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  • 28 de Fevereiro, 2013
  • Por Carlos Esperança
  • Vaticano

As últimas horas de um papa sobrevivente

Algures, em Castel Gandolfo, já sem os sapatinhos vermelhos, sem tiara nem camauro, mantem ainda a vida e o pseudónimo de Bento XVI, Joseph Ratzinger, um celibatário a quem alguém se encarregará de fechar hoje a conta do twitter.

Dentro de uma hora perde a infalibilidade e o alvará para criar santos e cardeais e no dedo nu vai sentir a falta do anel que estendia aos ósculos dos beatos e dos que agora se guerreiam pela sua sucessão.

O papamóvel e a guarda suíça deixaram de pertencer-lhe e quando regressar à boleia ao Vaticano vai para a clausura do convento sem crentes a quem dar a bênção nem poderes para confirmar milagres. É a vida. Preferiu ser papa emérito vivo do que defunto santo.

A esta hora andam os teólogos – cientistas de uma ciência sem método nem objeto –, a tentar justificar como se perde a infalibilidade e o alvará perpétuo de Papa porque, de ciência certa, se sabe que, depois de Avinhão, nunca mais houve papas excomungados nem clonados. Deus não se deixa representar por mais de um figurante.

Entre lágrimas dos que foram habituados a acreditar desde o berço e a estupefação dos incréus, na sombra manobram a Opus Dei, os Legionários de Cristo, a Fraternidade de Comunhão e Libertação e a Fraternidade Sacerdotal São Pio X (FSSPX), esta ainda na clandestinidade. A extrema-direita não dorme. Isso é para Deus que, depois de ter feito o Mundo – como acreditam os devotos –, nunca mais deu sinal de vida.

A Quaresma é longa e Cristo – estrela da Companhia –, pode esquecer-se de ressuscitar.

36 thoughts on “As últimas horas de um papa sobrevivente”
  • Noé

    No coração da religião esconde-se uma semente de verdade, porque a experiência espiritual, o comportamento ético e as comunidades fortes são essenciais à felicidade humana.

    • David Ferreira

      No coração da religião esconde-se uma semente de verdade que nunca germinou.
      Nenhuma verdade floresce num coração adubado a mentira, a não ser a ilusão dela.

      • Noé

        O seu a seu dono:

        “No coração da religião esconde-se uma semente de verdade, porque a
        experiência espiritual, o comportamento ético e as comunidades fortes
        são essenciais à felicidade humana.”

        Sam Harris, O Fim da Fé, página 245

        • David Ferreira

          A César o que é de César:

          “No caração da religião ESCONDE-SE uma semente de verdade que NUNCA germinou…”

          David Ferreira, comentário anterior, página única.

          A experiência espiritual, o comportamento ético e as comunidades
          fortes são essenciais à felicidade humana e são possíveis sem religião.

          • Noé

            O seu a seu dono:

            ” No cerne de cada religião,encontra-se uma afirmação irrefutável sobre a condição humana, a saber, que é possível vermos a nossa experiência do mundo radicalmente transformada.Embora vivamos por norma dentro dos limites impostos pela utilização normal da atenção, a maioria de nós sabe, ainda que vagamente, que as experiências extraordinárias são possíveis”

            Sam Harris, O Fim da Fé, página. 227

          • David Ferreira

            Tem razão, o seu a seu dono. Já agora escreva o resto do texto, uma vez que estas frases são apenas a introdução de um capítulo. Mas se você soubesse ler as coisas de uma forma imparcial, veria que aquilo que pretende afirmar se desmonta logo na primeira frase. Sam Harris diz: “No cerne de cada religião,encontra-se uma afirmação irrefutável sobre a condição humana…” No cerne das religiões, não no cerne do seu discernimento.
            Você está a ser intelectualmente desonesto. Pode até prescindir do intelectualmente.
            Tenha cuidado, Noé, a arca está a meter água por todos os poros.

          • Noé

            Estou a ser intelectualmente desonesto, porquê ? Por estar a citar Sam Harris ? Você é que já está a perder estribeiras e não tem estaleca para um debate de ideias. Onde fica a sua ” racionalidade”, a sua ” lógica” e a sua ” espiritualidade” ? O seu verniz e o seu falso polimento já começara, a estalar ? Sinais do seu desespero intelectual ? Ou sinal de um fraco ?

          • David Ferreira

            Ouça, é preciso ter muita paciência às vezes para o aturar. Mas pronto, eu até sou bom rapaz e tal…

            Você está a utilizar partes do texto de um livro pretendendo transmitir a ideia, para quem não leu o livro, de que o seu autor, um ateu proeminente, partilha algumas das suas ideias. Errado. O livro que cita adornou a minha mesinha de cabeceira faz tempo. Logo, você está a ser intelectualmente desonesto. Que tal esta dedução em formato de lógica aristotélica que tanto admira? Sabe, é que apesar do facto de existirem proposições coerentes, não quer dizer que a sua conclusão seja verdadeira. Ela apenas se torna válida. Percebe? Por isso eu não considero que você seja realmente desonesto. Está apenas a esbracejar à procura de uma bóia, agora que a arca está a ir ao fundo qual Titanic.

            O meu verniz não estala. Pode dobrar, mas não estala. Desespero intelectual? Está-se mesmo a ver de quem. A intelectualidade que procura manifestar por intermédio das citações só lhe confundem o discernimento. Procure ser mais original. Poderá não ter razão, mas ao menos torna-se mais interessante.

            Dos fracos apenas reza a história que morreram a rezar.

          • Noé

            Tenha calma, cuidado com a sua bílis,continuemos, que a conversa ainda vai no início. O seu a seu dono:

            ” Não se pode negar que Madre Teresa de Calcutá foi uma grande força pela compaixão. Sem dúvida foi motivada pelo sofrimento humano e fez muitas coisa para despertar outras pessoas para a realidade desse sofrimento”

            Sam Harris, Carta a Uma Nação Cristã,página 37

          • David Ferreira

            Para crente você tem uma biblioteca sobre ateismo digna de respeito! Muito bem. Ou então anda a “sacar”…

            Lamento informá-lo, mas não possuo esse livro. Não consegui encontrá-lo ainda. De qualquer modo eu conheço muito bem o objetivo do livro, pelo que poderei concluir, incorrendo no risco de estar a errar, de que, mais uma vez, você está a colocar frases fora de contexto.
            Sobre esse abutre masoquista que chamam de Madre Teresa, só lhe posso dizer que não foi preciso ler sobre o que ela foi na realidade para antever, só pela expressão alucinada e doentia, que se tratava de mais um caso de fanatismo do foro psiquiátrico.
            O sofrimento alheio faz despertar naturalmente a compaixão nas pessoas. Não é a arrogância da religião que vem ensinar ou despoletar esse tipo de sentimentos. Quem precisa de religião para ser boa pessoa só revela instintos muito básicos e fracos como humano.
            Mas você está a trabalhar bem. Quanto mais livros de ateus comprar, mais eles têm possibilidade de continuar o seu trabalho.
            Quanto a você, acho que anda cheio de dúvidas. Solte o ateu que há em si. Vai ver que não custa nada.

          • Noé

            Bem, como sou bom rapaz, vou dar-lhe um pouco mais de trela:

            ” Embora alguns dos movimentos políticos mais desprezíveis, na história da humanidade tenham sido explicitamente irreligiosos, a verdade é que não eram especialmente racionais”

            Sam Harris, O Fim da Fé, página 259, referindo-se aos movimentos políticos ateístas e materialistas.

          • David Ferreira

            Assino por baixo. É uma verdade de La Palisse. Je suis d’accord. I agree. What can i say? It’s true. And?…

          • Noé

            Pois, também concordo, os movimentos políticos ateístas e materialistas, quando alcandorados ao poder, mostraram a sua verdadeira face: ateísmo e metafísica materialista, dois delírios irracionais…

          • David Ferreira

            Se concorda escusa de distorcer as coisas. Não conheço nenhum movimento político ateísta. Mas não vamos voltar a falar outra vez das teocracias vigentes ou das características da religiosidade do passado, pois não?
            O que interessa é o presente e o futuro. O passado apenas serve para aprendizagem.

          • Noé

            Repito: ateísmo e metafísica materialista, duas formas bem amargas de fundamentar a existência. Cá para mim, uma boa dose de psicanálise em muitos ateus amargurados teria evitado grandes horrores. Razão tem o Daniel Dennet quando, em Quebrar o Feitiço, página 220, reconhece que as pessoas religiosas vivem mais tempo e melhor:

            ” Então, será a religião boa para a saúde? Existem provas crescentes de que muitas religiões têm obtido resultados notáveis a este respeito, melhorando tanto a saúde como o estado de espírito dos seus membros. Numa vaga actual de interesse, estão-se a aplicar todos os instrumentos de epidemiologia e saúde pública a questões tais como se os frequentadores habitais de igrejas vivem mais tempo e têm menos probabilidades de terem ataques de coração e, na maior parte desses estudos, os resultados são positivos, com frequência bastante positivos.”

          • David Ferreira

            Mas é mais que óbvio que os crentes vivem mais tempo! Vivem até à eternidade juntinho à entidade que sabujam todos os dias.

          • Noé

            Não se trata de sabujar, mas de se ter uma visão esperançosa sobre a eternidade. É bem melhor do que o discurso mórbido e nihilista de que tudo termina com a morte.

            Mas novamente o seu a seu dono:

            ” Não podemos viver apenas de razão.Por isso, quando os horrores deste mundo começam a invadir as nossas vidas, não há razão que, aplicada como anti-séptico, possa competir com o bálsamo da fé”

            Sam Harris, O Fim da Fé, pág. 46

          • David ferreira

            O que é que é uma visão esperançosa spbre a eternidade? O que é que é a eternidade? Uma coisa muito aborrecida, concerteza…
            Quer ler um discurso mórbido e narcisista, para além de masoquista? Releia a Bíblia. Ou o Corão. Ou a Tora. É um três em um, uma indefinível coleção de sandices.
            Quer você dizer que necessitamos de placebos existenciais para podermos ser o que somos ou para sermos mais felizes? Não acredito nisso. Mas acredito que isso possa funcionar com algumas pessoas. Embora não resolva nada.
            Mas voltamos ao mesmo. O Homem nasce desprovido de fé. Esta é-lhe administrada como um vírus sociocultural na infância. Os mais fortes conseguem, a dada altura, combater esse vírus. Outros deixam-se vencer, seja pelo cansaço, seja pela falta de coragem para remar contra a maré opressora da tradição, seja pelo efeito anestésico que esse vírus proporciona.
            As religiões assemelham-se um pouco a uma malévola indústria farmacêutica. Administram a doença para mais tarde se apresentarem como a única esperança de cura, cura essa que é vendida a um preço demasiado alto e inflacionado pelos mercados externos do mundo sobrenatural, regulados por seres alados e imateriais, anjos sem essência mas que, apesar de tudo, necessitam de asas para vencer a gravidade inexistente do mundo espiritual.
            Enfim… Como pode alguém ser completo, se passa a maior parte da vida preocupado com aquilo que não conhece, que não pode afirmar que existe? Como pode alguém viver em paz a curta vida que tem, se passa o tempo todo preocupado com a vida que não sabe se poderá vir a ter?
            A obsessão de se crer à força apenas porque sim é reveladora de uma falta de confiança e de amor próprio demasiado nefastas para que a coragem e a afirmação individual se imponham ao medo irracional do desconhecido.

          • Noé

            Uma visão ateísta, contemporânea e tenebrosa ,sobre a realidade, a demonstração clara dos perigos de uma certa distorção materialista e desumana, que bebe ideologicamente no movimento do chamado ” novo ateísmo”, é esta:

            O ELOGIO DA TORTURA

            ” Na verdade, parece evidente que uma aplicação errada da tortura nos devia deixar muito menos preocupados do que os danos colaterais: afinal, não há notícias de bébés encarcerados na Baía de Guantánamo, apenas alguns jovens degenerados, muitos dos quais foram flagrantemente apanhados a tentar matar os
            nossos soldados. A tortura nem sequer precisaria de submeter as suas vítimas a um risco de vida ou de invalidez significativo. Se a nossa intuição acerca do carácter errado da tortura resulta de uma aversão à forma como as pessoas normalmente se comportam quando são torturadas, deveríamos notar que esta infelicidade em particular poderia ser contornada farmacologicamente, já que as
            drogas paralisantes poderiam dispensar-nos de ouvir os gritos ou assistir às contorções das vítimas. Poderíamos facilmente engendrar métodos de tortura em que o torturador seria tão cego aos suplícios das vítimas como um piloto a trinta mil pés. Donde a nossa aversão natural às visões e sons do Inferno não fornecem qualquer argumento àqueles que pretendem opor-se ao uso da tortura. Para demonstrar até que ponto os tormentos das vítimas da tortura podem ser apresentados sob uma aparência abstracta, basta imaginarmos uma « pílula de tortura ideal» – uma droga que nos proporcionasse não só os instrumentos da tortura como também o instrumento do seu total encobrimento. A acção do
            comprimido seria produzir um estado transitório de paralisia e sofrimento de tal ordem que nenhum ser humano alguma vez se lhes poderia submeter uma segunda vez. Imagine como nós, torturadores, nos sentiríamos se, depois de ministrarmos
            este comprimido aos terroristas prisioneiros, todos se deitassem numa aparente sesta de meia hora para depois acordarem e confessarem imediatamente todos os pormenores do funcionamento da sua organização. Não acabaríamos enfim por ceder à tentação de chamarmos a isto a « pílula da verdade»? Não, não há qualquer diferença ética na forma como o sofrimento dos torturados ou das vítimas colaterais se nos apresenta. Se estamos dispostos a lançar bombas, ou mesmo correr o risco de que uma salva de tiros de pistola possa errar o alvo, deveríamos estar igualmente dispostos a proceder à torturar uma certa categoria
            de suspeitos de crimes e de prisioneiros militares. Julgo ter conseguido argumentar a favor do uso da tortura em quaisquer circunstâncias em que estivéssemos dispostos a causar danos colaterais. Tendo em conta aquilo que muitos de nós acreditam sobre as exigências da guerra ao terrorismo, a prática da tortura afigurar-se-ia, em certas cirunstâncias, não só admissível como
            necessária”.

            Sam Harris, O Fim da Fé, páginas 214, 216, 217 a 219.

          • David Ferreira

            A colagem que fez de extratos de texto é indecente, é o que lhe posso dizer. E chama você intelectualmente desonestos aos outros! É típico de quem não sabe combater e não tem a honra de assumir a derrota. Dispara em todas as direções à espera de atingir algum alvo, mas apenas desperdiça munições. Assim não vai longe. Onde está a sua capacidade de argumentação? No copy paste? Desconhece, porventura, que fazer downloads ilegais de obras é crime?
            Se eu fosse seu professor mandava-o para o canto da sala, voltado para a parede, com um chapéu de papel daqueles bicudos.

          • Noé

            Você acaba de dar uma cabal demonstração do seu carácter estruturalmente hipócrita. Perante o facto de eu ter citado o texto apologético do Sam Harris sobre a defesa de tortura, você completamente silencia qualquer tomada de posição crítica sobre o assunto e, como não tem argumentos para contrapor, deriva para questões completamente laterais e ridículas à génese do assunto em causa. Atacar-me com o pseudo-argumento de ” downloads ilegais”, quando me limitei a citar as partes relevantes do livro do Harris, só me provoca uma farta gargalhada. Esta, sim, é a sua estrondosa derrota. Aliás, para o derrotar em termos de debate, não é preciso muito, até um jovem adolescente chegaria para si. Você é mesmo do piorio. Haverá maior desonestidade intelectual do que ser cúmplice de um obsceno terrorista ideológico ? Mas é de facto o que você é: um cúmplice abjecto desse criminoso infame chamado Sam Harris. Um indivíduo que apela à tortura de seres humanos, só tem um nome: porco crápula. E todo aquele que contemporiza com crápulas só tem um nome:nojento cúmplice de porcos crápulas. A face pútrida do Sam Harris acaba de ser desmascarada. A sua também. A partir de agora, já não há dúvidas sobre a estaleca do seu carácter: nenhuma palavra sua se ergue contra a apologia da tortura de seres humanos, sustentada, de forma vil e ignóbil, por esse bandalho do Sam Harris. E como se chama quem defende bandalhos ? Que nome é que você acha que merece, grande tartufo ?

            Mas não é só o porco do Sam Harris que merece ser desmascarado juntamente consigo.

            A vocês os dois, ainda junto outro estafermo, um tal Christopher Hitchens. As razões são óbvias:

            ” Eu não quero alienar os muçulmanos, eu quero eliminá-los”

            Eis o novo-ateísmo em todo o seu ” esplendor”. De derrota em derrota até à derrota final.

          • David Ferreira

            Você é digno de dó. Às vezes nem sei porque perco tempo consigo, é um caso perdido do foro psiquiátrico. Está para lá das minhas capacidades de entendimento. Mas há especialistas da área por aí. Consulte a Maya. Dedique-se à astrologia. A cura pelas pedras parece que também resulta em pessoas perturbadas.

            Você acha que consegue derrotar alguém num debate? Não pode. Você não tem sequer argumentos, socorre-se dos argumentos dos outros que constantemente copia. É demasiado infantil e indecoroso para tal. As suas táticas têm mais buracos que um queijo suiço e, tal como a arca em que navega, metem água por todos os recantos bolorentos.

            Mais, você é desonesto até ao tutano. Limitou-se a fazer uma colagem de textos que lidos desse modo dão um significado completamente diferente ao que o autor queria dizer. Devia ter vergonha.

            Candidate-se a Papa. Construa um abrigo com os restos da sua arca de Noé, adorne-o de crucifixos e reze, reze muito porque até o seu Deus inexistente deve ficar boquiaberto com os disparates que diz. Quando se chega ao ponto-verme, nada mais resta que rastejar.

            Sobre a guerra e a tortura, poderia dizer-lhe uma coisa ou duas, mas nem merece o esforço, que seria inglório. Sobre os radicais islamicos, apenas lhe posso dizer que concordo perfeitamente que, num ambiente de conflito convencional, eles sejam combatidos de qualquer modo. E a guerra, sabe, não é coisa bonita. O horror está sempre presente, o que você deve saber bem como bom cristão, adepto de uma seita que traçou o seu futuro na humanidade a fio de espada.

            Fuja dos” novos ateus” como quem foge do diabo da cruz, pois eles estão aí para ficar.

          • Noé

            Você é que devia procurar um psiquiatra, já aqui deu sobejas provas de desequilíbrio mental. Sim, que se há-de dizer de um indivíduo que nem uma palavra pronuncia sobre as miseráveis considerações do ateu Sam Harris sobre a defesa da Tortura em seres humanos ? Só pode ser, das duas uma, ou um caso de total falta de ética e de sensibilidade, ou um caso de indiferença psicótica perante a cruel apologia do Sam Harris. Tanto paleio para fugir da questão essencial, que o texto do Sam Harris revela ? Você daria um bom ajudante de Torquemada ou um fiel louvaminheiro de qualquer monstro ateu. Também era capaz de dar um sofrível branqueador de crimes contra a Humanidade, desde que os crimes fossem cometidos por ateus. Você enoja-me.A sua hipocrisia é verdadeiramente pestilenta. A sua máscara caiu. Quem aqui tiver um pingo de decência, quando olhar para o que você doravante escrever, só pode sentir um profundo asco.

          • David Ferreira

            Troll:
            Um troll, na gíria da internet, designa uma pessoa cujo comportamento tende sistematicamente a desestabilizar uma discussão, provocar e enfurecer as pessoas envolvidas nelas. O termo surgiu na Usenet, derivado da expressão trolling for suckers (lançando a isca para os trouxas), identificado e atribuído ao(s) causador(es) das sistemáticas flamewars.

            O comportamento do troll pode ser encarado como um teste de ruptura da etiqueta, uma mais-valia das sociedades civilizadas. Perante as provocações insistentes, as vítimas podem (ou não) perder a conduta civilizada e envolver-se em agressões pessoais.

            Há trolls de todo tipo, desde o mais ignorante e rude que xinga e provoca floods, até o mais apto intelectualmente que discursa com o objetivo de desestabilizar o interlocutor e levá-lo a fúria para depois desqualificá-lo, matando seu argumento e abalando sua reputação num forum. Para o troll, a reação a um comentário polêmico é considerada uma diversão, uma forma de extrair prazer na indignação das pessoas e observar seu desequilíbrio emocional e mental.

            Há várias sistemáticas desenvolvidas por trolls para actuar num fórum de Internet, entre elas:

            Jogar a isca e sair correndo: consiste em postar uma mensagem de polêmica muito grande já esperando uma grande reação de cadeia e flame war. Porém o troll não se envolve mais na discussão ele some após a mensagem post original e se diverte com a repercussão. Uma forma mais branda é postar noticias polêmicas só para observar a reação da comunidade.

            Induzir a baixar o nível: alguns trolls testam a paciência dos interlocutores, induzem e persuadem a pessoa a perder o bom senso na discussão e apelar para baixaria e xingamentos. Com isso, o troll “queima o filme”, consegue que a pessoa se auto-difame na comunidade por ter descido a um nível tão baixo.

            Repetência de falácias: outro método usado que induz ao cansaço, aqui o troll repete seu conjunto de falácias até que leve seu interlocutor à exaustão, vencendo a discussão por abandono do oponente.

            Desfile intelectual: um troll pode ter bom nível intelectual, vocabulário sofisticado diante dos outros discursantes, desfilar referências e contradizer os argumentos dos rivais por conhecimento e pesquisa, muitas vezes os expondo ao ridículo e questionando sua formação educacional.

            Transpor autoria: é muito comum também um troll acusar sua vítima de ser um troll para tirar de sí a identificação como tal, abrindo caminho para alternativas anteriores.

            Ludibriar o leitor: é usado principalmente por postagens de blogs ou em comentários dos mesmos, onde normalmente o material enviado é de procedência duvidosa, ou falta com a verdade.
            O que motiva um troll a agir geralmente são: auto-afirmação, ideologia, fanatismo, sacanagem ou simplesmente ociosidade. Em entrevistas na Usenet, trolls famosos confessaram que buscavam apenas um pouco de atenção e combater o tédio do quotidiano. A maioria deles também portava alguma característica mal-resolvida de personalidade, como trauma, fracasso financeiro e amoroso e até diagnósticos psiquiátricos.

          • Noé

            Você está completamente desesperado.E, como já percebeu que todos já entenderam o trafulha hipócrita que é, julga que por debitar uma quantidade infinita de palavras, consegue esconder a sua safadeza. Toda a gente, que aqui leia as suas intervenções, já percebeu que você se tornou objectivamente cúmplice do terrorista Sam Harris. Até ao momento, analisada toda a sua torrente de palavras, nem uma você dirigiu contra as ignóbeis, infames, velhacas e criminosas palavras do Sam Harris, sobre a defesa de Tortura de seres humanos. Qualquer pessoa, que tenha um mínimo de sensibilidade e de decência, fica indignada com a nojenta posição do ateu Sam Harris. Mas você optou por inscrever-se objectivamente do lado da defesa da Tortura, ao estilo cúmplice de quem cala consente. A sua máscara caiu, você, doravante, volto a repetir, passará por este site coberto da maior vergonha, a de não ter tido a elementar ética de condenar a posição nojenta desse energúmeno, que dá pelo nome de Sam Harris. Eis o novo-ateísmo no seu pútrido estertor: uma cambada de velhacos hipócritas e incapazes de condenar qualquer acto infame que provenha dos seus correligionários ideológicos.

          • David Ferreira

            Vejo-me obrigado a repetir o que o LGR lhe disse certa vez: você é burro!

          • Noé

            Esse seu comentário oco e desprovido da menor linha de argumentação, acaba por me ser servido como caviar e Moet et Chandon. É o seu total desespero, a manifestação da sua profunda derrota. Quando alguém só consegue comentar ao nível do LGR está tudo dito, não é preciso acrescentar mais nada…lol…

          • David Ferreira

            Você é apenas mais um caso de psiquiatria. Monótono, repetitivo e insosso até ao infinito.

          • Noé

            O tolo e invertebrado do David a ver-se ao espelho.Daria um bom ajudante de Torquemada do Sam Harris. Que animais tão nojentos.

          • David Ferreira

            Agora percebo porque é que saiu pela porta do cavalo da ICAR. Nem os santos tiveram paciência para o aturar. É que a tolerância tem limites.

          • Noé

            Se eu tivesse saído pela porta do cavalo teria sido para desmascarar asnos invertebrados como você. E se o Sam Harrris conseguisse mandar no mundo, você seria certamente um dos que legitimaria pelo silêncio o exercício da tortura ateísta. Calado e cúmplice como um rato de sarjeta.

          • Deusão

            Não se emenda, antolo ?
            Você causa azia em um armazém de bicarbonato
            Estou impressionado com a paciência do David. Será que ele ainda não notou que você é apenas um delinquente amargurado ?
            ps. a sua maravilhosa esposa ateia cansou-se de você – como já era esperado – e lhe deu um pé-na-bunda ?

          • sxzoeyjbrhg

            Como só tenho a versão em inglês desse livro aqui fica o texto completo onde aparece esse excerto sobre Madre Teresa de Calcutá:

            Doing Good for God

            What about all of the good things people have done in the name of God? It is undeniable that many people of faith make heroic sacrifices to relieve the suffering of other human beings. But is it necessary to believe anything on insufficient evidence in order to behave this way? If compassion were really dependent upon religious dogmatism, how could we explain the work of secular doctors in the most war-ravaged regions of the developing world? Many doctors are moved simply to alleviate human suffering, without any thought of God. While there is no doubt that Christian missionaries are also moved by a desire to alleviate suffering, they come to the task encumbered by a dangerous and divisive mythology. Missionaries in the developing world waste a lot of time and money (not to mention the goodwill of non-Christians) proselytizing to the needy; they spread inaccurate information about contraception and sexually transmitted disease, and they withhold accurate information.
            While missionaries do many noble things at great risk to themselves, their dogmatism still spreads ignorance and death. By contrast, volunteers for secular organizations like Doctors Without Borders do not waste any time telling people about the virgin birth of Jesus. Nor do they tell people in sub-Saharan Africa—where nearly four million people die from AIDS every year—that condom use is sinful. Christian missionaries have been known to preach the sinfulness of condom use in villages where no other information about condoms is available. This kind of piety is genocidal.* We might also wonder, in passing, which is more moral: helping people purely out of concern for their suffering, or helping them because you think the creator of the universe will reward you for it?
            *If you can believe it, the Vatican is currently opposed to condom use even to prevent the spread of HIV from one married partner to another. The Pope is rumored to be reconsidering this policy. Cardinal Javier Lozano Barragan, president of the Pontifical Council for Health Care, announced on Vatican radio that his office is now “conducting a very profound scientific, technical and moral study” of this issue (!). Needless to say, if Church doctrine changes as a result of these pious deliberations, it will be a sign, not that faith is wise, but that one of its dogmas has grown untenable.
            Mother Teresa is a perfect example of the way in which a good person, moved to help others, can have her moral intuitions deranged by religious faith. Christopher Hitchens put it with characteristic bluntness:
            [Mother Teresa] was not a friend of the poor. She was a friend of poverty. She said that suffering was a gift from God. She spent her life opposing the only known cure for poverty, which is the empowerment of women and the emancipation of them from a livestock version of compulsory reproduction.
            While I am in substantial agreement with Hitchens on this point, there is no denying that Mother Teresa was a great force for compassion. Clearly, she was moved by the suffering of her fellow human beings, and she did much to awaken others to the reality of that suffering. The problem, however, was that her compassion was channeled within the rather steep walls of her religious dogmatism. In her Nobel Prize acceptance speech, she said:
            The greatest destroyer of peace is abortion…. Many people are very, very concerned with the children in India, with the children in Africa where quite a number die, maybe of malnutrition, of hunger and so on, but millions are dying deliberately by the will of the mother. And this is what is the greatest destroyer of peace today. Because if a mother can kill her own child—what is left for me to kill you and you kill me—there is nothing between.
            As a diagnosis of the world’s problems, these remarks are astonishingly misguided. As a statement of morality they are no better. Mother Teresa’s compassion was very badly calibrated if the killing of first-trimester fetuses disturbed her more than all the other suffering she witnessed on this earth. While abortion is an ugly reality, and we should all hope for breakthroughs in contraception that reduce the need for it, one can reasonably wonder whether most aborted fetuses suffer their destruction on any level. One cannot reasonably wonder this about the millions of men, women, and children who must endure the torments of war, famine, political torture, or mental illness. At this very moment, millions of sentient people are suffering unimaginable physical and mental afflictions, in circumstances where the compassion of God is nowhere to be seen, and the compassion of human beings is often hobbled by preposterous ideas about sin and salvation. If you are worried about human suffering, abortion should rank very low on your list of concerns. While abortion remains a ludicrously divisive issue in the United States, the “moral” position of the Church on this matter is now fully and horribly incarnated in the country of El Salvador. In El Salvador, abortion is now illegal under all circumstances.
            There are no exceptions for rape or incest. The moment a woman shows up at a hospital with a perforated uterus, indicating that she has had a back-alley abortion, she is shackled to her hospital bed and her body is treated as a crime scene. Forensic doctors soon arrive to examine her womb and cervix. There are women now serving prison sentences thirty years long for terminating their pregnancies. Imagine this, in a country that also stigmatizes the use of contraception as a sin against God. And yet this is precisely the sort of policy one would adopt if one agreed with Mother Teresa’s assessment of world suffering. Indeed, the Archbishop of San Salvador actively campaigned for it. His efforts were assisted by Pope John Paul II, who declared, on a visit to Mexico City in 1999, that “the church must proclaim the Gospel of life and speak out with prophetic force against the culture of death. May the continent of hope also be the continent of life!”
            Of course, the Church’s position on abortion takes no more notice of the details of biology than it does of the reality of human suffering. It has been estimated that 50 percent of all human conceptions end in spontaneous abortion, usually without a woman even realizing that she was pregnant. In fact, 20 percent of all recognized pregnancies end in miscarriage. There is an obvious truth here that cries out for acknowledgment: if God exists, He is the most prolific abortionist of all.

        • David Ferreira

          Continuação: “E no entanto as nossas tradições religiosas são intelectualmente caducas e politicamente ruinosas. Embora a experiência espiritual seja claramente uma propensão da mente humana, não precisamos de acreditar em nada de insuficientemente comprovado para a concretizar.”

          Sam Harris, O Fim da Fé, página 245

  • Jorge Junqueira

    Lá no vaticano é um lugar com um montão de homens vestidos com roupas de mulheres, todos seres humanos e mamíferos. Alguns gays, muitos pedófilos, ladrões, desonestos e uns tantos honestos que acreditam mesmo que a igreja é santa. O que me irrita mesmo é o povo do lado de fora achar que lá dentro a coisa é seria. Não é não.

  • José Gonçalves

    Eu,um simples operário emigrante na Holanda desde 1964 e já velho(quase 89 anos),digo simplesmente que lamento esta troca de comentários que em vez de comentar a Religião,se limita à troca de ofensas pessoais.No meu fraco entender,
    direi que admito em meu pensamento que haja gente que creia em Deus e na respectiva Religião,mas não posso conceber a ideia de que haja gente que se atreva a definir Deus e pior um pouco,a dizer que falou com êle e que dêle recebeu as Tábuas da Lei ou seja os Dez Mandamentos dos bíblico-judaico-cristãos.Pois foi o Homem que criou Deus à sua imagem e semelhança e a respectiva Religião segundo os seus interêsses.

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