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  • 17 de Dezembro, 2012
  • Por Carlos Esperança
  • Ateísmo

Maria de Magdala

Naquele tempo, em Magdala, na antiga Palestina, uma multidão preparava-se para apedrejar Maria sobre quem recaía a acusação de pecadora. Fora um boato posto a correr, talvez por um corcunda da tribo de Manassé, ressentido por se ter visto recusado, que a sujeitara ao veredicto de que não cabia recurso.

O princípio do contraditório ainda não tinha sido criado, nem era hábito ouvir o acusado, jamais sendo mulher, nem a absolvição era previsível nos hábitos locais. A lapidação de Maria tinha transitado em julgado.

A lapidação era, aliás, um divertimento em voga, que deixava excitados os autóctones das margens do rio Jordão que atravessava o Lago Tiberíade a caminho do mar Morto. Diga-se, de passagem, que esse desporto ainda hoje é muito popular nos países islâmicos, para imenso gáudio das multidões, e satisfação de Maomé.

Aconteceu que andando o Senhor Jesus a predicar por aquelas bandas, depois de indagar o que se passava, aproveitou a multidão para se lhe dirigir, e disse:

– Aquele de vós que nunca errou que atire a primeira pedra.

Todos pareceram hesitar. Muitos deixaram cair as pedras com que chegaram municiados. Havia crispação nos que vieram de longe, com sacrifício, e um certo desapontamento de todos os que esperavam divertir-se. Só o Senhor Jesus continuava sereno, a medir o alcance das suas palavras. Mas, eis que da multidão se ergueu um braço e Maria de Magdala caiu derrubada por uma pedra certeira.

Enquanto algumas pessoas a reanimavam, na esperança de repor o espetáculo que tão breve se esgotara, o Senhor Jesus foi junto do atirador e disse-lhe:

– Então tu, meu filho, nunca erraste? *

– Senhor, a esta distância, nunca.

* Segundo um evangelho apócrifo o Mestre terá exclamado: Mãe!!! **
** De acordo com os exegetas esta possibilidade deve-se ao facto de a mãe de Jesus estar convencida de que era virgem mais de 18 séculos antes de Pio IX lhe ter atribuído essa qualidade.
8 thoughts on “Maria de Magdala”
  • Hunig

    Tá dito. Tá mais que mostrado que os ex-tudo-de-ruim, os evangélicos-protestantes, são debochados, interesseiros, escarnecedores, dados a espizucar sobre a desgraça os outros; é só ver os chefetas deles.

    No Rio de Janeiro, um colégio muito bom deixou de funcionar no lugar apareceu um tal ‘curso de teologia”; seis meses e o proxeneta tá formatadinho para invadir escolas e botar os professores abaixo de chinelos.

    Aí um súdito-lacaio do luladrão-larápio-chefeta-do-mensalão-bufo-bebum-mentiroso-corrupto vem dizer em quê um matemático tem mais serventia que um “teólugu”.

    Primeiro que as informações que transitam dentro do computador não são levadas por “ispíritus” nenhuns, nem por “asinhas”. Segundo que o proxeneta pega uma história da nossa vivência e formata para parasitar com vagabundice a vida dos outros.

    Se o elemento se diz “pastô” já é SAFADO, é um vagabundo vigarista, sem pingo de vergonha no raio da lata.

    Tanto é que os pulhas desse conluio botam crianças pra vender docinhos no sol ardente para “ajudar jéosuis” (tamu na ‘pácêria’, sâmu “pácêru” di jeósuis — dizem os capachos maiores que botam rondando por perto). E no asfalto quente, baita sol de meio-dia, os pulhas-pasturtos tão na praia, de bonezinho, carrinho de luxo; e de noite, o estrupício pega meia-página do paco de embustes, bota em cima daquele caixote enfeitado, cospe meia dúzia de merda no ouvido dos abestalhados, e vai rindo pra casinha dele (que não é um apartamento vendido pela imobiliária dos chefetas dos crentóides, pois esses, estão sendo cobertos com TELHADOS DE ZINCO pintados).

  • Hunig

    Uma coisa de rachar a cara é a tal “peregrinação por 40 anos” para achar a “terra prometida”. Os cara rodar que nem pirú tonto no mesmo lugar, e pro raio da bestice “revelada” bota o olho bem em cima duma terra ali do ladinho, DOS OUTROS. O deusinho deles podia levar aquele povinho pra Austrália, mas o deusão fuderosão, nem pra falar pros caras que a Terra não era “chata”. E eles podiam até tentar fazer umas canoas, uns treco assim. Se dependesse do deusinho deles a matemática deles não fazia eles andarem nem por um cacete. Era melhor a “REVELAÇÃO” ser a de ROUBAR a terra dos outros. Cultivadinha, tudo prontinho ali, era só botar a mão-grande.

  • Athan Veron

    Vou dizer-lhes uma coisa: Em recentes posts se tocou aqui sobre música, e sobre a incompetência desse b16. Observem porém que a mídia que o mantém lá é igualzinha à que empurra o lula (o ladrão do Mensalão) na goela abaixo da população brasileira. Diz essa mídia que não há outro substituto tão “competente” quanto esse energúmeno que se abancou lá no vaticano, e o mesmo essa “mídia” fala no Brasil sobre o lula (o corrupto-ladrão). Se esse é o estado sofrível a que a igreja católica chegou, depender de um caquético que, pelo visto, tentou impor o NaZismo dentro do vaticano, como o lula (o pústula-mandante do Mensalão) tenta fazer no Brasil (vide o que esse facínora tá fazendo em São Paulo em amancomunicação com o maluf e pastutos pútridos.

    Não é assim que deve ser.

    Olhem esse vídeo:

    http://www.youtube.com/watch?v=bIGNM1jrfoY

    É o Rio de Janeiro sendo construído. Os portugueses estavam ali. Olhem os primores, o afago do bom-gosto. A música só entoa o sentimento, a beleza humana, da Natureza,que o vídeo retrata.

    Sentimos o que faz-nos dizer “saudade”, mesmo se não estivemos lá, ou sido dessa época.

    Na minha infância, já depois disso, eu corria livre pelos morros, a igrejinha católica tava quietinha lá, no campo de futebol (daquelas ‘peladas’ com pé no chão) os guris nem sequer falavam em “deus”. Mas a gente passava pra ir à escola, e não pensava em tacar pedra nela, nem tinha padre zanzando perturbando a gente, nem na nossa casa. Tinha um negócio meio-caixote numa esquina, que era um treco protestante-evangélico, só de passar em frente, a gente já sentia tipo algo ruim ali. A igreja católica a gente via uma construção quieta. A gente até ía lá, quando tinha umas festas no terreno lá na frente. A gente nem sabia quem era “católico”. Sós abíamos que alguns no local eram macumbeiros por causa do batuque detrás duma casa lá (um dia só, no mês, acho). Um punhado de “crentes” viviam andando esgueirados pelos cantos das ruas, olhando os outros de soslaio, e metendo a língua em todo mundo; com aqueles “ternos” igual bonecos mal-arrumados. Todos diziam: “É gente RUIM”.

    Hoje digo com vivência que tive desde a infância: “Evangélcos-protestantes são uma gente RUIM; são nocivos”. Tenho provas e mais provas disso.

    E sinto que a igreja católica esteja entregue à mesma ruindade e despreparo que fez do Rio de Janeiro, um coacervado infecto de imundície, que nem de longe tem a beleza com que foi construído, mesmo que a mídia mentirosa tente nos enganar sobre isso, e mesmo que nós tentemos nos enganar sobre isso.

    Nas misturas de nossa espécie, que tenho em meu sangue e no meu rosto, sinto que não é esse monte de mentiras que merecemos, ou mereceríamos, se não fôssemos tão desonestos e capachos interesseiros de mentirosos.

    Porque no fundo, sinto que a população não é ruim, canalhas pastutos fazem o povo desandar para o ruim. Esses malfazejos não entendem nada, nem fiapos do que lêem, o único interesse deles é o dinheiro, e o ganharem com o formato desonesto que impõem às pessoas.

    Estou sendo honesto, mesmo com todas as reservas que tenho e desgostos, quanto à igrejas, que me fariam meter o pau sem me preocupar com A ou com B. Estou dizendo o que é.

    • Carlos Esperança

      O Diário de uns Ateus dedica-se a desmascarar as religiões e a combatê-las. Não é um local de discussão política por excelência. Por isso, agradecemos que se evitem referências partidárias de propaganda ou condenação.

  • Mateus

    “Enquanto algumas pessoas a reanimavam, na esperança de repor o espetáculo que tão breve se esgotara, o Senhor Jesus foi junto do atirador e disse-lhe:
    – Então tu, meu filho, nunca erraste?
    – Senhor, a esta distância, nunca”

    Esta parte do texto do Carlos Esperança diz bem do seu carácter.

  • deus

    Nesta história há uma tremenda pilantragem: o tal de jesus seria o primeiro a lançar uma pedrada na testa da pobre mulher.
    No “milagre” da multiplicação da pinga ele diz para a sua mãe (a virgem??? hehe): mulher que tenho eu a ver com a falta de pinga ?
    Olha a forma do pilantra tratar a mãe. Se é este o juízo que faz da própria mãe, o que fará às outras ?
    E os crentóides dizem: ohhh , sinhô , deus de bondade e justiça e blá blá blá
    Um cara asqueroso, pedante , ridículo. Todo crente é um asno. Religião é a coisa mais estúpida já inventada.
    Como eu, deus, digo sempre: a evolução é uma farsa para uma grande parcela da humanidade.

    • provocador

      “Todo crente é um asno” é um grande elogio que fazes aos crentes.Os burros são animais inteligentes,”um burro empaca e jamais cai em uma ribanceira”(deus) Logo, os crentes são inteligentes. Os ateus é que caem na ribanceira.

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