O ateísmo estuda as religiões e conclui que os deuses não existem nem nunca existiram, são uma invenção da imaginação humana para explicar de alguma forma “racional” o seu desconhecimento sobre o que o rodeia.
Os ateus falam as vezes que entenderem sobre religiões. E falarão sempre enquanto houver vigaristas, como o “provocador” antoniofernando, que tentam ludibriar os crentes.
A Democracia é assim, é para se falar do que se desejar e não são os atrasados mentais crentes que nos devem calar! Toma que é democrático!
Errado!
O ateísmo não estuda nada. O ateísmo como corpo ideológico, seja prático seja teórico, nem sequer existe.
Existe um conjunto, disforme e heterogéneo, de pessoa que se dizem ateus, determinam entre eles, por aproximação, um conjunto de critérios básicos (eventualmente, alguns preceitos podem ser considerados indispensáveis) e adesão ao ateísmo faz-se por declaração conjuntural. Hoje pode declarar-se ateu, aqui; manhã pode ser crente, além.
Nada de incomum. São muitos mais os que se dizem adivinhos, descendentes de (ou abduzidos por) extraterrestres, vegan, góticos, dreds, etc.
Portanto, primeiro necessita existie algo que seja institucionalmente chamado de ateísmo, para depois estudar, seja o que for.
“O ateísmo (…) conclui que os deuses não existem nem nunca existiram…”
Pondo de parte o que já se disse, “conclui” de forma individual e subjectiva, por simples posição pessoal (que pode não exteriorizar, ou revelar). Outra forma de concluir não tem.
Sobre a noção de democracia, aconselho-te a consultar um manual do ensino básico. Se confundes democracia com liberdade de expressão, convém que lhes mistures tolerância e respeito. Isso começa, exactamente, por não te achares superior a ninguém, nem chamar “atrasados mentais” aos crentes, até porque, “democraticamente”, eles são uma rotunda e estrondosa maioria – logo, em democracia (que tu chamaste à colação) é a sua convicção que conta, por mais que inventes, que te desculpes e contorças.
Óh, Helder, tu não estudaste ateísmo… É um problema teu. Mas eu já estudei. E lá porque tu nunca estudaste religiões diversas não quer dizer que não haja quem já as tivesse estudado. Fazer esse estudo faz parte do caminho para se chegar a ateu convicto e saber o que se diz!
Óh Helder, também queres combater a Democracia ou defendê-la? Decide-te lá! Eu não confundi nada. Deve haver algo que não percebeste na minha intervenção. Diz lá quais são as tuas dúvidas existenciais… Pode ser que eu te consiga ajudar!
Eu chamei “atrasado mental” a quem me parece merecer. Qual é o teu problema? Também bebes “sangue de Cristo” como eles?
Como disse o comentador Hélder, tu não podes ter estudado algo que nem sequer é plenamente aceite existir. A comunidade académica, sobretudo ligada ás ciências humanas (e à filosofia em particular), não têm por adquirido que o ateísmo exista. É certo que existem pessoas que se dizem ateus, mas isso não atesta a existência do ateísmo como ideologia organizada.
Os sistemas ideológicos organizados estão perfeitamente padronizados, não é o caso do ateísmo.
Há quem se diga sportinguista, benfiquista, portista. Mas não se trata de uma ideologia. Faltam-lhe princípios padronizadores estáveis e diferenciados e harmonizados. Isso separa as seitas das religiões, tal como afasta o ateísmo dos sistemas ideológicos (ideologias). O ateísmo é uma posição individual subjectiva, pelo que a sua interpretação, vivência, abrangência, limites e princípios, são da esfera pessoal.
Sobre o ateísmo existem opiniões pessoais, mas nada de cientifico, tanto mais que o ateísmo é incompatível com a ciência, desde logo com as ciências humanas.
Helder
Este é o primeiro paradoxo dos que aqui se dizem ateus.
Se os ateus se definem pela negação da religião, quando falam de ateísmo queres que falem do quê?
De cebolas?
Se começares a pensar um bocadinho antes de debitares asneiras, se calhar a defesa da religião ficava melhor servida.
Compreendo o vosso terror em debater a religião com quem não seja crente fanático.
É que o contraditório revela os vossos podres e isso é uma grande chatice não é?
Só entre vocês é muito mais fácil, desde que seja a favor da religião, qualquer bacorada, qualquer aldrabice e contradição é facilmente impingida como a maior das verdades.
Mas que grande chatice já não poderem assassinar os ateus para evitar conversas comprometedoras.
É a estratégia da “galinha pintadinha” ou, como dizem os amigos portugueses, assobiar para o lado.
Quando os pastutos são confrontados, assobiam para o lado com esta frase mágica: cada um crê da forma que quer, mas deusão ( eu) ama a todos. Mentira ! eu não amo ninguém ! odeio todos os humanos. Se eu os amasse, jamais os teria expulsado do paraíso. Qual pai amoroso demonstra amor aos filhos mandando-os para a pqp ? Só se eu fosse um deus muito fdp. E ainda por cima, enho um filho esquisito, o palerminha rabeta, que é o predileto mas todos os humanos são meus amados filhos!
Chega, esse troço dá dor de cabeça. É difícil argumentar (?) como um crente abobalhado.
Eu nunca ouvi dizer que “politica não se discute”. Isso seria a negação da democracia e inviabilizaria a existência de parlamentos, debates, partidos, etc.
Similarmente, nunca ouvi dizer que a a religião não de discute.
Julgo que estás a confundir “discutir” com “respeitar”.
Se sou adepto confesso da discussão, exijo que ela se esgrima pelos valores do respeito, da tolerância e da educação. Quando se extravasam esses valores, já não é uma discussão.
Esse é o problema deste blogue. Nunca aqui existiu discussão.
O Diário de uns ateus é o blogue de uma comunidade de ateus e ateias portugueses fundadores da Associação Ateísta Portuguesa. O primeiro domínio foi o ateismo.net, que deu origem ao Diário Ateísta, um dos primeiros blogues portugueses. Hoje, este é um espaço de divulgação de opinião e comentário pessoal daqueles que aqui colaboram. Todos os textos publicados neste espaço são da exclusiva responsabilidade dos autores e não representam necessariamente as posições da Associação Ateísta Portuguesa.
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14 thoughts on “Uma reflexão justa”