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  • 10 de Fevereiro, 2013
  • Por Carlos Esperança
  • Catolicismo

Irlanda – O horror religioso

O primeiro-ministro irlandês apresentou desculpas aos milhares de mulheres que, durante mais de sete décadas, foram internadas e forçadas a trabalhar sem contrapartidas nas lavandarias dos chamados “conventos de Maria Madalena”, administrados pela Igreja Católica.

10 thoughts on “Irlanda – O horror religioso”
  • David Ferreira

    Estamos fartos de desculpas. Queremos punições, que é o mínimo que se pode exigir quando os direitos humanos são infringidos.

  • Kil

    Hoje, depois de ter lido bastante sobre o caso da Irlanda, não dou nenhuma razão ao David, mas, antes de me ter informado sobre o assunto, disse as mesmas asneiras que ele diz.

    No caso da Irlanda, em vez de uma tempestade de areia vi uma cortina de fumo. Aliás, vejo muitas asneiras escritas sobre o assunto e muito aproveitamento.

    Estas mulheres não estavam aqui compulsivamente, não eram nenhumas escravas nem prisioneiras em trabalhos forçados.

    Podemos dizer o mesmo de milhares de instituições laicas, religiosas e ateias. Aos voluntários da Greenpeace, por exemplo a bordo do Rainbaw Warrior, aplica-se o mesmo, aos voluntários no celebre i”barco do aborto”, aos voluntários de muitos milhares de associações, etc. aplica-se o mesmo. Até o Carlos Esperança e seus seguidores, na sua dedicação exclusiva a este blog, sem remuneração alguma, quem vai pedir desculpa pelo trabalho gratuito e voluntário?

    • Carlos Esperança

      Por que motivo os tribunais ordenaram o encerramento desses conventos ?

    • David Ferreira

      Pedir desculpa, pese embora o facto de não resolver as questões, é o mínimo que se pode fazer para a manutenção de, pelo menos, uma réstia de dignidade.
      Negar a realidade e os factos que a permitiram é tão somente o ato de maior cobardia e fundamentalismo a que se pode assistir. É o sacudir a caspa do capote para manter a virgindade do pacote.
      Eu não me importo de conviver com as asneiras, se as houver, pois da sua soma me vou acrescentado sempre mais e melhor. Já com um ato de cobardia eu teria vergonha de viver. E o fundamentalismo religioso, esse, hei-de combatê-lo até morrer.

    • David Ferreira

      Os conventos de Maria
      Madalena na Irlanda eram administrados pelas freiras da Misericórdia em nome da
      Igreja Católica. Acolhiam raparigas enviadas pelas famílias ou por orfanatos,
      que ficavam aí encerradas e eram obrigadas a trabalhar para expiar os seus
      pecados. Pecados das mais diversas naturezas: desde ser mãe solteira a ser
      demasiado bonita ou demasiado feia, demasiado simples, demasiado inteligente,
      vítima de violação e por esses pecados trabalhavam sem receber qualquer tipo de
      remuneração 364 dias por ano, e passavam fome, e eram vítimas de castigos
      físicos, humilhações, violência física e mental, e separavam-nas dos filhos. As
      penas que tinham de cumprir eram ilimitadas. Algumas mulheres viveram e morreram
      nos conventos.

      • kil

        As instituições iguais de todo o mundo sempre fizeram igual, fosse na nossa Casa Pia, fosse na Irlanda católica, fosse na URSS ateia, fosse na India Hindu.

        Quem está internado nestes lugares deve trabalhar, deve ter regras, deve ser punido quando desrespeita as normas.

        Ainda hoje, em muitos países do mundo assim é. Seja em paises católicos, sej ateus, seja de quaisquer convicções.
        O mesmo se passou na “tropa” de cada um de nós, sobretudo daqueles que foram até África.
        Não digo que não tivessem existido alguns excessos. Por certo que os houve. Mas, daí até à generalização vai numa grande distância. Um exemplo foi considerar alguns eventuais “maus tratos” como pedofilia.

        Hoje mesmo, a esta hora, muitos prisioneiros nos USA estão a trabalhar sem serem remunerados.
        Sou daqueles que acha mesmo: todos os prisioneiros deveriam ser obrigados a trabalhar para pagar aquilo que gastam ou que lhes é fornecido.

  • stefano666

    Gott macht frei

  • João Pedro Moura

    Vede o filme, publicado em DVD, “As Irmãs de Maria Madalena”, do realizador Peter Mullan, editado em 2004 e premiado com o Leão de Ouro, no Festival de Veneza, em 2002.
    Dá para fazer uma ideia da maneira como viviam essas jovens mulheres nesses negregosos conventos irlandeses do séc. XX, até há 20 anos atrás, que faziam lembrar tempos mais remotos, em que as mulheres “desalinhadas” com o sistema eram encafuadas nesses antros de perdição e fanatismo religiosos

    • Diego Dantas Amaranto

      Onde eu assino? Falou tudo, irmão!!!!

      Agora, imagina se nesses lugares falassem a verdade acerca deles e do Criador dos céus e da terra, que NÃO HABITA em templos feitos por mãos humanas e nem requer NADA de nossas mãos. Aí haveria um êxodo muito maior do que há agora de pessoas de dentro para fora desses lugares.

      Aí, acabou o milho, acabou a pipoca.

      O cristianismo é a MAIOR FARSA de TODOS os tempos.

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