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  • 16 de Junho, 2012
  • Por Carlos Esperança
  • Vaticano

O Vaticano é um offshore da democracia e da decência

Ao melancólico estertor do papa de turno juntam-se as conspirações e lutas pelo poder num espetáculo deprimente para o Vaticano, Estado que os interesses económicos ainda perpetuam.

Segundo revelações recentes da imprensa italiana, o Banco do Vaticano – Instituto para as Obras da Religião (IOR) – parece mais uma lavandaria do que uma instituição de crédito. Terão passado por lá, para lavagem de dinheiro e fuga aos impostos, contas secretas de políticos, empresários e chefes mafiosos, quiçá, alguns com dupla qualidade.

A experiência milenar da Cúria Romana há de encontrar uma forma de limitar os danos e, sobretudo, de não perder dinheiro, assunto bem mais importante do que as bênçãos, indulgências e destino das almas. De qualquer modo, a última teocracia europeia sofre a erosão de sucessivos escândalos a que não consegue pôr cobro. A demissão abruta do presidente do IOR, Ettore Tedeschi, em 24 de maio, e os documentos descobertos pela polícia na sua casa, puseram em tal pânico as sotainas que foi tornado público que o Vaticano exige confidencialidade nos documentos que provam o mar de lama em que se converteu o negócio bancário divino.

Ainda não foi esquecida a responsabilidade do arcebispo Marcinkus nas fraudes comuns ao IOR e ao Banco Ambrosiano nem a proteção de João Paulo II que não autorizou a sua extradição para Itália, estranha conivência que diz mais sobre as virtudes papais do que a cura da doença de Parkinson a uma freira, milagre obrado em estado de defunção.

Se a este colossal escândalo público do bairro de 44 hectares, onde os escândalos são segredos de confessionário, acrescentarmos a força do Opus Dei e o namoro com a seita ultrarreacionária Fraternidade Sacerdotal São Pio X (FSSPX), cuja excomunhão já foi levantada, temos uma instituição pia sem ética, sem vergonha e sem respeito. A rica e poderosa congregação dos Legionários de Cristo falhou a canonização do seu fundador, depois de lhe terem escondido inumeráveis crimes de pedofilia, quando – horror dos horrores –, descobriram que tinha deixado descendência, mas é um esteio do Vaticano.

A Igreja católica está em acentuado declínio, não por ser pior do que as outras religiões, mas por ser um enclave entre democracias, onde o escrutínio da opinião pública não se detém com as ameaças das perpétuas penas do Inferno.

Assim pudesse ser escrutinado o fascismo islâmico onde os constrangimentos sociais, as madraças, as mesquitas e o Corão fanatizam os crentes e ameaçam a paz mundial.

10 thoughts on “O Vaticano é um offshore da democracia e da decência”
  • cínico
    • Ateu sim, e daí ?

      Aproveite e dê uma lida nas respostas. Pode ser que aprenda algo.
      E sobre o tema posto aqui, nenhum comentário ?

      • cínico

        Eu só escrevo o que me apetece e quando me apetece. Aliás, como sou muito cínico, dá-me um gozo do caraças ver que tipos como tu ficam todos ressabiados por eu só escrever o que me apetece, quando me apetece.

        No entanto, para acentuar ainda mais o meu cinismo,deixo para o esperança entreter-se com os seus constantes ataques à Igreja Católica.

        • kavkaz

          Nesse blogue diz assim: «O texto do leitor pode ser promovido a post. Comentário escrito só com letras maiúsculas e trollagem serão deletados.»

          «trollagem» é o que andas, imbecil, aqui a fazer há muitos anos. É pena não usarem aqui esse mesmo sistema do tal blogue inútil que apregoas!

        • Ateu sim, e daí ?

          Acha que eu me incomodo com as asneiras que escreve ?
          É tão demente…

  • kavkaz

    O Vaticano é uma multinacional de venda de serviços religiosos e absorção de imobiliário.

    A falar dos pobres vão tentando enriquecer!

  • stefano666

    o catolicismo nada deve ao islam… lembremos de Ruanda…Jasenovac.. os voos da morte na Argentina…

  • cínico

    Muito interessantes as conclusões a que chegou o professor de psicologia John L. Barrett quando sustenta que
    “belief in God is an almost inevitable consequence of the kind of minds
    we have. Most of what we believe comes from mental tools working below
    our conscious awareness. And what we believe consciously is in large
    part driven by these unconscious beliefs.” and “that beliefs in gods
    match up well with these automatic assumptions; beliefs in an
    all-knowing, all-powerful God match up even better”

    Deveras interessante. não acham,a perspectiva evolucionista desse cientista ?

    http://en.wikipedia.org/wiki/Justin_L._Barrett

    • kavkaz

      Enfia o barrete que te fica lindo…

      Devias comentar esta:

      Os ateus têm razão: cozinhar um Cristo não é crime. Os crentes que
      aqui vociferarem podem aproveitar para aprender e rever as suas ideias
      erradas.

      O facto de ser pecado, uma interpretação estritamente religiosa, só afecta quem for crente e não incomoda ou atinge os ateus.

      Leiam a decisão do Tribunal de Madrid que absolveu o cantor e autor Javier Khahe de um crime contra a religião. Aqui:

      “O tribunal entendeu que se tratava de uma expressão artística, dentro da liberdade criativa,
      sem intenção de ofender, noticia o «Huffington Post», na sua edição espanhola.”

    • zemano

      TONY o troll de serviço ao DA teve direito a uma saída precária.
      Pobre diabo…

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