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  • 16 de Dezembro, 2012
  • Por Carlos Esperança
  • Ateísmo

Naquele tempo…

Naquele tempo…

Naquele tempo, Deus não era ainda o mito. Era apenas um mitómano a gabar-se de ter feito o Mundo em seis dias, há quatro mil anos, nem mais, nem menos, e descansado ao sétimo.

Era um celibatário inveterado que inadvertidamente criara Adão e Eva no Paraíso, onde vivia e tinha a oficina. Fez o homem à sua imagem e semelhança e a mulher a partir de uma costela do primeiro.

Preveniu-os de que não se aproximassem da árvore do conhecimento, advertência que a Eva logo desprezou, tentada por um demónio que por ali andava. O senhor Deus logo os expulsou do Paraíso, recriminando a malvada e condoído do tolo que se deixou tentar.

Entretanto, na Terra, local de exílio, o primeiro e único casal logo descobriu um novo e divertido método de reprodução que amofinou o Senhor e multiplicou a espécie.

Deus era bastante sedentário mas as queixas que lhe chegaram pelos anjos, um exército de vassalos hierarquizados, levaram-no a deslocar-se ao Monte Sinai onde ditou a Moisés as suas vontades. Ensandecido pelo isolamento e pela castidade veio ameaçar os homens e exigir-lhes obediência e submissão.

Após algum tempo, vieram profetas – vagabundos que prediziam o futuro – , lançando o boato de que o velho, tolhido pelo reumático, enviaria o filho para salvar o Mundo. Foi tal a ansiedade entre as tribos que alguns viram no filho da mulher de um carpinteiro de Nazaré o Messias anunciado.

Com a falta de emprego, algum pó e líquidos capitosos à mistura, inventaram a história do nascimento do pregador com jeito para milagres e parábolas.

Puseram a correr que Maria fora avisada pelo anjo Gabriel, um alcoviteiro de Deus, de que, sem ter fornicado, estava prenhe de uma pomba chamada Espírito Santo.

Nascido o puto, que nunca mijou, usou fraldas, fez birras ou fornicou, cedo se dedicou aos milagres e à pregação falando no pai e na obrigação de todos irem e ensinarem as sandices que debitava. Acabou mal e culparam os judeus, desde então os suspeitos do costume. Claro que JC também era judeu mas isso tem sido irrelevante.

Sabe-se que foi circuncidado, que era um monoglota exímio em aramaico, língua em que discutiu com Pôncio Pilatos, que só sabia latim, sem necessidade de intermediário.

Quando se lixou, crucificado, esteve três dias provisoriamente morto e, depois, subiu ao Céu levando o prepúcio que tantas discussões teológicas havia de gerar. Os judeus ainda hoje são odiados porque o mataram mas há quem diga que isso foi uma calúnia dos que se estabeleceram com a nova religião e queriam substituir a antiga.

45 thoughts on “Naquele tempo…”
  • provocador

    Como estamos em tempo natalício, 2012 d.C, parece-me apropriado aqui citar este belo texto do ex ateu e convertido crente Friederich Nietzsche:

    Oração ao Deus desconhecido
    Antes de prosseguir no meu caminho
    E lançar o meu olhar para frente
    Uma vez mais elevo, só, minhas mãos a Ti,
    Na direção de quem eu fujo.
    A Ti, das profundezas do meu coração,
    Tenho dedicado altares festivos,
    Para que em cada momento
    Tua voz me possa chamar.
    Sobre esses altares está gravada em fogo
    Esta palavra: “ao Deus desconhecido”
    Eu sou teu, embora até o presente
    Me tenha associado aos sacrílegos.
    Eu sou teu, não obstante os laços
    Me puxarem para o abismo.
    Mesmo querendo fugir
    Sinto-me forçado a servi-Te.
    Eu quero Te conhecer, ó Desconhecido!
    Tu que que me penetras a alma
    E qual turbilhão invades minha vida.
    Tu, o Incompreensível, meu Semelhante.
    Quero Te conhecer e a Ti servir.

    • David Ferreira

      Não se esqueça que o homem passou os últimos 11 anos da sua vida sob observação psiquiátrica…

      • provocador

        É verdade. Mas será que você contrapõe esse argumento até ao momento em que Nietzsche se converteu ou só depois de essa conversão ter ocorrido? Quando Nietzsche, nesses 11 anos, ainda se situava no ateísmo, você lembrar-se-ia de vir contrapor que, nesse período ateísta, ele também já estaria em observação psiquiátrica ?

        • David Ferreira

          Obviamente que não, meu caro- Obviamente que esse fator seria levado em conta . Aliás, nem sequer sou perito em Nietzsche, por isso arriscar-me-ia a dizer asneira. Gosto de parte da sua obra, acho outra parte confusa e subjetiva e outra imcompreensível para o meu nível de conhecimento da filosofia. A filosofia é como mascar obssessivamente uma pastilha elástica mesmo depois de ela ter perdido o seu sabor na tentativa de o descobrir onde já não existe. Qualquer coisa assim.
          Mas encontra-se espalhada pela web um quantidade enorme de conversões de ateus no momento da morte, e de frases que lhes são atribuidas, que são falsas. Quiça não terão surgido por obra e graça dos sacerdotes que lhes acompanharam os ultimos momentos, esses necrófagos da alma.

          • provocador

            Se existem frases de ateus convertidos que são falsas é preciso demonstrá-lo. Dizer que são falsas não chega. E esse ” quiçá” também carece de demonstração. Palpites para o ar esfumam-se rapidamente.

          • David Ferreira

            Se existem frases de ateus convertidos, também é preciso demonstrá-las. O que, volto a repetir, não adianta nada à questão. É perfeitamente normal que qualquer ser humano à beira da morte sinta medo do desconhecido. O que justificaria muita coisa. Mas acho que você está a confundir esse medo e esse momento de fraqueza perfeitamente normal e aceitável, com conversão. Conversão a quê?
            Quiçá não carece de explicação porque não é uma afirmação. É apenas “quiçá”.

          • provocador

            Pois é, mas eu já citei as frases do Sartre e do Nietzsche e indiquei as fontes documentais onde elas foram proferidas. Quer mais o quê ? Que eu vá buscá-las às respectivas bibliotecas para lhe poupar o incómodo de você meter pés ao caminho ?

          • David Ferreira

            Volto a repetir. Você fica exaltado com essas supostas conversões. Para mim, não adiantam nada. Nem que o Dawkins se convertesse adiantaria.

          • kavkaz

            O antoniofernando / provocador / multiniks falhado gosta de fazer citações, muitas delas inventadas pelo próprio como já confirmei. Ele gosta de rebuscar nomes conhecidos que falam de “Deus”. O que não confirma a sua existência, apenas confirma que seriam crentes. Mais nada!

            O “Deus” desses filósofos e outros é o “Deus” do “Gênesis”, livro da Bíblia que o “provocador” já rasgou, assim como todo o Antigo Testamento.

            O “Deus” do antoniofernando / provocador / multiniks falhado é um homónimo, um subproduto da imaginação dele. Ele dá-lhe o mesmo nome para se aproveitar do negócio com a palavra “Deus,” já bem conhecida, e consegue arranjar clientes para a seita dele.

          • provocador

            Pois, eu entendo-o. Você ficou danado com as conversões do Sartre e do Nietzsche e deu-lhe para o negacionismo filosófico…lol…

          • David Ferreira

            Acredita mesmo que eu fiquei danado? Quer-me parecer que você é que se anda a enganar a si próprio. Para afirmar o que diz, tem que apresentar provas concludentes. E não seja teimoso, mesmo que isso tivesse acontecido, não teria importância nenhuma. Essa do negacionismo filosófico parece-me um termo demasiado…”teológico”…

          • provocador

            Você afirma que eu fiquei exaltado com as conversões de Sartre e Nietzsche e eu sustento que você ficou danado com essas conversões. Isso, aliás, é bem notório quando você apareceu ligeirinho a dizer que era mentira a conversão de Nietzsche e que não confiava no que Leonardo Boff afirmava a esse propósito, mesmo depois de eu lhe ter indicado as fontes originárias, alemãs, onde se encontra a ” oração ao Deus desconhecido” de Nietzsche. Ou seja, para não reconhecer a conversão de Nietzsche, você mete a cabeça na areia e ataca o Leonardo Boff com argumento ” ad hominem”. Fraco, muito fraco em termos de séria argumentação intelectual. No fundo, você é um preconceituoso. E as atitudes preconceituosas são sempre reaccionárias. Você recusou-se a aceitar a conversão de Nietzsche simplesmente porque lhe custou reconhecer esse facto. Depois, como não teve argumentos idóneos para contrapor, resvalou para aquele tipo de discurso demagógico de que não acredita nos teólogos e não sei que mais. É essa a sua racionalidade? A sua lógica ? Quer mais provas concludentes ? Meta-se ao caminho você, pois eu já citei as fontes originárias da conversão de Nietzsche. Elas estão na Alemanha e os textos estão identificados. O negacionismo filosófico parece-lhe um termo demasiado ” teológico” ? Você anda é a ver fantasmas a mais.

          • JoaoC

            Eu tenho casos PESSOAIS de ateus convertidos. E não foram tão poucos quanto isso. Mas sim, quase todos os que conheço foi nos momentos /dia antes da morte e garanto-lhe que não estavam angustiados. Como deve saber, é normal que, no estado se semi-inconsciência que antecede a morte, é natural ocorrer alucinações visuais e auditivas. Alguns desses ateus – e comunistas declarados – tiveram-nas relacionadas com símbolos e figuras religiosas que nem eles sabiam quem eram… Ponho a hipótese de se tratar de um mecanismo de jogar pelo seguro face ao desconhecido. Ou talvez, como acredito, o emergir da ideia de Deus – como acredito – que está em todo o ser humano, porque d’Ele viemos, mesmo que conscientemente O rejeite durante a vida.

          • David Ferreira

            Poderá ser o emergir do medo da ideia de Deus. Provavelmente terá razão quando diz que será um mecanismo de jogar pelo seguro. É aceitável. Somos todos impotentes perante o desconhecido. Não deveriamos era sê-lo perante o conhecido.
            Só não percebo o porquê dessa associação permanente do ateismo com o comunismo. Nem todos os comunistas são ateus e, de certeza, que nem todos os ateus são comunistas.

          • JoaoC

            A associação foi dos casos reais que presenciei. Eram ateus, comunistas, ateus-comunistas, no fundo, pessoas que rejeitavam a religião, principalmente a católica. Não a fiz a insinuar que todos os ateus são comunistas ou vice-versa.

          • JoaoC

            A “obra e graça” dos sacerdotes no momento da morte, pelo menos a nível hospitalar e de internamento, acontecem pelo desejo expresso do doente/família. Há casos de ateus e até de crentes de outras religiões que pedem apoio espiritual de um sacerdote católico. E acredite – como atesto por experiência – que ajuda bastante na aceitação da morte e no acalmar de sintomas.

            Não chame necrófagos da alma, pois ninguém corre para chamar um padre a quem não o quiser. Muitas vezes, nem é preciso a referência a Deus ou à salvação da alma para ajudar a tranquilizar essas pessoas, mesmo ateias. Se isso ajudar a salvar almas, melhor ainda. Se não, ao menos que contribua para uma morte tranquila…

      • David Ferreira

        E o que você diz é uma mentira descarada. Nietzsche nunca se converteu. A ele se atribui a frase: “Se realmente existe um Deus Vivo, sou o mais miserável dos homens”, mas nunca se encontraram registos escritos de tal dizer. É mais uma tentativa da apologética anti-ateia no sentido de justificar o seu próprio fundamentalismo.

        • provocador

          O que você diz é que é mentira descarada e só mostra o seu total descontrolo. Eu acredito na honestidade intelectual de Leonardo Boff. Aliás, se você tem dúvidas, pode ainda conferir em Friedrich Nietzsche (1844-1900) em Lyrisches und Spruchhaftes (1858-1888). O texto em alemão pode ser encontrado em Die schönsten Gedichte von Friederich Nietzsche, Diogenes Taschenbuch, Zürich 2000, 11-12 ou em F.Nietzsche, Gedichte, Diogenes Verlag, Zurich 1994.

          http://leonardoboff.wordpress.com/2011/04/01/%C2%A0%C2%A0%C2%A0oracao-de-nietzscheao-deus-desconhecido/

          • David Ferreira

            Leonardo Boff. Um teólogo brasileiro. Um pastor itinerante evangelizador. Quer mesmo que eu leve a sério um teólogo? Engraçado como um teólogo conseguiu descobrir obras de Nietzsche que nem os seus estudiosos alguma vês viram. Quando eu vir essas publicações publicadas e certificadas pela comunidade científica, dar-lhe-ei crédito. Por muito que lhe custe ouvir, para mim, os teólogos são os mais perversos dos filósofos. São os que se dedicam a justificar o absurdo e a mentira. São, no fundo, mentirosos profissionais. Não lhes atribuo nenhum crédito e muito menos importância para a humanidade. Um desperdício de neurónios, alguns até brilhantes, porque são sempre parciais.

            Mas mesmo que se venha a confirmar, acredite que não acrescenta absolutamente nada à questão em causa.

          • provocador

            1)” Quer mesmo que eu leve a sério um teólogo'”.

            É igual ao litro. Você toma a sério quem quiser.

            2) ” Por muito que lhe custe ouvir, para mim, os teólogos são os mais perversos dos filósofos”.

            Não, não custa nada a ouvir, nem imagina o sorriso de ironia que eu tenho, neste momento, ao ler estas suas palavras. Esse é o tipo de frase que o menoriza enquanto pessoa, mas, se você quer ir por esse caminho simplório, força, esteja à vontade.

            3) “Engraçado como um teólogo conseguiu descobrir obras de Nietzsche que nem os seus estudiosos alguma vês viram”

            Você é que se está a tornar deveras engraçado com o seu tipo de discurso mesquinho. Mesmo muito engraçado. E deveras divertido.

          • David Ferreira

            Por acaso é divertido. Você esboça um sorriso de ironia porque efetivamente pensa que isso me menoriza. Tal não é o caso. Diga-me o nome de um teólogo, um que seja, que tenha contribuído por intermédio do produto do seu pensamento com algo de valor para a humanidade. Não, não atribuo nenhum crédito aos teólogos. Absolutamente nenhum. Veja essa alimária do pensamento teológico moderno, que é o Papa. Tantos doutoramentos em teologia e tanta asneira a sair daquela cabeça. Você demostra, pela sua reação ao meu “discurso mesquinho”, um certo facciosismo.
            Não me diga que você é um teólogo?

          • JoaoC

            É compreensível e tolerável que um ateu critique – com conhecimento de causa – os teólogos e a Doutrina, uma vez que não a aceita, nem aos dogmas da Igreja.

            mas se quer mesmo pegar pelos “perversos filósofos”, pegue por teólogos verdadeiros, que não se desviaram da Doutrina da Igreja. A bem da verdade e do bom-senso, que as críticas que nos fazem sejam fundamentadas naquilo que a Igreja defende realmente e não na opinião de um ‘teólogo’ inimigo da própria Igreja. Não leve isto como um insulto ou repreensão. mas quanto atacamos algo, devemos estar conscientes das armas que temos e o Boff, ainda que possa agradar a muitos ateus pelas suas posições contrárias ao catolicismo, não é referência para quem quer saber do que realmente diz a Doutrina da Igreja.

          • serg

            Não vás por aí!
            A grande parte da ciência nasce para o mal (a guerra, a vingança, o poder) da humanidade, mas depois é adaptada.
            Nada na teologia nasce para o mal, mas depois pode ser adaptada por alguns eunucos, alguns dos quais são ateus. ,

          • Téss M.

            Oi, para se fazerem que prestam alguma coisa, os pastores evangélicos estufados de dinheiro dizem SEMPRE (para dar “força”) que são “psicólogos”. Porque “teólogo”, vamos combinar, nem para limpar chão de rodoviária serve.

            Dá para visitar esse blog?

            Acho que vai gostar.

            O título do primeiro post é Matemática Básica & Engenharia Reversa.

            http://umaseuns.blogspot.com.br/

          • serg

            “Porque “teólogo”, vamos combinar, nem para limpar chão de rodoviária serve.”

            Bem, e o matemático serve para mais o quê do que o teólogo?

            Ninguém, em tempo algum, foi ~mais feliz porque os matemáticos contribuíram tal.

          • JoaoC

            Não leve, porque não vai aprender nada sobre Cristianismo nem Catolicismo. Esse ‘teólogo’ nem cristão é e deturpa toda a Doutrina da Igreja. Aceitemo-la ou não, esse homem está excomungado, caiu formalmente em heresia e não deve ser estudado nem por ateus (honestos). Vocês, se quiserem pegar pela Doutrina que não aceitam e criticar a Igreja – com todo o direito que têm de o fazer – , devem fazê-lo baseados em argumentos verdadeiros sobre a verdadeira Doutrina da Igreja.

          • JoaoC

            “Eu acredito na honestidade intelectual de Leonardo Boff” [para quem não sabe, um ‘teólogo’ herege formal e marxista até à medula, excomungado e a quem Roma já proibiu de ensinar o que quer que seja e o que profere não seja tido como cristão.

            Está tudo dito sobre este demente multi-nicks, com um elogio feito ao mais anti-católico dos “teólogos” modernos.

    • kavkaz

      Ó enfia barretes religiosos, também deverias acreditar no Pai Natal:

      Poema do Pai Natal

      Fato vermelho

      De capuchinho

      Com as barbas brancas

      É tão velhinho

      Chega de noite

      Sem dar sinal

      Com um grande saco

      É o Pai Natal

      Traz nesse saco

      Tantos presentes

      Vamos ficar

      Todos contentes

      • serg

        Os ateus acreditam no pai natal. veja-se Medvedev, Kavkaz, Carlos Esperança, etc.

        Eu sou crente e garanto que o Pai Natal não existe, foi inventado, sabemos como, por quem e porquê?

        Os ateus acreditam no pai Natal.

        Eu acredito em Jesus, filho de Deus, que se fez homem de carne e osso, andava, falava, era visto e muito apreciado entre o povo, foi seguido por multidões… foi testemunhada a sua presença e não inventada, mas nesse os ateus não acreditam.

        Afinal, quem é o palerma?

        • kavkaz

          Beber “sangue de Cristo” deixa-te com visões extraordinárias…

          • serg

            eu não bebi nada, mas tu drogas-te, ou então bebes demais, pois nem uma criança diria as palermices que tu dizes.

            Ou seja, tamanha estupidez só um se for de um drogadito meio podre ou um bebado irrecuperável.

          • GriloFalante

            Eu adoro a argumentação dos crentes, quando se sentem encostados à parede: insultam, e está resolvido.:

        • David Ferreira

          O Tony Carreira também é muito apreciado pelo povo. É seguido por multidões, é de carne e osso, e também fala. A sua existência pode ser testemunhada em livro e video-cassete pirata ou original, em qualquer feira de pechisbeque. Há quem diga que é um extraordinário artista, mas eu, apesar de o ver e ouvir, tenho as minhas dúvidas.

          • serg

            E que tem de importante o Toni Carreira que mereça destaque? Tu és muito pouco conhecedor de musica, pois tens melhores exemplos entre os compositores.

            Contudo, há uma certa diferença entre quem pregou uma doutrina e reuniu multidões, na presença das quais fez prodigios, e as tuas estrelas, pois tu achas que cantar é algo que suplanta o comum dos mortais.

            Realmente, para uma pessoa com a tua capacidade de análise, um cantor pimba é excepcional, tal como o PaiNatal.

            Quantos anos tens? mais ou menos de sete? se tens mais não se nota.

          • David Ferreira

            Está muito enganado acerca dos meus conhecimentos musicais. Mesmo muito.
            Claro que tinha melhores exemplos. Mas escolhi este com um propósito. Se não o percebeu, lamento.
            Quanto a quem pregou uma doutrina a multidões e realizou prodígios, não deixa de ser engraçado que nem sequer um dos seus discípulos, um que seja, tenha deixado para memória tal acontecimento. E os evangelhos, meu caro, têm mais buracos que um queijo suiço!
            E você que idade tem? Não acha que já é bem grandinho para não acreditar em mitos de povos primitivos? É que você acredita num mito menos credível ainda do que o Pai Natal.
            E não, o Tony não é grande artista. É bastante vulgar. Mas pelo menos demonstra honestidade naquilo que faz.

          • GriloFalante

            A única grande diferença é que o Toni Carreira existe mesmo; o tal Jesus, não há um único documento histórico que testemunhe a sua existência.

        • Luis Almeida

          Eu nasci em 1943 e, no meu tempo não havia Pai Natal nem Árvore de Natal: Quem “dava” as prendas era o Menino Jesus e o que se fazia era o Presépio. Era ver a miuadagem da minha escola tudo a catar musgo nas veredas e muros ( nasci em Lisboa, mas, criei-me na “aldeia” que então era a Amadora ). Depois da II Guerra mundial estes dois ícones da nossa identidade foram gradualmente sendo substtuidos pelo Pai Natal e pela Árvora. Símbolos importados, com a hegemonia crescente dos EUA, que não têm nada a ver com as nossas raízes- E foram-no com o beneplácito da Igreja que sempre soube estar do lado dos poderosos ( e, neste caso, do consumismo desenfreado e anti-cristão ).

          É uma pena que tenha que ser eu, ateu convicto, a ter que defender algo cuja defesa deveria competir à ICAR e aos seus membros. E faço-o por uma questão de identidade nacional ( “fringos fuera”) apenas, dado que sou ateu e assim morrerei…

    • JoaoC

      Nietzsche nunca se converteu, ó ladrão de nomes, dos quais o de “cristão” é o mais gritante..

  • Anjo Gabriel

    “Puseram a correr que Maria fora avisada pelo anjo Gabriel, um alcoviteiro de Deus, de que, sem ter fornicado, estava prenhe de uma pomba chamada Espírito Santo.”

    A mãe do Carlos Esperança fornicou e da respectiva fornicação resultou o menino Carlinhos.

    Há quem ache que o termo mais adequado poderia ser ” fez Amor” , mas é expressão que não faz parte da terminologia mais banal do moderador deste diário.

    Ele é, pois, a avaliar pelo seu próprio estilo, o resultado da fornicação de sua mãe.

    • Carlos Esperança

      Só um anjo desconhece que a Igreja católica considera a fornicação um pecado, mas a fornicação ou cópula é o método mais popular para a reprodução. Contudo, há seres mitológicos filhos de virgens de outros animais.

      • Anjo Gabriel

        Anjo, mas não anjinho,apenas usei as suas próprias palavras, não fique melindrado por eu ter usado o seu próprio estilo de escrita relativamente à fornicação da sua própria mãe.

      • serg

        É mentira Carlos. A fornicação (o coito), com regras, é obrigatório para os crentes.

        Tu é que estás a extrapolar o limite do termo.
        Mas, sabes bem que há tribos ateias que consideram “essa fornicação” crime de morte.

    • serg

      A mãe do Carlos fornicou?

      Como sabes isso? Foi contigo?

      Certamente conheces mulheres que estão gravidas ou tiveram filhos e que não fornicaram, ou não?

  • kavkaz

    Idosos vítimas de fraudes.

    Aviso: Os idosos devem evitar os padres ou pastores religiosos porque «quando envelhecemos, deixamos de prestar atenção aos sinais manifestos da desonestidade alheia e tornamos-nos mais vulneráveis às vigarices de todo o tipo».

    – Não lhes confiem o vosso ouro ou dinheiro e riquezas! Não vão atrás da lengalenga deles!

    http://www.publico.pt/ciencia/noticia/idosos-sao-vitimas-de-fraudes-porque-o-seu-alarme-cerebral-nao-dispara-1576181

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