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  • 13 de Julho, 2012
  • Por Carlos Esperança
  • Ateísmo

Deus, os crentes e o Diário de uns Ateus

Deus não é boa rês, criado como foi por homens da Idade do Bronze, à imagem e semelhança das tribos onde o caráter patriarcal dominava. Homens desses não podiam deixar de imaginar um ser cruel, vingativo, misógino, homofóbico e xenófobo. Esse deus inventado há 6016 anos, o deus abraâmico, ainda hoje é um detonador do ódio e da violência.

Esta é a ideia que eu tenho, como ateu, de um mito que era obrigatório nas escolas e igrejas da minha infância. É desse déspota que falo sem que ele se queixe ou se intrometa na minha vida. Lamentavelmente os que a creditam nele não admitem que haja quem pense de forma diferente.

Pelo mesmo motivo que eu seria incapaz de ir a um blogue religioso insultar os crentes, penso que tenho o direito de exigir que os crentes não venham ao Diário de uns Ateus injuriar os que não têm medo do Inferno nem da ira divina.

O Diário de uns Ateus continuará aberto a todos e, no que me diz respeito, até me podem insultar que, nem por isso, os excluo do direito de comentarem. Já não prometo que, à semelhança da Igreja católica, venham para aqui acender fogueiras contra os hereges e os deixe à solta. Só aqui entra quem quer.

Os ateus têm o direito às suas convicções sem terem a obrigação de suportar insultos. Se os crentes se sentem insultados com o desprezo que as religiões nos merecem, podem sempre trocar este local pela sacristia e a prosa ateia por litros de água benta.

Este local é bem mais asseado do que um confessionário.

19 thoughts on “Deus, os crentes e o Diário de uns Ateus”
  • cínico

    O Diário Ateísta transformou-se num asco e numa fonte de ódio ateísta. Prova disso é o facto de o Esperança e comandita terem sido postos a correr pelo Ricardo Pinho. O que o Esperança queira escrever não desmente, por isso, a realidade nua e crua dos factos: o Ricardo Pinho pô-lo, como bem merecia, no olho da rua.

    • GriloFalante


      transformou-se num asco”.
      Por isso é que tu não sais daqui. Sentes-te bem.

    • Cristão Verdadeiro

      O teu grande problema, António Fernando, não é o Diário de uns Ateus, nem são os ateus; o teu problema, aquele que te funde os neurónios e te faz espumar de raiva, tem dois nomes: Carlos Esperança e José Moreira. E sabes porquê? Porque são os únicos “postadores” que não te passam cartão, que não respondem aos teus comentários. São os únicos que têm juízo, porque sabem que não mereces mais do que uma cuspidela na cara. Afinal, tratam-te com o desprezo que mereces, nem mais nem menos. Apesar de tudo, vão tendo algum sentido de justiça, certamente poruque embora sendo ateus, são ilumunados por Jesus de Nazaré. São os únicos que te mandam à merda com todas as letras. E é isso que te tira o sono, e te leva ao psiquiatra de tempos a tempos. Porque nem com a tua dedicada mulher ateia, nem com o teu melhor amigo ateu podes desabafar.
      A solidão deve ser fdda…

      • Citadino

        A mim, com o nick de “ASK”, disse-me que não era religioso nem entendido em religião mas que quando se reformasse ir-se-ia informar e quase de certeza se baptizaria!
        O tipo é mesmo doido coitado!

  • Ícaro Cristão

    Deus é de facto de boa rês, criando como foi, homens desde a Idade do Bronze (mesmo antes), à imagem e semelhança das tribos onde o caráter patriarcal dominava. Homens desses não podiam imaginar um ser cruel, vingativo, misógino, homofóbico e xenófobo. Porque esse “deus” de facto não existia, era apenas uma criação daqueles que O odiavam. O Deus Verdadeiro, o de Jesus e dos Profetas, era Bom, e vinha trazer uma mensagem de Amor a todos os Homens. Esse Deus que nos criou há (muitíssimos) mais de 6016 anos, o Deus de Abraão, Moisés e Jesus, ainda hoje é um detonador de Amor e tolerância.
    Esta é a ideia que eu tenho, como crente, de uma Verdade que não era obrigatória nas escolas e igrejas da infância dos mais velhos. É desse Pai que falo sem que ele se queixe ou dando-me total liberdade na minha vida. Lamentavelmente há moralistas que não creditam nele e não admitem que haja quem pense de forma diferente (refiro-me apenas a “alguns ateus”, também há crentes moralistas).
    Pelo mesmo motivo que eu seria incapaz de ir a um blogue ateísta insultar os ateus, penso que tenho o direito de exigir que os ateus não venham ao Diário de uns Ateus injuriar os que não têm medo do Inferno que é viver sem Deus, nem da ira que eles reflectem num Ser que deveras negam..
    Os crentes que frequentam o Diário de uns Ateus continuarão abertos a todos e, no que me diz respeito, até me podem insultar que, nem por isso, os excluo do direito de comentarem. Já não prometo que, à semelhança do Ateísmo, venham para aqui acender fogueiras, goulags e pelotões de fuzilamento contra os crentes e os deixe à solta. Só aqui entra quem quer.
    Os crentes têm o direito às suas convicções sem terem a obrigação de suportar insultos. Se os ateus se sentem insultados com o interesse que o fenómeno ateísta nos merece, podem sempre trocar este local pela sacristia (pois serão sempre bem vindos e ainda melhor tratados) e a prosa ateia por litros de água benta.
    Este local (a Igreja) é bem mais asseado do que um blog de insultos contra os crentes.
    Moral (oh não, essa palavra nãaaoo) da história:
    Como vê… nem tudo nos separa, meu caro.
    Abraço

    • UmGajo

      Icaro Icaro… tu até és um crente fixe e não insultas ninguém.
      Mas já agora diz-me, sentes-te mesmo insultado por aqui? É que tenho ideia que não é isso que se passa.

      PS-Deus não existe e foi inventado pelos homens, mesmo 😉

      • Ícaro Cristão

        Obrigado UmGajo, é fixe dizeres isso. Acho que há (na resposta ao grilo falei mais sobre este assunto) uma postura de constante insulto nas linhas por onde se cose este blog. Porque quanto mais insultos houver, mas crentes “insultadores” virão cá, perdendo-se os que, como eu apenas querem debater livremente (sem pieguices excessivas, porque um bom debate também passa por alguma agressividade). Resumindo e baralhando, se escreverem insultos responderão com insultos, ninguém fica a ganhar. É ódio por ódio…

        ps: Deus existe de facto. É difícil de ver… como o Amor que temos pelos nossos Pais, Amigos, Filhos. Não cabe num tubo de ensaio mas no entanto extravasa-o completamente. Abraço

        • UmGajo

          Caro Ícaro. Por mais que uma vez li o que tu entendes por insulto, ou seja, que tende mais a caracterizar quem o profere do que a quem é dirigido. E de uma maneira geral concordo e admiro a postura. E é assim que deve ser.
          Mas nem todas as caracterizações que se façam sobre determinados comportamentos devem ser interpretados como insultos, caso contrário seria muito difícil conseguir escrever uma frase sem que alguém se sentisse insultado.
          Daí que, se não se aprecia a retórica de determinado interlocutor, podemos sempre ignorá-lo, ou num caso de um sitio na Internet, podemos sempre abandoná-lo.
          Caso tal não seja possível ou desejável, podemos sempre cingir-nos ao essencial. Que neste caso será:

          Não tenho dificuldade nenhuma em ver o amor que tenho por alguém nem o amor que outros tenham para comigo. E não preciso de qualquer tubo de ensaio para isso. Já esse teu Deus… nem vê-lo.

    • GriloFalante

      Caro Ícaro, gostei muito do teu discurso. Um bocado patético mas, ao mesmo tempo, comovente. E até vou dar de barato que tu, um crente assumido, vens a um espaço ateu indicar normas de conduta. Era a mesma coisa que eu ir ali à igreja mais próxima e dizer ao padre que aqueles paramentos me ofendiam, ou que devia mudar de cor, mais de acordo com a moda.
      Pois bem, o que me leva até ti, são duas questões: a primeira, prende-se com os alegados insultos. E digo alegados, porque sei, perfeitamente, que há ateus a quem, de vez em quando, salta a tampa. Mas se reparares bem, por norma limitam-se a exercer o direito de legítima defesa, paradigma de um estado de direito democrático que Portugal, teoricamente, é. Teoricamente, porque a prática aponta para o contrário, mas isso são contas de outro rosário. Por norma, são os crentes que partem para o insulto – ou de uma forma aparentemente sofisticada, caso do antónio fernando, ou de forma mais grosseira, caso do JoãoC. Ora, tu sabes perfeitamente o que pode acontecer a quem dá a outra face; tens um exemplo ocorrido há cerca de dois mil anos.
      Depois, vens dizer que Deus nos criou há muitíssimo mais de 6016 anos. Não sei, mas olha que me parece que estás errado. Isto, claro, a crer na Bíblia – e tu crês na Bíblia, não é verdade?. Pois bem, eu não sei muito bem como é que se contavam os anos naquela altura, mas deviam ser muito mal contados – não esqueçamos que a matemática ainda não tinha sido inventada – mas a verdade é que em pleno Génesis (4:22) Zilá deu à luz Tubalcaim, mestre do cobre e do ferro. Isto ocorreu, segundo a História, entre 2.500 (cobre) e 1200 (ferro) antes da Era Comum (a.k.a. antes de Cristo). No entanto, e contrariamente ao que se diz, a Bíblia não se refere ao aparecimento do bronze, embora esta substância apareça referida 49 vezes – se não me equivoco. No entanto, a História (sempre ela!) diz-nos que a idade do Bronze ocorreu cerca de 3.500 anos antes da Era Comum.
      Finalmente: não achei grande piada àquele aparte entre parêntesis acerca da moral. Ninguém, e muito menos qualquer das religiões, detém o monopólio da moral. A moral já existia muito antes de haver religiões, e tem mais a ver com o comportamento em sociedade do que com a pseudo existência de divindades – sejam elas deuses, santos pré po pós fabricados, etc.
      É tudo, pá.
      Um abraço.

      • Ícaro Cristão

        Olá Grilo,

        Obrigado por gostares. Mas imagino que
        tenhas reparado que o decalquei do texto “sob” o qual estamos aqui livremente a
        debater. Se quiseres, como na fotografia, está em negativo embora me pareça
        mais positivo que o original. No fundo, o meu ponto (ou moral da história)
        voltava-se para o facto do seu autor – C. Esperança – estar na sua prosa a
        dizer coisas que também se aplicam aos crentes. Ou seja, fala como um crente.
        Ou, mais uma vez, fui eu que falei como um ateu. Provando isto que somos todos
        diferentes, mas todos iguais. Ou seja (prometo que é o último “ou seja” deste parágrafo)
        a tuas simpáticas palavras como “patéticas” e que tais, já sabes a quem
        dirigir.

        Serve isto para dizer que são ocas as
        acusações, nestes fóruns, de que um crente é isto ou aquilo ou que um não
        crente é aquilo ou isto porque acredita ou não acredita. Explico-me melhor, um
        crente não é patético pelo facto de acreditar em Deus, nem um ateu é patético
        pelo facto de não acreditar em Deus.

        Quanto ao facto de estarmos num espaço ateu
        – que pela cadência de posts demonstra que está a atravessar um momento
        existêncial – não é a mesma coisa que ires a uma igreja dizer umas coisas. Pelo
        simples facto de isto ser um blog e o outro um espaço. Concerteza a reacção à
        minha presença num almoço ou reunião do DA será necessáriamente diferente da
        frequência aqui das Catacumbas dos comments.

        E se queres que te diga o que tenho por
        sistema feito aqui – ao contrário de insultos – é alertar consistentemente para
        erros de análise, análise científica se quiseres, de lógica e de respeito. O
        ateísmo é uma posição respeitável, mas perde completamente o respeito na pena
        (leia-se coisa para escrever) de pessoas que se contentam em dizer que se
        ofendem porque há pessoas que não pensem como eles e por isso andem com paramentos
        a celebrar missas. E, ao contrário do que escreves, não venho vender qualquer
        norma de conduta ou moralismo. Existe mais moralismo aqui no DA do que em tudo
        o que escrevo.

        Sobre o que te leva a mim… penso que já
        respondi que dizer, por exemplo, que é patético o que escrevo (na verdade até
        estavas sem querer a dize-lo a um teu confrade) é um insulto. Tipo light, mas
        um insulto. Sobre o direito de legítica é a forma que arranjaste de passar um
        esponja nos teus confrades. Quando alguém insulta alguém que não o insultou
        isso não é legítima defesa… é uma agressão, pura e simples. E se queres falar
        de norma, pega na tua paciência, e percorre calmamente e com espírito crítico
        na panafernália de insultos que é a marca de água deste blog (penso até, pk não
        peguei na minha paciência para ir verificar, que é por isso que se zangaram
        parte dos ateus do blog). Pelos outros não posso responder. E até já me
        chamaram de antónio fernando (como principal destaque para um tal de Hamonball
        ZZZ).

        E se queres que te diga é exactamente o
        exemplo de há dois mil anos que me inspira (ou que me tento inspirar) para não
        entrar em insultos, entre outras coisas.

        Os 6016 anos vinha do tal decalcamento do
        texto do C.Esperança. O meu ponto é, Jesus Cristo foi Gerado, não Criado (do
        Credo) no início da Existência. E veio ao mundo há 2 mil anos. Como podes ver
        esta Fé já vem de há muito. A circunstância dos textos bíblicos passou-se há muito
        menos tempo… como os tais 2 mil e tal anos antes de Cristo, so what? Vêm da
        Eternidade, sem Tempo.

        Quanto à moral da história era apenas uma
        piada, mesmo sem grande graça, admito. A moral, essa, vem dos séculos dos
        séculos, vem da Eternidade.

        Abraço

  • Citadino

    Realmente não se entende esta obsessão doentia de certos “crentes” por este blog. Eu não vou a nenhum dos blogs religiosos.
    Também é verdade que não são assim tantos porque há um que se multiplica em vários nicks…O que será que o move?

  • kavkaz

    O Inexistente foi imaginado pelas pessoas na Antiguidade para responderem às dúvidas existenciais e obter respostas com alguma lógica às perguntas que permanentemente se lhes levantavam.

    Nos dias de hoje, com os conhecimentos científicos existentes não há necessidade de manter e sustentar tais mitos, pois as respostas já foram dadas pela Ciência.

    Os oportunistas que se servem da religião são aqueles que, não sabendo fazer mais nada, vão tentando obter Poder sobre a Sociedade e enganando com o intuito de obter riquezas das fraquezas das pessoas.

  • stefano666

    uma gulag cairia bem pros inquisidores

  • Jorje Junqueira

    Escreveu e disse tudo Carlos Esperança. Assino embaixo e reconheço a firma.

  • José

    “Os ateus têm o direito às suas convicções sem terem a obrigação de suportar insultos”

    Se há algo que certos ateus estão fartos de fazer no D.A. e aqui é constantemente insultarem os crentes, a começar por certas postas de esterco regularmente publicadas, com a conivente complacência do sr. Carlos.

    Aliás, este texto mesquinho evidencia exactamente o mesmo estilo de conduta, que fez, por várias vezes, incendiar os ânimos no “D.A.”: atiça-se o fogo contra os crentes e, depois, quando um crente reage, fazem-se de virgens ofendidas.

    Total falta de decência e de elementar ética de comportamento. Nada a que o esperançoso reaça já não nos tivesse habituado. Para ele, os ateus são todos uns anjinhos, fecha completamente os olhos a todas as javardices ateístas e depois ainda se permite publicar este texto miserável de hipocrisia e falsidade.
    Dá vómitos…

    • GriloFalante

      O antónio fernando continua imparável.

    • Cristão verdadeiro

      O teu grande problema, António Fernando, não é o Diário de uns Ateus, nem são os ateus; o teu problema, aquele que te funde os neurónios e te faz espumar de raiva, tem dois nomes: Carlos Esperança e José Moreira. E sabes porquê? Porque são os únicos “postadores” que não te passam cartão, que não respondem aos teus comentários. São os únicos que têm juízo, porque sabem que não mereces mais do que uma cuspidela na cara. Afinal, tratam-te com o desprezo que mereces, nem mais nem menos. Apesar de tudo, vão tendo algum sentido de justiça, certamente poruque embora sendo ateus, são ilumunados por Jesus de Nazaré. São os únicos que te mandam à merda com todas as letras. E é isso que te tira o sono, e te leva ao psiquiatra de tempos a tempos. Porque nem com a tua dedicada mulher ateia, nem com o teu melhor amigo ateu podes desabafar.
      A solidão deve ser fdda…

    • Citadino

      Este é um espaço ateísta, daí que a crítica da religião seja aqui normal. Os crentes têm estado mal habituados desde há séculos a que as suas crenças não sejam passíveis de mínimas beliscaduras, e assim sentem o ataque à religião como insultos pessoais. Na verdade os ateus sentem o mesmo quando os religiosos defendem as suas crenças mirabolantes, mas como estamos num espaço ateu quem tem de se sentir aqui a mais não são os ateus.
      O tempo em que a religião impunha as suas aldrabices sem contestação acabou!

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