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  • 3 de Agosto, 2012
  • Por Carlos Esperança
  • Ateísmo

ATEUS, RELIGIOSOS E TASCAS

Por

ONOFRE VARELA

Não sou um habitual colaborador deste espaço, e talvez devesse sê-lo. Confesso que tenho um défice de espírito associativo que pode ser comparado com o défice de democracia na Madeira.

Será essa a razão de a minha colaboração neste espaço ateísta ser tão esporádica, e sempre com a ajuda do meu amigo Carlos Esperança para inserir o texto no espaço virtual, pois eu sou completamente analfabeto em computadores.

Porém, nos últimos dez dias, já publiquei dois textos… o que para mim é um record nestes tempos de competição olímpica!

Confesso que o segundo dos textos esteve a um nível sete furos abaixo de cão!… Aquele registo não é a minha maneira de escrever, mas foi o modo que me pareceu poder ser melhor compreendido pelo raciocínio elementar do destinatário específico e nomeado.

Se o meu muito querido amigo Ricardo Pinho algum dia disse que este espaço se parecia com uma tasca, referia-se, muito provavelmente, às discussões de rodapé que os assuntos publicados suscitam às várias sensibilidades de quem os lê. Reconheço que o meu último texto esteve ao mesmo nível!…

Mas devo dizer que não tenho absolutamente nada contra as tascas! Frequento algumas e gosto das companhias (que escolho), dos petiscos e dos copos de bom vinho que por lá são aviados. E algumas têm fado, o que para mim é sempre um prémio! Tal como sinto ser premiado com a banda de música no fim das procissões, que me remetem a memória para os meus 14 anos (nos finais da década de 50) quando estudei solfejo na “Banda Marcial de S. Cristovão”, em Rio Tinto, na expectativa de vir a tocar clarinete… o que nunca aconteceu, com muita pena minha.

Quando, neste espaço de ateus, e nos recados de rodapé, se “insultam” e “atacam” ateus e religiosos, eu tomo isso como um folclore próprio das discussões de porta aberta a quem queira botar faladura. É um espaço democrático do mais puro, embora possa ferir algumas sensibilidades. Mas é o preço da democracia, e é bom que o paguemos para continuarmos a possui-la.

Nessa conversa de “ataques e insultos”, também é bom que atentemos nisto: os ateus contestam, legitimamente, o conceito da divindade, mas aceitam e respeitam quem tem necessidade dele.

Quem tenha estabelecido a sua razão de viver no conceito de Deus, merece todo o respeito daquele que não precisa de Deus para coisíssima nenhuma. Os “religioso-dependentes” devem continuar a louvar Deus se não forem capazes de se libertarem da ideia, se precisarem dela para serem felizes. Pois que sejam felizes.

Seria bom que, entretanto, questionassem a ideia de Deus… mas isso é coisa que não deve ser imposta. É uma tarefa mental de cada cidadão, e uns serão mais capazes de a encararem do que outros. Tudo depende da idade em que o conceito lhe foi embutido no cérebro, e do hábito que terá, ou não terá, de raciocinar e de questionar.

11 thoughts on “ATEUS, RELIGIOSOS E TASCAS”
  • Ateu sim, e daí ?

    É. De fato o sr aparece pouco por aqui. O sujeito no qual o sr aplicou um rabo-de-arraia fez por merecer.
    E não se preocupe, ele se diverte com isso – é a razão da vida dele. O que seria do nosso mui estimado antolo sem os ateus ? qual é a graça em se ficar ajoelhado ou de rabo para o ar, se não existirem alguns para criticar ?
    E a sua resposta ao tonto, isto é, ao tolo, ou melhor, o antolo, foi na linha que ele pediu. Tenha certeza, ele dormiu feliz naquela noite.

  • Ateu sim, e daí ?

    É. De fato o sr aparece pouco por aqui. O sujeito no qual o sr aplicou um rabo-de-arraia fez por merecer.
    E não se preocupe, ele se diverte com isso – é a razão da vida dele. O que seria do nosso mui estimado antolo sem os ateus ? qual é a graça em se ficar ajoelhado ou de rabo para o ar, se não existirem alguns para criticar ?
    E a sua resposta ao tonto, isto é, ao tolo, ou melhor, o antolo, foi na linha que ele pediu. Tenha certeza, ele dormiu feliz naquela noite.

  • Citadino

    Espero que continue a escrever aqui! Sou seu fã desde que descobri por acaso “O Homem Criou Deus” numa superfície comercial.
    Ignore o frustrado religioso que costuma provocar por aqui. Ele não pode passar sem isto coitado…

  • cínico

    O grande problema nacional tem muito a ver, do meu ponto de vista, com gente intelectualmente medíocre, como o Onofre Varela, que chegou aqui a insultar a generalidade dos crentes, sustentando que alguém asseverar a veracidade de Deus é fábula, paranóia,estupidez ou debilidade mental. Isto, por um lado. E por outro, refiro-me ao seu primeiro texto, no estupidifcante estilo panfletário e sectário, totalmente oco de conteúdo, contra o qual oportunamente me insurgi. O texto que me dirigiu só veio confirmar a mesquinhez do seu estilo e a prosápia balofa do seu caricato auto-comprazimento. Quem coloca num blogue aberto qualquer texto, sujeita-se ao louvor ou à crítica, como deveria ser normal em qualquer debate democrático de ideias. Mas o Varela não deve estar habituado a ser criticado com a contundência que os seus paupérrimos textos amplamente justificam.A sua rancorosa resposta só veio apenas reforçar a ideia que dele firmei, logo após ter analisado os seus pífios escritos. O problema de Portugal, infelizmente é este: repleto de gente intelectualmente indigente, que arenga da forma mais superficial, ligeira, e pacóvia, que se possa conceber. Estamos de rastos, na cauda da Europa, muito por culpa deste tipo de gente, aos mais diversos níveis de intervenção política, social, económica e cultural. Mesquinhos, pequeninos, estreitos de espírito, sectários, panfletários. Por tudo isso, é que, em Portugal, o panorama intelectual é confrangedor. Feito de gente que debita as mais constantes generalidades, que estriba as suas asserções em qualquer jornaleco de vão de escada, que não é rigorosa na fundamentação sociológica das suas teses, que gosta de aplauso fácil dos seus apaniguados e que facilmente descamba para o insulto torpe dos seus adversários. A tasca de asco e nojo em que se transformara a linha editorial do D.A.passou para aqui. Aliás, ela nunca deixou de ser a mesma. A pequena diferença é que hoje temos mais um panfletário,insultuoso, oco e petulante aqui chegado, chamado Onofre Varela e todos os demais correlegionários ideológicos a aplaudir.Portugal, afinal,no seu pior.Ou seja, a cuspir asco e nojo de chinela no pé

    • kavkaz

      O problema não é “nacional”! O problema é tu seres cínico merdoso, vigarista religioso e marrares sempre com os cornos nos ateus que aqui escrevem! Sofres de paranóia!

      • cínico

        Depois do primeiro grande problema, existe ainda um segundo grande problema: o daqueles hipócritas que lavam as mãos como Pilatos, em nome de meras afinidades ideológicas. Infelizmente, o mundo também está cheio de pintalgudos que, num dia, apresentam um discurso ideologicamente correcto, mas que, no dia a seguir, esquecem tudo aquilo que, de supostamente ético, andaram a defender, mandam as urtigas os seus supostos princípios e dão imediata guarida a qualquer varelado tasqueiro que queira escarrar pus e fel sob os seus tutelados domínios. No fundo, a história dos fariseus repete-se, sempre que pintalgudos e varelados se arregimentam em nome de uma mera e oportunística lógica de conveniência correlegionária. Os pintalgudos que, num dia, verberam as tascas de asco e cuspo são exactamente os mesmos que, no dia seguinte, abrem as portas da sua casa para que os escarradores abjectos possam dejectar à vontade os seus pútridos vómitos.É assim Portugal no seu pior: asco e cuspo e hipocrisia sem limites, travestida de espinha dorsal direita.

    • Provedor

      Tens razão, cínico/merdoso/José/antoniofernando. Mas relaxa. O teu Jesus de Nazaré (ou será de Belém?) anda a treinar para voltar à Terra. Disfarçado, como convém. Olha-o aqui, a andar sobes as águas do Tamisa:
      http://demotywatory.pl/3770383

  • José Gonçalves

    Eu.um simples operário emigrante na Holanda desde 1964 e já velho (88anos),
    verifico que o comentador cínico,como não tem argumento para defender o Absurdo da Fé,limita-se a insultar.Eu.no meu fraco entender,admito que haja quem creia em Deus,mas não posso admitir em meu pensamento que haja quem se atreva a definir Deus(os chamados teólogos) e pior um pouco a crer que Moisés recebeu de Deus as Tábuas da Lei ou seja os Dez Mandamentos da biblico-judaico-cristã Religião e que Deus criou o Mundo em seis dias e dum bocado de barro fez Adão e duma costela dêste fez Eva.Depois de colocá-los no Paraíso Terreal que segundo a Biblia seria na Mesopotâmia,ordenou-lhes que não comessem o fruta da árvore da ciência do Bem e do Mal que era uma
    macieira.Mas o Diabo disfarçado de serpente convenceu Eva e ela comeu o fruto proibido e deu-o a Adão,transgredindo assim a ordem de Deus que os expulsou do Paraíso Terreal e condenou a mulher às dôres do parto e o Homem a ganhar o pão com o suor do rôsto.Ora se Deus,como ensina a Igreja,tem todos os seus predicados num grau infinito,não pode ter necessidade do que quer que seja.Então porque criou o Mundo e depois Adão e Eva?!E se Deus é infinitamente sábio,sabia que Eva e Adão não cumpririam a sua ordem.Se Deus é o único Criador,então foi êle que criou o Diabo e o Inferno,o que está em contradição com com a a sua infinita perfeição.A conclusão a tirar é que um Deus assim Ditador Absoluto,Caprichoso e Vingativo com todos os defeitos dum Ser humano,só pode ter sido criado pelo Homem..E para terminar eu deixo aqui êste meu desabafo:
    Que Deus é êste assim tão mau/tão cruel,tirano e sanguinário/que se porta pior que um marau/ e mata o «filho»no Calvário?!

    • cínico

      Você, com os seus 88 anos, já podia ter aprendido a ser intelectualmente sério quanto à denúncia das constantes ofensas que vários ateus vêm sistematicamente proferindo contra os crentes, quer no Diário Ateísta quer neste blogue. Podia também ter-se lembrado do célebre artigo do Ricardo Pinto, “Ódio Ateísta”, no tempo em que a sua suposta coerência ética ainda não tinha sido desmentida pela realidade dos factos. Podia também ter-se insurgido contra os escarros nojentos do Onofre Varela, nos termos que já aqui fiz notar. Mas como você faz parte daquele grupo de portugueses, cegos para as ofensas dos seus correlegionários ideológicos, não fico nada admirado que faça parte daquele grupelho, sectário e panfletário, mesquinho e intelectualmente indigente,que conduziu Portugal à cauda da Europa.

      • Provedor

        Dá-lhes, merdoso/cínico/José/antoniofernando. Não os poupes. Tu és como aquele gajo que, na formatura militar, era o único que levava o passo certo.

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