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O Governo ajoelhado

Ao fim de muitos – demasiados, para o meu gosto – anos, os governantes conseguiram chegar à conclusão de que uma grande parte das fundações existentes em Portugal não são mais do que viveiros de parasitas. Daí que tenha decidido efectuar uma avaliação das referidas fundações e, de acordo com as respectivas utilidades ou finalidades, vai reduzir as horas das mamadas podendo, até, secar a mama. Até aqui tudo bem, estou farto de pagar para alimentar parasitas.

No entanto, a notícia traz um texto que me deixa preocupado. Reparem, eu disse preocupado, não disse surpreendido. Então não é que  “Em relação às cerca de 100 que foram criadas ao abrigo da Concordata, o Governo refere que “vão ter um tratamento à parte”, mas garante que também vão ser todas objecto de análise e avaliação”.? E eu pergunto: à parte, porquê? Vão ser avaliadas pelo bispo ou pelo cardeal? Talvez pela Conferência Episcopal? Ou será que, porque convém, se faz a separação entre Igreja e Estado?

Eu não tenho dúvidas de que algumas instituições religiosas prestam benefícios inegáveis – embora acabem por dizer “nós demos” – mas não me parece que tenham de ter tratamento diferenciado. Porque muitas outras instituições não religiosas também prestam serviços de valor inegável.

Ou (man)temos o Governo de joelhos?

4 thoughts on “O Governo ajoelhado”
  • cínico

    ” Embaraça-me ver o meu nome no whois dum domínio da Internet que, fundamentalmente -e fundamentalisticamente, se isto for uma palavra- é a voz histérica da parolice ateísta”

    Ricardo Pinho

    Não sei não, Moreira. Não sei se o Ricardo Pinto te irá citar no ” novo” Diário Ateísta. Ele deve ter ficado um pouco melindrado por causa daquela crítica ao Religion for Atheists. Mas como é um indivíduo intelectualmente muito coerente, se calhar desta vez vais conseguir passar o crivo da parolice ateísta. Se até o Varela conseguiu passar o estigma dos textos de asco e cuspo, por que razão também tu não haverias de conseguir ?

    • cínico

      O seu a seu dono: o Ricardo Pinho ainda não é Pinto e este texto do Moreira até está bem esgalhado.

      • Ateu sim, e daí ?

        Anda muito ressabiado…é por que o O. Varela esfregou sua fuça no chão, deu lustro no assoalho com suas bochechas ?
        Faz o seguinte: coloca um novo nick e finge que não é você; deixe o tempo passar até que todos tenham, parado de rir. Quando isso acontecer, provavelmente você já nos terá brindado com mais uma de suas patetices e vamos rir de novo, e de novo.
        Para de chorar como a donzela deflorada. Você foi ao mato com o Varela porque quis; ele não pediu; mas você implorou.
        Pense ai na ética de gzuis e no que o gajo fez de útil.
        Cresça !

        ps: não se preocupe com o novo nick; nós o reconheceremos. Você é impagável .

  • kavkaz

    Penso que a decisão de rever os apoios às fundações será uma BOA decisão do governo português. Boa decisão porque num fundo de grandes cortes nos rendimentos de quem trabalha e dos pensionistas seria muito injusto as fundações não fazerem parte dos que sofrem com os cortes orçamentais do Estado.

    As fundações são criadas exactamente para pagarem menos impostos e beneficiarem de um tratamento especial mais favorável. E a Igreja Católica sabendo disso também “mete a mão” nos benefícios e terá as suas fundações com esse objectivo. São conhecimentos que adquiriu na sua experiência milenar.

    Portanto, a decisão de rever os apoios às fundações é correcta e positiva.

    Quanto aos favores é benesses da Igreja Católica deseja-se que sejam revistos com sensatez e esta não seja a pedinte que mais beneficia da mama do Estado.

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