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DIREITO À CRÍTICA

Todos os que presumem e denunciam as críticas às suas crenças como sendo ofensivas, deverão sempre ter em conta que essas crenças podem ser, de igual modo, consideradas ofensivas por quem as critica.

O direito à crítica de proposições contrárias é inalienável do conceito de liberdade de expressão. O direito a não ser criticado não é um direito sequer, é a alienação do próprio direito à liberdade.

8 thoughts on “DIREITO À CRÍTICA”
  • Ateu Compulsivo

    1-O direito a não ser criticado
    2-não é um direito sequer.

    3-O direito de não pagar impostos
    4-não é um direito sequer

    5-O direito de não cometer crimes
    6-não é um direito sequer

    7- O direito de não mijar no quintal do vizinho
    8-não é um direito sequer

    • David Ferreira

      De paradoxos se constroem e destroem as convicções mais acirradas que pretendem fazer lei do que não poderá jamais voltar a sê-la.

      • David Ferreira

        …ou de como uma observação faz todo o sentido enquanto houver quem se ache no direito de não admitir críticas às suas convicções julgando que, só por si, essas convicções lhes conferem o direito de torná-las estanques e imunes porque sim.

    • kil

      Podias deixar de dizer asneiras. Alguns são, ao contrário do que dizes, direitos e outros são obrigações.

  • Hunig

    DISSE. Já imaginaram as “voltas” que os fiéis-crentólicos teriam hoje para “explicar” pro IBAMA (órgão que cuida do meio ambiente no Brasil) um “sacrificiozinho” com seu Bornal de Embustes?

    Ou será que o incêndio de Sta Maria no Rio Grande do Sul no Brasil foi só para fazer subir um cheirinho “fritinho” pro “Sinhô” dos crentes-canalhas?

    Os crentes estão tão ridículos com sua gana de ENFIAR SEUS CULTOS NA GOELA DAS PESSOAS, que em pleno Carnaval seus pastutos “mandam” decorar supermercados com motivos da “Páscoa”; a ganância por vendas e doutrinação enfiada até no Comércio e na diversão popular.

    Quando Haddammann reitera que a experiência Católica com o paganismo era muito mais saudável do que o breu-nazi do protestantismo-evangélico, se deve ao fato de que inúmeros católicos conviveram com um ou mais sem-crenças dentro da família, e se um alguém dissesse pra “matar” o filho sem-crença, era mais provável que os pais sumissem de perto do “sicrano-abençoado”. Já dentro do evangelismo fingido covarde, os submissos por esses pastifes-vagabundos dizem à bôca cheia: “Si meu filhu ciscá fóra da irgrêja, prirfíru qui êrli morra” (e infelismente o budismo é assim, e o espiritismo segue esse insano escravismo psicológico).

    Digo que o Brasil era muito mais feliz antes do Corrupto-Nazi-evangélco-protestante-petista: Qualquer um vê que o conluio imobiliário-armamentista-doutrinário da era Bush-lula-B16 & Nazis Protestantes ACABOU, já chega desse circo de doentes e fantoches arriados e sem-vida.

    Confiram o folclore do Brasil neste vídeo:

    http://www.youtube.com/watch?v=sEnoq5kB6M4:

    • Hunig

      E aí um vídeo desse mesmo cantor-artista popular, criticando REVOLTADO à pulhítica safada do “deus nu contrôli” que já deixou o Brasil quase todo apodrecido (nosso dinheiro passa direto pro bolso dos pastutos e pro bolso da máfia dos pulhíticos-“abençoados”);

      http://www.youtube.com/watch?v=DkKHNtTqlxc

  • Kil

    “O direito à crítica de proposições contrárias é inalienável do conceito de liberdade de expressão.”

    Sem duvida! Muitos foram os católicos que morreram martirizados para que esse direito fosse afirmado. Foram milhares, senão milhões. Foram essencialmente crentes. Dos ateus nem reza a História.

    Acho, no entanto, que o David só pode estar a fazer humor com o assunto, pois de outra forma este texto remete-nos para um campo que não pretendo entrar.

    Acho espantoso que o David afirme que “essas crenças podem ser, de igual modo, consideradas ofensivas por quem as critica”. Assim ele assume que se sente ofendido com as crenças dos outros, tal como terá que aceitar que alguém fique ofendido com as suas crenças. Se uma religião é ofensiva para os ateus, o ateismo será ofensivo para os crentes.

    Mas, o importante deste texto é a incapacidade do David perceber a diferença entre “criticar” e “insultar”, entre argumentar e vexar, entre arguir e vilipendiar.

    Se eu disser que não gosto ou não aprovo o estilo da família do David, estou a criticar. Mas, se eu disser que que a familia do David, começando pelo seu patriarca, são todos ladrões, passam a vida a enganar e a ludibriar toda a gente, que são dementes, que tudo o que eles dizem é mentira, se me dirigir a um dos membros, ou a todos em abstracto, de forma caluniosa, injuriando ou vilpendiando de forma vexatória os seus actos, o seu bom-nome, etc. não estamos no domínio da “crítica”. Isso é insulto.

    Se em vez de dizer “a esposa” eu disser “a fêmea do David”, se em vez de dizer “os filhos” eu disser “a ninhada”, se em vez de dizer “a casa do David” ou disser “o estábulo do David”, eu não estou a criticar, estou a ofender.

    É esta a diferença entre a critica séria e a zombaria inconcebível.

    Ninguém tem o direito de ser malcriado com ninguém, nem existe alguma liberdade que possa ser invocada para tais casos.
    Se pode existir um certa tolerância social com algumas formas de “ser malcriado”, não é em nome da rectidão do direito, mas em nome de algumas convenções sociais. E, nessas, na sua formação e aceitação, a reli.gião está em primeiro lugar.

    • David Ferreira

      Antes de fazer algumas observações ao seu discurso, permita-me dizer que o texto apenas remete para uma realidade inegável, que é o facto de existirem demasiados crentes, sobretudo os mais aguerridos, que interpretam as críticas às suas convicções como ofensivas. A ICAR é o paradigma deste modelo existencial. O considerar algo insultuoso depende do grau de sensibilidade sociocultural e pessoal do “insultado”.

      O choradinho do martírio comigo não pega. Não apenas porque esses martírios se inserem num contexto histórico muito mais amplo do que a religiosidade e, sobretudo, porque os tais católicos que menciona se fizeram cobrar exatamente, ou pior ainda, com a mesma moeda, entrando em contradição com os próprios princípios essenciais que apregoam. Nem vá por aí…

      Terá razão quando diz que dos ateus não reza a história, ou parte dela, uma vez que teem sido, ao longo de milénios, perseguidos, vilipendiados, chacinados e abstraídos de liberdade de expressão. E foram essencialmente crentes que protagonizaram tais feitos em nome do direito e imposição de uma verdade absoluta: a sua.

      Eu não tenho crenças. Ou não consegue pensar na existência de um ser humano sem crenças de espécie alguma? Para mim ou há ou não há, ou é ou não é, e do que não se conhece apenas podemos almejar vir a conhecer um dia.

      Quer um exemplo de um facto concreto proveniente de uma crença que eu considero ofensivo? Poderia dar-lhe uma série deles. Ficam aqui apenas alguns:

      1. As peregrinações que arrastam multidões de gente simples, inculta, desesperada e doente em direção a uma mentira que fica a quilómetros de sofrimento. Para mim, é algo absolutamente desumano e inaceitável, por muita apologética que me atirem para cima.

      2. A prática troglodita e demente de exorcismos medievais em pessoas que necessitam, obviamente, de tratamento psiquiátrico. Quando esta prática se aplica em crianças, torna-se ainda mais nojenta e primitiva.

      3. O facto de se fazer uma lavagem cerebral a crianças sem que elas tenham capacidade de entendimento sobre as questões religiosas.

      Podia ir por aí fora, até desgastar o teclado.

      Concordo consigo quando diz que ninguém tem o direito de ofender outrém gratuitamente. Contudo, analisemos as situações de uma outra perspetiva; se o meu pai fosse ladrão e os restantes familiares loucos e mentirosos, quem seria eu para ficar ofendido perante o reconhecimento de tais verdades? Porque é isso que quem não crê se limita a manifestar: que nas crenças há muita mentira, muita loucura e muito aproveitamento também. Mas não se diz por dizer. Diz-se com provas e com factos. Dizer uma verdade é um uma ofensa ou um insulto?
      De facto você pensou que eu estava a fazer humor, mas tal não é assim. E que de outra forma este texto o remetia para outra outro campo onde não pretendia entrar… Foi uma pena, porque você, além de não acertar no campo, nem sequer lá conseguiria entrar.
      A religião pode estar em primeiro lugar para si. Tem todo o direito de pensar assim. Mas na sua formação e aceitação, eu acho exatamente o contrário.

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