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  • 9 de Julho, 2012
  • Por Ricardo Alves
  • Ciência

O «Prós e Contras» de hoje promete

Décadas inteiras a fazer contas complicadas, a montar experiências complexas e a analisar dados, para afinal tudo ser reduzido a um rodapé religioso. Ah, pois. Porque a Física é um ramo da teologia, e ninguém melhor do que os padres para explicarem o triunfo do modelo padrão. Se «manipulação» e «aproveitamento» significam alguma coisa, o programa de Fátima Campos Ferreira promete hoje elevar esses conceitos a novas alturas. Dedico-lhes a imagem abaixo.
Nota: o bosão de Higgs passou de «partícula deus que a carregue» a «partícula divina» graças(!) a este livro.

[Diário Ateísta/Esquerda Republicana]
17 thoughts on “O «Prós e Contras» de hoje promete”
  • Ícaro Cristão

    Acho que num país em que 8 em cada 10 pessoas se afirma como católica será normal que se chamem padres à discussão. Ai esse ódio indisfarçável à Igreja…
    ps: já agora, só agora reparei que o religioso DA mudou de nome, qual a razão?

    • Ricardo Alves

      «Acho que num país em que 8 em cada 10 pessoas se afirma como católica será normal que se chamem padres à discussão»

      E se discutirem futebol ou culinária também?

      • Bufarinheiro

        E já agora discutirem historias de putas.

      • Ícaro Cristão

        Tb acho muito pertinente, durf.

        • Ricardo Alves

          Por essa ordem de ideias, nada se pode debater em Portugal sem a presença de um padre. LOL

          • Ícaro Cristão

            As palavras são suas, homem. Mas se o padre tiver opinião não serei eu concerteza a censurá-lo de debater o que quer que seja. Felizmente vivemos num país livre… LOLão!

  • Ícaro Cristão

    No further questions your honor. Já estive a “bisbilhotar” parte da peixeirada dos Ricardos e demais ateus desavindos. E a única classificação que vem… assim de repente, e por causa do nível das discussões e dos posts é, “que tóinos”.

  • cínico

    O ricardo alves parece um daqueles putos mimados, que só gosta dos seus próprios monólogos. E quando não lhe fazem a vontadinha, amua logo, como no caso da discussão àcerca do bosão de Deus. O Prós e Contras de hoje promete, sim. Afinal, por mais que alguns minoritários tentem afastar Deus das questões cientificas,a questão divina permanece. Tal como este Diário Ateísta, que só existe na medida em que nega Deus. A vida é tão irónica.Até para o ateísmo, a sua existência ideológica depende da essência do que nega. Cuidado com a figadeira, ricardo alves. Ruminar àcerca do debate do Prós e Contras só te vai fazer mal.

    • cínico

      Por desatenção, não reparei no novo título deste Diário de uns Ateus. Nome bem caricato,por sinal, mas ao nível do que por aqui se tem feito.Parece-me algo do estilo humorístico do josé moreira, sempre tão pródigo na suas tiradas pífias.

    • Ricardo Alves

      «quando não lhe fazem a vontadinha, amua logo, como no caso da discussão àcerca do bosão de Deus»

      Ahn? Está a falar de quê?

      • cínico

        Estou a falar que você critica a Fátima Campos Ferreira, com a qual aliás nem simpatizo, pelo mero facto de ela lançar um relevante debate filosófico sobre a questão da ” partícula de Deus”, onde, presumivelmente, irão estar em confronto posições distintas, mas, no entanto, é o que o Ricardo exactamente aqui veio fazer. Se pessoas como Einstein levantaram a questão de Deus num sentido afirmativo ou se Stephen Hawking fez o mesmo, num sentido dubitativo, isso só vem demonstrar que essa problemática é intelectualmente relevante. Até o Charles Darwin, na sua ” Origem das Espécies”, sustentou que a vida surgira a partir de uma inicial espécie, que dera origem a todas as demais, por acção do Criador, conforme ele referiu na parte final dessa obra. Já se sabe que os ateus não acreditam em Deus, mas isso é completamente independente da existência ou não do bosão de Higgins, pois, para os crentes, na origem da Vida está sempre Deus, independentemente do número de partículas elementares que componham a matéria.

        • Ricardo Alves

          Duvido que a Fátima Campos Ferreira seja responsável por tudo o que se passa no programa dela, incluindo por decidir os temas.

          Quanto à discussão filosófica sobre a existência de «Deus», até a acho relevante, mas a cavalo de um assunto tão mais importante, como o bosão de Higgs, cheira-me a oportunismo. É que explicar a ciência é muito mais importante (e difícil) do que discutir a existência de «Deus». E colocar a questão da existência de «Deus» por causa do Higgs é um disparate.

        • Ricardo Alves

          Deixe-me dizer de outra forma:
          1) se é um debate sobre Física, porque é que convidaram padres?
          2) se é um debate sobre religião, porque é que falam do Higgs no anúncio?

  • Haddammann Veron

    “Ih! Como é que nós vamos “vestir” essa conceituação lógico-espacial desse tal de Haddammann?” … “Estamos numa enrascada; o homem tem a simpatia de muitos estudantes e muitos profs-doctors” … “Ah! O bózão seja louvado” … “Peguem o que puderem da Lógica Espacial desse Haddammann e façam um vestido pro bózão”. “E ele? Que fazemos com ele?”. “A gente ‘férra’, bóta os ‘segurança-do-facão’ na cola dele; não deixa ninguém ficar nem um dia perto dele, bota a cambada toda em tudo que é lugar nisso; é muito bilhão rolando, e é nossa batata que tá assando; se a conceituação do modo como a Natureza interage os pontos-espaço-não-mistos (ele nem nomeia mais de ‘partícula’ – vejam só que folgado), em suas expressões como “energia”, como “carga”, “carga-massa”, e “massa”, vem a ser colocada nas escolas do ensino colegial a gente com asa, com rabo, vai pro brejo”. “E agora? O homem tá vivo e tá publicando!” … “E “uns” aí tão postando as reivindicações, comentários, denúncias, esclarecimentos, relatos; e tem muitos endossando, o que a gente tentou destruir, metendo o dedo e bedelho na vida de muita gente que não é tonta”.

  • Haddammann Veron

    O cerne mais visceral dos problemas de nossa Civilização é esse:

    Vemo-nos no folguedo de um arraial todo enfeitado, feito num descampado; e ali a gente vê um evento, uma situação, muito interessante. Foi proposto que se levasse uma lata de vinte litros cheia de água por uma distância de 50 metros. E entre tantas pessoas, três delas ganharam bastante torcida. Uma era uma fiel-em-crença, a outra uma pessoa distraída no modo de viver (que só queria levar a vida sem maiores pretensões), e a terceira uma pessoa-cientista (que dependia de si própria em tudo para produzir subsistência).

    E havia um prêmio disposto pra o empenho na carreira deles ali.

    O fiel-em-crença foi vestido com a roupa mais vistosa que tinha, o distraído nem ligou, ele queria era se divertir, e o cientista conseguiu ele mesmo uma roupa leve e reforçada nos pontos de atrito com a lata. O fiel ficou com um sapato fino, de melhor couro, e sola lisa de festa de requinte; o distraído nem sequer ligou pra sapato, encarou a etapa com pé descalço mesmo; e o cientista ajustou um tênis que dava pra tocar a tarefa.

    Na hora de começar, as três latas iam ser colocadas frente a cada um, todas com a mesma cor, e cada uma com vinte litros d’água.

    Então de cada torcida saiu uma tropa pra empurrar (verificar as condições de seus respectivos representantes).

    A Terra e a nossa Civilização eram os conseqüentes finais que arcariam com os resultados e custos desse interessante evento.

    Os mandantes–de-crenças e sua tropa pediram um adiamento pra fazerem seus rituais, e convenceram as outras torcidas a assistirem uns rojões e a tomarem poções para terem confiança, e carraspanas pra se alegrarem mais do que todos já estavam.

    Enquanto muitos estavam envolvidos com suas esperanças, os mandantes-de-crenças e os mais-fiéis de suas tropas tomaram-se da “proteção” da “vitória”; pois julgavam-se os mais importantes e o seu carregador-representante tinha de ser mais que os outros.

    O cientista percebeu alguma coisa naquele pretexto, pediu que se desse alguma atenção àquele procedimento, mas estava já todo mundo conformado.

    Então, por “milagre” a lata do fiel-em-crença se transformou em lata de papelão pintada com a mesma cor das outras, e vazia. A lata do distraído estava justinha com sua cor e seus vinte litros (qualquer um que quisesse pegar podia ver e conferir). E a lata do cientista foi “amaldiçoada” com conteúdo de chumbo, mas pintadinha com a mesma cor das outras (e de certos jeitos as pessoas eram desencorajadas a chegar perto dela).

    Todos dispostos. Lá estavam os representantes de suas fumegantes torcidas indo pra seus objetivos. O distraído se esforçava o quanto podia; afinal depois de uns vinte metros a lata se torna bem difícil de carregar, mas ele ia indo, e sua torcida gritando. O cientista mal pegou na lata, já arriou, olhou pro lado, e sem entender saiu se arrastando; e o pessoal se acabava de rir dele (até sua torcida logo se aborrecia “mas que sujeito murrinha e fraco esse”; “ele vai deixar o treco cair”). A tropa dos fiéis-em-crença aproveitava e botava côro, “que irresponsável, vai ver que tá cheio de cana”, e aconselhava e “trabalhava” a irritação das outras torcidas (“deve ter se esbaldado ao invés de ter orado e rezado como nosso representante”). E gritava esponjada e empertigada: “Olha lá o ‘escolhido’!”. E vinha ele, o “abençoado”, saltitando, jogando as pernas pro alto, assoviando, segurava a lata com uma mão só. A torcida dele ia ao delírio, “Esse é que é o forte e poderoso”.

    Nem do lado da tropa do cientista ninguém, mesmo vendo o fiel-em-crença quase girar a lata na ponta do dedo, se dava a refletir que aquilo tava exagerado.

    E indo só uns quinze metros, cada um já recebia em baldes o que as torcidas assim provocadas achavam que mereciam.

    E os professores torcedores dos cientistas ficavam mudos, cabisbaixos, não entendiam nada porque aquilo acontecia assim; enquanto a torcida do distraído se resignava e embalava dizendo “toca isso de qualquer maneira pra frente”.

    Esse, meus caros, é o quadro e o resultado que temos: o fardo de nossos labores muito mal-pagos, nossa feiúra (civil, psicológica, e física), nossas cidades caídas, nossos rumos sob uma expectação muito ruim, que nos leva à cama incertos sobre nossos filhos, e nossos dias, pois a todos e a uns aos outros podemos enganar, mas a Natureza só nos diz: “Não é Assim”.

    Haddammann Veron Sinn-KLyss

  • Deam S-Klyss Sinn-Klyss

    Esperamos que alguém cogite mostrar lá o que não é deus que está “carregando” esse efervescência sobre o bóson; mas sim um ser humano apenas, que seus estudos têm servido para muitos enriquecerem mesmo (não como a balela de ‘enxame’ de ricos do Brasil da ‘abençoada’ mídia vendida e mentirosa), que se mostre lá, confiram: http://sinnklyss.wordpress.com/2010/09/19/o-conceito-de-massakg-pela-logica-espacial/ … é preciso montar um clube para os estudantes assimilarem essas conceituações. e vamos fazer essa iniciativa.

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