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  • 18 de Dezembro, 2012
  • Por Carlos Esperança
  • Laicidade

Egito – A sharia não é um desígnio nacional

A oposição egípcia prepara novas manifestações para esta terça-feira contra o projeto de Constituição proposto pelos islamitas, texto que conseguiu apenas uma pequena maioria na primeira fase do referendo de sábado, de acordo com números não oficiais.

4 thoughts on “Egito – A sharia não é um desígnio nacional”
  • Washington

    Nós que moramos em países laicos (pelo menos, na teoria) deveríamos dar nosso apoio incondicional aos movimentos pró-secularismo no Oriente Médio (Médio Oriente). Deveríamos exigir a proteção de grupos religiosos minoritários e das mulheres e dos homossexuais. Mas infelizmente as alianças toscas, os petrodólares e a política internacional falam mais alto…

    • serg

      Não achas que devias apoiar a vontade soberana do povo.

      E se a maioria do povo, e uma maioria muito expressiva, quisern seguirn a sharia, o que é que está errado:
      1 – Deixar o povo decidir livremente o que quer e aceitar a decisão da maioria?

      2- impor uma “decisão” que contrarie a maioria (mais de 70%, ao que parece) do povo, mas que agrade a estrangeiros?

      Não queriam que o povo decidisse em plebiscito livre?
      Agora a decisão livre do povo já não é importante?
      Será licito a minoria laicista impor a sua vontade contra a vontade da maioria?

      Acho que isto é o resultado da estupidez de quem apoiou a revolta terrorista que terminou com um regime pacifico, muito liberal e cada vez com mais abertura.

      • Washington

        Discordo. Pela tua “lógica”, deveríamos fazer vistas grossas a movimentos teocráticos, fascistas e nazistas, já que são a vontade do povo, ou pelo menos, da maioria. Se a vontade popular é decapitar homossexuais, exterminar e massacrar minorias ou impor um regime teocrático, jamais compactuarei com essa “vontade”. Sou contra qualquer golpe ou uma intervenção militar estrangeira. Mas como ficariam sistemas como o nazismo e o apartheid se não fossem a pressão de parte da comunidade internacional? Nós podemos muito bem cortar relações comerciais e políticas com governos que não garantem o mínimo de direitos humanos, individuais e sociais à sua população. A Grã Bretanha já nega ajuda financeira a países que criminalizam a homossexualidade. E, antes de tudo, sou ateu e SEMPRE apoiarei movimentos laicos e seculares mundo à fora. Chega de fascismo religioso no mundo.

        http://www.bbc.co.uk/news/world-africa-15558769

  • carlos cardoso

    Infelizmente a sharia está mais perto do que parece de ser um desígnio nacional no Egipto. É muito provável que muitos dos que se manifestam contra a constituição (os salafistas) é por acharem que ela não é suficientemente islâmica.

    Aliás a sharia é mencionada como fonte do direito também na nova constituição da Tunísia, assim como em todas as constituições dos países muçulmanos, onde a separação entre religião e estado ainda não aconteceu.

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