdos e métodos diferentes. A ciência baseia-se no conhecimento e experiência obtidos para chegar a conclusões, apresenta em que se baseia o que afirma; já a religião centra-se na fé da existência de deuses e nos dogmas, sem comprovar tudo o que afirma.

    São compatíveis? As pessoas utilizam uma ou outra ou as duas ao mesmo tempo conforme os seus desejos e interesses. Podem compatibilizá-las ou não. Ciência e religião não vivem per si, são criações das pessoas. São estas que decidem ou não compatibilizar ciência e a religião conforme a própria vontade.

    • Apolo13

      Bom!

      Comece,os por um exercício simples.

      A origem da Lua.

      Pergunta nº 1 – a origem da existência física da Lua é uma questão da religião ou da ciência?

      Existem várias teorias cientificas sobre a existência (sua origem/formação) da Lua.

      Pergunta nº 2 – Qual destas teorias retira anula a hipótese de Deus ter determinado que fosse assim (que a lua se formasse assim, que existisse ou não)?

      Pergunta nº 3 – o que é a existência da lua ou a sua formação interessa para a religião católica ou os valores católicos?

      • Apolo13

        Pergunta nº 3 – em que aspecto a existência da lua ou a sua formação interessa para a religião católica ou os valores católicos?

        • Apolo

          Teimosia. Eu estou certo, eu estou certo………………………………………………………………………….

        • kavkaz

          antolo, com capacete lunar,

          Estou habituado a que gostes de fazer perguntas aos ateus, mas quando eles te fazem perguntas simples NUNCA respondes. Enfias o rabinho entre as pernas e desapareces!

          Se eu te fizer agora o mesmo que costumas fazer aqui não fiques chateado… É que não me apetece aturar-te e não mereces o meu respeito!

      • Apolo

        “Qual destas teorias retira anula a hipótese de Deus ter determinado que fosse assim (que a lua se formasse assim, que existisse ou não)?”
        Deus também fez um Universo desmesuradamente enorme apenas para que uma espécie, e só uma, num planeta insignificante o pudesse adorar.

        • Apolo13

          Não leste na doutrina cristã tal afirmação.

          Eu acredito que exista vida no universo, vida inteligente em diferentes estádios.
          Já no que respeita ao aspecto físico dos seres inteligentes, a coisa pode não ser igual.

  • Moloch Baal

    “então o ponto de partida em qualquer questão acerca da realidade não pode ser acreditar, ter fé, desejar ou recusar alguma hipótese. Isso iria subordinar a resposta a um preconceito, precisamente o contrário do objectivo inicial. Se quero moldar, tanto quanto possa, as minhas ideias à realidade tenho de começar sempre por “não sei”. No ponto de partida tenho de ter as opções em aberto e só depois, com informação que o justifique, posso seleccionar entre as várias alternativas.

    Isto, feito com afinco, é ciência. Se não sei a resposta tenho de considerar várias hipóteses. Como não sei, à partida, qual delas é a correcta tenho de encontrar forma de as testar, de as confrontar umas com as outras e de confrontar todas com a informação que obtenha acerca do que quero saber. Mesmo que uma hipótese sobressaia como claramente melhor do que as outras, tenho de manter em aberto a possibilidade de mudar de ideias por encontrar dados que a contradigam ou me ocorrer outra hipótese ainda melhor. Também tenho de estar sempre atento aos erros e garantir que a justificação para optar por uma hipótese em detrimento das outras não depende de crenças ou preferências pessoais. É isto, grosso modo, a que chamamos ciência.”

    Fico verdadeiramente banzado.

    Vocês nem sequer têm consciência de que os argumentos que usam contra os crentes também se aplicam a vocês !

    Se TODAS as hipóteses não podem ser recusadas e se é preciso manter em aberto TODAS as possibilidades, então evidentemente que TAMBÉM a hipótese de deus existir TEM de ser mantida em aberto.

    Isto é tão óbvio que só o fanatismo pode impedir de ver uma coisa destas.

    Vocês são tão dogmáticos e preconceituosos como os crentes.

    • kavkaz

      Moloch Baal,

      A hipótese do “Deus” da Bíblia está fora de questão pelo simples facto do que lá vem narrado ser inventado. Não aconteceu nada daquilo que o Gênesis descreve. Aquele “Deus” é falso, inexistente. Arranjem outra estorieta da criação do mundo para tentarem convencer os ateus.

      O Universo não precisa de ninguém para o movimentar e é super gigante para algo ou alguém o conseguir controlar. A Ciência já consegue explicar o seu movimento e expansão e contraria as afirmações religiosas. Não serão necessários deuses para compreender o Universo. Só os utiliza quem quer…

      Falar-se em fanatismo, dogmas e preconceitos nos ateus é tentar aplicar as próprias regras do pensamento a quem tem a mente aberta ao conhecimento.

      • Moloch Baal

        Eu não me estou a referir ao deus concreto do génesis, com sarça ardente etc.

        Evidentemente que quanto mais ao nível do pormenor se entra, tipo especificar pormenorizadamente aquilo que deus quer que nó façamos, em relação àquilo de que não se sabe nada, o afundamento no ridículo torna-se inevitável.

        Estou a falar na hipótese de deus em geral, do qual eventualmente o deus do génesis poderá ser, ou não, um reflexo, uma intuição dos crentes.

        Mesmo que todas as religiões sejam falsas essa hipótese não está comprometida por elas.

        Porque um eventual deus poderá simplesmente nada ter a ver com aquilo que os proponentes da sua existência andam cá a fazer e das lendas que criam à volta dessa ideia.

        Se o autor do texto afirma que um crente não é compatível com a ciência porque não pode por de parte NENHUMA hipótese, concretamente a de que deus pode não existir.então também um ateu não o será, porque também não aceita a hipótese de que deus exista.

        Quanto a que a hipótese de deus seja necessária ou não para a existência do universo NADA tem a ver com a hipótese em si, mas apenas com eventuais elucubrações em volta da mesma.

        Quando não se sabe nada sobre um determinado assunto, opinar sobre o mesmo com certezas absolutas e finais, como se se estivesse de posse de todos os dados e de toda a verdade do mundo é fanatismo e preconceito puro e simples.

        • kavkaz

          Se eu digo, baseado nos conhecimentos que os estudos científicos apresentam, que o Universo não precisa de deuses no seu movimento, no aparecimento de estrelas e planetas, não precisa de deuses para os seres vivos aparecerem ou desaparecerem, então não há deuses de que as religiões nos falam e inventaram.

          As religiões são uma maneira de ter Poder sobre as pessoas e é um NEGÓCIO. É um modo de vida… Pouco lhes importa se dizem burrices ou não. O que lhes interessa é ter as caixas de esmolas e as sacos cheios de dízimos. Para isso têm de enfiar as balelas nas cabeças dos pobres de espírito. Mais nada!

          • Apolo13

            Estás a dizer asneiras sucessivas.

            E vou começas pelo fim.

            Tu confundes religiões com o clero. Acusas as religiões de “caixas das esmolas” e “sacos cheios”, de forma ignorante e ignóbil. Arrisco dizer que mais de 98% das pessoas não lucram monetariamente nada com as religiões, não recebem nada de material em troca.

            A tua afirmação imbecil só gozaria de alguma contextualização racional se dissesses. “alguns clérigos” de “algumas religiões”.

            As religiões não têm “poder” (no sentido legitimista do termo) sobre as pessoas. Pode exercer influência, mas não poder.

            “Se eu digo, baseado nos conhecimentos que os estudos científicos apresentam, que o Universo não precisa de deuses no seu movimento, no aparecimento de estrelas e planetas, não precisa de deuses para os seres vivos aparecerem ou desaparecerem..”

            Se tu dizes, e estás no teu direito, é asneira.

            Absolutamente nenhum estudo ou conhecimento científico prova (ou deduz) que o Universo, todo e qualquer dos seus componentes naturais, incluindo a vida, sejam ou não fruto da intervenção de Deus, tampouco provam que o “acaso” deu origem a algo, ou que foi Deus.

            Existem opiniões pessoais de académicos e cientistas, baseadas nas suas convicções, na crença da existência ou não de Deus, em deduções baseadas na correlação sucessiva de fenómenos, interpretados à luz dos seus “interesses” ideológicos.

            Por exemplo, Stephen Hawking, constrói um conjunto de explicações pessoais, jogando com conceitos como “espaço”, ” tempo”, “massa” e “energia”, mas são simples convicções suas, não demonstradas nem provam nada. Tem todo o direito às suas afirmações, mas não são mais válidas do que quem afirma o contrário, nem provam mais ou mesmo do que aquelas que dizem o contrário.

            Um exemplo simples; quando, juntamente com Penrose, explica que um buraco negro (que se torna importante como singularidade) pode surgir do colapso de estrelas moribundas, onde está afastada a hipótese de Deus ter determinado que assim seja, ou onde está provado o contrário.

            “… então não há deuses”

            É uma afirmação tua, mas não uma conclusão da ciência nem encerra em si nada de científico.

            Podes continuar a dar as tuas opiniões, são tão divertidas como as do Krippahll, mas muito menos educadas e têm a mesma validade que as dos todos os comentadores

          • Anti tolo

            Só eu é que estou certo! Pronto, eu tenho que ter razão. Todos os outros estão mal. Todos os que duvidam da existência de deus estão errados. Pronto! Porque eu quero! Eu é que sei. Lálálálálá…..

          • kavkaz

            Antolo, multiniks, com capacete na Apolo 13,

            Quem te disse a ti que eu confundo clero e religião? Se pensas assim, falhaste redondamente! O imbecil, como me apelidaste, és tu! Já aqui o tens mostrado mil vezes!

            Existem estudos fidedignos, sim, que comprovam a existência do Big Bang, que a tua desgraçada Bíblia ignora e desmente pela descrição da “criação da terra”, assim como o posterior desenvolvimento do Universo. Queem frequenta a catequese não pode saber destas coisas. Lá não ensinam estas coisas simples.

            O cientista Stephen Hawking sabe mais com os olhos fechados do que tu ajoelhado!

            A minha afirmação de que “não há deuses” está corretíssima! Tudo se movimenta sem eles e tu, nabo antolo não consegues provar o contrário!

            Padreco antolo, tu aqui falas sozinho. Nem a tua mulher ateia conseguiste convencer! Vai chatear o teu Jesus Cristo que engoliste. O gajo que te ature que eu não sou teu Pai!

            Não te ponhas a ofender os outros, pois mostras a merda da educação religiosa que tens.

          • Apollo14

            Posso, agora, chamar-te imbecil e estúpido, pois tu afirmas que eu tenho “caixa de esmolas” e “sacos cheios”.

            Essas desonestidades podem fazer parte da tua vida de bandido ateu, mas não da minha.

            Quanto ao resto, permaneces estupidarão ignorante e mentiroso de sempre.

            Onde está escrito na Bíblia que não existiu Big Bang?

            Onde está escrito que a matéria não é composta por moléculas, estas se dividem em átomos, e por aí fora?

            Onde está escrito na Bíblia que não existe a lei da Gravidade, da atracção universal, da inércia, de Joule, de Ohm, de Lavoisier, etc?

            Onde está escrito na Bíblia que que o genoma humano não existe ou não é composto por 23 cromossomas?

            Onde está escrito na Bíblia que as estrelas não são corpos gasosos que funcionam for fusão atómica?

            Onde está escrito na Bíblia que a teoria da relatividade não é verdadeira?

            Poderia continuar a perguntar, onde…? onde…?

            Agora vais argumentar, como ar de besta cínica e imbecil, que “não diz que existe nada disso”.

            Evidente que não! A Bíblia contém informação que de destina a estabelecer um conjunto de valores e princípios em que assenta a religião. Como tal, uma boa parte das explicações são narrativas com valor moral. No Novo Testamento, inclusive, demarcam um estilo literário definido como “parábola”.

            A tua interpretação da Bíblia, e o que tu pretendes que lá exista, é a mesma coisa que exigires que o rótulo de chocolate contenha toda a informação sobre a estrutura molecular e atómica de todos os componentes, reacções produzidas fazendo a síntese dos elementos, suas características, declinação, historia da sua observação, etc.

            Tu e o Krippahll, dois asnos sem neurónios a vender banha da cobra.

          • Apolo13

            Fui promovido a Apolo14, mas era apolo 13

          • Anti tolo

            ….

          • Moloch Baal

            “As religiões são uma maneira de ter Poder sobre as pessoas e é um NEGÓCIO. ”

            Repito. Isso nada tem a ver com a hipótese de deus em si mesma.

            “Universo não precisa de deuses no seu movimento,”

            Na questão das origens a gente sabe lá do que é que o universo precisa.

            Conseguimos recuar até ao big bang.

            E antes?

            E será único ou haverá infinitos big bangs?

            Existe matéria e energia.

            Como e porquê?

            A ciência ainda não explica nem um milionésio do universo.

    • Apolo

      Estás a ver o filme ao contrário. Acho que a ciência ou os cientistas não colocam nenhuma hipótese de lado, apenas se empenham nas mais prováveis. Mesmo os cientistas ateus colocam essa hipótese, apesar de ser muito improvável. O que é certo é que, como diz o kavkaz, tudo o que é relatado pelas religiões é inverosímel e já se provou como inexistente. Teriamos que inventar uma nova religião ou uma nova filosofia que se adaptasse aos conhecimentos obtidos até agora.

      O que aqui se contraria são as afirmações dos crentes e das religiões, não as hipóteses.

      Tu apenas estás a procurar atribuir razão ao teu agnosticismo. Prestas um grande serviço aos crentes, ao mesmo tempo que julgas ser dono da razão toda. Não sei que quem é o dogmático aqui.

      • Moloch Baal

        As religiões existentes nada provam contra ou a favor da hipótese de deus.

        Simplesmente não é disso que estamos a falar.

        Os crentes podem arranjar as confusões lendárias que quiserem em torno da ideia, que isso nada tem a ver com a hipótese em si, da existência de deus.

        Quanto a admitires a possibilidade da existência de deus e apenas criticares aquilo que se diz em nome dele, então tenho a alegria de constatar que fazes a diferença em relação à maior parte dos ateus que aqui estão, porque, se leres os textos com atenção, não é isso que eles dizem.

        Quanto a mim, se me consideras dogmático por fazer a mesma coisa que tu dizes que fazes, não vale a pena entrar em mais pormenores.

        • Apolo

          Tudo depende daquilo que tu interpretas como hipótese de um deus. Que tipo de deus? Um deus interventivo? Indiferente? E de que forma? Um ser? Um ser imaterial? Um não-ser? Energia? Algo?

          A hipótese do bule de chá parece-me correta. Podemos teorizar sobre tudo. Até sobre o muito improvável.

          • Moloch Baal

            Que tipo de deus?

            Eu sei lá.

            É isso precisamente que quero dizer.

            É melhor simplesmente admitir que não sabemos do que declarar de cátedra verdades finais, oficiais e absolutas sobre coisas das quais nada sabemos.

            Claro que o podemos fazer. Mas isso chama-se dogmatismo.

            Mesmo que seja dogmatismo humoristico, como essa do bule.

    • João Pedro Moura

      MOLOCH BAAL disse:

      “Se TODAS as hipóteses não podem ser recusadas e se é preciso manter em aberto TODAS as possibilidades…”

      Quem é que disse, implicita ou explicitamente, que “TODAS as hipóteses” estariam em aberto ou não poderiam ser recusadas???!!

      • Moloch Baal

        “então o ponto de partida em qualquer questão acerca da realidade não pode ser acreditar, ter fé, desejar ou recusar alguma hipótese. Isso iria subordinar a resposta a um preconceito, precisamente o contrário do objectivo inicial. Se quero moldar, tanto quanto possa, as minhas ideias à realidade tenho de começar sempre por “não sei”. No ponto de partida tenho de ter as opções em aberto e só depois, com informação que o justifique, posso seleccionar entre as várias alternativas.”

        Krippahl dixit

        • João Pedro Moura

          MOLOCH BAAL

          “… não pode ser (…) desejar ou recusar alguma hipótese (…) e ter as opções em aberto” referia-se, o Ludwig, ao preconceito dos crédulos, em instituir “deus”, como única hipótese, mas no caso deles, certeza da causa primordial da matéria universal.

          Mas, para os ateus, “deus” nem sequer é hipótese…
          Porque, uma hipótese é uma explicação plausível de factos, provisoriamente adotada, para verificação metódica e experimental.
          Ora, pretender que houve uma causa primordial e que essa causa é “deus”, com tudo o que as religiões lhe atribuem, sem escorar devidamente tal afirmação, infirma-a, concomitantemente…
          Logo, sobre “deus”, a consideração é: inadmissibilidade de hipótese…
          Assim, também os pretensos agnósticos não poderão equiparar e chamar à colação o que não é equiparável.
          A pretensa hipótese “deus” nem sequer é debatida nos meios científicos, como causa primordial de nada…
          Simplesmente, não é admitida…

  • JJ

    A hipótese de de Deus é tão pouco provável que os ateus passam os dias a contestá-la.

    • Apolo13

      Já o fazem, incansável e arduamente, há séculos e nunca conseguiram refutá-la.

      • Apolo

        Nunca conseguiram refutá-la? Em que mundo é que vives? Já está mais que refutada, vocês apenas não o querem aceitar. Todos os deuses, antigos ou recentes, estão refutados. Todos! Que queiram acreditar numa outra possibilidade para a explicação da realidade, é uma coisa. Agora afirmar que não se conseguem refutar as crenças existentes é de uma mediocridade quase indecente.
        E mesmo que não se conseguissem refutar, também não se podem confirmar, pelo que não há motivo nenhum para a existência de religiões organizadas a espalharem mentiras como sendo verdades.

        • Apolo13

          Sim, APESAR DA INCESSANTE BUSCA NUNCA NINGUÉM REFUTOU, COMPROVANDO, A EXISTÊNCIA DE DEUS.

          Evidente que, se tu criares um deus, lhe deres uma imagem mais à tua escolha e quiseres que alguém o aceite, eu serei o primeiro a dizer que não existe.

          A percepção que cada um tem de Deus, mesmo tu que, aparentemente, dizes que ele não existe (mas insistes tanto tentar justificar a tua afirmação não suportada em nada, que todos percebemos que a existência de Deus é um problema que atormenta e não uma ideia inválida), depende de uma infinidade de factores.

          A religião, ao contrário do que defendeis (todos os ateus, do mais reles – kavkaz, ao mais educado – Kripahll), não é um corpo ideológico simples, do tipo: existem uns livros, dizem umas coisas e isso é a religião.

          Nada disso. Existem muitos mais livros a falar de Deus e de deuses do que religiões.

          A religião divide-se em dois ramos. Uma parte – a teologia, mais teórica e dogmática e filosófica; e uma outra parte – a prática, mais baseada na vivência humana e na cultura.

          Esta segunda parte pode ser pragmática, ritual, social e cultural, antropológica, cientifica… tudo o que quiseres. É provisória e acompanha a sociedade, sua evolução, seu conhecimento, seus anseios e problemas.

          A ciência entra aqui. SE pegar num qualquer elemento natural, a sua existência depende da bondade/vontade do Criador, pois sem a sua anuência ele não existia. A forma como está feito, para serve, como pode ser utilizado, se é bom ou mau, e daí até ao mais ínfimo pormenor, são assuntos que a ciência pode perceber, explicar, imitar, etc. Mas a ciência não pode negar que a existência desse elemento, a forma como funciona ou como é constituído, sejam “responsabilidade” de Deus. Os ateus substituem Deus pelo “acaso”, mas acabam baralhados e dão-lhe poder de decisão, capacidade de gerar leis regulares, intenção nos actos, capacidade de codificar informação, etc.

          A treta do Kripahll, pelo menos no que respeita a este assunto, faz-me lembrar alguém que coloca um esfera em rotação perdida o no Especo cósmico e depois se entretém a tentar definir qual é “a parte de cima” e a “parte de baixo”. Absurdo sobre absurdo.

          Cansei da vossa estupidez e mediocridade intelectual. Vou a Marte!

          • Anti tolo

            Antolo faz rir os ateus.

      • JJ

        Pois é. Eles ficam tolhidos nos seus próprios argumentos. Existe algum site contra o Bule Voador ou contra a Fada dos Dentes ? Os ateus não percebem nada de lógica elementar. Têm muita prosápia, mas depois caem constantemente no ridídulo.Pobre ateísmo em Portugal. É de uma fragilidade intelectual confrangedora.Só conseguem viver na sombra de Deus, coitados.

        • Anti tolo

          O bule Voador nunca causou mal a ninguém e a Fada dos dentes consta que não andasse a ensinar mentirinhas às criancinhas. Deixa-te andar, Antolo. És o maior. Já recebeste o cheque dos tipos da Opus Dei. É que já mereces depois de tanto esforço.

          Adoro a tua lógica elementar. É de uma sabedoria tão grande!… Pena que não passes de um Deista recalcado.

          • JJ

            Não respondo a provocações e a minha educação não me permite baixar de nível…

          • Anti tolo

            Já baixaste poucas vezes, já! Deixa-te estar. Não te esqueças de pagar o IRS pelo que a Opus Dei te paga. O país precisa urgentemente de verbas e esses tipos são cheios de guito.
            PS: tu não podes baixar de nível porque não o tens.
            Bjs deste teu Antitolo

  • Apolo

    É impressão minha ou o Bobo residente do DduA desaparece sempre que a conversa se torna interessante. Fala tanto e, afinal, quando é a sério, cala-se que nem um rato. Tanto paleio para nada. Debater, nada. É um deísta perdido.

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